Um gerente executivo no cérebro

por Nubor Orlando Facure.

 

Ando pela sala com cuidado para não pisar nos brinquedos do Peludinho.

Circulo pela loja com cuidado para não bater nos copos de vidro.

Ando pelo Shopping me desviando dos que vem de encontro a mim.

Acudo a criança para ela não cair da escada.

Ponho força na raquete para rebater a bola.

Viro devagar a panela com a sopa quente.

Todos esses gestos complexos estão supervisionados pelo meu subconsciente.

Não é o fantasma da máquina que faz esses procedimentos.

É meu córtex pré-frontal, onde com o aprendizado, eu criei essas regras comportamentais que me permitem sustentar um objetivo.

Eu quero pegar aquela xícara na ponta da mesa.

Tenho de dar a volta para não atrapalhar meus amigos na mesa do almoço.

O aprendizado cria programas que resgato com minha memória de trabalho. Cumprindo meus objetivos vou desenvolvendo os planos motores adequados aos meus propósitos.

Esse conjunto de propósitos fica estruturado nas redes neurais do lobo pré-frontal construindo em seu conjunto o que chamamos de cérebro executivo, nosso gerente de administração do comportamento motor.

Numa criança que não desenvolveu esse.

Cérebro executivo é muito difícil para ela administrar seus controles motores e ela luta continuamente com sua hiperatividade tornando-se estabanada e irrequieta.

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