por Nubor Orlando Facure.
Há dois anos eu não via o Sr. Jonas.
Hoje, com 50 anos, é meu paciente há mais de 20 anos devido à epilepsia.
Felizmente, está completamente controlado.
Mas o Sr. Jonas, desde que eu o conheço, faz relatos de saída lúcida do corpo.
— Como foi que isso se deu, seu Jonas?
— No início, eu sentia muito barulho nos ouvidos quando ia dormir.
Tempos depois, veio um calor da ponta dos pés até a cabeça,
até que percebi que passei a ver meu corpo na cama.
— E daí, seu Jonas, ainda hoje persistem os fenômenos?
— Sim. Hoje tenho mais domínio sobre eles.
— Como se faz isso?
— Concentração mental.
Foco da atenção num objetivo.
Preciso me livrar de pensamentos negativos, perturbadores.
Às vezes, sinto do meu lado direito um Espírito que vem me amparar.
— Quando sai do corpo, para onde vai?
— São vários os cenários:
uma escola, um hospital, a casa de alguém para onde sou levado a conhecer.
— Você interage com eles?
— Não. Isso não acontece. Estou ali como um observador.
Os vejo em trabalho de auxílio ou em reunião de estudos.
Eles me ignoram.
Tenho de ter muito cuidado com o padrão dos meus pensamentos.
Se não os controlo, sou expulso imediatamente.
— Você poderia ir à casa de alguém… fazer o mal, bisbilhotar suas vidas?
— Isso atrairia para minhas costas o peso de arrastar comigo entidades perturbadoras,
que consumiriam muito da minha energia, fazendo-me correr o risco de adoecer.
Certas manhãs me sinto muito abatido e fatigado, sem forças.
Às vezes, há Espíritos na beira do meu leito que perturbam minha volta ao corpo.
Sinto que a noite foi terrível.
— Já viu entidades de padrão vibratório elevado?
— É difícil para eles estagiarem na densidade grosseira do nosso ambiente.
Geralmente, eles agem através de emissários.
Lição de casa
Precisamos estar em permanente vigilância.
Nunca descuidar do teor vibratório que permitimos aos nossos pensamentos e propósitos.
Nossa luz bruxuleante é muito fraquinha para nos dar toda a proteção de que necessitamos.