por Carlos Iglesia.
Amigos,
Recentemente nos encaminharam o seguinte questionamento:
Recentemente nos encaminharam o seguinte questionamento:
“Tenho recebido vários motivos para adentrar-me nesse mundo de corpo e alma . Venho de família mediúnica e já tive indícios de mediunidade , presencial com entidades , não identificadas talvez pelo fato de não ter sido instruído na doutrina , e algumas vezes cognitivas , com previsões de fatos corriqueiros do dia a dia que , se seguidos , teriam evitado dores de cabeça a algumas pessoas .
Estou na casa dos 30 anos, sou pai de família e casado há alguns anos , tenho uma vida agitada , não só no emprego , onde trabalho com tecnologia , trabalho este que consome muito do meu tempo e de minha capacidade mental , além de uma faculdade noturna , que consome aquele resto de tempo que não tenho. Esta tem sido minha vida e creio que ainda continuará assim por mais algum tempo até me formar …
A questão : Sinto que esteja sendo chamado para realizar aquilo que tem que ser realizado , porem não me sinto preparado para tal … sinto que a pressão tem aumentado com o passar do tempo , porém com as pendências que tenho do dia a dia . A questão é , o quanto o chamado pode influenciar na hora de iniciar os trabalhos …Apesar da pressão , pode ser somente um lembrete de que tenho que fazer o que deve ser feito ? Como ajudar ao próximo , se temos problemas internos na família que ainda não puderam ser resolvidos ? Como saber exatamente qual é a hora ?”
É sempre dificil responder a uma questão de direcionamento da vida pessoal, pois não temos o conhecimento das circunstâncias que envolvem o problema – principalmente as situações familiares e profissionais – e muito menos a necessária autoridade para fazê-lo. Somos apenas aprendizes e nos esforçamos através do estudo da Doutrina Espírita para superar nossa própria ignorância e limitações.
Naturalmente como aprendizes, que enfrentamos dilemas similares, podemos tentar uma resposta. Não a orientação definitiva que o companheiro espera de nós, mas apenas a sugestão de algumas idéias que possam contribuir para uma outra visão da situação.
Todos nós que estamos em trânsito por este mundo temos nossos programas de trabalho, acertados na espiritualidade antes de nosso retorno às lides carnais, programa que invarialmente nos levará alguns passos adiante no progresso espiritual, na melhoria de nós mesmos. Família, formação educacional, trabalho e relações sociais são parte desse programa, apoios para que cheguemos ao destino combinado. Apoios aos quais devemos nos ligar de forma equilibrada e consciente.
Assim, as próprias dificuldades do dia-a-dia, nosso relacionamento com o próximo mais próximo na família, no ambiente profissional ou na instituição de ensino a que nos vinculamos, são parte de nosso programa de trabalho. Se não temos ainda condições de exercer a mediunidade ativa ou não estamos prontos para as missões de socorro aos necessitados do corpo e da alma, podemos começar pelo gesto de afeto aos filhos e a esposa, pela palavra amiga ao colega sobrecarregado de problemas, pela solução pacifica para as disputas que ocorrem nos ambientes em que exercemos nossas atividades do dia-a-dia, pelo exercício consciente da cidadania no país que vivemos. Podemos enfim ser espíritas em tempo integral, mesmo fora do centro espírita, pois o verdadeiro espírita é antes de mais nada um verdadeiro cristão e um homem de bem.
André Luiz, no livro “Nosso Lar”, usou a expressão “quando o servidor está pronto, o serviço aparece” para lembrar que muito mais importante do que nos inquietarmos por não termos ainda o serviço de destaque que nos fascina a imaginação é estarmos prontos e atentos para não deixarmos passar a oportunidade de fazermos o serviço mais singelo que a vida nos põe agora pela frente.
Atingindo o equilibrio próprio nas lides de vida, tendo consciência de fazermos o melhor que está ao nosso alcance, conhecendo e adequando as nossas aspirações as nossas reais capacidades de trabalho, possivelmente atingiremos a serenidade necessária para nos prepararmos para assumir tarefas maiores no futuro.
Muita Paz,
Carlos Iglesia
Naturalmente como aprendizes, que enfrentamos dilemas similares, podemos tentar uma resposta. Não a orientação definitiva que o companheiro espera de nós, mas apenas a sugestão de algumas idéias que possam contribuir para uma outra visão da situação.
Todos nós que estamos em trânsito por este mundo temos nossos programas de trabalho, acertados na espiritualidade antes de nosso retorno às lides carnais, programa que invarialmente nos levará alguns passos adiante no progresso espiritual, na melhoria de nós mesmos. Família, formação educacional, trabalho e relações sociais são parte desse programa, apoios para que cheguemos ao destino combinado. Apoios aos quais devemos nos ligar de forma equilibrada e consciente.
Assim, as próprias dificuldades do dia-a-dia, nosso relacionamento com o próximo mais próximo na família, no ambiente profissional ou na instituição de ensino a que nos vinculamos, são parte de nosso programa de trabalho. Se não temos ainda condições de exercer a mediunidade ativa ou não estamos prontos para as missões de socorro aos necessitados do corpo e da alma, podemos começar pelo gesto de afeto aos filhos e a esposa, pela palavra amiga ao colega sobrecarregado de problemas, pela solução pacifica para as disputas que ocorrem nos ambientes em que exercemos nossas atividades do dia-a-dia, pelo exercício consciente da cidadania no país que vivemos. Podemos enfim ser espíritas em tempo integral, mesmo fora do centro espírita, pois o verdadeiro espírita é antes de mais nada um verdadeiro cristão e um homem de bem.
André Luiz, no livro “Nosso Lar”, usou a expressão “quando o servidor está pronto, o serviço aparece” para lembrar que muito mais importante do que nos inquietarmos por não termos ainda o serviço de destaque que nos fascina a imaginação é estarmos prontos e atentos para não deixarmos passar a oportunidade de fazermos o serviço mais singelo que a vida nos põe agora pela frente.
Atingindo o equilibrio próprio nas lides de vida, tendo consciência de fazermos o melhor que está ao nosso alcance, conhecendo e adequando as nossas aspirações as nossas reais capacidades de trabalho, possivelmente atingiremos a serenidade necessária para nos prepararmos para assumir tarefas maiores no futuro.
Muita Paz,
Carlos Iglesia
Fonte: Boletim GeaE, Ano 13, Número 500, 15/10/2005
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