Mediunidade, um comportamento hereditário?

 

por Nubor Orlando Facure.

 

A mediunidade ocorre através do cérebro do médium — essa é uma afirmação clássica dos textos de Kardec — isso nos permite dizer que é um comportamento humano e sujeito às leis da hereditariedade.
Ela está presente e foi fartamente registrada na história da humanidade, em todas as culturas.
Como característica hereditária, ela deve ter agregado vantagens adaptativas e ter se estabelecido por etapas, com graduação de maior ou menor complexidade — os comportamentos e, principalmente, nossas características físicas não foram adquiridos de forma pronta e acabada. As mutações aleatórias e as mudanças ambientais foram acrescentando vantagens herdadas, a partir da seleção natural.

Existiria, então, uma escala evolutiva de desenvolvimento mediúnico?
Em termos de hereditariedade, isso se torna obrigatório.
Então, quais seriam os comportamentos que precedem o estágio atual da fenomenologia mediúnica, como hoje a conhecemos?

Esses fenômenos “proto-mediúnicos” (pedindo licença para o neologismo) seriam identificados hoje e seriam passíveis de experimentação?
Algumas possibilidades podem ser sugeridas:
a transmissão do pensamento, os sonhos lúcidos, a noção de uma presença, as experiências fora do corpo, a intuição, a premonição.

A pergunta mais difícil é saber quando e como um espírito desencarnado manifestou-se ostensivamente ao homem encarnado.

(As afirmações deste texto não pretendem mudar em nada o conhecimento clássico da Doutrina Espírita — é somente uma proposta de estudo.)

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