Braz. J. Psychiatry 2025, Jan. 25 doi: 10.47626/1516-4446-2024-3958. Online ahead of print.
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Resumo
Objetivo: Houve uma demanda por estudos neurocientíficos de experiências espirituais devido à sua prevalência global, impacto significativo e importância para a compreensão do problema mente-cérebro. Mediunidade é uma experiência espiritual em que indivíduos alegam se comunicar ou ser influenciados por pessoas falecidas ou entidades não materiais. Avaliamos se os médiuns possuem alterações genéticas específicas.
Métodos: Selecionamos médiuns altamente talentosos (n = 54) com mais de 10 anos de experiência que se envolveram em trabalho mediúnico sem benefícios materiais, analisamos o sequenciamento completo do exoma e os comparamos com parentes de primeiro grau não médiuns (n = 53).
Resultados: Identificamos 15.669 variantes encontradas exclusivamente em meios, provavelmente impactando a função de 7.269 genes. Trinta e três desses genes foram alterados em pelo menos um terço de todos os meios, mas em nenhum de seus parentes. A via inflamatória foi a mais frequentemente afetada (43,9%), com a translocação de ZAP-70 para a sinapse imunológica sendo particularmente proeminente.
Conclusão: Esta é a primeira investigação em todo o exoma de genes possivelmente relacionados a experiências mediúnicas. Identificamos variantes genéticas que são apresentadas em médiuns, mas não em seus parentes não médiuns de primeiro grau. Esses genes surgem como possíveis candidatos para investigações posteriores dos fundamentos biológicos que permitem experiências espirituais como a mediunidade.
Palavras-chave: Exoma; experiências anômalas; gene; mediunidade; experiências espirituais.
