Estudos diversos

por Nubor Orlando Facure.

 

Médicos e psicólogos fazem múltiplos testes para medir nossa mente. A mim parece que eles só medem o que já sabemos qual será o resultado.

Na verdade, não existe um ser humano dentro dessas escalas; elas são preenchidas com perguntas e respostas e sua conclusão é apenas estatística.

As decepções podem nos causar frustração e ódio.

A psicanálise introduziu no meio delas o inconsciente, mas isso ainda não resolveu a questão do sofrimento que a decepção provoca.

Na Neurociência o psicológico interpreta e compreende, mas é o biológico que explica.

O sentir psicológico é compartilhado por todos nós – desejo, inveja, medo, amor e ódio, saudade e alegria, até mesmo a loucura; tem gente que se enlouquece com a loucura do outro.

É uma pena que com frequência usamos motivação espiritual – solidariedade e amor ao próximo – para obter resultados materiais.

Estamos sempre Insistindo em fazer essas trocas com Deus.

Na maioria das vezes é o desvio do sentimento que produz o desvio da razão. Com frequência perdemos a razão depois que sofremos uma experiência afetiva desconfortável.

As perturbações biológicas no cérebro de esquizofrênicos, depressivos graves, bipolares, autistas, hiperativos, obsessivos compulsivos estão sendo reveladas pelas neurociências.

No entanto, ainda não sabemos como se forma o nosso psiquismo nem como nascem essas influências biológicas anormais.

O que penso estar nos outros, com frequência, está dentro de mim.

A criança aprende conceitos – alto, baixo, atrás, na frente, lento, rápido, forte, fraco, mole, duro, claro, escuro – aprendendo pela experiência.

Desça da mesa, você pode cair. Chute a bola com força. Corte o pão. Esconda seu caderno. Corra na minha frente. Você quebrou o copo. Não corra tão depressa. Apague a luz do quarto.

Consciência perturbada produz vivências tumultuadas. Sem paz de espírito não há sossego na mente.

Delírios são vivencias “desgarradas” do Eu.

O lobo frontal controla o cérebro límbico (cérebro emocional). No esquizofrênico esse controle deteriora e a emoção perde o rumo, enlouquece. Ele passa da “interpretação” racional para a “influência” destrambelhada.

No medo – o Eu está sem piloto. Não encontra explicação no mundo para sua estranheza. Ao interpretar errado, ele se torna apreensivo. Os sinais externos de perigo produzem sofrimento interno – medo e angústia.

O ansioso vive fugindo da angústia, por isso se agita.

No TOC o paciente limpa e organiza sem parar. Sua verdadeira intenção é controlar e dominar.

Esse organizar lhe dá prazer, libera dopamina, que reduz a ansiedade antecipatória.

Justificamos nossos sentimentos com causas externas. Não conseguimos ver o que somos por dentro. Tentamos compreender o que está dentro de nós dando um sentido ao que está fora. Eu enlouqueço na mudança da lua. Minha dor aumenta quando esfria. A chuva me apavora. Só durmo com a luz acesa. O que acontece fora de nós, nem sempre corresponde ao que somos por dentro.

Nossa psique é imaterial. Por isso ela não consegue reconhecer que somos de carne e osso. Talvez a razão possa fazê-lo.

No giro cíngulo constatamos onde erramos – esqueci de fechar a gaveta, não pus o celular no bolso. O lobo frontal constata a falha. Nos pacientes com TOC, a confirmação não convence o frontal. O paciente tem de estar sempre conferindo se fechou ou não a gaveta, se o celular já está no bolso.

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