por Nubor Orlando Facure
Paris no final de janeiro de 1857
Agitava-se toda a sociedade culta da época.
Gustave Flaubert vinha publicando em fascículos novelescos pela Revue de Paris o romance Madame Bovary.
A população o acompanhava freneticamente.
Emma Bovary, criada num convento, sonhava com um destino mundano glorioso.
Mas, a vida não seguiu pelos caminhos que procurava.
Insatisfeita com o casamento tradicional volta-se para a liberdade amorosa a procura do prazer sem limites e da felicidade pessoal que sempre almejou.
Esse escandaloso comportamento chocou a todos.
Os fatos obscenos ali tratados eram intoleráveis para os princípios morais da época.
Perguntado sobre a identidade de Emma Bovary, o escritor disse a frase famosa:
Emma Bovary…C’ est Moi.
Paris, fevereiro de 1857
O nobre escritor e seu editor Laurent Pichat foram levados a julgamento.
As acusações foram proferidas incluindo apoio ao adultério e o desrespeito à religião.
O interesse da população era enorme.
Alguns a favor de Flaubert e muitos outros contra o absurdo que afrontava os bons costumes.
Gustave Flaubert e todos os outros foram absolvidos.
O Juiz levou em consideração a liberdade de expressão e o direito de os escritores abordarem temas controversos para a sociedade parisiense.
Paris, 18 de abril de 1857
Na galeria do Palais Royale o livreiro Pierre-Paul Dedier apresentava 1500 exemplares do Livro dos Espíritos com 501 perguntas dirigidas aos Espíritos através de mais de 10 médiuns.
Allan Kardec completava seu monumental trabalho de um ano e meio investigando a existência dos Espíritos, a sua natureza e a relação deles com o mundo corporal.
Estava colocando à disposição da Humanidade a possibilidade de conhecermos o que nos espera além da morte além dos propósitos da nossa vida atual.
O Livro dos Espíritos esgotou sua primeira versão em dois meses tamanha foi a aceitação da obra.
Lição de casa
A Sociedade atual ainda permanece muitas vezes presa ao noticiário de valor efêmero quase sempre recheado de perniciosa agressividade.
Nunca a espiritualidade que ampara nosso destino deixa-nos sem alertas, sem exemplos e sem instruções que missionários abnegados nos oferecem.
Cabe a nós fazermos a escolha do que convém nos envolver espiritualmente.
Post Scriptum (noticiando)
Fui presenteado com a coleção de livros espíritas do Dr Paulo César Fructuoso –
Médico cirurgião carioca de família espírita.
O pai era médium.
E ele frequentou o Santuário Frei Luis semanalmente durante mais de 30 anos.
Ele descreve em seus livros as inúmeras materializações de Espíritos que realizavam cirurgias espirituais cruentas fazendo exerese de lesões tumorais diante do olhar vigilante do Dr Fructuoso.
Ele propõe uma mudança nos Paradigmas da Medicina atual.
(A face oculta da Medicina)
PS – 2
Anos atrás fui fazer uma palestra em Guarulhos no Centro Espírita Perseverança dirigido por Dona Guiomar.
Mais de 4 mil pessoas faziam parte do público que me assistia.
O Perseverança estava comprometido com o atendimento a 1500 crianças nas suas creches.
A Alcione, filha da dona Guiomar dirige uma ONG: Amigos do Bem.
75 mil cestas básicas distribuídas no Nordeste;
10 mil voluntários;
Apoio escolar;
Fábricas de castanha de caju;
Artesanato;
Nos enche o coração de alegria.
Dona Guiomar deve estar beirando os 90 anos.
Aqui apontei dois exemplos que valem a pena se interessar.
