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Ano 14 |
Número 507 |
2006 |
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30 de janeiro de 2006 |
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"Fé
inabalável é somente aquela que pode encarar a
razão,
face a face,
em todas as épocas da humanidade"
Allan Kardec |
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° EDITORIAL |
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Os
espíritas aguentam melhor ...
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° ARTIGOS |
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A Comunicação Entre os Planos
Físico e Espiritual, Grupo ComCiência, Brasil
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Entrega, Yogashririshnam (médium
Elzio Ferreira de Souza), Brasil |
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°
HISTÓRIA & PESQUISA |
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Cronologia
Espírita, Carlos Iglesia, Brasil |
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°
QUESTÕES & COMENTÁRIOS |
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Caboclos e Pretos Velhos, Alexandre Fontes da
Fonseca, Brasil
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° PAINEL |
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TV Mundo Maior, Fundação Espírita
André Luiz, Brasil
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2006
- Ano Internacional da Evangelização, Grupo de Apoio a
Evangelização, Brasil |
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Evento
Espírita em Baltimore, Daniel Santos, EUA |
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Os
espíritas aguentam melhor ...
Amigos,
Alguns dias atrás estava cortando o cabelo e conversando com o
barbeiro sobre um conhecido nosso que desencarnou recentemente. Pessoa
bastante respeitada no bairro, ele era médium e atuava no
receituário mediúnico, tendo proporcionado alivío
e cura à inumeráveis doentes que o procuravam para
consultas no
centro que frequentava. Ele era médico também e exercia a
profissão normalmente em seu consultório, que estava
aberto a todos, pudessem ou não pagar as consultas, que
inclusive eram de valor acessível a maioria das pessoas.
Não raro fornecia os remédios para os que precisassem.
Sua desencarnação ocorreu após um doloroso
processo de luta contra o câncer - doença possivelmente
ligada ao fato de ter fumado na juventude - processo pelo qual passou
com a maior resignação. Pessoa muito boa, porém de
gênio forte, nunca demonstrou impaciência com a
doença ou revolta com a situação que gradualmente
o levou a diminuir o ritmo de seu trabalho até que foi obrigado
a parar já nos últimos dias de sua estadia neste mundo.
A conversa corria justamente por esse ponto, pela sua luta contra o
câncer, quando o barbeiro que me atendia - de
formação católica porém com simpatia pelo
Espiritismo - saiu-se com uma frase que me deixou pensativo: "Coitado,
ainda bem que ele era espírita, os espíritas aguentam
melhor estes sofrimentos".
Realmente não tenho como afirmar categoricamente que a frase
é verdadeira, seria necessária uma vasta
pesquisa entre espíritas e não espíritas, que
passam por situações difíceis como a descrita,
para
embasar tal conclusão. Mas em uma primeira análise, mais
subjetiva, ela é bastante razoável e parece corresponder
as
observações do dia-a-dia. A experiência cotidiana
parece mostrar que o sofrimento tem um componente psicológico
muito forte, que ele é maior ou menor em relação
ao modo como a pessoa que passa por ele encara a vida. A
percepção de que estamos em um processo de aprendizado,
do qual a estadia neste mundo material é apenas uma etapa muito
curta, muda razoavelmente a relação entre o doente e a
doença. E muda mais ainda quando sabemos o que nos espera do
outro lado da sepultura, que não há o que se temer porque
é apenas a vida melhorada e adequada ao nosso grau de maturidade
espiritual.
Mas, independentemente do fato da frase ser mais ou menos verdadeira,
há uma outra questão interessante na reflexão do
barbeiro que me atendia. Em essência ele deixou transparecer que
a admiração que tem pela Doutrina é causada pelo
efeito que ela tem na vida de seus adeptos. A vida de nosso amigo
médico, que atuava como mensageiro do mais alto, transformou-se
na própria mensagem.
Assim, pensando posteriormente na frase, não pude deixar de
sorrir diante da simples constatação de que por mais que
falemos, que escrevamos, que divulguemos o Espiritismo por todos os
meios de comunicação existentes, será sempre na
forma como aplicamos o Espiritismo na nossa vivência cotidiana
que passaremos realmente aos nossos conhecidos a mensagem que queremos
transmitir.
Não que a comunicação não seja importante,
ela o é efetivamente, apenas é necessário que
nossa vida reflita aquilo que comunicamos.
Muita Paz,
Carlos Iglesia
A
Comunicação Entre os Planos
Físico e Espiritual, Grupo ComCiência, Brasil
(Texto extraído do
Informativo ComCiência Ano I nº 2 - Grupo ComCiência
de Estudos Filosóficos e Científicos à Luz do
Espiritismo)
Geralmente, a primeira
questão que surge em nossa mente, quando se fala em
comunicação mediúnica, sobretudo em se tratando da
psicofonia, é como ocorre ou se há de fato a
“incorporação” do Espírito pelo médium.
Primeiramente, é
importante deixar claro que a literatura Espírita classifica
como inadequado o termo incorporação, utilizando os
termos passividade ou, mais apropriadamente, oportunidade, para
designar a comunicação mediúnica, seja por
psicografia ou psicofonia. Novamente recorremos à literatura
espírita para tentar esclarecer como é o elo
deligação
que se estabelece entre o médium e o comunicante, ou seja, entre
os planos físico e espiritual, e porque a
designação de incorporação é
inadequada para descrever a comunicação mediúnica.
Segundo
Hermínio Miranda, em Diversidade dos Carismas - Volume II, o
processo da comunicação pode ser resumido da seguinte
forma: o Espírito comunicante pensa e este pensamento é
captado pelo médium através do que o autor designa por
canais condutores, os quais localizam-se no seu perispírito. A
seguir, o pensamento é dirigido através destes canais,
até aos chamados canais expressores, localizados no
cérebro físico do médium, os quais são
encarregados de acionar os mecanismos orgânicos
necessários para se efetivar a comunicação.
Visando apresentar a comunicação estabelecida entre o
Espírito comunicante e o médium, de forma mais
didática, lançaremos mão de uma
representação esquemática do mecanismo da
comunicação mediúnica, apresentada nas figuras
1(a) e 1(b) a seguir.
Figura 1(a)
Figura 1(b)
Figura
1. (a) Descrição artística que visa facilitar a
compreensão dos elementos envolvidos na
comunicação. Vemos primeiramente que a
comunicação é estabelecida de perispírito6
a perispírito e que é o perispírito do
médium quem atua no seu corpo físico. (b)
Descrição esquemática7, na qual podemos observar
que o pensamento originado no Espírito do comunicante é
transmitido ao seu perispírito. Este pensamento é
então transmitido ao perispírito do médium, e
é encaminhado ao Espírito do médium, onde
é, por assim dizer, processado. O pensamento então segue
do Espírito do médium ao seu perispírito, que por
sua vez atua nos órgãos do corpo físico,
estabelecendo efetivamente a comunicação.
Nesta
representação, a comunicação se estabelece
da seguinte maneira: o pensamento que se origina no Espírito do
comunicante é enviado ao seu perispírito, a partir do
qual é transmitido por meio de vibrações. Em
condições adequadas, como em uma reunião
mediúnica por exemplo, este pensamento pode ser captado pelo
perispírito do médium, o qual é responsável
pela transmissão de tais impressões e idéias e
sentimentos ao seu Espírito. Este, por sua vez, assimila as
informações de acordo com o cabedal de conhecimento
adquirido em múltiplas existências e as filtra de acordo
com a sua condição moral. Após esta
avaliação por parte do Espírito do médium,
a informação é novamente transmitida ao seu
perispírito e redirecionada para o corpo físico, na forma
de comandos motores, para expressar fisicamente o pensamento original,
limitado no entanto, às condições morais,
éticas, culturais e orgânicas do médium. Embora
tenhamos dividido o processo de forma esquemática para maior
clareza, a comunicação ocorre instantaneamente, sem que o
médium tenha clara noção dos processos envolvidos.
O mecanismo descrito
acima é geral para a comunicação mediúnica
e demonstra que há sempre a interferência do médium
na comunicação, ainda que este não se lembre dos
fatos ocorridos durante a manifestação mediúnica,
neste caso, denominado médium inconsciente. Por esta
razão, é que Kardec afirma ser inadequado o termo
incorporação, pois o médium atua ativamente em
todo o processo, sendo, portanto, responsável por suas
ações. Ainda segundo Hermínio Miranda, existem
duas situações básicas que podem ocorrer nas
comunicações mediúnicas: na primeira, o
Espírito comunicante induz o médium a se expressar,
convertendo seus pensamentos em palavras; no segundo caso, o
Espírito comunicante se apossa mais amplamente nos controles
mentais do médium, podendo manifestar não somente suas
idéias como também sua língua, seu tom de voz, seu
sotaque, trejeitos e demais características pessoais. Pode
parecer contraditório que, sendo o pensamento a real linguagem
dos Espíritos, que estes utilizem características comuns
à comunicação dos encarnados como o sotaque,
trejeitos e expressões regionais.
Esta
contradição é apenas aparente. No primeiro caso, o
Espírito comunicante transmite seus pensamentos puros, deixando
ao encargo do médium convertê-lo em palavras. Já no
segundo caso, é o comunicante quem se encarrega de converter
seus pensamentos em palavras, utilizando-se do
instrumental de expressão do médium. Mas,
em ambos os casos, a fonte geradora do pensamento é a mente do
manifestante.
Dentre as possíveis finalidades para que a
comunicação apresente as citadas características
do comunicante têm-se: a necessidade de confirmar a identidade do
Espírito, fazendo com que seus aspectos de expressão,
principalmente de linguagem, sejam reconhecidos; a
ligação ainda forte do Espírito comunicante com a
matéria ou falta de conhecimento sobre o processo de
comunicação através do pensamento, ressaltando
seus caracteres presentes enquanto encarnado devido a um maior controle
da aparelhagem física do médium; a viciação
do médium com a forma de comunicação habitual dos
Espíritos, criando nele, médium, reflexos condicionados
que marquem a comunicação com um formato já
abandonado pelo Espírito comunicante.
É interessante ressaltar a atuação da equipe
espiritual nas comunicações mediúnicas onde os
companheiros do plano espiritual podem, por exemplo, estabelecer um elo
de comunicação entre o Espírito comunicante e o
médium e, desta forma, traduzir, quando necessário, as
informações apresentadas numa língua desconhecida
ao médium, para uma forma que ele compreenda, principalmente
transformando a linguagem articulada em pensamentos puros. Estes
companheiros de trabalho são também conhecidos como
controles e sua atuação é bastante detalhada por
Hermínio Miranda, em Diversidade dos Carismas, Volume II,
principalmente no capítulo IV – Seminologia da
Comunicação Mediúnica, item 12 – Guias e Controles.
REFERÊNCIAS
KARDEC, Allan, O Livro dos Médiuns. 62a ed., Rio de Janeiro:
FEB, 1996.
U.E.M., Mediunidade – Reuniões Mediúnicas, série
Evangelho e Espiritismo. v.6, Belo Horizonte: União
Espírita Mineira, 1999.
MIRANDA, Hermínio
C., Diversidade dos Carismas: Teoria e Prática da Mediunidade.
3a ed., v.2, Niterói: Lanchâtre, 2000. O Espiritismo de A
a Z. 3a ed. Rio de Janeiro: FEB, 1999.
NOTAS
6 O
perispírito é o envoltório do espírito (ou
alma), de natureza semi-material, isto é, mais sutil que a
matéria conhecida atualmente. É o que dá forma ao espírito e quando encarnado o liga ao
corpo físico. É importante o seu entendimento para
compreender não somente a Doutrina Espírita, mas também diversos aspectos da vida humana.
Para seu estudo recomendam-se os livros O que é o Espiritismo e
O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec,
e o livro Perispírito, de Zalmino Zimmermann.
7 O esquema foi extraído
de notas de aula do curso básico da Doutrina Espírita -
módulo 2, realizado no Grupo de Fraternidade Espírita
Albino Teixeira, 2005.
Entrega,
Yogashririshnam (médium Elzio Ferreira de Souza), Brasil
(Texto extraído
do
livro "Divina Presença - Comentários Mediúnicos a
João da Cruz,
espírito Yogashririshnam, médium Elzio Ferreira de Souza,
editora
Circulus)
"Sê tu o
mensageiro e as mensagens"
Cântico Espiritual - VI: 7.
João da Cruz
Alguém pode
informá-lo sobre o sol, a chuva, o mar, o rio e os ventos,
mas você só os conhecerá quando entrar em contato
direto com cada um
deles. Poderá travar algum conhecimento sobre eles com
professores e
livros, mas coisa alguma substituirá a experiência direta.
Não pense
que com o Divino possa ser diferente.
Não são os mensageiros que lhe podem
transmitir a mensagem do Divino.
Tudo quanto eles podem fazer é orientá-lo para que possa
encurtar
distâncias, diminuir desvios, ativar o discernimento. Mesmo
quando eles
já possuam algum conhecimento, nunca podem dizer-lhe o real
sabor do
fruto, nem fazer com que absorva o alimento que não digeriu. A
experiência do Divino é única.
Não se engane, pois, com a fenomenologia. Os
fênomenos podem ser sinais
indicadores, todavia você não se deslocará para
lugar algum, só por
conhecer os sinais de trânsito, nem continuará paralisado,
conquanto se
desloque, só porque eles não existam. Muitos sinais
geralmente
significam a existência de múltiplos perigos. Não
acredite que só os
fenômenos podem ser sinais da presença divina ou de sua
aproximação.
A vida encontra-se plena de maravilhosos
fenômenos físicos-químicos,
mas você não consegue ver a Deus, embora as leis que os
regem indiquem
a sabedoria de quem as formulou. Você deve ir além do
fenômeno: vá para
o silêncio de si mesmo na obra de transformação, se
quer marcar o
Encontro.
Ninguém pode conceber o Divino, se apenas recebe
mensagens de
intermediários. Os estafetas não são o Senhor, e
as cartas nunca podem
traduzir a Presença.
Se você quer o Encontro, não se contente
com nada, respeite a tudo e a
todos, agradeça todas as mensagens e mensageiros, mas não
se dê por
safisfeito. O Senhor aguarda apenas a sua perseverança.
Você não deve
contentar-se com menos. Não acredite em distâncias, quando
falar de
Deus. O longe pode estar perto. O caminho é não ter
caminho.
Você não pode dizer - "agora". Mas se
você não se contentar com
mensagens e mensageiros, se estiver pronto para aceitar todas as
condições que são não ter qualquer
condição, não fazer qualquer
exigência, se você for capaz de entregar-se e confiar,
então poderá ir
além das notícias que
lhe trazem, para viajar dentro do silência divino.
Você não deve contentar-se com simples
notícias, por mais alta que seja
a mensagem. Rogue ao Senhor que Ele seja o Mensageiro e a Mensagem,
porque só assim conhecerá realmente quem a recebe.
(Seção em parceria com a "Liga de
Historiadores e Pesquisadores Espíritas")
Cronologia
Espírita, Carlos Iglesia, Brasil
1801
10
de setembro de 1801
Assinada
a "Concordata de
1801" entre
Napoleão
e o Papa
Pio VII.
A concordata vinha sendo discutida desde
novembro de 1800. Ela foi assinada nos termos de
Napoleão e, se este reconheceu o Catolicismo como principal
religião da França, não lhe concedeu o status de
"religião do estado". Foi garantida a liberdade de
religião e o Estado continuou laico. Esta concordata permaneceu
em vigor até 1905. A concordata encerrava um conflito entre a
França e a Igreja surgido com a Revolução
Francesa de 1789. Em 1795 a República Francesa chegou a
proibir
toda manifestação exterior de culto e impôs aos
bispos e padres um juramento de submissão e obediência
às leis da República.
Napoleão, pelas frases que deixou para a posteridade, acreditava
em Deus mas não nas religiões contituidas. Visivelmente
via a concordata como uma solução política. Eis
algumas [PERFETTI, 1996]:
"Toda coisa proclama a
existência de Deus, é verdade, mas todas as
religiões são filhas do homem".
"Não sou ateu mas não posso acreditar no que me
querem ensinar contra minha inteligência, sem sentir-me falso e
hipócrita".
"Sem duvida minha incredulidade foi, sendo eu o imperador, um
bem para os povos; caso contrário como poderia ter exercido a
verdadeira tolerância apropriada?".
"A falta de fé religiosa não me influenciou de modo
algum. Nunca duvidei de Deus. Se minha razão não tivesse
sido suficiente para compreendê-lo, meu espírito o teria
honrado do mesmo modo".
"Mudar de religião é inadmissível por interesses
privados mas é compreensível se estão em jogo
importantes ganhos políticos".
Este evento é importante para a história do Espiritismo.
Foi no período posterior à concordata que passaram a
existir as condições propícias ao estudo e
divulgação de fenômenos e ensinamentos que
contrariavam dogmas estabelecidos da Igreja. Nem o extremismo
anti-clerical de
1795 nem o tradicionalismo do Antigo Regime, com reis governando por
"direito divino" sob as benções de uma religião
oficial, eram ambientes culturais em que o Espiritismo poderia se
desenvolver livremente.
DURANT,
1994
GOYAU, 2006
PERFETTI, 1996
SOBOUL, 1981
WIKIPEDIA, 2006
1802
França
Publicado o livro "O Gênio do Cristianismo" de
François-René
de Chateaubriand (1768-1848). O livro
introduziu o "Romantismo" na França, seguindo o caminho do
movimento "Sturm und Strang"* alemão. Chateaubriand apresenta
nesta obra o período medieval como uma época de ouro do
cristianismo e da vida fraternal, era uma reação ao
racionalismo iluminista e uma idealização da idade
média que seriam a marca da literatura romântica.
Tristão de Athayde, prefaciando uma edição
brasileira da tradução de Camilo Castelo Branco, observa
que "A fé que Chateubriand representa é muito mais
sentimental que racional. A apologética que este livro inicia,
nos tempos modernos, também é do mesmo tipo. É uma
apologética histórica, estética, afectiva,
idealista" [Chateaubriand, 1960].
Chateaubriand inicia o prefácio da edição
francesa de 1828 com uma explicação da finalidade de sua
obra:
"Ressurgia a França do caos revolucionário, quando o
Gênio do Cristianismo apareceu; todos os elementos da sociedade
estavam confusos: a mão terrível que intentará
ordená-los, não conseguira ainda seu intento: despotismo
e glória não tinham podido criar a ordem.
Foi, pois, entre as ruínas dos nossos templos que eu publiquei o
Gênio do Cristianismo, chamando a estes templos as pompas do
culto e dos ministros dos altares. S. Dinis estava deserto: era cedo
ainda para que Bonaparte se lembrasse de que havia mister uma
sepultura: dificil lhe seria vaticinar o torrão em que a
providência lha destinara. Reliquias de igrejas e mosteiros, que
se esboroavam, era o que em toda a parte se via: vaguear por entre
essas ruínas era uma espécie de recreio" [Chateaubriand,
1960]
A obra de Chateaubriand é assim um reflexo do seu tempo, de um
século que se inicia em meio as guerras napoleônicas,
guerras que - fechando o ciclo revolucionário de 1789 - levaram
de roldão o velho mundo europeu. O mundo que se abre nesse novo
século tem diante de si diversas opções: Ir
adiante no caminho das Luzes e da Razão equilibradas por uma
fé raciocianda, desviar-se pela trilha da Razão
ensoberbada em si mesma e enceguecida pelos sucessos materiais da
Revolução Industrial ou retornar ao passado, buscando
refugio nas certezas dos tempos idos.
Cada um destes caminhos foi seguido no século XIX. O Espiritismo
foi o prosseguimento dado pelo plano espiritual ao Iluminismo
espiritualista, o materialismo que prevaleceu na ciência e na
organização social foi a razão Iluminista
desvirtuada pelo orgulho intelectual e as igrejas constituidas
permaneceram defendendo a fé cega como único caminho de
salvação.
* "Sturm und Strang" é a
denominação de um movimento que marcou o pensamento e a
literatura alemã no final do séc. XVIII. O movimento
iniciou-se por volta de 1770. Na arte, na literatura e na musica os
autores procuraram expressar o coração e os fortes
sentimentos, rompendo com os padrões mais racionais e formais do
período anterior. Na filosofia Immanuel Kant (1724-1804) reflete
esse novo humanismo com sua "Kritik der praktisch Vernunft"
(Critíca da Razão Prática - 1788). São
também dessa época Friedrich Schiller (1759-1805) e
Johann Wolfang von Goethe (1749-1832).
Chateubriand, 1960
Wikipedia, 2006
Zetti, 1993
1804
21 de fevereiro de
1804
País de Gales
A locomotiva a
vapor criada por Richard Trevithick roda por um percurso de 9 milhas.
Esta demonstração bem-sucedida inicia uma
revolução nos transportes terrestres que ao longo do
século XIX mudaria a paisagem do ocidente. A ferrovia se tornou
o simbolo do progresso e da pujança econômica, por seus
vagões passaram tanto a nobreza européia como a
matéria prima para a industrialização do
continente. Ela também secundou a conquista do Oeste Americano e
ajudou na transformação dos Estados Unidos da
América em uma possante nação.
O pai de Léon Denis e o próprio Léon Denis
trabalharam em ferrovias, provavelmente Allan Kardec as usou para suas
viagens pela França e deve ter sido por elas que viajaram muitos
dos que foram de outras partes da Europa e da França para Paris
conversar com Kardec ou participar das reuniões da Sociedade
Parisiense de Estudos Espíritas.
Kardec, ?
Luce, 2003
Wikipedia, 2006
3 de
outubro de 1804
Lion, França
Nasce Hypolite Leon Denisard Rivail
(1804-1869). De
família tradicional na magistratura e na tribuna
jurídica, desde cedo se sentiu atraído para o estudo das
ciências e da filosofia, tornando-se mais conhecido sob o
pseudônimo Allan Kardec utilizado nas obras da
codificação espírita.
É interessante observar que a grafia utilizada no nome da
certidão de nascimento, não é a mesma utilizada
nos demais documentos onde aparece o nome do prof. Rivail. Ele
próprio, em suas obras pedagógicas, assinava Hippolyte
Léon Denizard Rivail.
MARTINS e
BARROS, 1999
WANTUIL, 1990
WANTUIL e THIESEN, 1979
2 de
dezembro de 1804
Paris, França
Napoleão
Bonaparte é coroado Imperador da França.
Não só faz com que o Papa Pio VII se
desloque a Paris
para a coroação, como lhe toma a coroa das mãos e
coroa a sí próprio.
DURANT, 1994
PERFETTI, 1996
WIKIPEDIA, 2006
1805
1 de
janeiro de 1805
Yverdon, Suíça
Castelo de Yverdon
Criação do instituto de educação no
castelo de Yverdon por Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827). Nesse
instituto, que funcionaria até 1825, o notável educador
suiço pode colocar em prática suas idéias sobre o
ensino, contribuindo não só para a formação
de grandes nomes da cultura européia, como influenciando
profundamente futuros educadores, entre eles H. L.
D. Rivail.
DURANT, 1994
RODRIGUES, 1996
SOËTARD, 1994
WANTUIL e THIESEN, 1979
1808
5 de novembro de 1808
Madri, Espanha
As tropas francesas
invadem a Espanha e instalam o irmão de Napoleão,
José
Bonaparte, em seu trono. Quase que imediatamente se inicia
a resistência do povo espanhol e, o que teve grandes
consequências para o futuro, o processo de autonomia das
colônias que resistem a aceitar José I como rei
legítimo. Em 1810 uma insurreição geral nas
colônias estabelece juntas autonômas que, a partir de 1814
se transformam em governos independentes. Até 1825 quase todas
as antigas colônias espanholas se tornam nações
independentes.
DURANT, 1994
TERRERO, 1988
WIKIPEDIA, 2006
1810
Berlim, Alemanha
O General Noizet apresenta sua pesquisa sobre o Magnetismo
Animal na Academia de Berlim. A edição francesa deste
trabalho seria publicada em 1814 em Paris.
LAPPONI, 1979
Biografias
(Texto de
José Cid
originalmente publicado no site do GEAE e revisado para este Boletim.
José Cid utilizou como fonte de referência a biografia
escrita por Henri Sausse publicada no livro "O que é o
Espiritismo" editado pela FEB)
Hyppolyte Leon Denizard Rivail,
este foi o nome civil de Allan Kardec. Nasceu em 3/10/1804, em Lion,
França e desencarnou em 31 de março de1869, em Paris.
Fez seus primeiros estudos em Lion e os completou em Yverdun
(Suiça), com o Professor Pestalozzi, de quem se tornou um dos
seus mais eminentes discípulos, colaborador inteligente e
dedicado. Aplicou-se na propaganda do sistema de educação
que exerceu tão grande influência sobre a reforma nos
estudos na Alemanha e França. Muitas vezes, quando Pestalozzi
era chamado a outras cidades, confiava a Denizard Rivail a
direção da sua escola. Denizard foi linguísta,
conhecendo a fundo o alemão, inglês, italiano e espanhol,
tendo também conhecimento do holandês. Além disso,
tinha maneiras distintas, humor jovial, era bom e obsequioso. Mais
tarde fundou em Paris um instituto semelhante ao de Pestalozzi, tendo
como sócio um de seus tios.
Casou-se em 1832 com Amélie Boudet (A certidão de
casamento registra o dia 9 de fevereiro de 1832 [MARTINS e BARROS,
1999]). Poucos anos
depois, seu tio perdeu grande soma de dinheiro no jogo, levando o
Instituto a falência. O restante de dinheiro que coube ao casal
foi aplicado no comércio de um amigo, cuja falência
terminou com o dinheiro.
Para superar esta fase ruim o casal lançou-se ao
trabalho, sendo que Denizard encarregou-se da contabilidade de
três casas, e terminando o dia, escrevia a noite,
gramáticas, aritméticas, livros para estudos pedagogicos;
traduzia obras inglesas e alemãs e preparava os cursos de
Levy-Alvares. Organizou também em sua casa cursos gratuitos de
química, física, astronomia e anatomia, de 1835 a
1840.
Em 1824 publicou, segundo o metodo Pestalozzi, o Curso
prático e teorico de aritmética. Em 1828, Plano
spresentado para melhoramento da instrução publica, em
1831, Gramática francesa clássica, 1846 o Manual de
exames para obtenção dos diplomas de capacidade, em 1848
o Catecismo gramatical da língua francesa. Finalmente, em 1849,
tornou- se professor no Liceu Polimático, nas cadeiras de
Fisiologia, Astronomia, Química e Física. Depois publicou
uma obra, que resumia seus cursos: Ditados normais dos exames na
Municipalidade e na Sorbone; Ditados especiais sobre dificuldades
ortográficas. Essas diversas obras foram adotadas pela
Universidade da França, o que proporcionou ao Denizard um
modesta abastança. Pode-se ver que seu nome era conhecido e
respeitado, antes que imortalizasse o nome Allan Kardec.
Foi em 1854 que o Sr. Rivail ouviu pela primeira vez falar nas
mesas girantes, a princípio do Sr. Fortier, com quem mantinha
relações em razão dos seus estudos sobre
magnetismo, que disse que mesas podiam não apenas girar, mas
também respondia perguntas. A essa afirmativa o Prof. respondeu
que acreditaria quando o provassem que uma mesa tinha cerebro para
pensar, nervos para sentir e que pode se tornar sonambula. Atá
lá, permita-me ver apenas uma fabula para provocar
sono.
Tal era o estado de espírito do Sr Rivail, não
negava a princípio, mas pedindo provas e querendo observar para
crer; tais nos devemos mostrar sempre no estudo dos fatos
Espíritas.
E dificil resumir um fato que historicamente marca o
início dos estudos de um homem Hipolyte Leon Denizard Rivail que
era conhecido como grande educador e pessoa de extremo bom-senso. Mas,
considero importante em qualquer estudo sistemático, conhecer
como começou aquilo tudo que se vai estudar.
Professor Rivail era um homem céptico. Não
abraçava religião alguma, e, como os grandes pensadores
de sua epoca, simpatizava com os pensamentos que formariam o
Positivismo. Nesta mesma epoca iniciara em toda Europa uma serie de
fenômenos que ficaram conhecidos como "mesas girantes". Estes
fenômenos ficaram muito populares na epoca, sendo uma das
atividades de entretenimento nas festas, em meio a comida, bebida e
piadas. Aconteciam mais ou menos assim: algumas pessoas se sentavam em
torno de uma mesa, e, com as mãos pousadas sobre ela, faziam-na
girar, pular, levitar, etc. Estes fatos evoluiram um pouco, e o objeto
passou a responder perguntas com pancadas no chão ou fazendo um
ruído que parecia vir de dentro dela. Isso aumentou ainda mais o
divertimento nas festas. Mas nosso Professor não se interessava
por estas festas. Até que, um amigo, a quem tinha em elevada
consideração e estima, o convidou para uma reunião
com o objetivo de conhecer o fenômeno das mesas girantes. Durante
essa reunião foram feitas perguntas a uma mesa, que respondia
por pancadas. Então o nosso Professor percebeu o que muitos,
talvez não tivessem percebido ainda, e concluiu "todo
fenômeno inteligente tem que ter uma causa inteligente".
Então começou a pesquisar de que forma objetos poderiam
expressar inteligência. Investigou a ação do
pensamento das pessoas sobre os objetos, investigou o fato de algumas
pessoas produzirem fenômenos que outras não podiam,
investigou a manifestação de alguma força da
natureza ainda desconhecida, e, concluiu que, necessariamente, a
inteligência demonstrada pelos objetos tinha uma origem
externa.
Em um trabalho extenso de compilação, analisando
as informações colhidas em muitas reuniões para
estudo deste fenômeno, e através do desenvolvimento do
"meio de comunicação" o nosso Professor compilou "O Livro
dos Espíritos". Mas não seria conveniente usar seu nome,
bastante conhecido na epoca. Era importante que este livro fosse
publicado por um autor desconhecido, para que o publico pudesse
analisar a obra imparcialmente. Nosso professor então adotou o
pseudônimo Alan Kardec.
Com o passar do tempo as mesas girantes cairam em interesse,
como acontece com todos os jogos de salão, que não
conseguem entreter espectadores avidos por novidades muito
tempo.
CID, 2006
MARTINS e BARROS, 1999
Referências
Bibliográficas
Chateubriand. F. R. de. O
Gênio do Cristianismo. Tradução de Camilo
Castelo Branco e prefácio de Tristão de Athayde.
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Grupo de Estudos
Avançados Espíritas. Disponível em:
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Napoleon, edição eletrônica em CD-ROM. USA:
World Library Inc., 1994 (The Story of Civilization, Vol. 11)
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KARDEC, A. Viagem
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Prefácio de Wallace Leal V. Rodrigues. 2. ed. Matão (SP):
Casa Editora O Clarim, ?.
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2. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1979.
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Apóstolo do Espiritismo, Sua Vida, Sua Obra. Tradução
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Documentos Biográficos.
Rio de Janeiro: ed. Lachâtre, 1999.
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Cambè. Rio de Janeiro: Newton Compton Brasil ltda., 1996
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W. L. V. Breve História de Pestalozzi. Revisão
e Apresentação Dora Incontri. Franca (São
Paulo): Fundação Pestalozzi, 1996
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Revolução Francesa. Tradução
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Paris: UNESCO – Oficina Internacional de Educación, 1994
(vol. XXIV, n. 1-2, p. 299-313. In: UNESCO. Disponível em:
http://www.ibe.unesco.org. Acesso em 13 de outibro
de 2003.
TERRERO,
J. Historia de España.
Edição revisada
por Juan Regla. Barcelona: Editorial
Ramón Sopena, 1988 (coleção Biblioteca Hispania)
WANTUIL,
Z. Grandes Espíritas do Brasil. 3.
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Brasileira, 1990.
WANTUIL, Z.; THIESEN, F.
Allan Kardec. Rio de Janeiro:
Federação Espírita Brasileira, 1979.
ZETTI, E. Deutschland in
Geschichte und Gegenwart. 6. ed. München: Max Hueber
Verlag, 1993.
Caboclos e Pretos Velhos, Alexandre Fontes da
Fonseca, Brasil
(Respostas a algumas perguntas recebidas recentemente por e-mail
sobre a comunicação mediúnica de espíritos
que se identificam como "Caboclos e Pretos Velhos")
1 - "É admissível a
entrada destes espíritos em uma casa espírita kardecista?"
Perfeitamente. Assim como todo
encarnado é bem recebido quando chega à
Casa Espírita, qualquer Espírito será atentido
pelos amigos espirituais naquilo que necessitar.
Além disso, todo desejo sincero de fazer o
bem é muito bem recebido pelos Espíritos
superiores que cuidam de criar oportunidades de estudo
e trabalho a todos.
Os bons Espíritos jamais agem com preconceito com quem
quer que seja. Assim, levando-se em conta que em nosso
mundo todos os Espíritos possuem, em maior ou
menor grau, diversas experiências e conhecimentos
adquiridos em diversas encarnações, certamente que
esses Espíritos que se apresentam como caboclos e pretos velhos possuem
muita coisa de si mesmos para dar. Além disso, a espiritualidade
superior os ajudará a perceber, como ensina a
Doutrina Espírita, que o pensamento é a
liguagem por excelência no mundo espiritual e que
a forma e trejeitos no falar e agir são acessórios sem
maior importância e que faz parte do progresso
espiritual superar esses costumes sem perder o que tem
real valor: o conhecimento e o sentimento.
Portanto, duas são as formas pelas quais espíritos
de caboclos ou pretos velhos podem entrar numa Casa
Espírita: para receber ajuda se ainda estiverem
necessitados; ou para aprender coisas novas e ajudar no
bem.
2 - "Como se comportar quando
é permitido a entrada deles?"
Nossa postura deve ser para com eles da mesma forma para com todo
Espírito que a espiritualidade permite se comunicar: respeito, atenção,
carinho, amor, sincero desejo de ajudar.
Cuidado deve ser tomado quando transmitem mensagens ou
orientações ao grupo: tudo deve passar
pelo crivo da razão. Note que isso não é
uma recomendação isolada para Espíritos de
caboclos e pretos velhos. Isso vale para TODA
comunicação mediúnica. Alías, isso
não é uma recomendação
exclusiva do Espiritismo. O apóstolo João em sua Epístola
I, Cap. IV, vers.1 disse: "Caríssimos,
não acrediteis em todos os Espíritos, mas provai se
os Espíritos são de Deus, porque são muitos os falsos profetas que
se levantarão no Mundo". Não há razão
para agir diferente com os Espíritos de caboclos e pretos velhos.
3 - "Há algum problema em
trabalhar junto com eles nos diversos setores de trabalho numa casa
espirita, tais como desobsessao, levando em consideraçao que
eles se apresentam sem nenhum de seus costumes de trabalho em outras
doutrinas como umbanda ?"
Não há problema algum em termos Espíritos
de caboclos ou pretos velhos na equipe espiritual que
trabalha em nossa Casa Espírita. Do lado
espiritual, os amigos espirituais responsáveis pela Casa Espírita
cuidarão de providenciar o que for necessário a eles. No
caso deles se comunicarem em nossas reuniões
mediúnicas, não haverá problema
algum desde que:
i) não consideremos suas mensagens especiais só
por serem caboclos ou preto velhos; Todas as mensagens
devem passar pelo crivo da razão, mesmo aquelas
que pareçam ser de origem elevada.
ii) busquemos auxiliá-los através do
esclarecimento quando sentirmos que ainda se sentem nas
condições em que viviam em sua
última encarnação. Por exemplo, esclarecer sobre
sua natureza como Espírito; que teve outras
encarnações e, portanto, possui maior
bagagem espiritual; explicar que
humildade não significa manter uma postura exterior de hábitos
e maneiras mas sim em atitude íntima de respeito por
todos, já que somos todos irmãos com as mesmas
capacidades e o mesmo destino maior que é o
progresso. Se percebermos que algum Espírito
está fingindo essa aparência, alertá-lo para com
a responsabilidade de seus atos e, no caso de insistência, fazer
uma prece por ele e pedir aos bons Espíritos que o afastem já
que não deseja aproveitar a oportunidade.
Certamente que os bons Espíritos podem aproveitar os
conhecimentos que eles possuem sobre os fluidos e como
manuseá-los. Mas, mesmo nesse caso, a
espiritualidade cuida de permitir que eles tenham acesso
a maiores aprendizados pois o objetivo maior de todo trabalho espírita
é o progresso nosso (encarnados) e deles (desencarnados).
Se puder procure as seguintes obras que tocam no assunto:
- Ary Lex, Pureza
Doutrinária, Cap. IV;
- Deolindo Amorim, O Espiritismo e as Doutrinas Espiritualistas,
Cap. III;
- J. Herculano Pires, Ciência Espírita, cap. IX;
- Manoel P. de Miranda, psicografia de Divaldo P. Franco,
Loucura e Obsessão;
- Therezinha Oliveira, Coleção: Estudos e Cursos:
Reuniões Mediúnicas, cap. 20.
Espero ter ajudado.
Um abraço fraterno,
Alexandre
TV Mundo Maior, Fundação Espírita
André Luiz, Brasil
www.tvmundomaior.com.br
Índice
2006 - Ano Internacional da
Evangelização, Grupo de Apoio a
Evangelização, Brasil
2006 - ANO INTERNACIONAL DA EVANGELIZAÇÃO
ESPÍRITA INFANTO-JUVENIL
Queridos irmãos de Ideal,
Após o início da
campanha 2006 - ANO INTERNACIONAL DA EVANGELIZAÇÃO,
o Grupo de Apoio a Evangelização, recebeu muitas
sugestões de diversas partes do mundo.
Com base nessas sugestões estamos organizando um CD
com atividades e subsídios para o educador espírita, em
todas as áreas:
-
sugestões de atividades para o educador
-
sugestões de atividades para a criança
-
músicas - letras cifradas e músicas em mp3
-
peças de teatro - com ou sem ilustrações
-
desenhos, figuras dos mais diversos temas
-
contos e histórias ilustradas ou não
-
poesias - ilustradas ou não - ou formato html com efeitos
- sugestões de atividades de artes plásticas
-
textos e artigos para estudo,
-
etc., etc.
Assim, rogamos o seu
auxílio, enviando sugestões nesta área para compor
o CD, que deverá ser distribuido com autorização
para se fazer cópias para uso no trabalho de
educação espírita.
No entanto, o material
deverá ser enviado com os respectivos créditos (autores
dos textos, desenhos, webdesigner, etc...), autorizados para a
distribuição gratuita.
Grupo de Apoio a Evangelização
Índice
Evento Espírita em Baltimore, Daniel Santos,
EUA
Estaremos fazendo um
evento com Dr. Raymond Moody Jr. e Divaldo Franco no dia 16 de Marco
aqui em Baltimore, USA. As informacoes ja estao online.
Veja tb o calendario de eventos da SSB e dos
eventos nos EUA (mais informacoes virao em breve)
www.ssbaltimore.org
www.ssbaltimore.org/Seminar/Divaldo/2006/page.html
Um grande abraco,
-Daniel Santos (from the Spiritist Society of Baltimore)
(SSB webmaster)
Índice
GRUPO DE ESTUDOS
AVANÇADOS
ESPÍRITAS
O
Boletim GEAE é distribuido por e-mail aos participantes do Grupo
de Estudos Avançados Espíritas
Informações
Gerais - http://www.geae.inf.br/pt/faq
Conselho Editorial - editor@geae.inf.br
Coleção dos Boletins em Português -
http://www.geae.inf.br/pt/boletins
Coleção do "The Spiritist Messenger" -
http://www.geae.inf.br/en/boletins
Coleção do "Mensajero Espírita" - http://www.geae.inf.br/el/boletins