por Nubor Orlando Facure.
Nem sempre comparar o cérebro a um computador reflete seu funcionamento.
O cérebro é um conjunto de sistemas que funcionam em fervura, a cerca de 40 graus.
Todos os processos estão em ebulição.
As transformações são constantes.
Nada está parado.
A interpretação do mundo, das coisas e das pessoas muda de uma hora para outra.
Nessa temperatura, fica muito difícil tomar decisões certas.
Por exemplo:
Com quem eu vou me casar?
É impossível conhecer, em todos os detalhes, os dois lados no casamento:
o que vai ser bom e o que vai ser ruim.
O problema é que eu não posso esperar, senão chega a velhice e eu acabo solteiro.
A neuropsicologia inventou um ótimo termo para essa situação:
“satisfiente”.
Uma mistura de satisfatório com suficiente.
Minha ansiedade e minhas necessidades básicas ficam atendidas.
Não tem como esperar o futuro para saber se outras opções me aguardam.
A sorte está lançada.
Depois, eu digo que casei por amor.

