Crônica: Revolução Espírita – a solução para a felicidade na Terra

O nosso planeta Terra é belo e, indiscutivelmente, a natureza reflete a beleza universal e a grandeza do Criador. O abrigo estabelecido pela Providência Divida se fez lentamente ao redor de 4,5 bilhões de anos. Tudo foi sendo construído adequadamente para, no momento certo, abrigar a vida. Após cerca de um bilhão de anos, os procariontes aparecem para dar origem à vida. A evolução continuou avançando com os vegetais, animais, culminando na humanização, o Australophitecus africanus, por volta de dois a três milhões de anos atrás.

 Esse mundo primitivo, com imensas dificuldades pela frente, segue rumo a evolução constante da vida até onde não podemos imaginar. O homem, o Homo sapiens, avança na associação inteligente para a matéria terrestre, produto do crescimento e forma do cérebro até os dias de hoje, com seu surgimento muito mais recente diante de todo o processo: há cerca de 300 mil anos.

Apesar dos momentos terríveis enfrentados pelos humanos na luta pela vida nos seus primórdios, momentos felizes sempre estiveram presentes na vida humana. Mas, no contexto geral, por que a Terra sempre foi palco de intermináveis desordens e sofrimentos?

A realidade inegável em convergência entre a humanidade, animais e plantas é que após o nascimento, a vida individual se extingue na Terra. Como ser humano dotado de pensamento, não há outra alternativa capaz de deixar de lado a reflexão sobre a morte, tendo em vista o começo, meio e fim. Pode-se viver intensamente o dia a dia evitando-se falar sobre ela, mas ao nosso redor e no íntimo de cada um isso é inevitável.

Nessa condição de obscurantismo, a ciência, a filosofia, a religião, a ciência filosófica e todas as formas e fundamentos ligados ao pensamento ganham espaço, inclusive o materialismo puro, onde para alguns tudo acaba e ponto final.

Simbolismos e dogmas religiosos como a figura do diabo, infelizmente permanecem até os dias de hoje. Servem como domínio pelo poder e interesses pessoais de alguns para coibir a evolução do livre pensamento. Felizmente, não se pode parar a mente livre de refletir e, com a razão aguçada, não há mais tempo a se perder.

Imaginemos outro mundo. Um mundo onde todos os seus habitantes são felizes. Não há sentimentos inferiores como orgulho, vaidade, ódio; somente virtudes: humildade, fraternidade, caridade, entre outras a favor da vida comum. Deus existe, pois a continuidade eterna e a harmonia da vida seguem sob a regência da felicidade. Esse mundo existe.

A humanidade na Terra continua seu rumo na hierarquia dos mundo em evolução. Do primitivo, ao expiatório e provas e, enfim, para a regeneração, está sendo um longo caminho. As passagens da evolução da humanidade se definem ao longo da história e, como num filme, é possível reconhecê-las no livro “Revolução Espírita: a teoria esquecida de Allan Kardec[1] do escritor e pesquisador Paulo Henrique de Figueiredo.

Nessa leitura, observa-se um projeto muito bem planejado pela Espiritualidade Maior, onde cada momento é acompanhado e revisto para se aprimorar conforme seu objetivo com adequações necessárias.

Todas as formas e fundos do pensamento humano foram cogitadas por pensadores ilustres e outros tantos desconhecidos que se perderam na história.

Ciência e cientistas, filosofia e filósofos, religião e religiosos, todos buscam apoios em suas próprias mentes na procura da solução final. Entretanto, a angústia, a miséria, os conflitos, as desigualdades ainda perduram com a baixa evolução espiritual do planeta. Lamentavelmente, muitos grandes missionários do bem sofreram as injustiças desse triste ambiente, porém suas contribuições foram fundamentais para o progresso do processo.

Atualmente, há um reboliço de posições mirabolantes retrógadas e outras que agregam nomes bonitos, mas já definidas na doutrina espírita pura e simples, com vertentes de interesse comercial e poder da vaidade.

Esse borbulhar é o sinal do aquecimento dos novos tempos em transição.  Seguindo em frente vem a calmaria, qual água fervente após o desligar do calor provocante.

A Revolução Espírita que teve seu marco inicial em 18 de abril de 1857, com a publicação do Livro do Espíritos, definitivamente apresenta a solução à humanidade, pelos Espíritos Superiores coordenados por Allan Kardec.

A elucidação da existência da vida após a morte surge com a comunicabilidade entre a alma encarnada, ligada à dupla condição: o corpo material e o perispirito e os espíritos desencarnados livres do meio físico. Teorias e ações designadas de fora para dentro (heteronomia), qual espada empunhada sobre a cabeça mantendo o princípio das penas e recompensas são abandonadas para uma ação reflexiva interna do ser (autonomia), utilizando-se as observações de tudo ao seu alcance com o uso da razão.

O campo experimental é extremamente rico ao se falar do suprassensível. Experiências pioneiras com o criador do magnetismo animal, o médico alemão Franz Anton Mesmer (1734-1815) e depois com o espiritismo mostraram o poder da cura de doenças com a forte ação do espírito sobre a matéria, que instigam relevante reflexão sobre o há por vir para além do nosso século 21.

O trabalho dedicado à pesquisa séria e competente de Paulo Henrique guia o leitor ao clarão da revolução espírita para a melhoria da humanidade com o aperfeiçoamento moral de cada ser humano. Assim obtém-se a solução espírita para todos os problemas, chegando-se ao mundo feliz e não permitindo que o planeta Terra seja destruído pela inferioridade espiritual.

Ao espírita, segue o alerta para o alinhamento do rumo dentro desse maravilhoso projeto voltando ao estudo cuidadoso da codificação espírita de Allan Kardec com humildade e fraternidade. Esse é o melhor caminho possível. Caminho em que o coração segue e a satisfação pessoal é o grande mérito de seu próprio esforço rumo à felicidade eterna.

Sejam os verdadeiros espíritas os primeiros a se beneficiarem da alegria de viverem conscientes no bem comum!

[1] Figueiredo, Paulo Henrique de. Revolução espírita: a teoria esquecida de Allan Kardec . Editora MAAT,  São Paulo, 1a. Edição, 2016, 640p.

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