Aula 3 – Antecedentes do cristianismo

por Maurício Junior

O Messianismo
A Comunidade Judaica
A Palestina no Tempo de Jesus

 

1 – O MESSIANISMO

    O messianismo é, na religião hebraica, a crença no caráter salvador e redentor de um personagem que aparecerá no futuro, designado por Messias, palavra que, no Antigo Testamento, significava inicialmente ‘o ungido’ em geral. O termo personalizou-se até ganhar, no judaísmo intertestamentário, o sentido de ‘o ungido’ por excelência, identificado com um futuro rei da casa de Davi, prometido por Deus, predito pelos profetas e esperado pelo povo, que virá libertar do jugo estrangeiro, restaurando a antiga glória de Israel. O cristianismo tem relação estreita com esse conceito; mas, enquanto para a tradição judaica o Messias é ainda esperado, para a tradição cristã já se manifestou em Jesus de Nazaré, sendo todos os outros personagens messiânicos considerados pré-Messias ou falsos Messias.

    Na sequência da evolução gradual que vinha do Antigo Testamento, firma-se na tradição rabínica, entre o séc. II a.C. e o séc. II d.C., um conceito de Messias que se conservou até hoje essencialmente idêntico. Trata-se de um redentor humano para Israel, eleito por Deus e, por intermédio de Israel, para toda a humanidade. Mensageiro de Deus e instrumento humano de sua vontade, por Deus será enviado no momento justo. No cumprimento de sua missão, a de redimir Israel libertando-o de sofrimentos, humilhação e opressão seculares, o Messias aparecerá, na linhagem que vem de Moisés, como o maior de todos os profetas da justiça.

    Condenado à existência de pequena nação numa terra distante e pobre, o povo judeu, desde o tempo de sua volta do exílio babilônico (586-539 a.C.), tinha se tornado uma comunidade religiosa, reunida em torno do Templo de Jerusalém.  Privado de sua independência política, depois de uma série de dominações estrangeiras, encontrava-se, no início da era cristã, sob o jugo dos romanos. Graças à sua religião, conseguira isolar-se das potências estrangeiras, resistindo à influência de suas culturas e religiões. Sua força vital reside justamente naquilo que sempre se subtraiu aos governos estrangeiros que se sucediam: a sua religião.

    Com efeito, o povo judeu não procura sua realização da mesma maneira que os outros povos da terra. A Aliança e a condição de povo eleito determinam-lhe a vida: a Lei e a esperança conferem-lhe o verdadeiro sentido. Israel considera-se o “povo eleito” de Javé, um povo santo, que foi separado deste mundo, de seus interesses e ideais, e cujo centro de existência se encontra em Javé. Esse Deus, por sua vez, é um Deus que exige o direito e a justiça e que pune o pecado, mas, ao mesmo tempo, ama seu povo como um pai ama o seu primogênito, como um marido ama a sua mulher. Israel vive da certeza de que cada coisa lhe vem do seu Deus. É esse também o sentido de sua esperança messiânica.

    Assim, o povo hebreu, durante séculos subjugado por impérios opressores, possuía uma grande e consoladora esperança: a da redenção, a ser alcançada num fiat, por um Messias divino insistentemente anunciado por todos os grandes profetas, desde a mais remota antiguidade judaica.

    Nessa situação, o povo judeu não esqueceu seu passado, o êxodo e a terra Prometida. Pelo êxodo, o povo libertara-se da opressão. E embora o povo tivesse hesitado na dura caminhada no deserto, o seu destino passou a ser Canaã, para onde Javé mesmo parecia guiá-los. Somente a um ‘povo escolhido’ poderia suceder esse milagre. Bastava crer, e crer era obedecer. A conquista e a posse de uma terra própria significavam selar o pacto que Deus fizera com o povo.

    O exílio marca profundamente a alma dos judeus. Sua humilhação aumenta com o domínio estrangeiro. A esperança numa intervenção direta de Deus – através do Messias prometido – torna-se obsessão, visão utópica ou escatológica (1). Nesse sentido, os profetas exerceram papel relevante, mas, também, frequentemente, desconcertante, anunciando o abandono de Deus e a destruição. Em sua tristeza extrema, para o povo, na sua própria terra ou no exílio, a profecia era esperança e alegria. Deus se afastava do povo judeu sempre que este desobedecia a Ele ou ia em busca de outros deuses – tal era o discurso dos profetas, de Samuel a Malaquias. Institucionalizou-se a crença na retribuição divina – uma recompensa, porém, de caráter essencialmente político, de obediência à Lei, obrigação permanente, regulamentada pelos escribas.

    Acostumados, porém, à estrita fidelidade à letra dos textos imemoriais, os intérpretes dos livros santos somente podiam imaginar um Messias político, que libertasse Israel do jugo romano e restabelecesse, em todo o seu esplendor, a pujança do povo de Deus. A imagem desse Messias poderoso e invencível não podia conferir com a realidade do pobre carpinteiro que nem mesmo dava muito importância às tradições da raça. Além do mais, e para encerrar qualquer debate sobre a autenticidade do Messias, bastava dizer que o carpinteiro morrera crucificado, morte infamante e ignominiosa. Se fosse mesmo o Messias, teria, pelo menos,  naquela hora suprema, convocado as falanges angelicais para reduzir seus opressores a pó.

    É que a linguagem dos profetas, além de formulada num contexto que já há muito se perdera nas dobras do tempo, é sempre simbólica. Para dar ideia da grandeza do enviado celeste, que outra imagem poderia ser invocada por Isaías senão a de um rei de grande poder? Para figurar que vinha de elevadíssimas regiões do mundo espiritual, Daniel e Enoc descreveram-no descendo dos céus. Quase todos pensavam numa figura carismática que mudasse o rumo da História num segundo, ao sopro de sua vontade poderosíssima, para ocupar o trono do mundo, no exercício de um poder temporal incontestável, com sede em Jerusalém, a mais sagrada das cidades. Todos os gentios seriam submetidos a Israel, aceitariam Javé e obedeceriam à Lei de Moisés. Daí em diante, a paz instalar-se-ia para sempre na Terra, tornada fértil e abundante.

    Por isso, não foi possível aos judeus ortodoxos, presos à letra das profecias, reconhecer na figura mansa de Jesus o grande Messias prometido. Ele não tomou o poder temporal nas mãos, admitiu até mesmo o pagamento de impostos a César, não se importava com o se misturar aos publicanos, samaritanos e aos inúmeros pecadores de todos os matizes; na verdade, até os procurava, dizendo que os doentes é que precisavam de remédio. Finalmente, em vez de implantar o domínio de Israel sobre o mundo, morreu crucificado. Que Messias era aquele que nem a si mesmo conseguiu salvar?

    É preciso procurar entender a posição dos judeus ortodoxos da época, para compreender por que rejeitaram Jesus como Messias. A hostilidade com a qual o trataram não foi certamente pela figura humana de Jesus, mas pela ameaça que a sua pregação reformadora representava para a estrutura religiosa milenarmente estabelecida e consolidada. Não podemos esquecer também que o judaísmo era uma teocracia (2), e que tudo quanto ameaçava o poder religioso punha inevitavelmente em xeque o poder civil e, portanto, a própria sobrevivência do Estado.

    Pouco valeram para as maiorias judaicas as insistentes afirmativas de Jesus de que não pleiteava nenhum poder temporal. A rígida interpretação literal das profecias havia criado e cristalizado nas mentes uma determinada imagem para o Messias; como Jesus não correspondesse a essa imagem, reduziu-se a um mero agitador de ideias subversivas. Temia-se que, com o seu extraordinário poder de persuasão sobre as massas humildes, na hipótese de ser deixado com vida alguns anos, conseguisse enfraquecer, irrecuperavelmente,  a autoridade até então incontestável do sacerdócio organizado, que dominava toda a comunidade judaica, não apenas em Jerusalém, mas em todos os agrupamentos da diáspora, pelo mundo a fora. Tal ordem se assentava nas mais puras tradições da lei que, para todos, representava a palavra do próprio Deus a Moisés. Como se atrevia alguém a dizer que o sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado? Não dissera Deus que o sábado era dia de descanso?

    Todo o ensino e as ações de Jesus tornam-se, para os discípulos e seguidores, elos que ligam a sua história passada à consumação da obra de Deus no mundo. As profecias cumprem-se para eles nos mínimos detalhes. A mensagem messiânica, esboçada pelos Salmos, configura-se plenamente nos Profetas. O Messias, segundo Isaías, será filho de uma virgem (em Is 7,14 o vocábulo almah pode ter o significado de ‘mulher jovem’; a Septuagina, versão grega do Antigo Testamento, traduz almah por parthénos, ‘virgem’); nascerá em Belém (Miq 5,1), com a casa de Davi destronada (Am 9,11); entrará em Jerusalém montado num asno (Zac 9,9), onde será crucificado (Sl 22,17), morrerá (Is 53), ressucitará (Is 53,11) e fundará o reino da paz e justiça (Is 9,6).

2 – A COMUNIDADE JUDAICA

    Com a morte de Herodes, o Grande, no ano 4 a.C., seu reino foi dividido entre seus três filhos. Coube a Filipe, a Ituréia e a Traconítide; a Herodes Antipas, a  Galiléia e a Peréia; Arquelau ficou com Samarítis, a Iduméia e a Judéia, onde se incluíam agrupamentos humanos que se inscreveram para sempre na História: Belém, Hebron, Berasheba, Gaza, Gadara, Emaús, Jope, Cesaréia, Jericó e a própria Jerusalém.

    A população era mista. Algumas cidades eram sujeitas, predominantemente, à influência grega, outras à da Síria. Os gentios dominavam as cidades costeiras, exceto Jope e Jamnia, e a região da Decápolis – as dez cidades do Jordão. As vilas do interior eram quase totalmente judias.

    É fácil, pois, entender as rivalidades ideológicas e os inúmeros e frequentes atritos, pelo desgosto profundo e às vezes intolerável que causava aos judeus ortodoxos a convivência com povos de outras raças e costumes numa terra que todos consideravam como sua por direito divino.

    A existência comunal judaica era totalmente dominada pelos preceitos religiosos, dentro de rígidos códigos de moral, de higiene e de hábitos alimentares escrupulosamente respeitados. As transgressões eram punidas com extremo rigor. Nessa atmosfera de fiel observância da lei mosaica, a imoralidade e o politeísmo dos vizinhos pagãos chocavam e desgostavam os judeus. Era natural que surgissem atritos, ditados pelo intransigente objetivo de preservar a qualquer preço a pureza doutrinária do Judaísmo.

    Por outro lado, entre os próprios hebreus havia dissensões mais ou menos profundas. Os judeus da Judéia desprezavam os galileus, enquanto estes criticavam aqueles pela escravidão às minúcias da lei. Divergências sérias persistiam entre judeus e samaritanos. Os samaritanos, por sua vez, achavam que Javé habitava o monte Gerizin, na Samaria, e não o Sion. E, pecado imperdoável: rejeitavam as escrituras, exceto o Pentateuco.

    Um sentimento unânime, porém, predominava em todas essas facções que se desprezavam mutuamente: o ódio ao opressor romano, que espezinhava suas tradições e lhes cobrava um alto preço em impostos, pela convivência mais ou menos pacífica.

    Viviam na Palestina, nos primeiros anos da nossa era, cerca de 2.500.000 habitantes, dos quais 100.000 em Jerusalém. A língua mais comum era o aramaico, enquanto que os mais cultos – especialmente os sacerdotes e os rabis – conheciam o hebraico. A suprema autoridade da raça era o Sinédrio, que reunia no recinto do templo as figuras mais eminentes da época: sacerdotes e grandes doutores da lei. Sua autoridade estendia-se sobre toda comunidade judaica, e não apenas sobre a de Jerusalém. As reuniões eram presididas pelo Sumo-Sacerdote.

    Dirigentes religiosos fanáticos sempre se mancomunaram com políticos ambiciosos ou indiferentes para eliminar os indesejáveis. De qualquer maneira, o Sinédrio podia condenar aqueles que julgasse culpados de crimes de natureza religiosa, mas não podia executar a sentença sem a confirmação do poder civil. E isto, também, era outra forma de humilhação a que tinham que se submeter as autoridades judaicas da época.

    Dois grupos disputavam o poder e a glória nos debates do Sinédrio: a facção conservadora, liderada pelos sacerdotes mais eminentes e apoiada pelos saduceus, e o grupo liberal, sob a influência dos fariseus e escribas. As camadas mais altas do sacerdócio e da sociedade eram predominantemente compostas de saduceus, seita fundada por Sadoc. Em política, eram nacionalistas, e, em religião, ortodoxos, negando a vida futura e o messianismo. Lutavam pela rígida imposição da lei escrita, segundo o Torá, mas não olhavam com simpatia as inúmeras regrinhas da tradição oral, adicionadas posteriormente, nem as interpretações literais dos fariseus. Os saduceus não aceitavam a ressurreição dos mortos.

    Os fariseus eram populares e tinham mais preocupações religiosas do que políticas. Consideravam-se mais puros, em vista do rigor com que observavam todas as prescrições da lei, interpretada nas mais extravagantes minúcias da tradição. Por isso, evitavam misturar-se aos saduceus que, por certo, consideravam impuros. A designação de fariseus foi-lhes dada pelos saduceus, e significa separatista dado que não queriam mesclar-se com os outros. Criam na vida futura, aceitavam literalmente  as imagens apocalípticas e eram ardorosos na sua esperança messiânica. Para os fariseus, entretanto,  a religião se limitava à observância de uma lei externa, o que era suficiente para se alcançarem recompensas, não sendo merecedores destas os não praticantes da lei.

    Além dos dois grupos dominantes, uma seita de menor influência destacou-se para viver uma existência monástica (3) de pobreza e trabalho. Foram os essênios. Calcula-se que seu número não ia além de 4.000 na Palestina. Não apenas seus interesses, mas também os bens eram comuns a todos. Observavam com rigor os preceitos da lei escrita e da tradição oral. Vestiam-se de branco e praticaram formas bastante seguras de comunicação com os Espíritos, dos quais recebiam instruções.

    Outros grupos se formaram mais em função da dominação estrangeira: os herodianos, formado pela corte de Herodes Antipas, na Galileía, não se apresentam como um grupo social determinado, mas colaboram para a dependência dos judeus em relação aos romanos. São fortes opositores dos zelotas e vivem preocupados em capturar agitadores políticos na Galiléia; o outro grupo, os zelotas, partem para a luta armada. Por isso as autoridades os consideram criminosos e terroristas, e são perseguidos pelo poder romano. O grupo é formado por pessoas que provêm  especialmente da classe dos pequenos camponeses e das camadas mais pobres da sociedade, massacrados por um sistema fiscal impiedoso. Oriundos da Galiléia, são movidos por um nacionalismo extremado e desejam expulsar os romanos, para formar um estado teocrático, governado por um descendente de Davi. Nesse sentido, são reformistas.

    Quanto aos escribas, que Jesus frequentemente censura e critica, juntamente com fariseus e saduceus, integravam uma profissão e não uma seita religiosa. Eram homens instruídos na lei e que falavam nas sinagogas (4), ensinavam nas escolas e debatiam em público ou em particular os inúmeros pontos doutrinários, chegando mesmo a pronunciar julgamento em casos específicos que lhes eram submetidos a exame. Alguns eram sacerdotes, outros saduceus, mas a maioria era composta de fariseus. A partir de Hilel, o grande rabi que foi em parte contemporâneo do Cristo (70 a.C. – 10 d.C.), os rabis passaram a desempenhar as tarefas antes atribuídas aos escribas. Hilel foi um grande rabi, famoso pela sua humildade, paciência e brandura. Foi quem estabeleceu os três princípios básicos para a vida humana: o amor ao próximo, a paz e o conhecimento da lei.

    As instituições fundamentais do judaísmo são o Templo e a Sinagoga. O Templo é o centro econômico, político e judiciário da vida do povo, e é dominado pelos saduceus. Quase toda a economia do país converge para o Templo, a ponto de este se tornar o tesouro nacional. No campo político, o Templo é o centro de onde atua a cúpula governamental judaica, formada pelo Sinédrio, que agrupa sacerdotes e anciãos (grandes proprietários de terra). Ideologicamente, o Templo exercia uma grande força de controle sobre a sociedade, pois eram os sacerdotes que determinavam quem estava puro ou impuro, isto é, quem estava mais próximo ou mais distante de Deus, estabelecendo toda a estratificação da sociedade.

    A Sinagoga era o lugar onde o povo se reunia para a oração, para ouvir a palavra de Deus e para a pregação. As sinagogas estavam espalhadas por todo o país, inclusive nas aldeias, e eram um centro de educação e formação do povo. Eram controladas pelos fariseus e escribas, que propagavam suas ideias, exercendo grande influência sobre o povo e adquirindo cada vez mais prestígio.

3 – A PALESTINA NO TEMPO DE JESUS

    Depois de 63 a.C., a Palestina se tornou parte da província romana da Síria. Herodes Magno (37 – 4 a.C.), por concessão de Otaviano, conserva o título de rei sobre toda a região da Palestina. Antes de sua morte, prevendo uma luta pela sucessão, Herodes repartiu o reino entre seus filhos Arquelau, Herodes Antipas e Filipe. Por denúncia dos próprios judeus, Arquelau é deposto pelo imperador Augusto, e a parte central da Palestina se torna procuradoria romana. O procurador era um romano nomeado diretamente pelo imperador, com poderes civis, militares e judiciários, a fim de administrar uma região que poderia causar dificuldades para o império.

    No tempo de Jesus, a Palestina está dividida numa procuradoria que engloba a Judéia e a Samaria, e em regiões periféricas que formam tetrarquias (5). Na época da atividade de Jesus o procurador era Pöncio Pilatos. As tetrarquias eram governadas por Herodes Antipas (Galiléia e Peréia), Filipe (Ituréia e e Traconítide) e Lisânias (Abilene). A Decápole era um território que dependia diretamente do legado da Síria.

    A dependência da Palestina em relação ao império se verifica a nível econômico e político. No nível econômico, os romanos cobram uma série de impostos: o tributo, que é um imposto pessoal sobre as terras; uma contribuição anual para o sustento dos soldados que ocupavam a Palestina; um imposto sobre a compra e venda de todos os produtos.

    No nível político, Roma permite que os países dominados mantenham governo próprio, mas submetido à aprovação e nomeação imperial [reis, etnarcas (6), tetrarcas]. Nos lugares de conflito o imperador intervinha mais diretamente, nomeando um procurador romano, que tinha sob seu comando tropas auxiliares, administrava a cobrança de impostos e detinha a jurisdição exclusiva em sentenças capitais. Para a Judéia e Samaria havia um procurador (exceto durante os reinados de Herodes Magno e de Agripa). Por outro lado, os países podiam gerir suas questões internas. Para a Judéia e Samaria, o órgão administrativo era o Sinédrio (7), chefiado pelo sumo sacerdote. Entretanto, o procurador reservava para si o poder de nomear ou depor o sumo sacerdote.

    No nível ideológico, Roma permite que os judeus sigam seus costumes e religião, de acordo com a estrutura interna do judaísmo.


(1) Escatalogia – 1 – Doutrina sobre a consumação do tempo e da história. 2 – Tratado sobre os fins últimos do homem
(2) Teocracia – Forma de governo em que a autoridade, emanada dos deuses ou de Deus, é exercida por seus representantes na terra.
(3) Monástico – Relativo à vida solitária.
(4) Sinagoga – Lugar onde os judeus se reuniam para oração, para ouvir a palavra de Deus e para pregação
(5) Tetrarca – Governador de uma Tetrarquia; cada um dos quatro reis de uma tetrarquia.
(6) Etnarca – Governador de província, no Baixo-Império.
(7) Sinédrio –  Entre os judeus, Tribunal formado por sacerdotes, anciãos e escribas, que julgava as questões criminais ou administrativas.


TEXTOS EXTRAÍDOS DE:

MIRANDA, Hermínio C. As Marcas do Cristo. vol. II
Enciclopédia Britânica.
Enciclopédia Barsa.
Guia de Leitura aos Mapas da Bíblia. Paulus


 Fonte: BOLETIM GEAE | ANO 09 | NÚMERO 410 | FEVEREIRO DE 2001

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