Grandes Ideias: uma revisão resumida – II

por Nubor Orlando Facure.

 

21 – “Fenomenologia” (em grego significa algo que aparece) Edmund Husserl (1859-1938)
É o estudo das manifestações. Na filosofia alemã, a palavra “fenômeno” refere-se a alguma coisa ou algum evento tal como ele aparece para a consciência humana (em oposição ao que ele é essencialmente, independente da percepção).
Nunca somos simplesmente conscientes, mas, sempre consciente de alguma coisa. A consciência atinge as coisas e as apreende, e o modo como as coisas nos aparecem depende tanto de seu próprio caráter (sua essência) quanto da maneira como a “apreendemos”.
Temos uma participação na elaboração dos objetos de nosso mundo – dando-lhes significado, por exemplo.
Husserl falava de um “ego transcendental” separado da consciência e de alguma forma imortal.

22 – “O existencialismo”. Jean-Paul Sartre.
É um estudo da experiência subjetiva. O que somos é o que fazemos, se queremos realmente ser, temos que agir. E baseamos nossas ações em valores que são verdades puramente subjetivas e individuais, matérias de fé, improváveis, mas sumamente reais.
O bom e o mau não têm nenhuma realidade objetiva ou essencial. Ao invés disto são “verdades subjetivas”. Existem circunstancias em que o mau pode ser considerado bom. (Ex: – matar alguém quando esse alguém é um inimigo).
Ser humano é agir em face de tal incerteza. O existencialismo dá ênfase à existência e à escolha individual. A sociedade não pode nos oferecer certeza sobre o bom e o mau, o certo e o errado.

23 – “O conhecimento em si mesmo é poder”. Francis Bacon (1561-
1626). Advogado inglês, coinventor do método científico.
O poder do conhecimento não é vantagem pessoal ou política, é controle da natureza. A ciência deve ser baseada na indução e na experimentação, não na metafísica e na especulação. Qualquer tipo de suposição previa vai provavelmente distorcer a percepção e a interpretação. Bacon desprezava o papel da hipótese (hoje sabemos que sem hipóteses não existem experimentos controlados).
Ele cometeu erros grosseiros, pensava que o mundo era caótico e seria um erro abordar a natureza com a suposição de leis uniformes (na verdade a ciência confirmou que o mundo é ordenado, que existem regras e padrões simples inscritos na natureza). Ele considerou também que os valores sociais e morais dirigiriam e restringiriam os avanços tecnológicos, o que não se confirmou com o tempo.

24 – “Mudanças de paradigma” – Thomas Kuhn (1962).
A ciência não é uma transição suave do erro à verdade, e sim uma série de crises ou revoluções expressas como “mudança de paradigma”.
O progresso científico está mais para uma série de transformações do que para um crescimento orgânico.
Kepler e Newton imaginaram um universo mecânico funcionando como um relógio. Para a Relatividade de Einstein e a Incerteza de Heisenberg, o mundo aparece mais relativo e incerto do que nunca.
O próximo paradigma não pode ser jamais previsto, já que sempre vemos o futuro através do paradigma que temos no presente.

25 – “Teoria da Relatividade” 1905. Albert Einstein
“O tempo e o espaço não são grandezas fixas”. O movimento é relativo. Não existe velocidade absoluta, só relativa.
Espaço e tempo são mais efeitos psicológicos do que “realidades” da natureza.
“Antigamente se acreditava que, se todas as coisas materiais sumissem do universo, restariam o tempo e o espaço. De acordo com a teoria da relatividade, entretanto, tempo e espaço desaparecem junto com as coisas”.
Dando energia a um objeto, para todos efeitos, a sua massa aumenta.

26 – “O salto Quântico”. Max Planck.
Mecânica quântica é a ciência que descreve como as partículas subatômicas viajam, orbitam e saltam. E como estas atividades produzem luz.
A luz era tida como uma forma de energia ondulatória. Max Planck propôs que a luz se propaga em jatos de “quanta”, uma espécie de “pacote” de partículas – os fótons.
Niels Born em 1913 descreveu o salto quântico dos elétrons que pulam de uma órbita para outra liberando energia em forma de fótons.

27 – “O Princípio da Incerteza” – Werner Heisemberg

“Nós mudamos o mundo quando o observamos”
Não podemos observar a posição de um elétron exceto fazendo alguma coisa rebater nele – a luz, por exemplo. Essa energia, no entanto, vai perturbar o caminho do elétron em maior ou menor grau.
O próprio ato de observar a posição de um elétron vai fazer com que ele “se comporte” mais como uma partícula, enquanto que o ato de medir sua energia fará que ele “se comporte” mais como uma onda.

28 – “ O Paradoxo de Russel” : Metelinguagem. Bertrand Russel (1872-1970).
Dizia Epimenides, de Creta: “todos os cretenses são mentirosos”.
Para Russel, um conjunto de coisas físicas não pode conter-se a si próprio, já que um conjunto não é uma coisa física. Ex:- a classe de grupos étnicos da Califórnia. Cada grupo é um conjunto:- o conjunto de latinos, de chineses, de euro-americanos e de afro-americanos. Porém, o conjunto de grupo étnico não é, em si, um grupo étnico, portanto não contem a si mesmo.
Esse paradoxo de Russel indica que a aritmética não pode se basear na lógica dos conjuntos:- chegamos a um “colapso lógico”.
É o mesmo paradoxo do mentiroso de Creta. O conjunto de cretense não é um cretense.
Meta linguagem é a linguagem que faz uma afirmação sobre si mesma. Dizer que tudo que eu digo é mentira deve ser banida para o reino do absurdo, já que tenta igualar linguagem à metalinguagem violando a hierarquia e fazendo a linguagem dar voltas sobre si mesmo.

29 – “Teorema da incompletitude de Godel”. Kurt Godel (1931).
Qualquer sistema formal de pensamento, com a lógica padrão ou a aritmética, esta destinada a ser incompleta. Dado um número finito de suposições (axiomas) e as regras para daí se deduzirem proposições, se os axiomas forem consistentes, sempre podemos propor pelo menos uma afirmação verdadeira que o sistema não pode provar.
A prova definitiva terá de ser procurada fora do sistema dado.
Em aritmética não podemos provar, por exemplo, os axiomas:- zero é um número e, um número é igual a si mesmo.

30 – “A lógica difusa”. Jan Lukasiewicz (lógico polonês).
Os axiomas e as leis matemáticas nos dão certeza de certos resultados:- 2+2=4; a soma dos ângulos de um triangulo soma 180o; a velocidade da luz é uma grandeza constante. Blaise Pascal criou a estatística para calcular as probabilidades num jogo conseguindo grande margem de acerto. Todos estes cálculos poderiam ser chamados de “lógica precisa”.
Em certas situações temos de nos valer de uma “lógica difusa”. Para os metereologistas ou chove ou não chove, mas, o próprio conceito de chuva é difuso (a neblina e os pingos grossos que costumam cair em pequena quantidade).
A mulher de 1,50 m é alta ou baixa na Suécia, e no Japão? Portanto o conceito de mulher alta ou baixa é muito difuso. Assim também é a definição de uma pessoa feliz.
Os “aparelhos” inteligentes fabricados no Japão (robô, microondas, câmeras de vídeo) também já saíram do esquema liga-desliga possuindo agora um meio-termo de corrente da lógica difusa.

31 – “Entropia” – Rudolph J.E.Clausius 1865
“A energia do universo é constante”. “A entropia do universo tende para um máximo”. Tropos, do grego significa transformação.
Leis da Termodinâmica:
1a. “A energia não pode ser criada ou destruída; pode apenas mudar de forma”.
2a. “O calor jamais pode passar espontaneamente de um corpo frio para um corpo mais quente”. A água no forno jamais se transforma em gelo. A transferência de calor de um corpo para outro é irreversível.
O trabalho só é produzido quando a energia (em forma de calor) passa de um estado de grande excitação para um estado de excitação menor, isso é, do mais quente para o mais frio.
Uma vez “dissipada” a energia do corpo mais quente para o mais frio, o calor não será mais recuperado a não ser acrescentando mais energia ao sistema.
Num ambiente quente como, por exemplo, num gás aquecido dentro de um recipiente, as moléculas se distribuem dentro de uma certa “ordem”. As moléculas agitadas permanecem de um lado e as mais lentas ficam do outro lado.
Quando a temperatura se homogeneíza ( a mesma em todo sistema) rápidas e as lentas ficam misturadas homogeneamente. A energia do universo está se dissipando em uma forma de energia não aproveitável.
Entropia é o nome dado por Canot à porção de energia não aproveitável que existe em um sistema. A entropia do universo, por isso, tende para um máximo (para um estado de desorganização que é mais fácil de obter).
A célula é um sistema fechado, organizado, com grande energia e baixa entropia. Ela tende, porém, a dissipar energia para o exterior, aumentando a entropia (desorganização) e precisa receber energia de fora (alimentos) para se organizar novamente.
Os sistemas mais quentes têm ordem porque suas moléculas mais agitadas estão agrupadas de um lado e as menos agitadas do outro. Ao esfriar o ambiente, aumenta a desordem (a entropia) porque as moléculas ficam todas misturadas.

32 – “Teoria do Caos” – Chãos -= do grego, um vazio abissal.
James Yorke – 1975
Teoria do caos: a desordem ordenada – um padrão de organização existindo por traz da aparente casualidade.
Iniciou-se em 1960 com o metereologista do M.I.T. Edward Lorenz que desenvolveu modelos computacionais padrões do tempo usando 12 equações simples que modulávamos fatores que influenciam o tempo.
Lorenz descobriu que: pequenas mudanças ou pequenos erros em um par de variáveis produzem efeitos tremendamente desproporcionais (até mesmo devastadores como é o caso das tempestades). Para o período de um ou dois dias, elas não faziam diferença; mas para um mês ou mais, as pequenas mudanças produziam padrões completamente diferentes. Ele denominou a descoberta de “efeito borboleta” – Em 1979 ele publicou um trabalho intitulado: “Predizibilidade: pode o bater de asa de uma borboleta no Brasil desencadear um tornado no Texas?”
Dependendo de como você utiliza um certo fator, os resultados podem se tornar altamente previsíveis ou altamente caóticos.

33 –”A ontogenia recapitula a filogenia” – Ernest Heinrich Haeckel (criador do termo ecologia) “Morfologia geral dos organismos” de 1866
O desenvolvimento do embrião recapitula o desenvolvimento da espécie.
Esse aforismo levanta a questão de como os organismos tomam forma.
Aristóteles considerava que no início os embriões não teriam formas e a seguir ocorreria um crescimento em 3 estágios durante os quais uma nova forma é impressa a partir do exterior do embrião.
No século XVIII predominou a ideia de “préformacionismo” – que postulava que desde a concepção os organismos contêm sua forma adulta completa, que se desenvolve com o decorrer do tempo (os biólogos consideravam isso como sendo evolução, desdobramento). Malpighi que descreveu os túbulos renais fez vários estudos sobre o embrião de galinha.
A partir do século XIX mesmo os filósofos e os poetas já consideravam que o mundo não era pré-formado e estático, mas como um processo dinâmico com mudanças constantes e progressivas. Nessa época os biólogos alemães chamados filósofos naturalistas produziram a ideia de recapitulação biológica: todos os organismos inferiores eram aproximações parciais do homem e o homem seria o estágio final em um processo de perfeição. Considera-se hoje que a evolução depende de mutações genéticas essencialmente casuais (?) frequentemente nos primeiros estágios de desenvolvimento. Portanto, a evolução “acontece” no começo da ontogenia – isto é, se os genes sofrerem mutação no início do desenvolvimento do embrião.
Podemos dizer que é a filogenia que recapitula a ontogenia e a regra é a divergência de outras espécies e não a sua recapitulação.

34 – “Evolução das espécies”.
Jean Baptiste de Monet (Lamarck) (1744-1829) considerava que as espécies tendem a se adaptar às pressões do ambiente em que vivem. Quando o ambiente muda, as espécies evoluem para sobreviver.
Com a publicação da “Origem das espécies” em 1859 por Darwin ele considerou que as espécies evoluem como consequência natural, e o ambiente determina se elas sobrevivem ou não.
Darwin acreditava na Seleção Natural, a “sobrevivência dos mais aptos”. As novas características desenvolvidas vão sobreviver se deixarem a espécie melhor adaptada á natureza.

35 – “Resposta Pavloviana” Ivan Pavlov 1849-1936
É um reflexo artificialmente induzido por treinamento ou hábito.
O reflexo é produzido por um estímulo arbitrário “condicionado”.
Pavlov chamou de “secreção psíquica” a respostas de salivação obtida com estímulos arbitrários (a sineta por ex.).
Alguns consideram o reflexo condicionado como uma “resposta previsível” mas Pavlov estava mais interessado é em comportamentos imprevistos e não-instintivos.

36 – “Behaviorismo” – John B. Watson – 1914
‘Thomas Hobes, via o organismo humano como uma máquina superior. Os nossos sentimentos e ações poderiam ser descritos como resultado de eventos físicos ou “movimentos” dentro do corpo.
Enquanto a psicanálise faz uso de conceitos hipotéticos (isto é, não observáveis) como o “inconsciente” ou o “id” para explicar os eventos psíquicos os behavioristas se restringem a dados que podem ser observados. E no caso da psicologia humana, o que é observável é o comportamento.
Para Watson a psicologia teria de lidar com dados consistentes, observáveis e objetivos. E teria de deixar de lado entidades vagas (que ele considerava inexistentes) como a introspecção proposta por Descartes, a consciência e o desejo.
Para ele, a psicologia científica consistia no estudo das relações entre os estímulos externos e as respostas individuais. Por exemplo: ao ouvir uma campainha tocando isso nos deixa nervoso.
Podemos então fazer uma afirmação psicológica resultante da associação do evento com o comportamento.
Os eventos associam-se com o comportamento através de um processo de aprendizado ou condicionamento.
B.F. Skinner chamou de “reforço positivo” a recompensa que damos quando um comportamento é adequado (por exemplo, dando um osso para o cachorro quando ele obedece ao comando de “sentar” ou quando a criança ganha pipoca quando vai ao cinema).

37 – “O Inconsciente”. Sigmund Freud (1856-1939)
Os filósofos antigos consideravam o Inconsciente uma quimera. A mente era simplesmente o consciente: não pode existir essa coisa de “pensamento inconsciente”, já que, não sendo consciente, não é um pensamento e, portanto, não existe.
Freud considerou dois tipos de pensamento inconsciente:
Os primeiros são aqueles pensamentos que ficam logo abaixo do nível da consciência como o número de um telefone ou o nome de alguém conhecido. É também chamado de pré-consciente.
Os segundos, mais importantes, são representados pelos traumas da infância e os desejos proibidos. Eles residem em camadas mais profundas e são rechaçados pela mente consciente como coisa proibida.
Freud imaginou a mente como uma máquina carregada com um tipo de energia psíquica que chamou de “pressão”, “energia”; “dinâmica” que são termos usados na física da época.
O inconsciente é povoado de conceitos energicamente carregados, que se esforçam para alcançar a superfície. Por isso as vexes ele se revela nos chamados “atos falhos” (por ex. quando trocamos o nome de alguma pessoa ou coisa).
Por outro lado, a mente consciente, também emprega energia só que para conter ou “reprimir” os pensamentos inconscientes.
As relações dinâmicas entre os dois principais domínios, o Inconsciente e a consciência, (geram os eventos, conflitos) psíquicos.
Os sonhos são produzidos quando desejos inconscientes profundos (sendo que os mais fortes são os desejos que vem da infância) se misturam com os “resíduos” pré-conscientes do dia. O Inconsciente não pode, nem mesmo nos sonhos, emergir completamente, tão eficiente é a repressão protetora da mente. Com isso o pensamento inconsciente tem de passar por uma transformação a fim de escapar da censura.
Para Freud, existem dois modos de ocorrer a transformação do pensamento Inconsciente: a “condensação” e o “deslocamento”
A condensação é um, tipo de lógica do inconsciente que reúne as ideias e os desejos reprimidos sob uma forma críptica (própria para ser decodificada pela psicanálise).O deslocamento desvia a “energia” psíquica retida em pensamentos inconscientes para ideias mais admissíveis, pensamentos mais seguros, em algum lugar, encoberto por uma cadeia de associações. Freud diz que o deslocamento é responsável por muito comportamento neurótico, isso é, comportamento através do qual uma grande quantidade de energia é direcionada para algo aparentemente sem importância.
Uma refutação às ideias de Freud é que se é a parte consciente da mente quem se ocupa de reprimir, então esse ato de repressão em também devia ser consciente.
Foi assim que Freud desenvolveu um diagrama melhor da mente. Considerou que existe uma parte da consciência que é, ela mesma, inconsciente, a parte repressiva. Freud construiu, então, a idéia do Id, do Ego e do Super-ego para conterem todos os elementos da mente.

38 – “O Complexo de Édipo” Sigmund Freud:

Se as crianças são capazes de fantasias sexuais, então elas não são realmente “inocentes”. Não só elas tem sentimento sexuais como também esses sentimentos são poderosos e autônomos.
Entre esses sentimentos estão o amor pela mãe e o ciúme do pai (complexo de Édipo).

39 – “Ego, Id e Superego”. Sigmund Freud.

O Ego:
È a parte ou região que forma a superfície externa da mente.
Ele se desenvolveu a partir das percepções dos sentidos e das nossas experiências no mundo, o que equivale dizer que nós não nascemos com ele.
É o Ego quem tem os pensamentos conscientes.
Sem o conhecimento da mente consciente, o Ego mantém reprimidos os pensamentos e impulsos inconscientes ameaçadores.
Id significa “isso”.
É o centro escuro, inconsciente, libidinoso da experiência interior, a morada dos impulsos e das paixões, o cavalo selvagem cavalgado e reprimido pelo Ego.
O Id age no sentido de afetar nossos comportamentos canalizando sua energia para ações aprovadas pelo ego ou, algumas vezes, para ações que não podemos entender completamente e que causam sentimento de culpa.
O Ego é coerente e Id incoerente. O Ego é racional e o Id irracional.
O Ego opera o principio da realidade (respondendo aos apelos do mundo real) enquanto o Id opera o “princípio do prazer” (procurando minimizar a dor e a perturbação, o que equivale a dizer, minimizar a energia psíquica)

O Superego ou “ideal do Ego” representa aquilo que o Eu desejaria se transformar. É a base de coisas como a moralidade, dever e fé. É a parte autocrítica do Eu. Mede as distâncias entre a realidade e o ideal e canaliza a energia do Id a fim de guiar o Ego para metas mais elevadas (esse processo Freud denominou de “sublimação” ao qual atribui as realizações da arte e da civilização humana).

40 – “Os arquétipos e o Inconsciente coletivo” – Carl Gustav Jung (1875 – 1961).
Os mitos de diferentes épocas e culturas tem incrível similaridade entre eles. Em todos os povos encontramos os mesmos “demônios”, os “velhos sábios”, os “selvagens”, as “divindades da natureza” a quem Jung chamou de “arquétipos” com o sentido de “impressões ou padrões originais”.
Para Jung essa parte da mente inconsciente, pré-existente a qualquer experiência pessoal do indivíduo deve ser vista como o “Inconsciente coletivo”. É uma parte de cada psique individual que herda as experiências coletivas e as impressões da humanidade ancestral.

41 – “A gramática universal” – Noam Chomsky (1928 – ) linguista e ativista americano.
A profusão de línguas, vivas ou mortas, são semelhantes demais para ser mera coincidência em suas estruturas para ser uma simples coincidências. Deve vir do próprio cérebro a causas desta semelhança porque há no nosso cérebro (o cérebro já vem equipado) uma “gramática universal”.
É ela que habilita as crianças a aprender uma língua muito rapidamente, mas essa gramática, também, delimita a forma que essa língua pode ter.
Os seres humanos devem compartilhar, ao nascerem, alguma capacidade linguística inata. Só de ouvirmos um pequeno número dentre todas as frases possíveis, já aprendemos a gramática básica e as regras para transformar essas frases em novas combinações.
O cérebro deve ter uma capacidade gramatical inerente.
As diversas línguas existentes no mundo mostra que quase todas tem um pequeno grupo de estruturas gramaticais parecidas. A combinação sujeito-verbo-objeto é quase universal.
Chomsky afirma que a linguagem é um “espelho da mente”. A linguagem deve ter uma conexão essencial com a constituição do cérebro.
O que podemos pensar está relacionado com o que podemos dizer.
Suassume diz que a fala daria corpo e presença ao pensamento.

42 – “Lei de Parkinson” Cyril Parkinson (1909 – 1993)
“O trabalho expande-se de modo a preencher o tempo disponível para sua realização”
Se você tiver 10 minutos para escrever uma carta, você vai escreve-la em 10 minutos. Mas se tiver 4 horas, vai levar as 4 horas para fazer a mesma coisa.
Independente da quantidade de trabalho, os administradores continuam a contratar subordinados, embora, isso não cause aumento da produtividade.
É o homem mais ocupado que tem mais tempo por ser mais eficiente.

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