Ano 15 Número 527 2007



15 de Julho de 2007
 

"Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, 
face a face,
em todas as épocas da humanidade"

Allan Kardec



 ° EDITORIAL

Eles não Morreram


        


 ° ARTIGOS

Reconhecendo a Realidade

Distribuição das Instituições Espíritas no Estado de São Paulo

   

 ° HISTÓRIA & PESQUISA

Cronologia Espírita


          Referências Bibliográficas
   

 ° QUESTÕES & COMENTÁRIOS

Estudando o Livro dos Espíritos
 

 ° PAINEL

Luís de Almeida na Universidade de Cambridge, Reino Unido

6º Movimento Você e a Paz
Castelo de Yverdon sedia comemoração dos 150 anos de "O Livro Dos Espíritos"
XXIV Semana Espírita de Divinópolis - Mediunidade e Vida
   


 ° EDITORIAL


Eles não Morreram

Amigos,

O editorial original desta edição estava destinado a abordar o tema da arte de viver, a ética, sob o enfoque espírita. Falaríamos de como o conhecimento da vida espiritual traz novas perspectivas para o ser humano, que o auxiliam a balizar sua ação na terra. Abordaríamos a questão da ação correta e das conseqüências para o ser que se desvia do caminho do bem. Frisaríamos que a impunidade é uma ilusão, que as leis morais que regem o Universo fazem com que cada um receba o retorno "segundo suas obras". Que o Céu e o Inferno são, em essência, estados de espírito, resultados naturais do nosso agir. E lembraríamos que em 1865, ano tratado na Cronologia Espírita desta edição, Kardec lançou o livro da Codificação onde analisa detalhadamente a situação dos espíritos desencarnados e a relação dessa situação com seu agir.
"O Céu e o Inferno" é uma obra extraordinária, talvez não tanto conhecida como "O Livro dos Espíritos" ou o "Evangelho segundo o Espiritismo", que fundamenta experimentalmente a ética espírita. A razão de acreditarmos em reencarnação ou em lei de causa e efeito não é porque são conceitos milenares, mas sim porque são fatos revelados em minuciosa pesquisa. Falaríamos também do texto do Raul, que trata da questão de se reconhecer a realidade da vida para se agir de acordo com ela, e do estudo do Ivan, que mapeia a extensão do movimento espírita.

Mudamos a linha do editorial porque a distribuição da edição atrasou e, no dia 17 deste mês, ocorreu o trágico incidente de Congonhas. As causas materiais desse acidente estão sendo investigadas por vários orgãos e instituições, possivelmente serão descobertas e medidas corretivas tomadas. Não trataremos delas, porque o que está dentro do escopo de nosso estudo são as dimensões espirituais do trágico evento.

Em diversas tragédias do passado, como os tristes eventos dos incêndios nos edifícios Andraus e Joelma, o plano espiritual manifestou-se lembrando-nos que a vida espiritual é a verdadeira, que a morte não existe.  Que nossos entes queridos, desencarnados nessas circunstâncias tão trágicas, continuam a viver. Que no plano espiritual há grande movimentação durante esses acontecimentos e equipes de socorro mobilizam-se para ajudar as vítimas. Essas vítimas quando se comunicam relatam que os momentos de dor foram breves. Ao se darem conta de si mesmas, já no plano espiritual, estavam sob amparo de enfermeiros, médicos e amigos.
Um exemplo dessas comunicações são as mensagens recolhidas no livro "Somos Seis" de Francisco Cândido Xavier.

Relatam os espíritos também que o acaso não existe. Leis que ainda não compreendemos e processos que nos são desconhecidos aproximaram os seres que necessitavam passar pela situação difícil ocorrida. Alguns porque necessitavam da experiência para ganhar nova compreensão de suas vidas, outros porque, antes da presente existência, assumiram o compromisso de ajudarem o progresso humano. Tragédias da dimensão do Andraus, do Joelma e da desta semana, marcam profundamente a sociedade e, se não levam a melhorias imediatas, plantam a semente de transformações a médio e longo prazo. Principalmente porque lembram a todos como nossa tecnologia é frágil e quão precária é nossa estadia neste plano material.

Juntamos, assim, nossas preces a todos que neste momento oram pelas vítimas do acidente. Não somente pelos desencarnados, mas também pelos seus familiares atingidos pela dor da perda e pelo impacto dos acontecimentos. Oramos também por aqueles que deixaram de tomar as ações necessárias, nos momentos corretos para evitar a tragédia, pois começam longa jornada de remorso e reparação.

Finalizando o editorial, gostaríamos de lembrar alguns trechos das mensagens de Volquimar Carvalho dos Santos, jovem desencarnada no incêndio do Joelma, ocorrido em fevereiro de 1974, aqui na cidade de São Paulo, registradas no livro "Somos Seis":

"Creia. Se pudéssemos, nós os que vamos melhorando, participar a todas as mães e pais, principalmente, que os filhos não morreram, encontraríamos nessa possibilidade a maior alegria (...) Quisera que todos se dirigissem aos entes amados, explicando que prosseguem lutando e aprendendo, renovando e melhorando (...) Nós o que chegamos ao Mais Além, pelas bênçãos de fevereiro, há dois anos passados, estamos nas tarefas felizes do amparo mútuo"

Que a Paz de Deus esteja com todos,
 Os Editores

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 ° ARTIGOS

Reconhecendo a Realidade

Raul Franzolin Neto

Que a vida é repleta de dificuldades não há dúvida. Não existe felicidade plena na Terra. Existem mundos muito mais adiantados do que a Terra e iremos continuar nosso caminho rumo à felicidade eterna após a morte. Mas vamos analisar a vida existente aqui em nosso planeta. A diversidade é imensa. Pessoas vivem de incontáveis formas e, a cada dia, a população mundial cresce e o planeta vai sendo apertado. Existem diversos lugares para se viver. Países ricos e bem desenvolvidos, países intermediários, países pobres, outros miseráveis. Dentro de um mesmo país, as mais variadas formas de vida se dispersam em várias partes. Formam-se Estados, regiões, cidades, regiões dentro das cidades, bairros, ruas, locais rurais, vizinhos, famílias, pessoas dentro das famílias vivendo de diferentes formas. E você? Como se encontra hoje? Por que nasceu assim e vive como está? Como seria sua vida se estivesse em outra situação? Em outra família? Gostaria de viver em outra condição melhor?

Certamente não temos a compreensão definida de tudo o que nos envolve. Mas temos a mente e a razão para refletir sobre isso. Se acreditamos em Deus soberanamente justo e bom, as respostas nos levam a existência da vida segundo a Lei de Deus. Acreditamos na verdadeira Justiça Divina entendendo que tudo é justo e perfeito. Entretanto, justiça é incompatível com fruto do acaso. Tudo deve ser planejado e definido. Não pode haver privilégios a ninguém. A verdadeira justiça deve contemplar a todos de maneira igual. Não se pode imaginar que uma pessoa vive muito bem com todo apoio, enquanto outra passa a vida em estado de miséria e infelicidade sem uma causa definida. Um miserável vivendo em algum lugar do mundo deve-se perguntar: Por que nasci assim e outro nasceu privilegiadamente no bem e no melhor?

O fato é que a realidade é dura e as mazelas da vida são uma constante no dia-a-dia. O sofrimento existe em toda parte e ninguém está isento dele. Pessoas muito bem de vida podem ter sofrimento moral invisível muito mais forte do que o sofrimento físico. Além disso, não se pode evitar o sofrimento físico apenas com dinheiro. Doenças incuráveis podem acometer qualquer um. Mesmo qualquer explicação de ordem sanitarista e de melhoria de vida social não levam às verdadeiras causas do sofrimento. Porém, acreditamos em um Deus Perfeito capaz de produzir Leis que geram a harmonia do universo, ou seja, da vida, determinando que todo efeito tem uma causa. O sofrimento é um efeito de alguma causa, que por hora não se conhece, mas que se conhecerá na vida após a morte. Aí é que pode vir uma triste e lamentável decepção da vida, porém, pode-se receber, ao contrário, uma bela e agradável surpresa, segundo a Lei Divina “a cada um segundo suas obras”.

Diante dessa visão sobre a vida espiritual, é lógico viver reconhecendo os erros do passado (dívidas), reparando-os no presente e trabalhando para uma vida melhor no futuro. Pessoas se lamentam dizendo ser injustiçadas pelo infortúnio de viver em difíceis situações e perdem precioso tempo, oferecido pela Providência Divina, para seu crescimento pessoal numa vida produtiva. Perdem tempo com lamentações como falta de dinheiro, convívio com pessoas indesejáveis, doenças, falta disso ou daquilo e tantas outras situações e jogam adiante a culpa de suas dificuldades como sendo de outras pessoas, governo corrupto, presidente de um país rico e outros tantos culpados. E daí? Quem irá resolver suas dificuldades? Muitos esperam a ajuda de Deus cair do céu, sem ter nenhum mérito para tal. Doce ilusão! Para obter a felicidade, há de buscá-la, agora e sempre. Há de se ter mérito para isso, trabalhando na grande construção da paz universal. 

Não há de se pensar em ser mais do que se pode. Mas fazer simplesmente o que se pode. Trabalho edificante é aceitar a realidade da vida e viver em harmonia com as dificuldades geradas pela nossa imperfeição e com as alegrias dos momentos de felicidades, que são frutos do nosso merecimento. É simplesmente dar o bom exemplo de vida, com trabalho, tratamento igual e respeitoso a todos, honestidade e amor à vida. Lembremo-nos do trecho da oração que Cristo nos ensinou, enfatizando a responsabilidade de cada um pelos seus atos: “(...) perdoai as nossas dívidas, ASSIM COMO perdoamos os nossos devedores (...)”

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Distribuição das Instituições Espíritas no Estado de São Paulo

Ivan Franzolim

(Fonte: ADE-SP - http://www.sp-ade.org.br/job_01.html)

Uma análise geo-político-social

O Movimento Espírita necessita de números
e indicadores para subsidiar sua gestão

Introdução

Esse trabalho foi realizado com a intenção de ajudar o Movimento Espírita a conhecer sua realidade, estabelecer metas e desenvolver ações para melhorar sua gestão e obter melhores resultados. Sua origem foi um levantamento feito em 1990 e repetido em 1991 e 1993 para a União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo (USE), denominado Análise Territorial.

Interessado e preocupado com o assunto, levei o trabalho para a ADE-SP Associação de Divulgadores de São Paulo. Lá realizamos uma ampla pesquisa das instituições, gerando um cadastro atualizado com cerca de 3.000 sociedades com Razão Social, CNPJ, data de abertura e endereço. Houve muita dificuldade para encontrar as instituições espíritas, pois estão cadastradas com diferentes códigos de atividade econômica como: Outras atividades associativas, Outros serviços sociais, Atividades de organizações religiosas, Albergues assistenciais, Serviços Sociais com Alojamento e até de jardins botânicos, zoológicos, parques nacionais e reservas ecológicas.

O Movimento Espírita não possui apenas uma gestão. Possui múltiplas gestões simultâneas. São federações, associações, fundações, institutos e instituições que precisam de dados para municiar sua necessidade de tomar decisões e seu processo de planejamento. Os dados que estamos analisando se propõem a colaborar com essa necessidade.

Fontes de dados

Essa base de dados foi cruzada com mais dois cadastros, da USE e da Aliança Espírita Evangélica (Tabela 1). Essas bases, juntas, continham pouco mais 7.000 endereços. Depois da depuração, retirando as instituições e endereços duplicados e errados, chegou-se a 4.221 instituições espíritas no Estado de São Paulo (Tabela 2).

Não tivemos êxito ao propor a troca de cadastros para algumas editoras e distribuidoras. A consciência de que a reciprocidade de dados (ajuda mútua) pode beneficiar todas as partes ainda não atingiu a conscientização geral. Esse conceito é usado nos países de primeiro mundo, nos quais bancos, financeiras, cartões de crédito, seguradoras trocam informações sobre seus clientes.

Tabela 1
Cadastros Recebidos



Com esse trabalho identificamos que há no Estado de São Paulo pelo menos 4.221 instituições, mas certamente existem muitas outras que não conseguimos encontrar, cadastradas em códigos não apropriados, e ainda aquelas que não se inscreveram no CNPJ, geralmente por estarem no início de suas atividades. Acreditamos que possa haver uma margem de erro para maior entre 10% a 20%. O trabalho de manutenção dessa base pela ADE-SP é contínuo, permutando dados atualizados com outras instituições, de modo a manter esse cadastro sempre atualizado.

A Tabela 2 apresenta a composição final da base de dados cadastral das instituições espíritas que integram o movimento espírita estadual de São Paulo. Temos registro de 130 organizações ligadas a USE no Estado, sediadas em 89 cidades. Esse número pode ser considerado pequeno se pensarmos que o estado possui 455 cidades com instituições espíritas. A USE mantém órgãos nas cidades mais relevantes como as 20 com maior número de instituições espíritas (Tabela 13), ou as 10 cidades com maior índice de espíritas e população acima de 50 mil (Tabela 32). Nessa última a USE não está instalada apenas em Votuporanga e Mirassol.

Tabela 2
Cadastro Consolidado da ADE-SP


O cadastro da ADE-SP separa as associações especializadas sediadas no Estado, os órgãos da USE (regionais, intermunicipais, municipais e distritais). Distingue as instituições que deixam claro no próprio nome que se dedicam às atividades de assistência social, embora a grande maioria dos centros espíritas também se dedique a essas atividades. Separa também as organizações voltadas para o livro espírita. Não inclui os jornais, revistas e outras mídias, uma vez que são mantidos, em sua maioria, por editoras e outras instituições já consideradas.

O Gráfico 1 mostra a composição do cadastro com três tipos de instituições. Para efeito do presente estudo, foi considerado como Centro ou Instituição Espírita, os Centros propriamente ditos com 3.408 casas, as instituições voltadas para a assistência/promoção social (408) e as especializadas (59), totalizando 3.875. Não foram considerados os órgãos da USE (130) e as instituições voltadas ao livro espírita (216).

Na estimativa da quantidade de espíritas foi utilizado o único número oficial no Brasil: o trabalho do IBGE com os dados demográficos. As projeções foram feitas para identificar o potencial de crescimento em número de Centros, considerando que todos os espíritas levantados pelo IBGE freqüentam ou participam de Centros. Não foi levada em conta a quantidade de pessoas que não se declaram espíritas, mas que freqüentam as casas espíritas de forma mais ou menos esporádica. Volume esse estimado em pelo menos cinco vezes mais que os espíritas, equivalendo a mais de 12 milhões de pessoas.

São Paulo e outros Estados do Brasil

A Tabela 3 mostra que a média de espíritas no Brasil é de 1,38%. Apenas seis Estados possuem porcentual de espíritas acima da média com destaque para Goiás (2,81%), Distrito Federal (2,8%) e Rio de Janeiro (2,76%). Esses são os Estados que registram a maior proporção de espíritas segundo o IBGE no Censo 2000. Há três estados um pouco abaixo dessa média: Minas Gerais (1,35%), Pernambuco (1,16%) e Rio Grande do Sul (1%). Existem sete Estados com baixo índice de espíritas, entre 0,5 e 1% e 11 Estados com menor presença de espíritas, representados com índices abaixo de 0,5%. O Estado de São Paulo tem o percentual de 2,05% de espíritas e se destaca com 44% de todas as instituições espíritas do país e 33% de todos os espíritas.

Tabela 3
Distribuição de espíritas e centros no Brasil


Quantidade de espíritas segundo o Censo 2000 do IBGE. Percentual aplicado sobre a população projetada para julho 2005. Utiliza-se a palavra "Centro" para designar os diversos tipos de instituição espírita. Exceto São Paulo, foi utilizado o número de centros apresentados nos sites das federações em agosto de 2006. Para algumas federações, a quantidade de centros do Estado pode ser um pouco maior, considerando os centros não filiados. Part. Indica o percentual de espíritas por Estado. Hab/C = Habitantes por Centro. Esp/C = Espíritas por Centro.

Dados da capital do Estado

São Paulo é a maior cidade do Brasil com quase 2.000 bairros agrupados em 96 distritos, segundo critérios adotados pela prefeitura e pelo IBGE. Quase todos os distritos possuem um bairro com o mesmo nome, em geral o bairro mais importante do distrito.
 
Conforme a Tabela 4, o maior número de instituições espíritas está na região Leste (31%) que também possui a maior população (36%), seguido da região Sul que possui menor porcentual de habitantes (22%) do que a região Oeste que possui o segundo menor grupo de Centros.

Tabela 4
Centros por região na capital



(Esse trabalho continua, o texto completo em pdf está disponível em http://www.sp-ade.org.br/SP04.pdf)

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 ° HISTÓRIA & PESQUISA

(Seção em parceria com a "Liga de Historiadores e Pesquisadores Espíritas")

Cronologia Espírita

(Compilação de datas significativas  para o Movimento Espírita iniciada no Boletim 505)


Lista de Eventos

1865

A edição de janeiro da "Revista Espírita" costumava trazer no início de cada ano um artigo de Allan Kardec com balanço do progresso do Espiritismo no ano anterior. Kardec baseava-se principalmente nas informações que lhe chegavam através dos leitores da revista, dos contatos que fazia da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, das visitas aos grupos espíritas franceses e as perguntas que lhe chegavam através de seus contatos sociais.

O período histórico da Codificação Espírita coincide com um dos períodos mais brilhantes da cultura francesa e Paris, nessa época, é o centro artístico e intelectual do Ocidente.  Suas rivais, sedes de impérios e de potências coloniais, como Berlim, Viena e Londres, mais do que lhe tirar o brilho, a olham com admiração e inveja. O francês é a língua usada na diplomacia e na arte, a fina nata da sociedade européia viaja a Paris para conhecer as últimas tendências da cultura. Kardec estava inserido nesse ambiente, pedagogo emérito, discípulo de Pestalozzi, pesquisador dos fenômenos mediúnicos e organizador dos conhecimentos desta nova ciência, pertenciam a seu círculo de amigos alguns dos nomes mais respeitados das ciências e das letras da época.

É assim que Kardec estava em uma posição privilegiada para observar o progresso das idéias espíritas. E, no início de 1865, ele registra que a "Revista Espírita" entrava em seu oitavo ano, como novas assinaturas e já tendo esgotado, no decurso desse período, três vezes as coleções dos anos anteriores. Registra a criação de novos periódicos espíritas e o surgimento de novos grupos. Constata que o Espiritismo avança nas várias classes sociais e que idéias espíritas são reproduzidas na literatura.

"Salvo algumas piadas da imprensa a alguns sermões mais ou menos acerbos, os ataques violentos e apaixonados (contra a Doutrina Espírita) são incontestavelmente mais raros." (Kardec - Golpe de Vista sobre o Espiritismo em 1864, "Revista Espírita" de janeiro de 1865)

BESOUCHE, 1993
FRIEDRICH, 1992
IGLÉSIAS, 1989
KARDEC, 1973
WANTUIL e THIESEN, 1979

Paris, França

Mauricio Lachâtre inclui o Espiritismo como verbete em seu "Nouveau Dictionnaire Universel" em texto escrito com a colaboração de vários sábios.

TORRES-SOLANOT, 1888

8 de abril de 1865
Appomattox (Virgínia), EUA

A principal tropa Confederada, sob o comando do General Robert E. Lee, não consegue mais conter o avanço das tropas da União, sob o comando do general Ulysses S. Grant. Abandona a cidade de Petersburgo e é cercada em Appomattox, na Virgínia. Como conseqüência, o general Lee pede a rendição e, no dia seguinte, encontra-se com o general Grant para a negociação dos termos. A rendição da tropa do general Lee praticamente encerra a Guerra Civil norte-americana.

O conflito sangrento terminou com mais de 600 mil soldados mortos e desaparecidos, cidades destruídas e ressentimentos que perduraram por gerações. Foi um divisor de águas na história norte-americana e impactou profundamente sua cultura e sociedade. Como conseqüência desse impacto cultural e social, até o  Moderno Espiritualismo Norte-Americano foi afetado. Ele não voltaria a ter a mesma influência e prestígio que teve no período imediatamente anterior a guerra.

DAVIS, 2000
DOYLE, 2003
EPHEMERA, 2007
IGLÉSIAS, 1989
WIKIPEDIA, 2007

14 de abril de 1865
Washington, EUA

O presidente Abraham Lincoln é assassinado por um radical sulista. A morte não mudou o destino da Guerra Civil, que estava definido após a rendição do general Lee. Lincoln é considerado um dos maiores presidentes norte-americanos. Conduziu o país na sua fase mais crítica e evitou sua divisão. Também contribuiu firmemente para a consolidação dos ideais democráticos e o fim da escravidão. Com o final da escravidão nos Estados Unidos tornou-se apenas questão de tempo seu desaparecimento no resto do continente.

BESOUCHE, 1993
EPHEMERA, 2007
IGLÉSIAS, 1989
WIKIPEDIA, 2007

Agosto de 1865
Paris, França

Lançado o livro "Le Ciel et L'Enfer" ("O Céu e o Inferno") de Allan Kardec, como subtítulo a obra traz "A Justiça Divina Segundo o Espiritismo". Na apresentação do livro, para a coleção da Edicel com as "Obras Completas de Allan Kardec", José Herculano Pires comenta:

Lendo-se este livro com atenção vê-se que a sua estrutura corresponde a um verdadeiro processo de julgamento. Na primeira parte temos a exposição dos fatos que o motivaram e a apreciação judiciosa, sempre serena, dos seus vários aspectos, com a devida acentuação dos casos de infração da lei. Na segunda parte o depoimento das testemunhas. Cada uma delas caracteriza-se por sua posição no contexto processual. E diante dos confrontos necessários o juiz pronuncia a sua sentença definitiva, ao mesmo tempo enérgica e tocada de misericórdia. Estamos ante um tribunal divino. Os homens e suas instituições são acusados e pagam pelo que devem, mas agravantes e atenuantes são levados em consideração à luz de um critério superior.

A 30 de Setembro de 1863, como se pode ver em Obras Póstumas, Kardec recebeu dos Espíritos Superiores este aviso: "Chegou a hora de a Igreja prestar contas do depósito que lhe foi confiado, da maneira como praticou os ensinamentos do Cristo, do uso que fez de sua autoridade, enfim, do estado de incredulidade a que conduziu os espíritos". Esse julgamento começava com a preliminar constituída pelo Evangelho Segundo o Espiritismo e devia continuar com O Céu e o Inferno. Dentro de dois anos, em seu número de Setembro de 1865, a Revista Espírita publicaria em sua seção bibliográfica a notícia do lançamento do quarto livro de Codificação Espírita: O Céu e o Inferno. Faltava apenas A Gênese para completar a obra da Codificação da III Revelação.

Dois capítulos de O Céu e o Inferno foram publicados antecipadamente na Revista: o capítulo intitulado Da apreensão da morte, vigorosa peça de acusação, no número de Janeiro de 1865, e o capítulo Onde é o Céu, no número de Março do mesmo ano. Apareceram ambos como se fossem simples artigos para a Revista, mas o último trazia uma nota final anunciando que ambos pertenciam a uma "nova obra que o Sr. Allan Kardec publicará proximamente". Em Setembro a obra já aparece anunciada como à venda. Kardec declara que, não podendo elogiá-la nem criticá-la, a Revista se limitava a publicar um resumo do seu prefácio, revelando o seu conteúdo. Os capítulos antecipadamente publicados aparecem, o primeiro com o mesmo título com que saíra e o segundo com o título reduzido para O Céu.

Estava dado o golpe de misericórdia nos dogmas fundamentais da teologia do cristianismo formalista, tipo inegável de sincretismo religioso com que o Cristianismo verdadeiro, essencial e não formal conseguira penetrar na massa impura do mundo e levedá-la à custa de enormes sacrifícios. Kardec reafirma o caráter científico do Espiritismo. Como ciência de observação a nova doutrina enfrenta o problema das penas e recompensas futuras à luz da História, estabelecendo comparações entre as idealizações do céu e do inferno nas religiões anteriores e nas religiões cristãs, revelando as raízes históricas, antropológicas, sociológicas e psicológicas dessas idealizações na formulação dos dogmas cristãos.

A comparação do inferno pagão com o inferno cristão é um dos mais eficazes trabalhos de mitologia comparada que se conhece. A mitologia cristã se revela mais grosseira e cruel que a pagã. Bastaria isso para justificar o Renascimento. O mergulho da humanidade no sorvedouro medieval levou a natureza humana a um retrocesso histórico só comparável ao do nazi-fascismo em nosso tempo. Os intelectuais materialistas assustaram-se com o retrocesso do homem nos anos 40 do nosso século e puseram em dúvida a teoria da evolução. Se houvessem lido este livro de Kardec, saberiam que a evolução não se processa em linha reta; mas em ascensão espiralada.

Vemos assim que este livro de Kardec tem muito para ensinar, não só aos espíritas, mas também aos luminares da inteligência néo-pagã que perdem o seu tempo combatendo e Espiritismo, como gregos e romanos combateram inutilmente o Cristianismo. O processo espírita se desenvolve na linha de sequência do processo cristão. A conversão do mundo ainda não se completou. Cabe ao Espiritismo dar-lhe a última demão, como desenvolvimento natural, histórico e profético do Cristianismo em nosso tempo.

A leitura e o estudo sistemático deste livro se impõem a espíritas e não-espíritas, a todos os que realmente desejam compreender o sentido da vida humana na Terra.

Mesmo entre os espíritas este livro é quase desconhecido. A maioria dos que o conhecem nunca se inteirou do seu verdadeiro significado. Kardec nos dá nas suas páginas o balanço da evolução moral e espiritual da humanidade terrena até os nossos dias. Mas ao mesmo tempo estabelece as coordenadas da evolução futura. As penas e recompensas de após a morte saem do plano obscuro das superstições e do misticismo dogmático para a luz viva da análise racional e da pesquisa científica. É evidente que essa pesquisa não pode seguir o método das ciências de mensuração, pois o seu objetivo não é material, mas segue rigorosamente as exigências do espírito científico moderno e contemporâneo. O grave problema da continuidade da vida após a morte despe-se dos aparatos mitológicos para mostrar-se com a nudez da verdade à luz da razão esclarecida. (Herculano Pires)

KARDEC, 1973

WANTUIL e THIESEN, 1979

17 de setembro de 1865
Salvador (Bahia), Brasil

O professor e jornalista, Luiz Olimpio Teles de Menezes, funda o primeiro grupo espírita brasileiro regularmente constituido: "Grupo Familiar de Espiritismo". 

DAMAZIO, 1994
MACHADO, 1996
NICOLAI, 1996
WANTUIL, 1990
WANTUIL e THIESEN, 1979

Dezembro de 1865

Paris, França  

É publicado em folhetim no jornal francês Moniteur Universal o primeiro romance de temática espírita. Sob o título de "SPIRITE" (Espírita), o trabalho de autoria de um dos grandes nomes da literatura francesa Théophile Gautier, gira em torno das manifestações do espírito de uma moça que procura ajudar o homem por quem se apaixonara em vida. O fato do amor ter permanecido ignorado levou ao título usado na tradução em português, "O Ignorado Amor" (Editora O Clarim).  

Esse primeiro romance espírita chamou a atenção de Allan Kardec e foi motivo de artigos na "Revista Espírita" (Os Romances Espíritas - Dezembro 1865, Notícias Bibliográficas, Espírita - Março 1866). 

Cabe ressaltar que, antes do advento do rádio e da televisão, o folhetim era equivalente em sucesso de público as novelas modernas e normalmente os romances da época eram publicados inicialmente nesse formato.  

GUATIER, 1977
KARDEC, 1973


25 de dezembro de 1865
Rio de Janeiro, Brasil

Uma observação deixada pelo espírita Manuel de Araújo Porto, Barão de Santo Ângelo, em sua correspondência com o amigo Joaquim Manuel de Macedo (escritor brasileiro, autor do livro "A Moreninha"), registra o interesse despertado pelo Espiritismo na corte brasileira: "a Princesa Isabel lhe pedira para saber quem era seu protetor".  

DAMAZIO, 1994 



Índice

Referências Bibliográficas


BESOUCHE, Lídia. Pedro II e o Século XIX. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1993

DAMAZIO, Sylvia F. Da Elite ao Povo - Advento e Expansão do Espiritismo no Rio de Janeiro, Rio de Janeiro: Editora Bertrand Brasil, 1994

DAVIS, Laura J. C. Laura de Force Gordon as a Spiritualist. Stanford: Stanford Law School, 2000 (disponível em http://www.stanford.edu/group/WLHP/papers/gordon.davis.pdf)

DOYLE, Arthur Conan. The History of Spiritualism - Vol I. Australia: Projeto Guttemberg, 2003. Disponível em: http://gutenberg.net.au/ebooks03/0301051.txt

EPHEMERA. Envisioning the Civil War. In Ephemera - 19th Century American Spiritualism's Fading Record. Disponível em http://www.spirithistory.com/war.html. Acesso em 6 de abril de 2006.

FRIEDRICH, Otto. Olympia - Paris no Tempo dos Impressionistas. Tradução Hidelgard Feist. São Paulo: Círculo do Livro, 1992

GUATIER, Théophile. O Ignorado Amor. Tradução de Wallace Leal V. Rodrigues. Matão (SP): O Clarim, 1977.

IGLÉSIAS, Francisco. História Geral e do Brasil. São Paulo: Ed. Ática, 1989.

KARDEC, Allan. Obras Completas de Allan Kardec. Trad. Julio Abreu Filho. São Paulo: EDICEL, 1973*.

MACHADO, Ubiratan. Os Intelectuais e o Espiritismo. Rio de Janeiro: Lachâtre, 1996.

NICOLAI, Humberto. História do Espiritismo no Brasil. 1.a edição. São Paulo: PHENIX, 1996.

TORRES-SOLANOT, Vizconde de. Primer Congreso Internacional Espiritista - Reseña Completa. Barcelona: Imprenta de Daniel Cortezo y C.ª - Editores, 1888. (In: Federación Espírita Española. Disponível em  http://www.espiritismo.cc/Descargas/libros/Congreso1888.pdf. Último acesso em 10 de junho de 2007)

WANTUIL, Zêus. Grandes Espíritas do Brasil. Rio de Janeiro: FEB, 1990.

WANTUIL, Zêus; THIESEN, Francisco. Allan Kardec. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1979

WIKIPEDIA. Abraham Lincoln. In: Wikipédia - A Enciclopédia Livre. Disponível em: http://en.wikipedia.org/wiki/Abraham_Lincoln. Acesso em 6 de abril de 2007.

______. Guerra Civil Americana. In: Wikipédia - A Enciclopédia Livre. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_Civil_Americana. Acesso em 6 de abril de 2007.

__________________________________________

* A coleção da EDICEL não traz a data de publicação, nos boletins anteriores tinha assumido o ano de 1971, mas ao pesquisar as informações sobre o livro "O Céu e o Inferno" percebi que a apresentação de Herculano Pires é datada de 30 de julho de 1973, não podendo portanto a edição ser anterior a 1973.

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 ° QUESTÕES & COMENTÁRIOS

Estudando o "Livro dos Espíritos"

Christiano Torchi

Conhecimento do princípio das coisas

(Os textos transcritos[1] do "Livro dos Espíritos" estão em itálico, com as questões em negrito e as notas de Kardec entre aspas)

Caros amigos.
 
Agora seremos entronizados no estudo do Capítulo II de “O Livro dos Espíritos”, cujo título é “Dos Elementos Gerais do Universo”, tendo como subtítulo “Conhecimento do Princípio das Coisas”.  Com a objetividade que lhe é peculiar, o Codificador pergunta, de chofre, aos Espíritos amigos, na:
 
17 - É dado ao homem conhecer o princípio das coisas?

Não. Deus não permite que ao homem tudo seja revelado neste mundo.
 
Esta resposta, que parece categórica e absoluta, será complementada na questão seguinte.  Depois de afirmarem, categoricamente, que ao homem não é dado conhecer o princípio das coisas, os Benfeitores ressalvam, na resposta à
 
18 - Penetrará o homem um dia o mistério das coisas que lhe estão ocultas?

O véu se levanta a seus olhos, à medida que ele se depura; mas, para compreender certas coisas, são-lhe precisas faculdades que ainda não possui.
 
Como se viu, as respostas dos instrutores espirituais não podem ser examinadas fora do contexto evolutivo do homem. Arrisco-me a dizer (minha opinião) que TUDO de que necessita o homem, para a sua completa emancipação espiritual, lhe será permitido descobrir no momento oportuno, isto é, à medida que for se tornando merecedor de tais conquistas. Mais espiritualizado desenvolverá faculdades que atualmente não possui, oportunidade em que se lhe ampliará o entendimento, enxergando a vida e as coisas por outros prismas antes desconhecidos.

A seguir, Kardec insiste com os Espíritos amigos sobre a possibilidade ou não de o homem desvendar alguns mistérios da Natureza. Da resposta, muito concisa, inferimos que a Ciência foi feita para o homem e não o homem para a Ciência, a qual é falível, sendo, portanto, do tamanho de nossa evolução. Recomendo confrontar a justificativa dos instrutores com a nota da questão anterior.
 
19 - Não pode o homem, pelas investigações científicas, penetrar alguns dos segredos da Natureza?

A Ciência lhe foi dada para seu adiantamento em todas as coisas; ele, porém, não pode ultrapassar os limites que Deus estabeleceu.
 
Quanto mais consegue o homem penetrar nesses mistérios, tanto maior admiração lhe devem causar o poder e a sabedoria do Criador. Entretanto, seja por orgulho, seja por fraqueza, sua própria inteligência o faz joguete da ilusão. Ele amontoa sistemas sobre sistemas e cada dia que passa lhe mostra quantos erros tomou por verdades e quantas verdades rejeitou como erros. São outras tantas decepções para o seu orgulho.” (Allan Kardec)
 
Passamos à última questão formulada aos Espíritos Superiores sobre o “conhecimento do princípio das coisas”, ainda dentro do cap. II de "O Livro dos Espíritos" (“Dos Elementos Gerais do Universo”).  Além da Ciência, o homem tem na Revelação Divina outra fonte para aumentar os seus conhecimentos. Essa revelação é feita por intermédio dos Espíritos Superiores, no domínio exclusivo da ciência pura, sem qualquer pretensão de lucros ou objetivos utilitaristas, aplicações práticas ou tecnológicas.

Entretanto, essa revelação não é feita indiscriminadamente, pois é da Lei Divina que o homem conquiste a soberania pelo próprio esforço.  Assim, embora muitas revelações fluam do mundo espiritual, representam apenas uma centelha das descobertas, que devem ser desenvolvidas e buriladas pelo homem, num autêntico trabalho de parceria entre os dois planos (visível e invisível).

Tais revelações, entretanto, somente são desvendadas ao homem à medida que este progride e se depura, uma vez que, para apreender certos conhecimentos, são-lhe precisas certas faculdades que ainda não possui, como já visto.

20 - Dado é ao homem receber, sem ser por meio das investigações da Ciência, comunicações de ordem mais elevada acerca do que lhe escapa ao testemunho dos sentidos?

Sim, se o julgar conveniente, Deus pode revelar o que à ciência não é dado apreender.
 
Por essas comunicações é que o homem adquire, dentro de certos limites, o conhecimento do seu passado e do seu futuro.” (Allan Kardec) 

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Notas do GEAE
 
[1] - Os trechos do "Livro dos Espíritos" foram transcritos da edição da Federação Espírita Brasileira. Está edição está disponível para download no endereço http://www.febnet.org.br/file/135.pdf

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° PAINEL

Luís de Almeida na Universidade de Cambridge, Reino Unido

(Fonte - Comunicado ADEP nº 531 - http://www.adeportugal.org/)

O professor doutor Luís de Almeida, cientista da Agência Espacial Européia (ESA), consultor europeu da Agência Espacial Norte-Americana (NASA), levou o Espiritismo aos meios acadêmicos de Cambridge, UK.

Na respeitada Universidade de Cambridge, que deu ao mundo 81 Prémios Nobel e albergou nomes como Sir Isaac Newton, Bertrand Russell, J. J. Thomson, Ernest Rutherford, Niels Bohr, Paul Dirac, Max Born, James Watson, Steven Weinberg e Stephen Hawking entre tantos outros, o cientista português proferiu duas conferências sobre "O que é Espiritismo, e o que não é Espiritismo" e outra sobre "O Papel do Espiritismo na sociedade vigente e a importância do espiritismo na vida de um cientista”.

O evento decorreu no sábado, dia 14 de julho, às 9H00 e às 14H00, e teve lugar no Instituto de Ciências Matemáticas Isaac Newton, dirigido actualmente pelo Professor Doutor Stephen Hawking, com o título de professor lucasiano (nome que se dá a uma cátedra outrora ocupada por Isaac Newton).

Foi a primeira vez que um espírita proferiu uma palestra na Universidade de Cambridge, na Faculdade de Matemática da Universidade de Cambridge e no Instituto de Ciências Matemáticas Isaac Newton do Reino Unido.

José Santos

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Movimento Você e a Paz



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Castelo de Yverdon sedia comemoração dos 150 anos de "O Livro Dos Espíritos"

(Fonte: Boletim eletrônico da FEB - www.febnet.org.br/noticas)

A União dos Centros de Estudos Espíritas na Suíça (UCESS), com o apoio do Conselho Espírita Internacional, promoveu comemoração dos 150 anos de "O Livro dos Espíritos", no Castelo de Yverdon, na cidade de Yverdon-les-Bains (Suíça). No Castelo de Yverdon funcionou a escola dirigida por Johann Heinrich Pestalozzi, local onde estudou o jovem Hyppolyte Léon Denizard Rivail. Atualmente, o Castelo sedia o Museu de Yverdon e Região e há um destaque ao quarto de Pestalozzi. A reunião comemorativa da UCESS e do CEI desenvolveu-se dentro do Castelo, no período da tarde do dia 23 de junho, tendo sido aberto e encerrado pela presidente da UCESS Gorette Newton e pelo secretário geral do CEI Nestor João Masotti. As palestras foram proferidas por: Charles Kempf (Pestalozzi e Rivail), Evandro Noleto Bezerra (Lançamento de "O Livro dos Espíritos") e Antonio Cesar Perri de Carvalho (Ciência e Religião). Ao final, os expositores e o secretário geral do CEI compuseram uma mesa para atendimento de perguntas.

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XXIV Semana Espírita de Divinópolis - Mediunidade e Vida



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