Ano 15 Número 523 2007



15 de Maio de 2007
 

"Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, 
face a face,
em todas as épocas da humanidade"

Allan Kardec



 ° EDITORIAL

Os Votos de muito trabalho para todos


        


 ° ARTIGOS

Na Vinha do Senhor

O que é o Espiritismo?

 

 ° HISTÓRIA & PESQUISA

Cronologia Espírita


 

 ° QUESTÕES & COMENTÁRIOS

Estudando o Livro dos Espíritos

   

 ° PAINEL

MEDINESP 2007 – 150 Anos em Busca da Integração CORPO-MENTE-ESPÍRITO

Livro do CCDPE-ECM sobre o "AUTO DE FÈ DE BARCELONA"
   


 ° EDITORIAL

Os Votos de muito trabalho para todos !


"Sem o trabalho, o homem permaneceria na infância intelectual"

O Livro dos Espíritos* - resposta a pergunta 676

"Meu Pai trabalha até agora e eu também trabalho"
Jesus - João 5:17**

"Estou presente e ajo sem cessar em todas as coisas"
Krishna, Bhagavad Gita 3:22***

Amigos,

Este mês em que estamos começa com o feriado do Dia do Trabalho, data em que se comemoram os progressos da civilização nas relações econômicas do homem com seus semelhantes. Longe se vão os tempos onde os povos mais fracos eram escravizados e obrigados a sustentar a ociosidade de seus verdugos. Longe também se vão os tempos em que um homem livre e de boa família preferia morrer a ter que trabalhar em busca de seu sustento.

O trabalho é hoje atividade dignificadora com a qual homens e mulheres de todas as idades sonham. O sonho do jovem é o primeiro emprego, o do adulto é manter sua posição e galgar posições mais altas, o do idoso de encontrar uma posição que lhe permita usar sua experiência. Nas sociedades modernas é o trabalho a porta legitima de ascensão social e de bem estar econômico.

Para o espiritualista - e para os espíritas em particular - o trabalho é ainda mais que isto, é a oportunidade de crescimento espiritual. No trabalho desenvolvemos as nossas capacidades e avançamos nos degraus do progresso espiritual. O Universo reflete um agir permanente de Deus, um movimento contínuo de criação e transformação e ao trabalharmos honradamente nos integramos nessa obra. Transformamos-nos em seus agentes e contribuímos para seus objetivos.

Os ganhos do trabalho honrado e honesto, onde o homem age dentro da ética e sem prejudicar a seus semelhantes, vão muito além das posses materiais. Medem-se nos conhecimentos e habilidades adquiridas, nas conquistas morais, no bem efetuado, nas ações bem realizadas. Medem-se em todos aqueles valores, que contrariamente as posses materiais, formam o caráter de um homem e lhe seguem além desta vida.

O trabalho pode ser manual ou intelectual, assalariado ou voluntário, nas atividades públicas ou privadas, nos postos mais humildes ou na direção. Tanto faz, o que realmente importa é como é executado. Muito além dos contracheques e das posições e cargos, o valor do trabalho está no intimo de cada ser, no quanto o transforma, no quanto o torna melhor.

A bibliografia espírita traz extenso material a respeito, iniciando-se pelo próprio Livro dos Espíritos, que traz a "Lei do Trabalho" entre as leis morais do Universo.

Muito trabalho para todos e que a paz de Deus esteja com vocês,
Os Editores

* Kardec, A. O Livro dos Espíritos. Edição Comemorativa dos 150 Anos. Rio de Janeiro: FEB, 2007.

** Bíblia de Jerusalém. São Paulo: Ed. Paulus, 2002.

*** Baghavad Gita. Tradução e notas de Huberto Rohden. São Paulo: Martin Claret Editores Ltda., 1990.


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 ° ARTIGOS

Na  Vinha  Do  Senhor

Rogério Coelho
Minas Gerais, Brasil
 “(...) Curai os  enfermos,  limpai  os  leprosos, 
ressuscitai os mortos, expulsai os demônios”.
­- Jesus.  (Mt., 10:8.)

E
ste registro de Mateus dá bem o tom do ritmo de atividades do verdadeiro trabalhador da Vinha do Senhor.

Aprendemos com o insuperável Mestre de Lyon[1]:

Nas grandes calamidades, a caridade se emociona e observam-se impulsos generosos, no sentido de reparar os desastres.  Mas, a par desses desastres gerais, há milhares de desastres particulares, que passam despercebidos:   os dos que jazem sobre um grabato sem se queixarem.  Esses infortúnios discretos e ocultos são os que a verdadeira generosidade sabe descobrir, sem esperar que peçam assistência.

Emmanuel[2] com sua verve e perspicácia habituais, identifica os vencidos da angústia, que despontam em todas as direções e que, na verdade, apresentam-se como o campo do Senhor que nos compete limpar, arrotear, sanear, cuidar, trabalhar:

São os que perderam o emprego que lhes garantia a estabilidade familiar e desorientaram-se abatidos, à procura do pão; foram despejados do teto, hipotecado à solução de constringentes necessidades, e vagueiam sem rumo; encontram-se despojados de esperança, pela deserção dos afetos mais caros, e abeiram-se do suicídio; caíram em perigosos conflitos da consciência e aguardam leve sorriso que os reconforta; envelheceram sacrificados pelas exigências de filhos queridos que lhes negaram a convivência nos dias da provação, e amargam doloroso abandono; adoeceram gravemente e viram-se transferidos da equipe doméstica para os azares da mendicância; transviaram-se no pretérito e renasceram, trazendo no próprio corpo os sinais aflitivos das culpas que resgatam, pedindo cooperação; despediram-se dos que mais amavam no frio portal do túmulo e carregam os últimos sonhos da existência cadaverizados agora no esquife do próprio peito; abraçaram tarefas de bondade e ternura e são mulheres supliciadas de fadiga e pranto, conduzindo os filhinhos que alimentam à custa das próprias lágrimas.

Gemem discretos e surgem na forma de crianças desprezadas, à maneira de flores que a ventania quebrou, desapiedada, no instante do amanhecer...

Para eles, os que tombaram no sofrimento moral, a ciência dos homens não dispõe de recursos.   É por isso que Jesus, ao reuni-los em multidão, no topo do monte, desfraldou a bandeira da Caridade e, proclamando as bem-aventuranças eternas, no-los entregou por filhos do coração...

Completa, o nobre Mentor de Francisco C. Xavier:

(...) Companheiro da Terra, quando estendes uma palavra consoladora ou um abraço fraterno, uma gota de bálsamo ou uma concha de sopa, aliviando os que choram, estás diante deles, na presença do Cristo, com quem aprendemos que o único remédio capaz de curar as angústias da Vida nasce do amor, que se derrama, sublime da ciência de Deus”.

Alerta-nos Bernardino[3]:

Não digais, pois, quando virdes atingido um dos vossos irmãos: “É a justiça de Deus, importa que siga o seu curso”.  Dizei antes:

Vejamos que meios o Pai misericordioso me pôs ao alcance para suavizar o sofrimento do meu irmão.  Vejamos se as minhas consolações morais, o meu amparo material ou meus conselhos poderão ajudá-lo a vencer essa prova com mais energia, paciência e resignação.   Vejamos mesmo se Deus não me pôs nas mãos os meios de fazer que cesse esse sofrimento; se não me deu a mim, também como prova, como expiação talvez, deter o mal e substituí-lo pela paz.

 Ajudai-vos, pois, sempre, mutuamente, nas vossas respectivas provações.

(...) Deve o espírita estar compenetrado de que a sua Vida toda tem de ser um ato de amor e de devotamento.

(...) Todos estais na Terra para expiar; mas, todos, sem exceção, deveis esforçar-vos por abrandar a expiação dos vossos semelhantes, de acordo com a lei de amor e caridade”.

Procuremos identificar os nossos talentos, buscando multiplicá-los na lavoura do Bem com Jesus em favor dos filhos do Calvário.




[1] - Kardec, A. “O Evangelho Segundo o Espiritismo” – Capítulo XIII, item 4

[2] - Emmanuel/Xavier, F.C. “O Livro da Esperança” – Capítulo 2

[3] - Kardec, A. “O Evangelho Segundo o Espiritismo” – Capítulo V, item 27


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O que é o Espiritismo?

Raul Franzolin Neto - Pirassunga, São Paulo

A vida na Terra é algo intrigante e maravilhoso aos nossos olhos, da mesma forma que a natureza e a beleza infinita do universo. A primeira forma de vida no planeta surgiu há 3,5 bilhões de anos com as bactérias. Elas estão entre nós até hoje, como resultado da fantástica adaptação ecológica, e constituem a quantidade impressionante da metade da biomassa na Terra. Os seres multicelulares (animais) surgiram há cerca de 600 milhões de anos e os primeiros antepassados do Homem (Homo sapiens) há aproximadamente 5 milhões de anos. Mais intrigante ainda, é saber que o número de espécies existentes hoje, cerca de 30 milhões, representa apenas 1% das mais de 3 bilhões que já povoaram a Terra. Por que espécies aparecem e são extintas? A resposta fica mesmo a cargo da dispendiosa evolução natural para sobrevivência às modificações do meio.

Geneticamente, o Homem possui cerca de 30 mil genes, sendo o mesmo número de genes que o camundongo. Mais interessante ainda é que todas as diferenças existentes entre nós e os camundongos ocorrem devido à apenas 300 genes.

Assim, do ponto de vista da matéria, as diferenças entre as espécies são pequenas e são meras necessidades de adaptações para sobrevivência em ambiente hostil e competitivo. Mas e do ponto de vista espiritual? Aí sim, as diferenças são enormes. Cada ser humano apresenta inúmeras diferenças no comportamento, no pensar, gostos, etc. Não há dois indivíduos idênticos. Nós somos seres individuais. O desafio da ciência é entender isso do ponto de vista genético. Desse ponto, não há saída a não ser pesquisar a vida espiritual, pois é no espírito que está a causa desses efeitos.

Nesse ciclo evolutivo do Homem, o fato real é que cada ser humano, nasce como fruto da formação do corpo humano, cresce, envelhece e morre. Com que objetivo? A vida, dada a complexidade das relações entre os seres humanos, animal e vegetal e o meio ambiente, tem que ser de extrema relevância de alguma forma.

O mundo espiritual é a chave do entendimento maior. A busca constante do conhecimento da vida é tarefa dignificante e desejável, tendo em vista o grande efeito benéfico que isso representa para a própria sobrevivência do homem no planeta. Religiões surgiram com esse princípio, com o propósito de ligar o homem ao plano espiritual.

O Espiritismo surgiu  na França em meados do século XIX como filosofia de vida; como ciência que define a existência da continuidade da vida após a morte e das relações entre os planos de vida terrestre e espiritual e como religião que trata do caráter moral dos homens e de sua convivência em sociedade integrado ao meio ambiente.  Nesse aspecto, mantém o caráter de espiritismo cristão, já que compreende perfeitamente os ensinamentos deixados por Jesus Cristo, com os esclarecimentos das parábolas do Evangelho com base na visão da continuidade da vida após a morte e o processo de reencarnação.

Allan Kardec, o homem encarregado de codificar a doutrina espírita sob a luz da Espiritualidade Maior, ao iniciar os seus estudos sobre espiritismo e perceber que a existência de espíritos, que nada mais são do que os próprios homens que habitaram a Terra ou não, em diferentes corpos, mantendo diferentes graus de capacidade intelectual e moral, compreendeu que o simples fato da existência de outro plano de vida e a possibilidade de contato entre eles já era algo de imensa relevância com implicações fundamentais nas relações entre os homens.

O Espiritismo é, portanto, ao mesmo tempo filosofia, ciência e religião que tem por objetivo colocar o homem em constante reflexão em busca de um caminho melhor para a sua evolução espiritual rumo à felicidade eterna. Infelizmente, como sempre aconteceu com muitos que se propuseram em missões semelhantes, o Espiritismo sofreu e sofre fortes preconceitos infundados ou por ignorância ou por interesses diversos. Mas o seu crescimento é incontestável e representará fundamental papel na evolução espiritual do planeta Terra no futuro, contribuindo para a harmonia universal dentro da Lei de Deus. Cabe a nós, os obreiros do bem, dar uma pequena parcela nesse processo.

A filosofia espírita pode ser resumida pelos seus princípios fundamentais proferidos em discurso por Allan Kardec e publicados na Revue Spirite:

 "Crer num Deus todo-poderoso, soberanamente justo e bom; crer na alma e na sua imortalidade; na preexistência da alma como única justificativa da presente existência; na pluralidade das existências como meio de expiação, reparação e adiantamento intelectual e moral; na perfectibilidade dos seres mais imperfeitos; na felicidade crescente com a perfeição; na remuneração eqüitativa do bem e do mal, segundo o princípio: a cada um segundo as suas obras; na igualdade da justiça para todos, sem exceções, favores nem privilégios para criatura alguma; na duração da expiação limitada à da imperfeição; no livre-arbítrio do homem, deixando-lhe a escolha entre o bem e o mal; crer na continuidade das relações entre o mundo visível e o mundo invisível; na solidariedade que liga todos os entes passados, presentes e futuros, encarnados e desencarnados; considerar a vida terrestre como transitória e uma das fases da vida do Espírito, que é eterna; aceitar corajosamente as provas, visto ser o futuro mais desejável que o presente; praticar a caridade por pensamentos, palavras e obras, na mais ampla acepção do vocábulo; esforçar-se cada dia para ser melhor do que na véspera, extirpando da alma alguma imperfeição; submeter todas as suas crenças ao controle do livre exame e da razão e nada aceitar por uma fé cega; respeitar todas as crenças sinceras, por mais irracionais que nos pareçam e não violentar a consciência de ninguém; ver enfim, nas descobertas da Ciência, a revelação das leis da Natureza, que são as leis de Deus".

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Referências:

Drauzio Varella. 2006. Borboletas da alma, Companhia das Letras, SãoPaulo, 387p.
Allan Kardec. 1868. O espiritismo é uma religião? Revista Espírita, ano XI, v. 12, dez. 1868, Edicel, São Paulo, p. 351360.

Índice

 ° HISTÓRIA & PESQUISA

(Seção em parceria com a "Liga de Historiadores e Pesquisadores Espíritas")

Cronologia Espírita

(Compilação de datas significativas para o Movimento Espírita iniciada no Boletim 505)


Lista de Eventos

1861

15 de janeiro de 1861
Paris, França

Allan Kardec publica a primeira edição de "O Livro dos Médiuns". "Ela constitui o complemento do Livro dos Espíritos e encerra a parte experimental do Espiritismo, assim como este último contém a parte filosófica" (Allan Kardec - Revista Espírita de janeiro de 1861).

KARDEC, 1971
WANTUIL e THIESEN, 1979

12 de abril de 1861
Carolina do Sul, Estados Unidos da América

Tropas dos "Estados Confederados da América" (Confederação), formados por estados que se separaram dos "Estados Unidos da América" (União) após a eleição do candidato republicano Abraham Lincoln, atacaram o forte Sumter na Carolina do Sul. O ataque desencadeou a Guerra da Secessão ou Guerra Civil Americana.

As raízes da guerra estavam nas diferenças econômicas e culturais existentes entre os estados do sul e do norte dos Estados Unidos. Enquanto o Sul era agrário e escravocrata, o norte se industrializava e era favorável ao fim da escravidão. As tensões, que vinham crescendo há anos, atingiram o auge durante a campanha presidencial de 1860. Enquanto o partido democrata estava dividido, o partido republicano apresentou um candidato Abraham Lincoln contrário à escravidão. A vitória de Lincoln foi o pretexto para a separação e o início das hostilidades.

A guerra se estendeu até 1865 e foi bastante sangrenta. Avanços tecnológicos, como os primeiros navios com casco de metal e o uso da observação aérea (com balões), foram empregados e aumentaram enormemente a mortandade nos campos de batalha. Populações civis também foram atacadas em campanhas deliberadamente conduzidas para derrubar a moral do inimigo dando a essa guerra aspectos assustadoramente modernos.

O impacto dessa guerra sobre os Estados Unidos foi imenso, moldou o país e repercutiu no restante do mundo. A vitória do norte selou o destino da escravidão no continente. No Brasil, a escravidão manteve-se até 13 de maio de 1889, mas com um apoio social cada vez menor e principalmente pelo medo que as elites políticas tinham de uma crise com sua extinção. 

A guerra civil prejudicou seriamente o movimento espiritualista que estava em franca expansão no seu início. Um dos primeiros impactos foi que a exaltação dos ânimos desviou a atenção do movimento. Os espiritualistas eram contrários à escravidão e nos Estados do norte engajaram-se fortemente nas campanhas de apoio a guerra, enquanto que os do sul tiveram que se retrair.

Outro efeito sobre o espiritualismo foi indireto, muitas famílias perderam seus entes queridos nas batalhas ou nos campos de prisioneiros e não foram poucas as que buscaram consolação nas sessões mediúnicas. Notícias dos que estavam neste mundo ou no outro eram avidamente procuradas e, como existiam possibilidades de ganhos financeiros (se cobravam pelas sessões), não deixaram de aparecer charlatães se passando por médiuns. Charlatães que desacreditavam o espiritualismo e forneciam farto material para seus detratores.

O Espiritualismo americano sobreviveu à guerra civil, mas sem o mesmo vigor do período imediatamente anterior.

BESOUCHE, 1993
DAVIS, 2000
DOYLE, 2003
EPHEMERA, 2007
IGLÉSIAS, 1989
MAURO, 1991
PODMORE, 2006
SCHLENSIGER, 1896
WIKIPEDIA, 2007

9 de outubro de 1861
Barcelona, Espanha

Por ordens do Bispo de Barcelona, se realiza o célebre Auto-de-fé em que foram queimados trezentos volumes e brochuras sobre Espiritismo, entre eles: 
  • Exemplares da Revue Spirite; 
  • "O Livro dos Espíritos", Allan Kardec; 
  • "O Livro dos Médiuns", Allan Kardec; 
  • "O que é o Espiritismo", Allan Kardec; 
  • "Fragmento de uma Sonata", ditado pelo Espírito Mozart; 
  • "Carta de um Católico sobre o Espiritismo", Dr. Grand; 
  • "A História de Joana D'Arc", médium Mlle. Ermance Dufaux, Autora Joana D'Arc; 
  • "A realidade dos Espíritos demonstrada pela escrita direta", Barão de Guldenstubbé; 
Extenso relato do evento, realizado na mesma esplanada onde os criminosos condenados a morte eram executados, foi publicado no periódico barcelonense "La Corona", que se manifestou contra tal ato.

KARDEC, 1971
REVISTA ESPÍRITA ALLAN KARDEC, 1983
WANTUIL e THIESEN, 1979


Referências Bibliográficas

BESOUCHE, L. Pedro II e o Século XIX. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1993

DAVIS, J. C. Laura de Force Gordon as a Spiritualist. Stanford: Stanford Law School, 2000 (disponível em http://www.stanford.edu/group/WLHP/papers/gordon.davis.pdf)

DOYLE, A. C. The History of Spiritualism - Vol I. Australia: Projeto Guttemberg, 2003. Disponível em: http://gutenberg.net.au/ebooks03/0301051.txt

EPHEMERA. Envisioning the Civil War. In Ephemera - 19th Century American Spiritualism's Fading Record. Disponível em http://www.spirithistory.com/war.html. Acesso em 6 de abril de 2006.

IGLÉSIAS, F. História Geral e do Brasil. São Paulo: Ed. Ática, 1989.

KARDEC, A. Revista Espírita. Obras Completas de Allan Kardec. Trad. Julio Abreu Filho. São Paulo: EDICEL, 1971

MAURO, F. O Brasil no Tempo de D. Pedro II. Tradução Tomás Rosa Bueno. São Paulo: Companhia das Letras: Círculo do Livro, 1991 (Série: A Vida Cotidiana).


PODMORE, F. General Survey of the Spiritualist Movement (1902). In: SurvivalAfterDeath.org. Disponível em http://www.survivalafterdeath.org/articles/podmore/survey.htm. Acesso em 05 de outubro de 2006.

REVISTA ESPÍRITA ALLAN KARDEC. Auto-de-fé de Barcelona. Edição n. 18, jan/mar 1983

SCHLENSIGER, J. A Review of the Progress of Spiritualism. Workers in the Vineyard. São Francisco: 1896 (Trecho do texto disponível em:  http://www.spirithistory.com/96calhis.html. Acesso em 12 de setembro de 2006).

WANTUIL, Z.; THIESEN, F. Allan Kardec. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1979

WIKIPEDIA. Guerra Civil Americana. In: Wikipédia - A Enciclopédia Livre. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_Civil_Americana. Acesso em 6 de abril de 2007.

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 ° QUESTÕES & COMENTÁRIOS

Estudando o Livro dos Espíritos

Christiano Torchi
Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil

Deus e o Infinito

1 - Que é Deus?
 
Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.
 
Na resposta à questão número 01 de “O Livro dos Espíritos”, os instrutores celestes afirmaram que “Deus é a inteligência suprema, causa primária [primeira] de todas as coisas”.
 
Notem que a questão apresentada não foi “quem” é Deus e sim “que” é Deus, pois que Este não é um ser antropomórfico, à imagem e semelhança física do homem, ou seja, um velhinho de barbas brancas, de cajado nas mãos e com o dedo em riste nos acusando de alguma coisa.
 
Mas deixemos, por enquanto, em suspenso essa temática, e passemos à questão seguinte. 
 
2 - Que se deve entender por infinito?
 
O que não tem começo nem fim: o desconhecido; tudo o que é desconhecido é infinito.
 
Alguns poderiam contraditar: “nem tudo que nos é desconhecido é infinito, porque há muitas coisas finitas que ignoramos”.
 
Todavia, o alcance da resposta dos amigos espirituais é mais profundo, vai além de um simples jogo de palavras.
 
Nossa mente primitiva não é capaz de conceber algo que não tenha fim, como na célebre e popular questão: “Quem nasceu primeiro: o ovo ou a galinha?”
 
Na tentativa de solucionar essa simples indagação, na aparência, muitos sistemas foram construídos, muita tinta se gastou para explicar o, por enquanto, inexplicável.
 
Outros, de grande inteligência, chegaram a enlouquecer de tanto pensar nisso.
 
Tal circunstância apenas demonstra a nossa indigência intelectual, para não dizer espiritual, e o quanto ainda estamos longe de compreender os segredos do Universo.
 
Na questão n. 2, vimos a definição de infinito.
 
Na questão n. 3, o autor complementa a pergunta, indagando se Deus é o infinito.
 
A resposta remete à pobreza da linguagem humana, que não dispõe de palavras ou termos para vestir, com amplitude ou precisão, a idéia da magnitude do Criador.
 
A seguir, o Codificador (Kardec), na tentativa de esclarecer esse ponto, lança uma nota à pergunta, que reproduzimos, para seu deleite e informação.
 
Boa leitura e, sobretudo, reflexão!
 
 3 - Poder-se-ia dizer que Deus é o infinito?
 
Definição incompleta. Pobreza da linguagem humana, insuficiente para definir o que está acima da linguagem dos homens.
 
 “Deus é infinito em suas perfeições, mas o infinito é uma abstração. Dizer que Deus é o infinito é tomar o atributo de uma coisa pela coisa mesma, é definir uma coisa que não está conhecida por uma outra que não o está mais do que a primeira.” (Nota de Allan Kardec).
 
________________________

OBS: As citações do Livro dos Espíritos foram retiradas da edição da FEB. A Federação Espírita Brasileira mantém em sua página uma versão disponível para download: http://www.febnet.org.br/file/135.pdf

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° PAINEL

MEDINESP 2007 – 150 Anos em Busca da Integração CORPO-MENTE-ESPÍRITO

Evento acontecerá entre 7 e 9 de junho, vai reunir cinco oradores

internacionais e mais de 40 nacionais

O MEDINESP 2007 – Congresso da AME-Brasil e Internacional – Associação Médico-Espírita do Brasil e Internacional – acontecerá nos dias 7, 8 e 9 de junho, em São Paulo (SP), no Maksoud Plaza.

Com o tema “150 anos em busca da integração corpo-mente-espírito”, a AME-Brasil e Internacional investe na “busca de integrar saúde e espiritualidade, alargando os horizontes do conhecimento, ampliando pesquisas científicas, de modo a contribuir para uma profunda mudança de paradigma”, explica a Dra. Marlene Nobre, presidente da AME-Brasil e Internacional.

Nesta edição, o MEDINESP 2007 terá a participação de mais de 40 oradores nacionais – vindos de todas as partes do Brasil – e cinco oradores internacionais, da Europa, Estados Unidos e América Latina. “Desejamos somar com todos os que buscam igualmente um modelo para a Medicina, que vise à perfeita integração corpo-mente-espírito. Com este objetivo, desde 2003, temos trazido, aos nossos congressos, colegas e cientistas que estejam no mesmo campo de ação e suficientemente abertos ao diálogo a fim de somar conosco na luta por esse ideal maior”, declara a presidente da AME-Brasil e Internacional, Dra. Marlene Nobre.

Entre os palestrantes internacionais, destacamos a presença de:
  • Dr. Melvin Morse – EUA – médico pediatra. Foi o primeiro pesquisador – há 20 anos – a estudar casos de Experiências de Quase-Morte (EQM) em crianças. Fará as palestras: “Experiência de Quase-Morte (EQM)” e “Onde Deus mora: Áreas do Cérebro como Interface Biológica com um Universo Interconectado”;
  • Dr. Erlendur Haraldsson – Islândia. PHD pela Universidade de Friburgo (1972), é autor de inúmeros artigos e livros acerca da sobrevivência do espírito e da reencarnação. Fará as palestras: “Visões no Leito de Morte” e “Crianças que falam de Vidas Anteriores”.
Entre os oradores nacionais, destacamos as presenças de: Alberto Almeida, Andrei Moreira, André Luiz Peixinho, Cristiane Assis, Décio Iandoli Jr., Fabio Nasri, Francisco Cajazeiras, Gilson Luiz Roberto, Jaider Rodrigues de Paulo, José Roberto Pereira dos Santos, Julio Peres, Kátia Marabuco, Leandro Romani, Marco Antonio Palmieri, Marlene Nobre, Roberto Lúcio Vieira de Souza, Rodrigo Bassi e Sérgio Felipe de Oliveira.

Entre os temas das palestras estão: “Culpa-mágoa e os microorganismos na gênese das doenças”, “O cristo como terapeuta: ciência e espiritualidade nas curas de Jesus”, “Integrando os modelos terapêuticos numa perspectiva evolucionista”, “Acolhimento a espírito reencarnante”, “Realidade fisiológica e realidade espiritual”, “Envelhecimento ativo X Depressão”, “Ortotanásia e morte natural”, “O amor e seu extraordinário poder de cura”, “Lobo frontal – perspectivas para o futuro, a partir de André Luiz”, “Estados modificados de consciência: sonambulismo, animismo”, “Achados da neurociência sobre os estados de consciência ampliados: prece, caridade, meditação, transe, glossolalia e hipnose”, “O impacto do desabrochar da mediunidade na vida do médico”, “Terapia complementar espírita”, “Modelos de inconsciente: Jung”, “150 anos em busca da integração cérebro-mente-espírito”, “Como diferenciar os fenômenos mediúnicos das alucinações e delírios?”, “Profissional da saúde, um educador em potencial”, “Bases da integração cérebro-mente-corpo-espírito” e “Glândula Pineal – novos conceitos, avançando nas pesquisas”.

O MEDINESP 2007 acontecerá nos dias 7, 8 e 9 de junho de 2007, no Maksoud Plaza (Alameda Campinas, 150 – São Paulo). Valor das inscrições: R$ 210,00 até 27 de abril, R$ 250,00 de 28 de abril até 28 de maior e R$ 300,00 após 28 de maio. Estudantes e sócios das AMEs têm desconto.  

Informações e inscrições pelo telefone 11 5585-1703 ou pelo site www.amebrasil.org.br

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MEDINESP 2007 – 150 em busca da integração corpo-mente-espírito

De 7 a 9 de junho – Maksoud Plaza (Al. Campinas, 150 – São Paulo – SP)

Associação Médico-Espírita do Brasil e Internacional

Informações: www.amebrasil.org.br ou 11 5585-1703

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Fabiana Fares – Assessora de Imprensa da AME-Brasil e Internacional
F: 11 3578-0578 / 9479-5803
fabianafares@terra.com.br


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Livro do CCDPE-ECM sobre o "AUTO DE FÉ DE BARCELONA"

Comunicamos aos companheiros da Liga que O CCDPE-ECM (Centro de Cultura, Documentação e Pesquisa do Espiritismo Eduardo Carvalho Monteiro), em sua fase inicial de montagem de uma Editora, publicou a tradução de uma obra do proeminente escritor e pesquisador espírita argentino "Florentino Barrera".

Trata-se de um dos livros mais completos sobre o AUTO DE FÈ DE BARCELONA". Por se tratar de uma tradução minha, fiz questão absoluta que na capa constasse os dois logo (LIGA DE HISTORIADORES E PESQUISADORES ESPÍRITAS e CCDPE_ECM). O autor devido aos laços de amizade que nos une , cedeu os direitos autorais ao Centro de Cultura.

Peço aos companheiros que adquiram esse livro, não só pela importância das informações históricas que ele possui como também para nos auxiliar em nossa luta para desenvolver os trabalhos de catalogação e manutenção do arquivo do CCDPE-ECM. Os companheiros interessados poderão solicitar ao meu e-mail (eascoutinho@hotmail.com) . O preço unitário é de R$ 20.

Desde já agradecemos
Emilia

Centro de Cultura, Documentação e Pesquisa do Espiritismo Eduardo Carvalho Monteiro
Tel 11 5072-2211
Alameda Guayazes, 16- Planalto Paulista
CEP -040-79010


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GRUPO DE ESTUDOS AVANÇADOS ESPÍRITAS
 
O Boletim GEAE é distribuido por e-mail aos participantes do Grupo de Estudos Avançados Espíritas
Inscrição pelo site do GEAE

O Cancelamento pode ser feito pelo site do GEAE ou por e-mail a editor@geae.inf.br

Informações Gerais - http://www.geae.inf.br/pt/faq
Conselho Editorial - editor@geae.inf.br
Coleção dos Boletins em Português - http://www.geae.inf.br/pt/boletins
Coleção do "The Spiritist Messenger" - http://www.geae.inf.br/en/boletins
Coleção do "Mensajero Espírita" - http://www.geae.inf.br/el/boletins