Ano 14 Número 520 2006



15 de Agosto de 2006


"Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, 
face a face,
em todas as épocas da humanidade"

Allan Kardec



 ° EDITORIAL

Pouca Gente Sabe, Orson P. Carrara, Brasil





 ° ARTIGOS

Prática Mediúnica, Rogerio Coelho, Brasil


Alguns Dados Biográficos de Allan Kardec, Christiano Torchi, Brasil




 ° HISTÓRIA & PESQUISA

Cronologia Espírita










 ° QUESTÕES & COMENTÁRIOS

Cidade Natal de Allan Kardec





 ° PAINEL

Site do Grupo Cairbar Schutel de Divulgação Espírita de Pindamonhangaba


Jornada de estudos da Associação Médico-Espírita de São Paulo


Seminário Princípio Inteligente: Mediunidade e Obsessão


Seminário Saúde, Amor e Transformação Pessoal





 ° EDITORIAL

Pouca Gente Sabe, Orson P. Carrara, Brasil

Muitos já ouviram falar, outros talvez ignorem totalmente, mas a verdade é que a personalidade cujo aniversário é comemorado na primeira semana de outubro ainda é um ilustre desconhecido. Imaginam que ele foi algum místico, líder religioso ou algo parecido. Chegam a pensar que fundou alguma religião e muitas vezes o desprezam completamente, justamente por desconhecê-lo. Na verdade, ele foi respeitado professor em sua época.

Homem de princípios rígidos, educado em famoso instituto educacional da Suíça, observador atento que buscava razões para fatos e acontecimentos, criterioso pesquisador e comportamento avesso a práticas místicas ou fantasiosas. Ao mesmo tempo, porém, personalidade bondosa que chegou a fundar cursos gratuitos para pessoas carentes. Publicou inúmeros livros em sua área profissional, que foram inclusive adotados pelo governo, e tornou-se respeitável figura da sociedade de sua época.

Casado e sem filhos, aos cinqüenta anos foi levado por amigos a observar estranhos fenômenos que se tornavam moda na França. Incrédulo a princípio, aplicou os métodos que usava como sério pesquisador e através da observação e da experimentação, concluiu pela existência dos espíritos como agentes dos estranhos fenômenos. Dedicou-se a estudar tais fenômenos, percebendo neles um mundo novo que se abria aos horizontes humanos, com a constatação plena da imortalidade da alma após a morte do corpo e a possibilidade do intercâmbio entre os chamados mortos com os chamados vivos através da mediunidade. Revelações antes já anunciadas por Jesus e ora estudadas com a profundidade que o assunto merece.

De posse de informações e pesquisas, colhidas de manifestações recebidas em diversos lugares do mundo, simultaneamente e por  pessoas desconhecidas entre si, além do trabalho pessoal dele próprio nesse campo de pesquisa, publicou a obra O Livro dos Espíritos, obra basilar da Codificação Espírita, que surgiu em Paris, França, no dia 18 de abril de 1857. A partir daí, publicou outras obras que se seguiram, fundou uma revista que funcionava como verdadeiro laboratório de pesquisas, fundou ainda uma sociedade para reunir os interessados em estudar e pesquisar os mesmos assuntos e tornou-se o Codificador (organizador) do Espiritismo, ou seja aquele que organizou os ensinos trazidos pelos espíritos.

Poliglota, homem dotado de muita cultura, e essencialmente um pesquisador, Hippolyte Leon Denizard Rivail nasceu em Lion, na França, no dia 3 de outubro de 1804 (data que ora lembramos) e ao publicar as obras da Codificação Espírita, adotou o pseudônimo de Allan Kardec, como a dizer que aqueles não eram livros de sua autoria, mas fruto dos ensinos dos espíritos, que ele, Rivail, apenas fora o instrumento para organizar e coordenar os assuntos e dar-lhes publicidade. Não foi médium, líder religioso, místico ou qualquer outro título que lhe queiram dar. Apenas um respeitado cidadão francês, de muita cultura e personalidade firme e bondosa, que defrontado com estranhos fenômenos, dedicou-se a pesquisá-los, vencendo inicialmente as barreiras da própria incredulidade, mas sabedor de que ali se encontrava a resposta para as angustias humanas. Esta é a personalidade ímpar de Allan Kardec, o Codificador do Espiritismo.

SALVE KARDEC - nos seus 202 anos de nascimento!

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 ° ARTIGOS

Prática Mediúnica, Rogerio Coelho, Brasil

"A mediunidade praticada de acordo com os parâmetros espiritistas,
não poderá estar apartada da: Oração, Meditação, Recolhimento,
Estudo, Disciplina, Perseverança, Humildade e Senso de conjunto."
- François C. Liran

Assevera o Mestre Lionês1:

"A mediunidade é coisa santa, que deve ser praticada santamente, religiosamente..."

Reconhecendo os graves e desastrosos desvios na área da prática mediúnica, Kardec confessa2: “por mais de uma vez tive motivos de deplorar elogios que dispensei a alguns médiuns, com o intuito de os animar."

A seguir, o Codificador da Doutrina dos Espíritos evidencia o quadro do médium verdadeiramente bom, nos seguintes termos:

"Supor-lhe-emos, antes de tudo, uma grandíssima facilidade de execução, que permita se comuniquem livremente os Espíritos, sem encontrarem qualquer obstáculo material. Isto posto, o que mais importa considerar é de que natureza são os Espíritos que habitualmente o assistem, para o que não nos devemos ater aos nomes, porém, à linguagem. Jamais deverá ele perder de vista que a simpatia que lhe dispensam os bons Espíritos, estará na razão direta de seus esforços por afastar os maus. Persuadido de que a sua faculdade é um dom que só lhe foi outorgado para o bem, de nenhum modo procura prevalecer-se dela, nem apresentá-la como demonstração de mérito seu. Aceita as boas comunicações, que lhe são transmitidas, como uma graça, de que lhe cumpre tornar-se cada vez mais digno, pela sua bondade, pela sua benevolência e pela sua modéstia. O primeiro se orgulha de suas relações com os Espíritos superiores; este outro se humilha, por se considerar sempre abaixo desse favor."
 
Um Espírito, dissertando sobre a influência moral do médium, nas comunicações, afirmou, entre outras coisas, o seguinte3:
"Os Espíritos, que considerais como personificações do bem, não atendem de boa-vontade ao apelo dos que trazem o coração manchado pelo orgulho, pela cupidez e pela falta de caridade.

Expurguem-se, pois, os que desejem esclarecer-se, de toda a vaidade humana e humilhem a sua inteligência ante o infinito poder do Criador. Esta a melhor prova que poderão dar da sinceridade do desejo que os anima. É uma condição a que todos podem satisfazer.

Se o médium, do ponto de vista da execução, não passa de um instrumento, exerce, todavia, influência muito grande, sob o aspecto moral. Pois que, para se comunicar, o Espírito desencarnado se identifica com o Espírito do médium, esta identificação não se pode verificar, senão havendo, entre um e outro, simpatia e, se assim é lícito dizer-se, afinidade. A alma exerce sobre o Espírito livre uma espécie de atração, ou de repulsão, conforme o grau de semelhança existente entre eles. Ora, os bons têm afinidade com os bons e os maus com os maus, donde se segue que as qualidades morais do médium exercem influência capital sobre a natureza dos Espíritos que por ele se comunicam. As qualidades que, de preferência, atraem os bons Espíritos são: a bondade, a benevolência, a simplicidade do coração, o amor do próximo, o desprendimento das coisas materiais. Os defeitos que os afastam são: o orgulho, o egoísmo, a inveja, o ciúme, o ódio, a cupidez, a sensualidade e todas as paixões que escravizam o homem à matéria.

Todas as imperfeições morais são outras tantas portas abertas ao acesso dos maus Espíritos. A que, porém, eles exploram com mais habilidade é o orgulho, porque é a que a criatura menos confessa a si mesma. O orgulho tem perdido muitos médiuns dotados das mais belas faculdades e que, se não fora essa imperfeição, teriam podido tornar-se instrumentos notáveis e muito úteis, ao passo que, presas de Espíritos mentirosos, suas faculdades, depois de se haverem pervertido, aniquilaram-se e mais de um se viu humilhado por amaríssimas decepções.”

Estudar primeiro, praticar depois, tal a diretriz. Além do estudo, incluir no cardápio de atitudes frente à prática mediúnica a oração, a fim de estabelecer sintonias sadias e elevadas; a meditação, para expandir a base dos raciocínios; a disciplina que facultará melhores adequações aos trabalhos; a perseverança a fim de que os Espíritos Amigos possam sempre contar com nossa presença e participação nos trabalhos; a humildade para que o egoísmo, o orgulho e a vaidade não tisnem as tarefas e, finalmente, jamais praticar a mediunidade a sós; integrar-se sempre a uma equipe de seareiros a fim de que qualquer desvio ou anormalidade possa presto ser eliminado.
 
Atentemos, finalmente, para as palavras de Erasto
4:

"O Espiritismo já está bastante espalhado entre os homens e já moralizou suficientemente os adeptos sinceros da sua santa doutrina, para que os Espíritos já não se vejam constrangidos a usar de maus instrumentos, de médiuns imperfeitos. Se, pois, agora, um médium, qualquer que ele seja, se tornar objeto de legítima suspeição, pelo seu proceder, pelos seus costumes, pelo seu orgulho, pela sua falta de amor e de caridade, repeli, repeli suas comunicações, porquanto aí estará uma serpente oculta entre as ervas. É esta a conclusão a que chego sobre a influência moral dos médiuns."

A prática do Espiritismo é um terreno no qual só poderemos transitar sem tropeços mediante acurados estudos, os quais devem começar pelo "O Livro dos Médiuns" a fim de que nossa atividade não seja vã e perigosa, mas produtiva e útil a encarnados e desencarnados.

1 - Kardec, A. “O Evangelho Segundo o Espiritismo” – Capítulo XXVI, item 10
2 - Kardec, A. “O Livro dos Médiuns” – Capítulo XX, 2ª parte, itens 228/229
3 - Kardec, A. “O Livro dos Médiuns” – Capítulo XX, 2ª parte, itens 226/229
4 - Kardec, A. “O Livro dos Médiuns” – Capítulo XX, 2ª parte, item 230

Índice

Alguns Dados Biográficos de Allan Kardec, Christiano Torchi, Brasil

Nascer, viver, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a Lei.

O conhecimento da biografia dos grandes homens auxilia muito o entendimento e a interpretação de suas obras e de suas mensagens. Não poderia ser diferente com Kardec (Obras Póstumas, Feb, p. 11-19).

Hippolyte Léon Denizard Rivail, nome civil de Allan Kardec, reencarnou em Lion, França, aos 3 de outubro de 1804, como filho de Jean Baptiste Antoine Rivail (juiz de direito) e de Jeanne Louise Duhamel, ambos católicos.

Aproximadamente aos dez anos, foi encaminhado a Yverdun, cidade da Suíça, a fim de completar seus estudos na então escola-modelo da Europa, que funcionava em regime de internato, dirigida pelo célebre pedagogo Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827).

Aos dezoito anos, retornou à França, fixando-se em Paris, centro da cultura mundial, onde predominava a corrente filosófica do positivismo defendida por Augusto Comte. Rivail dedicou-se à instrução e à educação durante aproximadamente trinta anos, tendo sido, inclusive, diretor de escola e professor. Escreveu vários livros didáticos sobre diversos assuntos, entre os quais aritmética, gramática francesa, química, física, astronomia e anatomia comparada.

Influenciado pelas idéias de Pestalozzi, também escreveu livros sobre a reforma do ensino. Mais tarde, foi compelido a deixar o magistério em virtude do regime educacional implantado na época do imperador Napoleão I, que restringia a liberdade de ensino. Em 1852, teve problemas de vista e quase ficou cego.

Estudou, durante trinta e cinco anos, o magnetismo, adquirindo sólidos conhecimentos a respeito. Exerceu ainda a função de contabilista e tradutor de obras estrangeiras, uma vez que dominava outras línguas, além do francês, entre elas, alemão, inglês, italiano e espanhol.

Zeus Wantuil e Francisco Thiesen, na obra Allan Kardec,[1] esclarecem que, aos 24 anos, sua preocupação científica e seu caráter eminentemente positivo o fariam escrever numa obra sobre Educação Pública:

“Aquele que houver estudado as ciências rirá, então, da credulidade supersticiosa dos ignorantes. Não mais crerá em espectros e fantasmas, não mais aceitará fogos-fátuos por Espíritos”.

Foi, portanto, como racionalista estudioso, avesso ao misticismo, que ele se pôs a examinar os fatos relacionados com as “mesas girantes e falantes”, fenômeno que eclodiria, mais tarde, na Europa, chamando a atenção do mundo inteiro (Obras Póstumas, Feb, p. 265-276).

A esse respeito, analisemos o pensamento transparente do próprio Kardec:

“Tendo adquirido, no estudo das ciências exatas, o hábito das coisas positivas, sondei, perscrutei esta nova ciência (o Espiritismo) nos seus mais íntimos refolhos; busquei explicar-me tudo, porque não costumo aceitar idéia alguma, sem lhe conhecer o como e o porquê”. (O Que é o Espiritismo, p. 79).

Aos vinte e oito anos, casou-se com Amélie Gabrielle Boudet, também professora e escritora, nove anos mais velha que ele. Não tiveram filhos, o que permitiu ao casal dedicação intensa à nobre missão de educar.

Aos cinqüenta anos, o professor Rivail tomou conhecimento, pela primeira vez, da existência das mesas girantes e falantes, por meio do Sr. Fortier (outro estudioso do magnetismo). Certa vez, Rivail encontra-se com um amigo (Sr. Carlot) e este lhe conta a novidade: compareceu a uma reunião em que as mesas não apenas se movimentavam, mas também se comunicavam.

Rivail não levou a sério tal notícia, em virtude do temperamento brincalhão do informante. Entretanto, ao avistar-se novamente com o Sr. Fortier, homem sério e profundo estudioso do magnetismo, este lhe confirma as observações do Sr. Carlot. Diante de tão incrível informação, esta foi a reação “positivista” de Rivail:

“Só acreditarei quando vir e quando me provarem que uma mesa tem cérebro para pensar, nervos para sentir e que possa tornar-se sonâmbula. Até lá, permita que eu não veja no caso mais do que um conto da carochinha”.[2]

A maioria dessas reuniões, praticada nas rodas sociais, era pública e de caráter leviano, em que as pessoas faziam perguntas fúteis aos Espíritos, com relação ao passado, ao futuro e aos fatos corriqueiros da vida particular de cada um.

Levado pelo Sr. Fortier a uma reunião privada, de caráter sério, na residência da Sra. Planeimason, Rivail confirma o que lhe haviam dito. A princípio, Rivail, apoiado nos estudos do Magnetismo, considerou que o movimento das mesas pudesse ocorrer por causa dos fluidos elétricos emanados do próprio corpo físico, o que é, cientificamente possível, mas, posteriormente, verificou que os fenômenos provinham de uma causa inteligente independente do médium.

Foi então que o eminente professor passou a comparecer a essas reuniões, movido pelo espírito de pesquisa, oportunidade em que formulava perguntas elaboradas por antecipação, algumas de cunho filosófico e científico. Percebeu, então, que nem todos os Espíritos sabiam respondê-las, enquanto outros o faziam com uma profundidade jamais vista. Deduziu, a partir destas observações, que a simples morte física dos homens não os transforma em santos ou sábios. Eles continuam a ser o que foram em vida, com suas virtudes e com seus defeitos.

Ante a importância da magna revelação da Espiritualidade trazida à Terra, Rivail exclamou:

“Entrevi naquelas aparentes futilidades, no passatempo que faziam daqueles fenômenos, qualquer coisa de sério, como que a revelação de uma nova lei, que tomei a mim investigar a fundo. [...] Compreendi, antes de tudo, a gravidade da exploração que ia empreender; percebi, naqueles fenômenos, a chave de um problema obscuro e tão controvertido do passado e do futuro da Humanidade, a solução que eu procurara em toda a minha vida. Era, em suma, toda uma revolução nas idéias e nas crenças; fazia-se mister, portanto, andar com a maior circunspecção [seriedade] e não levianamente; ser positivista e não idealista, para não me deixar iludir”.[3] (Destacamos).

Perto de 52 anos, pela primeira vez, Rivail tomou conhecimento oficial da sua missão de Codificador da Doutrina Espírita, por meio de uma comunicação espiritual. Foi na casa do Sr. Roustan, através da médium Japhet. O Espírito, que se autodenominou  “Verdade”, disse-lhe:

“Confirmo o que foi dito, mas recomendo-te discrição, se quiseres sair-te bem. Tomarás mais tarde conhecimento de coisas que te explicarão o que ora te surpreende. Não esqueças que podes triunfar, como podes falir. Neste último caso, outro te substituiria, porquanto os desígnios de Deus não  assentam na cabeça de um homem.”[4]

A missão de Rivail foi confirmada por mais duas vezes, através de médiuns diferentes, em ocasiões e lugares distintos. Assim que tomou consciência da gravidade do chamado que ecoava do Mundo Maior, elevou uma prece ao Criador, mais ou menos nestes termos:

“Senhor! pois que te dignaste lançar os olhos sobre mim para cumprimento dos teus desígnios, faça-se a tua vontade! Está nas tuas mãos a minha vida; dispõe do teu servo. Reconheço a minha fraqueza diante de tão grande tarefa; a minha boa-vontade não desfalecerá, as forças, porém, talvez me traiam. Supre a minha deficiência; dá-me as forças físicas e morais que me forem necessárias. Ampara-me nos momentos difíceis e, com o teu auxílio e dos teus celestes mensageiros, tudo envidarei para corresponder aos teus desígnios.”[5]

Antes das confirmações de sua missão, Rivail não estava muito motivado com o trabalho que se lhe antepunha, pois não se sentia à altura de exercer tarefa de tamanha magnitude, o que demonstra, mais uma vez, a humildade e a grandeza moral do Codificador.

Nessa época, alguns amigos e intelectuais insistiram para que aceitasse a tarefa. Eles, que já coletavam material há mais de cinco anos, passaram-lhe cinqüenta cadernos com centenas de comunicações de inúmeros Espíritos, colhidas por meio de diferentes médiuns, que cabia a Rivail estudar, classificar, coordenar, organizar e deduzir-lhes as conseqüências.

E assim o fez, continuando a freqüentar as reuniões mediúnicas sérias, ocasião em que fazia várias perguntas, submetendo ao crivo da razão e da lógica os ensinamentos dos Espíritos. Quando se deu conta, estava totalmente envolvido no projeto, época em que teve a inspiração de reunir aquelas informações em livros, sendo o primeiro deles O Livro dos Espíritos, em forma de perguntas e respostas, finalmente publicado em 18 de abril de 1857, data que marcou, em definitivo, a vitória do espírito sobre a matéria!

A Doutrina Espírita revolucionou o pensamento científico, filosófico e religioso da humanidade. Faz-se relevante mencionar que Kardec teve, a princípio, grande dificuldade de aceitar o princípio da reencarnação, que não lhe passava pela idéia. Vejamos a sua opinião a respeito:

“Esta teoria [da Reencarnação] estava tão longe do nosso pensamento quando os Espíritos no-la revelaram, que ela nos surpreendeu de maneira estranha, porque, confessamo-lo com toda a humildade, o que Platão havia escrito sobre esse assunto especial nos era totalmente desconhecido, mais uma prova, entre mil outras, de que as comunicações que nos têm sido dadas não refletem, absolutamente, a nossa opinião pessoal. A doutrina dos Espíritos acerca da reencarnação nos surpreendeu, pois; diremos mais: contrariou-nos, porque lançava por terra nossas próprias idéias.”[6] (Destacamos).

Por ser o seu nome muito conhecido no mundo científico, em virtude dos seus trabalhos anteriores, e podendo originar confusão, talvez mesmo prejudicar o êxito do empreendimento de formular a Codificação, adotou o pseudônimo de Allan Kardec, nome que, segundo lhe revelara o seu orientador espiritual, ele tivera em uma encarnação recuada. Adotando o pseudônimo de Allan Kardec, o Professor Hipollyte Léon Denizard Rivail deu grande demonstração não somente de fé, mas igualmente de humildade, considerando que seu nome civil era bastante conhecido e respeitado na França, não somente em virtude de suas obras publicadas, mas também porque descendia de antiga e conceituada família, cujos membros brilharam na advocacia e na magistratura.

Na busca da Verdade, Kardec utilizou-se do método intuitivo-racionalista, divulgado por Pestalozzi (1746-1827), na investigação dos fatos, considerando o valor da análise experimental, através da observação e do uso do raciocínio, da analogia, para daí se extraírem, por indução, os resultados e se chegar a enunciados gerais. Dora Incontri, em sua obra Educação e Ética,[7] elucida em que bases se deu a metodologia utilizada pelo Codificador:

“Procedei do conhecido para o desconhecido; do particular para o geral; do concreto para o abstrato; do mais simples para o mais complicado; primeiro, a síntese, depois a análise. Não a ordem do assunto, mas sim a ordem da natureza.”

Foi com base nessa metodologia, observada com rigor científico, que Kardec compilou e codificou as cinco obras básicas do Espiritismo, que foram publicadas nos seguintes anos:

1857 - O LIVRO DOS ESPÍRITOS
    Cunho filosófico: contém a síntese das quatro obras abaixo.
 
1861 - O LIVRO DOS MÉDIUNS
    Cunho prático-experimental: estuda e orienta a técnica da comunicação responsável com o mundo invisível.
 
1864 - O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
     Cunho moral: explica os ensinos evangélicos do Cristo.
 
1865 - O CÉU E O INFERNO
    Cunho penalógico: estuda a situação da alma durante e após a morte; penalidades e recompensas futuras (Justiça Divina).
 
1868 - A GÊNESE
    Cunho científico: estuda a origem do Universo, segundo as leis da Natureza; e os “milagres” e predições do Cristo.
 
Kardec fundou, em Paris, a 1º-1-1858, a Revista Espírita, palco de maturação e divulgação das idéias espíritas, e, a 1º-4-1858, a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, onde, durante mais de onze anos, com o concurso de estudiosos e cientistas de renome, se dedicou à pesquisa e ao estudo dos fenômenos psíquicos (Obras Póstumas, Feb, p. 294-295).

Passada a fase de curiosidade dos fenômenos, o Espiritismo foi muito perseguido, de todas as maneiras. Destaca-se, entre as perseguições, a inclusão das obras espíritas no Index Librorum Prohibitorum[8] e a queima de livros espíritas na Espanha, pela Igreja Católica, no famoso episódio conhecido por Auto-de-fé de Barcelona[9] (Obras Póstumas, Feb, p. 302-304).

Kardec sabia, por orientação da Espiritualidade Maior, que não teria tempo nem saúde (Obras Póstumas, Feb, p. 317-321) para dar seqüência à imensa tarefa de divulgação da Doutrina Espírita e que outros trabalhadores valorosos continuariam o seu empreendimento. Ele estava consciente, também, de que, se quisesse aprofundar o trabalho que começou, necessitaria mesmo de uma nova encarnação. As leis naturais teriam que se cumprir sem privilégio algum para ele (Obras Póstumas, Feb, p. 291-292).

Depois de intensa atividade, à qual se dedicou com amor, lealdade, afinco e esforço heróico à causa, Allan Kardec desencarnou, com 65 anos incompletos. O desenlace aconteceu em Paris, a 31 de março de  1869, quando estava trabalhando nos preparativos para mudança de endereço. Ao atender a um caixeiro-viajante, que estava comprando um número da Revista Espírita, caiu fulminado por um aneurisma cerebral (acidente cardiovascular). Narram os seus biógrafos que o desenlace do Mestre de Lion ocorreu de forma bastante serena.

O corpo do Codificador foi sepultado no Cemitério Montmartre, em Paris, na França. Durante o sepultamento, Kardec foi aclamado pelo astrônomo e escritor francês Camille Flammarion (1842-1925) como o “bom senso encarnado”, devido à sua grande inteligência, imparcialidade, discernimento, coerência, zelo e equilíbrio emocional que sempre orientou a sua vida particular e, especialmente, na condução da magna tarefa da codificação da Doutrina Espírita (Obras Póstumas, Feb, p. 21-30).

Posteriormente, numa homenagem dos amigos mais íntimos, seus restos mortais foram transferidos para o Cemitério do Pere-Lachaise, conhecido como “Cemitério do Leste”, na mesma cidade, onde foi construído, em granito bruto, um dólmen (monumento ao estilo dos costumes dos povos druidas, com os quais partilhara uma de suas encarnações), com a seguinte inscrição em seu pórtico, que bem resume a Doutrina Espírita: “Nascer, morrer, renascer ainda, progredir sempre, tal é a lei.” Este monumento encontra-se, até hoje, no mesmo local, aberto à visitação do público.

Sem dúvida, o conhecimento da biografia dos grandes homens auxilia muito no entendimento e na interpretação de suas obras, que invariavelmente recebem grande influência do meio.

Com Allan Kardec não foi diferente. O codificador, humanista temperado com as idéias iluministas, ainda em voga no século XIX, de René Descartes (1596-1650), John Locke (1632-1704), Isaac Newton (1642-1727), Montesquieu (1689-1755), Voltaire (1694-1778), Jean-Jackes Rousseau (1712-1778), entre tantos outros, também recebeu grande influência de seu meio, principalmente do Positivismo, no auge das grandes conquistas humanas, no campo das idéias e das invenções, o que destacou grandemente a Terceira Revelação (Espiritismo), que foi submetida ao rigoroso teste dos sábios, pensadores, filósofos, cientistas e inventores de renome, os quais relutavam em aceitar princípios espirituais, muitos deles desacreditados, graças aos abusos cometidos no passado.

______________

[1] 1979, v. 2,  p. 63.

[2] Idem,  p. 62.

[3] Idem,  p. 64 e 67.

[4] Idem,  p. 69.

[5] Idem, ibidem.

[6] Obra citada,  v. 1,  p. 133.

[7] 1997,  p. 130.

[8] Em 1o-5-1861, as obras espíritas codificadas por Kardec também foram incluídas no rol dos livros proibidos ou censurados, pela Igreja Católica, como forma de combater a Doutrina nascente.

[9] O Auto-de-Fé de Barcelona (Espanha) foi o nome dado à cerimônia oficial, em que foram queimados vários livros espíritas, em 9-10-1861, prática que ressuscitou o velho método da Inquisição praticada pela Igreja Católica, ato de intolerância religiosa que serviu para chamar ainda mais a atenção para as graves questões espirituais, o que teria levado Kardec a exclamar: Pode-se queimar os livros, mas não se queimam as idéias neles contidas, que serão multiplicadas ainda mais pelas cinzas dessa fogueira.

Índice

° HISTÓRIA & PESQUISA

(Seção em parceria com a "Liga de Historiadores e Pesquisadores Espíritas")

Cronologia Espírita

(Compilação de datas siginificativas para o Movimento Espirita iniciada no Boletim 505)

Segundo Capítulo

1857 - 1869 A Época da Codificação Espírita


Lista de Eventos


1859

Janeiro de 1859
Paris, França

As sessões da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas que se realizavam às terças-feiras passaram para as sextas-feiras, na nova sede da Sociedade, à rua Montpensier, 12, no Palais-Royal, às 8 horas da noite. As sessões eram fechadas aos membros da sociedade. As segundas, quartas e sextas-feiras eram recebidas na SPEE pessoas estranhas mediante cartões nominais de apresentação.

Pessoas interessadas em informações sobre a Sociedade podiam procurar Allan Kardec em sua residência, na rua des Martyrs 8 ou ao Sr. Le Doyen. O Sr. Le Doyen tinha uma livraria na Galeria d´Orleans 31, no Palais-Royal.

KARDEC, 1976

Abril de 1859
Paris, França

Allan Kardec publica uma nota ao final da edição de abril informando que o livro "Histoire de Jeanne D´Arc" (médium Ermance Dufaux) se encontrava esgotada na ocasião e que tanto a Histoire de Louis XI como a de Louis IX ainda não haviam sido publicadas. A Revista Espírita tinha publicado extratos das obras de Ermance Dufaux que despertaram grande interesse dos leitores.

KARDEC, 1976

23 de abril de 1859
Viena, Austria

A Itália encontrava-se nessa época dividida em vários reinos e com parte de seu território controlado pelo Império Austro-Hungaro. No dia 23 de abril, na sequência de uma crise entre os austriacos e o reino do Piemonte-Sardenha, foi enviado um  ultimato de Viena para o rei Victor Emmanuel II. O ultimato se referia ao desarmamento de tropas que tinham sido colocadas de prontidão em uma das fronteiras e a sua rejeição, no dia 26, levou a "Segunda Guerra da Independência da Itália".

O rei Victor Emmanuel tinha o apoio do Imperador Napoleão III da França. O reino do Piemonte Sardenha era um dos principais da peninsula e a guerra terminou em novembro de 1859 com o seu fortalecimento. A guerra foi rápida, teve poucas batalhas, mas bastante sangrentas e com grande número de baixas de ambos os lados. As tropas austriacas foram derrotadas militarmente, porém os interesses políticos dos varios envolvidos - inclusive os Estados Papais - impediu que os resultados esperados pelos italianos fossem alcançados. Apesar disso, principalmente do Império Austro-Hungaro continuar controlando a região de Veneza, um importante passo foi dado no caminho da unificação da Itália. Um dos heróis dessa guerra foi Giuseppe Garibaldi (1807-1882).

Essa guerra foi a centelha de uma sequência de acontecimentos que mudaria a Europa e o Mundo. É possivelmente a ela que se refere a mensagem de Hahnemann de 7 de maio de 1856 (vide eventos no Boletim 517)

FRIEDRICH, 1992
WIKIPEDIA, 2006 (ref. [3] e [5])


25 de Abril de 1859
Suez, Egito

Começo das obras para abertura do Canal de Suez pela empresa do francês Ferdinand de Lesseps (1805-1894). O projeto do canal visava encurtar as viagens entre a Europa e o Oriente, evitando o extenso contorno da costa da África. Sua abertura foi um grande feito da engenharia do século XIX e atraiu grande atenção da midia e do publico. A maioria do capital empregado na obra foi francês e colocou a França em uma vantajosa situação no complicado jogo político do Oriente Médio. Na época o Império Turco controlava nominalmente o Oriente Médio, mas estava em decadência e existia uma disputa acirrada entre as potências européias, principalmente entre a França e a Inglaterra, pela hegemônia na região.

WIKIPEDIA, 2006 (ref. [1] e [2])

Maio de 1859
Paris, França

Kardec publica uma carta vinda do interior do Peru (America do Sul). O autor da carta, Don Fernando Guerrero, dá notícias de seus contatos com os indigenas e de como aceitavam bem as idéias que lhes expunha do Livro dos Espíritos. O livro foi adquirido em uma viagem a Lima. A informação é interessante por mostrar a extensão da divulgação do livro. Na carta, Don Fernando, informa que lê o Francês mas não consegue escrever ainda nessa lingua. No século XIX o francês era a lingua da diplomacia e da cultura, muito difundida entre as classes sociais mais altas e as pessoas cultas.

KARDEC, 1976

22 de maio de 1859
Edimburgo, Escócia

Nascimento de Arthur Conan Doyle. Conan Doyle foi médico e escritor famoso. Foi o criador do personagem Sherlock Holmes e um importante divulgador do Espiritualismo na virada do século XIX para o XX. Sua "História do Espiritualismo" (History of Spiritualism) é uma das mais preciosas fontes de informação sobre as primeiras décadas do Espiritualismo Moderno e do Espiritismo.

DOYLE, 1989
DOYLE, 2003

10 de junho de 1859
Paris, França

Allan Kardec, com a finalidade de estudar a situação dos espíritos desencarnados durante uma batalha, evoca na sessão na Sociedade  Parisiense de Estudos Espíritas um militar morto na batalha de Magenta (uma das batalhas travadas na Segunda Guerra da Independência da Itália). Outras comunicações se seguiram a esta e, como a publicação de notícias referentes a guerra na Itália estava liberada pelo governo, foi possível a Kardec publicá-las na edição de julho de 1859.

Estas comunicações ilustram um aspecto interessante das sessões da Sociedade. Kardec mantinha-se sempre a par dos acontecimentos de seu tempo e não deixava de aproveitá-los para estudar os vários aspectos da vida espiritual. Temas do momento serviam de inspiração para questionamentos aos guias espirituais e para a escolha de espíritos que poderiam ser convidados a se comunicarem.

KARDEC, 1976

Julho de 1859
Paris, França

A Revista Espírita traz a notícia da publicação do livro "O que é o Espiritismo?" de Allan Kardec. O objetivo do livro é apresentar, em uma rápida leitura, as idéias básicas da Doutrina Espírita. Atende assim as pessoas que desejam saber do que se trata o Espiritismo e se vale a pena se aprofundar no seu estudo. Kardec utilizou no livro a forma de diálogo e explica nesta nota que ela lhe pareceu menos árida para este tipo de obra introdutória.

"Nele as pessoas estranhas ao Espiritismo encontrarão os meios de, em pouco tempo e com pouca despesa, adquirir uma idéia do assunto; as que já são iniciadas, a maneira de resolver as principais dificuldades que lhes são propostas". (Allan Kardec - Revista Espírita de julho de 1859).

Uma observação de rodapé informa que todas as obras de Allan Kardec se acham nas livrarias Ledoyen, Dendu e na redação da Revista Espírita.

KARDEC, 1976

5 de agosto de 1859

Massachusetts, Estados Unidos

Convenção de espiritualistas em Plymouth, Massachusetts. O encontro durou até o dia 7 e foi precursor das Convenções Nacionais de Espiritualistas (National Spiritualist Convention) nos Estados Unidos. O evento demonstrou que os espiritualistas americanos viam seu movimento como parte de um grande programa de reformas sociais e apoiavam desde o inicio campanhas pela emancipação da mulher e pelo abolicionismo.

Na convenção foi discutida a definição do que é um "espiritualista" (spiritualist) e o "credo" proposto por seus participantes talvez seja o primeiro registro da opção dos espiritualistas americanos de não adotarem a palavra "espírita" (spiritist). No credo vê-se que eles associavam a palavra "espiritualista" a uma filosofia abrangente, enquanto atribuiam a designação de "espíritas" (spiritists) para aqueles que apenas se limitavam a prática da evocação dos espíritos.

O credo também declara que o Espiritualismo não deve ser confundido com a Filosofia Harmônica (Harmonial Philosophy) de Andrew Jackson Davis, com o Deismo do Dr. Hare ou com as doutrinas particulares de qualquer outro escritor, "nem mesmo com os ensinamentos dos próprios espíritos desencarnados" (not even with the teachings of disembodied spirits themselves).

Apesar da forma bastante curiosa do credo, não há como saber - sem um estudo mais profundo das fontes de informação remanescentes - se os participantes da convenção tinham conhecimento da obra de Kardec (a primeira edição do "Livro dos Espíritos" é de 1857) ou do desenvolvimento do movimento espírita na Europa. Também não está claro se a palavra "espírita" (spiritist) já era usada pelos espiritualistas americanos, no sentido pejorativo de quem evoca os espíritos, antes de Kardec criá-la no francês (introdução do Livro dos Espíritos - 1857) para designar os adeptos do Espiritismo (outra palavra criada por ele, pois "Espiritualismo" não tinha um sentido muito preciso).

Algumas características do Espiritualismo americano, já evidentes na época, o distinguiam do Espiritismo. A primeria, e talvez mais marcante, era a forma como a mediunidade era exercida. Os médiuns americanos cobravam suas apresentações e exerciam a mediunidade como uma profissão. As apresentações eram publicas e evoluiram para a forma de palestras proferidas pelos médiuns. Um estudo desenvolvido na Stanford Law School, por Laura J. C. Davis, registra que Laura de Force Gordon - pioneira na luta pelos direitos da mulher, espiritualista e médium - na época em que proferia palestras espiritualistas recebia US$ 100,00 por apresentação (o salário médio de um trabalhador era na época US$ 400,00). O estudo traz também a interessante constatação que muitas das lideres do movimento pela emancipação da mulher nos Estados Unidos começaram sua atuação nos circulos espiritualistas.

Outra característica, compartilhada com os espiritualistas ingleses, era que em geral não aceitavam a reencarnação como parte de sua filosofia.

Um artigo em inglês sobre esta convenção contendo o texto do credo está disponivel em http://www.spirithistory.com/59nat.html

DAVIS, 2000
EPHEMERA, 2006
 
Novembro de 1859
Paris, França

A Revista Espírita de novembro traz um artigo muito interessante sobre Swedenborg, seguido de sua comunicação como espírito. Kardec o considerava um precursor do Espiritismo. A mesma opinião foi posteriormente adotada por Conan Doyle. Ele iniciou sua "História do Espiritualismo" por Swedenborg.

DOYLE, 2003
KARDEC, 1976

24 de novembro de 1859

Londres, Inglaterra

Publicado o livro "A Origem das Espécies" (The Origin of Species by Means of Natural Selection or The Preservation of Favored Races in the Struggle for Life) de Charles Darwin.

Pela mesma época, Alfred Wallace Russel, também desenvolveu um estudo sobre a evolução das espécies. Os estudos de Darwin e de Wallace foram apresentados conjuntamente em 1858 para a comunidade científica na "Linnean Society" em Londres. Porém foi a obra de Darwin que ganhou mais notoriedade e consagrou definitivamente nas ciências biológicas o conceito de evolução das espécies.

O livro causou profundo impacto no pensamento cientifico e filosófico. As idéias de Darwin não foram bem aceitas na época pelos Protestantes e Católicos. Eles consideraram a teoria de evolução das espécies como uma afronta a suas crenças. Já para os Espíritas a obra nada tinha de ofensivo, pois do ponto de vista do Espiritismo, Darwin descobriu uma outra faceta da lei de progresso que rege a natureza. Nada mais lógico do que o aperfeiçoamento gradativo das formas corpóreas em consonância com a evolução dos espíritos que as utilizam.

Armstrong, 1994
Darwin, 1998
Souza, 2002

15 de dezembro de 1859

Bialistoque, Polônia

Nasce Lázaro Luis Zamenhof criador do Esperanto, a lingua fraterna. Water Francini, na biografia do Doutor Esperanto, observa que "... o menino veio a nascer justamente na região terrestre onde se faz sentir com mais intensidade o problema da comunicação entre as pessoas. Judeus, Poloneses, russos e alemães formam comunidades distintas na pequena cidade de Bialostique, cada uma com sua lingua, costumes e religião, que as mantêm distantes, desconfiadas e inimigas entre si".

A Polônia, na época de Zamenhof, estava dividida e sob dominio de outros países. A região em que nasceu era dominada pela Russia.

FRANCINI, 1990
WIKIPEDIA, 2006 [4]

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Biografias



Fonte da Imagem: Wikipedia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Louis_IX_ou_Saint-Louis.jpg



São Luís (Luís IX de França)


Fonte do Texto: Portal do Espírito. Publicado originalmente no Jornal Mundo Espírita de novembro de 2001

"O bem reinará na Terra quando, entre os Espíritos que a vêm habitar, os bons predominarem, porque, então, farão que aí reinem o amor e a justiça, fonte do bem e da felicidade.(...)"

Assim inicia a resposta à última questão de O Livro dos Espíritos e que, à semelhança de várias outras, são atribuídas ao espírito São Luís. Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, ele responde a questões que se encontram no cap. IV, itens 24 e 25; cap. V, itens 28 a 31; cap. X, itens 19 a 21; cap. XIII, item 20; cap. XVI, item 15, bem assim derrama a sua sabedoria em vários itens de O Livro dos Médiuns, lecionando conceitos acerca do ": Laboratório do Mundo Invisível" e "Das manifestações físicas espontâneas".

São Luís foi canonizado pela Igreja Católica, no ano de 1297, pelo papa Bonifácio VIII. Adquiriu renome como soberano imparcial. Filho de Branca de Castela, foi coroado rei de França, em Reims, em novembro de 1226, com apenas 12 anos de idade. Durante 10 anos, até seu casamento com Margarida de Provença, foi sua mãe que exerceu a Regência, embora somente em 1242 ele tenha assumido pessoalmente o poder, tomando o nome de Luís IX.

Sob a orientação de sua mãe, tornou-se um soberano piedoso e altruísta. Seus súditos o admiravam pela sua imparcialidade e algumas gravuras o mostram ministrando justiça sob um carvalho, numa floresta perto de Paris, recordando exatamente a qualidade que o caracterizava.

Aumentou, durante o seu reinado, o poder real à custa dos nobres , que, mesmo assim o respeitavam pela sua justiça. Ele organizou um sistema de controle para evitar abusos administrativos e, desta forma, fortalecer o poder central.

Instituiu assembléias judiciárias que, posteriormente viriam dar origem aos parlamentos.

Católico fervoroso, ele fez construir, em 1245/1248, a Sainte Chapelle, em Paris e organizou a sétima Cruzada contra o Egito, sendo capturado pelos muçulmanos em 1250.

Resgatado, após o pagamento de elevado resgate, ele passou os 4 anos seguintes na Síria, fortificando as posições ditas cristãs.

De volta a França, estabeleceu algumas medidas como a proibição do duelo judiciário, proibição do jogo e a instituição de penalidades para a blasfêmia.

É de sua iniciativa a construção da Sorbonne, que tantas personalidades ilustres formaria para a Humanidade, bem assim construiu o Hospício dos Quinze-Vingts.

Em 1270, empreendeu nova Cruzada. Ao desembarcar em Cartago, seu exército e ele próprio são vitimados pela peste.

Chamado de o "bom rei Luís" , referência que lhe faz , inclusive o Espírito perturbador da rua des Noyers (O Livro dos Médiuns, item 95), foi considerado um soberano ideal, admirado mesmo por seus inimigos pela sua integridade.

Nada menos que cinco mensagens se permitiu inserir o Codificador no cap. XXXI de O Livro dos Médiuns, da autoria de Luís IX, que assina São Luís e exorta os espíritas nos seguintes termos: "(...) Quanto mais modestos fordes, tanto mais conseguireis tornar-vos apreciados. Nenhum móvel pessoal vos faça agir e encontrareis nas vossas consciências uma força de atração que só o bem proporciona.

Por ordem de Deus, os Espíritos trabalham pelo progresso de todos, sem exceção. Fazei o mesmo, vós outros, espíritas." (item VI)

Bibliografia:

MIRADOR, ?
DELTA, ?
KARDEC, 1974.
KARDEC, 1986.
KARDEC, 1987.

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Referências Bibliográficas

ARMSTRONG, K. Uma História de Deus. Tradução Marcos Santarrita. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.

DARWIN, C. The Origin of Species. New York: Modern Library ed., 1998

DAVIS, J. C. Laura de Force Gordon as a Spiritualist. Stanford: Stanford Law School, 2000 (disponível em http://www.stanford.edu/group/WLHP/papers/gordon.davis.pdf)

DELTA. Luís IX. Verbete da Enciclopédia Delta Universal, vol. 9.

DOYLE, A. C. Memories & Adventures. New York: Oxford Press, 1989

______. The History of Spiritualism - Vol I. Australia: Projeto Guttemberg, 2003. Disponível em: http://gutenberg.net.au/ebooks03/0301051.txt

EPHEMERA. 1859 National Spiritualist Convention. In Ephemera - 19th Century American Spiritualism's Fading Record. Disponível em http://www.spirithistory.com/59nat.html. Acesso em 11 de outubro de 2006.

FRANCINI, W. Doutor Esperanto. Rio de Janeiro: FEB, 1990

FRIEDRICH, O. Olympia - Paris no Tempo dos Impressionistas. Tradução Hidelgard Feist. São Paulo: Círculo do Livro, 1992

KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Rio de Janeiro: FEB: 1987

_______. O Livro dos Espíritos. Rio de Janeiro: FEB, 1974

_______. O Livro dos Médiuns. Rio de Janeiro: FEB, 1986

_______.
Revista Espírita - 1859. (Coleção das Obras Completas de Allan Kardec - Volume IV). São Paulo: EDICEL, 1976.

MIRADOR. Luís IX. Verbete da Enciclopédia Mirador Internacional, vol. 13.

SOUZA, H. L. Darwin e Kardec - Um Diálogo Possível. Campinas: Centro Espírita Allan Kardec, 2002

WIKIPEDIA. Canal de Suez. In: WIKIPEDIA, La Enciclopedia Libre. Disponível em:http://es.wikipedia.org/wiki/Canal_de_Suez. Acesso em 10 de outubro de 2006. [1]

______. Ferdinand de Lesseps.
In: WIKIPEDIA, La Enciclopedia Libre. Disponível em: http://es.wikipedia.org/wiki/Ferdinand_de_Lesseps. Acesso em 12 de outubro de 2006. [2]

______.
Giuseppe Garibaldi.
In: WIKIPEDIA, A Enciclopédia Livre. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Giuseppe_Garibaldi. Acesso em 12 de outubro de 2006. [3]

______. Ludwik Lejzer Zamenhof. In: WIKIPEDIA, A Enciclopédia Livre. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ludwik_Lejzer_Zamenhof. Acesso em 10 de outubro de 2006. [4]

______. Segunda Guerra de Independência Italiana. In: WIKIPEDIA, A Enciclopédia Livre. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Segunda_Guerra_de_Independ%C3%AAncia_Italiana. Acesso em 12 de outubro de 2006. [5]


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 ° QUESTÕES & COMENTÁRIOS


Cidade Natal de Allan Kardec


Recebemos recentemente um e-mail perguntando se Allan Kardec nasceu em Lion ou Lyon: Qual a forma correta do nome da cidade? A pergunta surgiu porque alguns sites escrevem Lion, entre eles o GEAE, e outros Lyon.

A diferença aparece porque a grafia em francês do nome da cidade é Lyon que geralmente se traduz para o português usando a grafia Lion. É o mesmo nome escrito em duas linguas distintas. O uso de grafias diferentes ocorre com outros nomes de cidades também (por exemplo: Nova Iorque e New York).

Muita Paz,
Carlos Iglesia

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° PAINEL

Site do Grupo Cairbar Schutel de Divulgação Espírita de Pindamonhangaba

Prezado companheiro de ideal

É com imensa alegria que mais uma vez chegamos até você para falar sobre o trabalho singelo que estamos realizando ao longo desses anos.

Além é claro da promoção da Doutrina Espírita, estamos aproveitando a oportunidade para Divulgar o Site do Grupo Cairbar Schutel de Divulgação Espírita de Pindamonhangaba (www.grupo.cairbar.nom.br), que lhe oferecerá os seguintes serviços: 
  • Link de Sites Institucionais.
  • Apresentação do Centro Espírita Caridade e Amor André Luiz de Pindamonhangaba.
  • Instruções para o Culto do Evangelho no Lar.
  • Agência de Notícias.
  • Enquête do Mês.
  • Clube do Livro Espírita.
  • Atendimento Fraterno On Line.
  • Ícones com os mais variados temas, abordados por vários companheiros à Luz da Doutrina Espírita.
  • Mensagem do Mês enviada via Internet.

Hoje estamos contando também com a Livraria Espírita Nova Luz, que além de ter como objetivo principal a Divulgação do Livro Espírita, tem grande parte de sua arrecadação voltada aos nossos trabalhos Assistenciais com a Campanha da Fraternidade Auta de Souza.

A nossa intenção além da exposição do Grupo Cairbar, é solicitar a sua colaboração na divulgação de nosso singelo trabalho, principalmente o da Livraria Espírita Nova Luz, pois é através dela e do Clube do Livro que poderemos dar continuidade a Campanha Auta de Souza.

Ajude-nos na Divulgação, repassando este e-mail a 10 amigos ou familiares, solicitando a eles o mesmo, exercendo assim um ato de Caridade em prol de tantas famílias carentes e necessitadas, a maioria delas portadoras do vírus da AIDS.

Contamos com você.

Abraços sempre fraternos e que Jesus nos abençoe a todos.

David Ascenço
Presidente


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Jornada de estudos da Associação Médico-Espírita de São Paulo

A Associação Médico-Espírita de São Paulo (AME-SP) realizará sua Jornada de estudos em São Paulo nos próximos dias 25 e 26 de novembro (sábado e domingo).

O objetivo dos estudos é a Reencarnação e a Vida. “Estudaremos profundamente a Vida – jornada eterna do Espírito – desde sua preparação para renascer até o desencarne”, explica o Dr. Rodrigo Modena Bassi, presidente da AME-SP.

Entre os palestrantes, estão médicos já reconhecidos como Dra. Marlene Nobre, com o tema “AME a Vida – do Nascer ao Morrer”; Dr. Décio Iandoli Jr. “A Reencarnação como Lei Biológica”; Dr. Roberto Lúcio V. de Souza com “Depressão na abordagem médico-espírita”; Dr. Sergio Felipe de Oliveira – “Mediunidade e Obsessão: Como influi na prática clínica e como abordar”, entre outros.

As inscrições antecipadas têm valor promocional e podem ser parceladas: R$ 120,00 (até 27/10), R$ 150,00 (de 28/10 a 20/11) e R$ 180,00 no dia do evento. Sócios das AMEs e acadêmicos têm desconto.

Informações pelo telefone 11 5581-7089, www.amesaopaulo.org.br ou jornada@amesaopaulo.org.br

Programa:

SÁBADO (25 de novembro de 2006)

08:00h – Inscrições e Entrega das Pastas
08:30h – Formação Mesa, Abertura e Apresentação AME-SP
09:00h - Conferência Inicial: “AME a Vida – do Nascer ao Morrer” – Dra. Marlene Nobre
09:40h – Conferência: “A Reencarnação como Lei Biológica” – Dr. Décio Iandoli Junior
10:20h - Conferência: “Física Quântica e Espiritismo” – Dra. Maria Cristina Abdala
11:00 – PERGUNTAS
11:10h – Intervalo
11:30h - MESA A – O impacto da Reencarnação na mudança de paradigma
- “Planejamento Reencarnatório – Viver para ser Feliz” – Dr. Rodrigo Modena Bassi
- “Acolhimento ao Espírito Reencarnante” – Dra. Cristiane Ribeiro Assis
- “Infância e Adolescência – no novo paradigma” - Dr. Andrei Moreira
- PERGUNTAS
13:10h – ALMOÇO
14:30h – MESA B –  Espiritualidade e Saúde – Caminhos à investigar
- “Metodologia de pesquisa em Espiritualidade e Saúde” - Dr. Hélio Penna Guimarães
- “Transtorno mental e mediunidade” – Dr. Alexander Moreira Almeida
- “Espiritualidade no acompanhamento de portadores de cuidados especiais” – Dr. Frederico Camelo Leão
- PERGUNTAS
16:10h – Intervalo
16:30h – MESA C – Espiritualidade e Saúde na Prática Clínica
- “Abordando Espiritualidade no Cuidado do Paciente” – Dr. Fábio Nasri
- “Terapias Complementares e o Espiritismo” – Dr. Leandro Romani de Oliveira
- “Casos Clínicos” – Dr. Marco Antônio Palmieri
- DEBATE
18:30h – ENCERRAMENTO

DOMINGO (26 de novembro de 2006)

08:30h – Abertura
09:00h - MESA C – Contribuição Médico-Espírita à Saúde Mental
- “Avanços e Intersecções entre Psiquiatria e Espiritismo” – Dr. Jaider Rodrigues de Paulo
- “Depressão na abordagem médico-espírita” – Dr. Roberto Lúcio V de Souza
- “Terapia Regressiva à Vivências Passadas” – Dr. Flávio Braun
- PERGUNTAS
10:40h – Intervalo
11:00h – Conferência: “Cuidados Paliativos e Espiritualidade” – Dra. Ana Cláudia Arantes
11:40h - MESA D – Sobre a Morte e o Morrer
- “Experiência de Quase-Morte” – Dr. José Roberto P. dos Santos
- “A morte e o morrer – O processo de desencarne na visão espírita” – Dra. Elizabeth Rezende Nicodemos
- PERGUNTAS
13:00h – ALMOÇO
14:30h – MESA E – Saúde Integral – Repercussões do Paradigma Espiritual
- “O Estresse e o novo Paradigma” – Dra. Marlene Nobre
- “Cuidar do Cuidador (Profissional da Saúde)” – Psi. Rita Macieira
- “Mediunidade e Obsessão: Como influi na prática clínica e como Abordar” – Dr. Sérgio Felipe de Oliveira
- PERGUNTAS
16:10 – Intervalo
16:30h – Conferência: “Ser Médico, Ser Humano - O impacto do Paradigma Espiritual” - Dr. Décio Iandoli Junior
17:00h – Conferência Final – “Jesus e o Evangelho – Roteiro de Luz para a Saúde Integral” – Dr. Sérgio Felipe de Oliveira
17:40h – ENCERRAMENTO
 
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Seminário Princípio Inteligente: Mediunidade e Obsessão

CENTRO DE CULTURA, DOCUMENTAÇÃO E PESQUISA DO ESPIRITISMO-EDUARDO CARVALHO MONTEIRO
PROMOVE SEMINÁRIO PRINCÍPIO INTELIGENTE: MEDIUNIDADE E OBSESSÃO



Dia 21 de outubro de 2006, das 9 às 17 horas, na sede da entidade à Alameda dos Guaiases, nº 16 - Planalto Paulista (descer no metrô Praça da Árvore e descer a Rua Guaru em direção ao Planalto Paulista).
 
O Seminário pretende firmar a convicção ao rever incontestáveis fatos espíritas, analisar os fundamentos da Obsessão, analisar a evolução do Princípio Inteligente, os fundamentos da Mediunidade e que medidas a tomar para obter maior eficiência nos trabalhos mediúnicos

Sobre o curso:
Objetivo: O Seminário tem como objetivo fornecer ensinamentos sobre o Espiritismo de forma fácil e didática.
Metodologia: Constante interação com a platéia, para o máximo aproveitamento dos temas analisados.
Instrutor: Luiz Schvartz
Material Didático de Apoio: Projeção de painéis gráficos para facilitar a assimilação visual dos temas analisados.
Público Alvo: Expositores, dirigentes e interessados em geral.
Horário: período integral - (das 9:00 às 17:00 horas)
Valor do Seminário: Gratuito
Dia da semana: sábado
Data: 21 de Outubro
Local: Alameda dos Guaiases, 16 - Planalto Paulista - São Paulo/SP (travessa da Av. Indianópolis).

Inscrições e informações:
Márcia Valente
Diretora de Eventos Sociais
Tel: (11) 3661-3028
E-mail: marcia@rwturismo.com.br
 
Informações para imprensa:
Camila de Andrade
Diretora de Comunicação
Centro de Cultura, Documentação e Pesquisa do Espiritismo
Fone: (11) - 6976-9724/6973-2352
E-mail - camila@porthia.com.br / vitusso@correiofraterno.com.br

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Seminário Saúde, Amor e Transformação Pessoal

Fundação Espírita André Luiz promove grande evento em Guarulhos

Dia 05 de Novembro, das 09:00h às 17:30h, acontecerá o 2º Seminário – Saúde, Amor e Transformação Pessoal. Haverá apresentação musical com Paula Zamp e palestra com José Carlos De Lucca e Carlos Baccelli. Durante o evento, os participantes estarão concorrendo a sorteios. A renda será revertida para manutenção da Rede Boa Nova de Rádio e TV Mundo Maior.

Conheça os palestrantes:

José Carlos De Lucca

José Carlos De Lucca é Juiz de Direito, Professor Universitário de cursos de Direito e autor das obras: "Com os Olhos do Coração", "Os Segredos do Bom Relacionamento Familiar", "Justiça Além da Vida", "Olho Mágico", "Para o Dia Nascer Feliz", "Sem Medo de Ser Feliz". José Carlos De Lucca, também é apresentador do programa "Sem Medo de Ser Feliz", que vai ao ar todas as terças-feiras, às 09:00h, pela Rede Boa Nova de Rádio.

Carlos Baccelli

Carlos Baccelli é idealizador e fundador de várias instituições espíritas em Uberaba, entre as quais o Grupo Espírita "Pão Nosso", o Lar Espírita "Pedro e Paulo", o Grupo Espírita "Irmão José", a "Casa do Caminho", esta última de amparo à vítimas do HIV. Como escritor e jornalista, publicou as obras "O Espiritismo em Uberaba", "Divaldo Franco em Uberaba", "Chico Xavier, Mediunidade e Vida", entre outras, além de publicar vários livros em parceria com o médium Chico Xavier. É colaborador assíduo de "A Flama Espírita", importante mensário de Uberaba e apresentador do programa "Na Próxima Dimensão", que vai ao ar todas as quintas-feiras, às 13:30h, pela Rede Boa Nova de Rádio.

O evento acontecerá no Internacional Eventos – Espaço Prisma Eventos - (Lado oposto do Internacional Shopping Guarulhos).

Local:
Rua João Cavallari, Guarulhos - próximo ao km 225 da Via Dutra, sentido Rio de Janeiro.

Mais informações através do telefone (11) 6458 3214.


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GRUPO DE ESTUDOS AVANÇADOS ESPÍRITAS

O Boletim GEAE é distribuido por e-mail aos participantes do Grupo de Estudos Avançados Espíritas
Inscrição/Cancelamento - inscricao-pt@geae.inf.br

Informações Gerais - http://www.geae.inf.br/pt/faq
Conselho Editorial - editor@geae.inf.br
Coleção dos Boletins em Português - http://www.geae.inf.br/pt/boletins
Coleção do "The Spiritist Messenger" - http://www.geae.inf.br/en/boletins
Coleção do "Mensajero Espírita" - http://www.geae.inf.br/el/boletins