Eu
e a Idéia de Deus, Vera Meira Bestene, Brasil
"Tudo
fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a
eternidade no coração do homem, sem que este possa
descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até o
fim.” (Eclesiastes 3:11)
Eu... Quem sou eu? Sou o que
penso, o que
aprendo, o que sinto. Sou a consciência ininterrupta da
individualidade que cada um tem. Eu existo, vivo, vivencio toda
realidade concreta. Tenho potencial de conhecimento latente, não
utilizado no presente; tenho também o potencial de
conhecimento do que está sendo construído,
alcançado.
Tenho, portanto, um conjunto de conhecimentos que devem ser levados
em conta para superar os problemas do cotidiano.
E
o que eu penso de Deus? Sei que Deus é imutável,
pois que as leis do universo têm estabilidade; é
imaterial, sua natureza difere de tudo que chamamos matéria;
é
único, se houvesse vários deuses não haveria
unidade de poder no ordenamento do universo; é onipotente,
porque sendo único tem somente ele o soberano poder; é
soberanamente bom e justo, porque a sabedoria das leis divinas se
revela nas pequenas e nas grandes coisas e, essa sabedoria não
nos permite duvidar nem de sua justiça, nem de sua bondade e
também é infinito em todas as suas
perfeições.
Assim me ensinaram a ver Deus.
Mas eu queria
descobrir Deus por mim mesma...
Um dia, quando buscava a prova
da existência
de Deus, lembrei-me que toda causa gera efeitos e que não
há
efeitos sem causa. Procurei saber a causa primeira de todas as
coisas, do que existia na natureza, da minha própria
existência. Procurei saber quem seria a inteligência
suprema que foi capaz de criar coisas tão perfeitas como o
mecanismo, a engrenagem, do ser humano; como o desabrochar de uma
rosa; como o nascer do sol e a existência de todas as estrelas
no firmamento. Aí encontrei Deus.
Mas continuei minha busca e
mais uma vez a
razão me mostrou que tudo o que não era obra do homem,
era obra de Deus. Assim vejo em cada obra da criação,
em cada ser da natureza, uma prova da existência de Deus, sua
natureza infinita.
Segui meu caminho de
interrogações.
Ainda não estava convencida, embora já tivesse chegado
a ponto de ver nitidamente a grandeza da criação.
Verifiquei que Deus é o princípio
inteligente que rege a matéria, o ser humano, o pensamento, a
razão... Ele não está limitado à
humanidade, ao planeta Terra ou mesmo à Via Láctea.
Deus abrange todas as coisas, todos os seres vivos, inteligentes ou
não.
Encontrei em Deus a verdadeira
expressão
de amor e caridade.
Na criação
encontrei, além
do amor e da caridade, o objetivo final de todo ser que nada mais
é
senão a perfeição, que tem como resultado o gozo
da felicidade suprema.
Passei a ver que Deus é
a própria
expressão da vida, é a dinâmica da vida que se
revela todos os dias em nós mesmos. É nossa capacidade
de amar e de fazer coisas boas.
A visão
histórica mostra que Deus
está ligado aos mais variados conceitos, conforme a capacidade
de compreensão dos povos, conforme o período em que
viviam, e estes conceitos foram variando, mudando, na medida em que
iam escapando às expectativas das pessoas, dos grupos sociais.
Aos poucos, Deus foi deixando
de ser Deus entre outros deuses; Deus
de um só povo, o que comandava os exércitos e esmagava
seus inimigos. Deixou de ser o Deus que castiga, que provoca medo e
controla a vida das pessoas.
Comecei, então, a
perceber que Deus não
se relaciona com o mágico ou o místico. Vi que se Ele
não era matéria, nem tinha forma definida e tampouco
estava restrito a uma pessoa, e também não se confunde
com coisas ou pessoas, mas é a essência de todos,
percebi que Deus é amor e perdão.
Assim compreendi, finalmente,
que Deus não
aceita ser comprado por promessas vãs, que não aceita
oferendas ou sacrifícios. Não concede favores ou
protege alguém em especial. Deus abrange todas as coisas e
pessoas, sem punir, sem castigar ou mesmo executar sentenças.
A compreensão que o ser vai tendo de
Deus é construída gradativamente, e assim passamos a
ter a perfeita relação do eu com a idéia que
fazemos de Deus que, na visão simples, pode-se perceber que
Deus é essencialmente vida, amor, paz e compreensão;
é
inteligência, justiça, caridade suprema,
onipotência,
onipresença, onisciência, verdade universal. É,
portanto, a unidade que se revela todos os dias quando procuramos o
mais profundo de nós mesmos, nossos melhores sentimentos,
nossas alegrias e manifestações de amor.
Índice
Fenômenos
psico-físicos de natureza espiritual, Nubor Orlando Facure,
Brasil
(Parte Final do artigo iniciado no Boletim 515)
A corrente sanguinea e a energia vital
É muito fácil de se aceitar a
idéia de que nossa vida está intimamente ligada ao
coração. Aristóteles afirmava que a Alma aí
se localiza porque qualquer ferimento nele leva imediatamente à
morte.
Nos dias de hoje, alunos do primário já aprendem que os
batimentos do coração impulsionam o sangue pelas
artérias, que depois se difundem pelos capilares e retorna pelas
veias. Nesse retorno, o sangue passa pelos pulmões de onde
retira o oxigênio que a respiração fornece. Temos
cerca de seis litros de sangue circulando pelo nosso corpo e mais ou
menos vinte por cento dele vai para o cérebro. Enquanto entra
pelas artérias e sai pelas veias, o sangue circula dentro do
cérebro em exatos seis segundos.
Assim que ocorre a morte, as artérias do cadáver
estão vazias, já que a última batida impulsiona
todo sangue para as veias. Essa observação levou Galeno a
sugerir que as artérias estariam sempre cheias de ar. Ele
propunha, também, que circula junto com o sangue um elemento
imaterial que denominou pneuma vital. Esse fluido nasce no
coração, distribui-se pelo corpo e, se transforma no
pneuma animal ao atingir o cérebro, nos permitindo perceber o
mundo pelos sentidos e a reagir com os nossos movimentos aos seus
estímulos. A idéia de um “espírito animal”
produzindo nossos reflexos, foi também adotada por René
Descartes e por Thomas Willians, tendo aceitação
médica por muitos séculos. Para Willians, os
corpúsculos do “espírito animal”, percorreriam os nervos
para pôr em ação os nossos movimentos.
Nos dias de hoje, sabemos da importância da
circulação sanguínea distribuindo por todo
organismo não só o oxigênio que nos sustenta a vida
mas um número insuspeitável de substâncias ligadas
à manutenção do metabolismo celular e de todo
sistema imunológico.
André Luiz nos traz conhecimentos novos nessa área
também. Diz o conhecido Espírito que junto com a
circulação sanguínea circula o “princípio
vital” indispensável à sustentação da vida.
Ensina Kardec que é o princípio vital quem dá vida
à matéria orgânica. Cada um de nós o tem
disponível enquanto encarnados, consumindo nossa cota com o
decorrer dos anos. Ele procede do “fluido cósmico universal” que
nos abastece conforme nossas atitudes nos compromissos da vida. A
meditação, a prece e o impulso que nos predispõe a
amar ao próximo, fornecem a substância e a
renovação do princípio vital. Ele nos penetra pela
respiração, o que nos faz lembrar um dos mais belos
versos da Bíblia – E Deus fez o Homem do barro da Terra e soprou
em suas narinas o sopro da vida.
Anaxágoras considerava que o ar era a substância primitiva
de onde procede tudo que existe. A relação do ar com a
vida sempre foi aceita em muitas culturas. Nos livros de Galeno, as
expressões espíritos e pneumas (ar) são
equivalentes.
Aprendemos com André Luiz que o princípio vital é
absorvido pela respiração e percorre todo organismo
acompanhando a circulação do sangue.
A Glândula Pineal e
sua fisiologia espiritual
Essa glândula situada no meio do cérebro
já é conhecida há mais de dois mil anos e, mesmo
assim, o que sabemos sobre ela é tão pouco que, nos
tratados clássicos da neurologia, ela ainda não despertou
interesse para merecer mais que citações curtas de
algumas linhas sobre o hormônio que ela secreta - a
melatonina.
A pineal é o relógio biológico que sinaliza um dos
momentos mais importantes da vida, o despontar da sexualidade. Por
ocasião da adolescência a pineal reduz a
produção da melatonina ocorrendo, a partir daí, o
desenvolvimento dos órgãos externos ligados a atividade
sexual.
Até hoje é possível de se perceber, em
determinados animais, que a pineal pode se comportar funcionalmente
como um terceiro olho. Nesses animais a pineal está situada
acima do crânio funcionando a modo de um periscópio que
exerce um papel de vigilância para o animal. Não se deve
estranhar, portanto, a forte sensibilidade que a nossa pineal tem para
com a luz. A entrada da luz, que atinge a pineal pelas fibras nervosas
que nosso nervo óptico conduz, reduz a produção de
melatonina. No ambiente escuro, aumenta acentuadamente a
produção do hormônio. Todos sabemos que os ursos
hibernam em cavernas durante meses de escuridão e, nessa
ocasião, o aumento da melatonina produz o entorpecimento do seu
interesse sexual, que depois volta a se revelar no alvorecer da
primavera.
O hormônio da pineal tem ligação direta com o
depósito de melanina na nossa pele. Ele tem um efeito clareador
diminuindo a pigmentação da pele. Isso justifica, por
exemplo, a cor esbranquiçada dos bagres que vivem nas
profundezas de águas escuras.
A melatonina tem sido utilizada como tranqüilizante produzindo
relaxamento e sonolência. Foi experimentada também no
tratamento de dores de cabeça e de epilepsia, mas em todos esses
quadros o efeito da melatonina é muito pobre.
André Luiz, através de Chico Xavier, trouxe-nos
informações inéditas e surpreendentes sobre o
papel da pineal quando observada a partir do plano espiritual.
Sensível às irradiações
eletromagnéticas, nossa pineal é sintonizador dos
fenômenos de comunicação mental, mantendo-nos em
permanente ligação com todos aqueles que compartilham
conosco a mesma faixa de vibração.
Nos processos mediúnicos, a aproximação espiritual
se vale da pineal para difundir sua mensagem até as diversas
áreas cerebrais que ressoam sua transmissão.
Nas encarnações, que a misericórdia divina nos
permitiu transitar pela Terra, nos enredamos em situações
onde tivemos oportunidade de cultivar relações afetivas
profundas, ao mesmo tempo em que fomentamos rivalidades e
discórdias das mais variadas conseqüências. Como a
Lei divina não exclui ninguém dos reajustes
necessários, será através da pineal que iremos
encontrar, mais cedo ou mais tarde, aqueles mesmos amores sinceros que
nos incentivarão a progredir e os inimigos do passado que nos
exigirão saldar as dívidas e os compromissos.
Entretanto, por mais que a anatomia cerebral possa nos revelar,
não reconhecemos nas vias que emergem da pineal qualquer
indicação dessa extraordinária
participação da glândula em nossa vida mental. Como
explicar, em vista disso, o que nos esclarece André Luiz?
Pressuponho que será necessário conhecermos qual é
o mecanismo de atuação do Espírito sobre o
cérebro. Daí, nosso propósito de reunirmos esse
conjunto de fenômenos que sugerimos tratar-se de fenômenos
“espírito-somáticos”.
No quadro dessa notória “fisiologia espiritual” que André
Luiz dá destaque, creio que a chave para sua compreensão
está na participação do chamado “fluido
universal”, tão conhecido no meio espírita.
Ensinam os Espíritos que elaboraram a doutrina com Allan Kardec
que os fluidos servem de veículos para a transmissão do
pensamento. Derivado do fluido cósmico universal, ele inunda o
Universo, nos envolvendo a todos, nos permitindo compartilhar do
“Hálito Divino” que nos alimenta.
Na vida física, atuamos pelas vias nervosas que nos estrutura os
neurônios, suas imensas redes de comunicação e sua
extraordinária química que sintetiza e conjuga os
neurotransmissores. Na dimensão espiritual estaremos usando esse
elemento sutil, fluídico, que obedece a vontade que a mente
direciona, permitindo-nos criar através da fisiologia espiritual
uma dispersão muito mais ampla nos seus efeitos
fisiológicos.
Quando Louis Pasteur descortinou o imenso campo da microbiologia, esse
conhecimento novo nos permitiu esclarecer a dinâmica da etiologia
das doenças infecciosas. A descoberta do DNA abriu novas
áreas para esclarecimento das chamadas doenças de origem
genética. Entretanto, o estudo dos fluidos e suas propriedades
poderá nos revelar uma nova fisiologia e, como
conseqüência, as doenças que seus desvios provocam. A
presença desses fluidos, está intimamente relacionada com
nosso padrão de atividade mental. A literatura espírita
é farta em afirmar que, todos nós, somos expressão
da vida mental que nós mesmos escolhemos construir e refletimos
em nossa aparência a composição fluídica que
selecionamos.
Os desequilíbrios mentais, que a neurobiologia de hoje entende
como decorrentes das alterações em neurotransmissores,
com certeza, iniciam sua perturbação a partir dos fluidos
que permitimos nossa mente projetar no cérebro, desviando a
química que nos preside o equilíbrio do pensamento.
A Ectoplasmia
A partir dos fenômenos das mesas girantes,
a mediunidade proporcionou aos pesquisadores do Século XIX uma
imensa variedade de manifestações físicas, entre
elas a materializações de entidades espirituais. Nessa
fenomenologia é mobilizada uma grande quantidade de ectoplasma
permitindo o estudo da sua elaboração e
constituição química. Todos os que estão
presentes no ambiente da experimentação estarão
doando uma cota maior ou menor de fluidos mas é do médium
que sae, por todos seus poros e orifícios de
excreção, o material mais ou menos denso que
permitirá a presença das silhuetas que se
corporificarão no ambiente onde o público aguarda.
No âmbito do estudo que estamos abordando, interessa anotar que o
conteúdo bioquímico do ectoplasma procede na esfera
física, do citoplasma das células do aparelho
mediúnico. Em conjugação com os fluidos dos dois
planos da vida é que o fenômeno adquire as propriedades de
transição que permitem aos espíritos adentrarem a
nossa dimensão.
A Respiração
restauradora
O ar, como fonte insubstituível de vida,
é percepção do senso comum a qualquer de
nós. O ato de respirar está intimamente ligado a nossa
sobrevivência. Anaxágoras atribuía ao ar a origem
de tudo. A Bíblia registra que recebemos a vida a partir do
sopro de Deus. Nos textos de Galeno, como já notamos, as
expressões espírito e pneuma (ar) eram equivalentes. Para
ele o pneuma vital era absorvido pelos pulmões e circulava do
coração até ao cérebro para nos manter
vivos. Na cultura oriental os exercícios respiratórios
têm indicação mais importante que a atividade
muscular.
Um dos fundamentos da Doutrina Espírita é de que a vida
decorre da presença do principio vital que vivifica a
matéria orgânica dando-lhe a propriedades de reagir.
A atividade constante dos nossos órgãos se faz as custas
desse princípio vital e seu esgotamento leva o corpo a morte.
Por outro lado, nossa atividade mental nos permite absorver da
espiritualidade os fluidos que agregam elementos para
sustentação do principio vital. Mais atividade
corresponde a mais vida, tanto do ponto de vista físico como
espiritual.
André Luiz nos aponta em seus textos que a
respiração é porta de entrada restauradora pare
realimentação de nossas energias vitais.
Índice
1856
O ano de 1856 é de grande importância para a
história do Espiritismo. Durante esse ano o prof. Rivail
continou a participar das reuniões na casa do Sr. Baudin, onde
apresentava questões e analisava as respostas dos
Espíritos. As médiuns eram as filhas do Sr. Baudin,
Caroline de 17 anos e Julie de 14, e as comunicações se
deram por meio da "Corbella Tupia". Era um tipo de pequena cesta na
qual as médiuns tocavam as bordas e na ponta da qual havia um
lápis preso.
Ele também continuou frenquentando as sessões na
residência do Sr. Roustan, onde a médium era a menina
Japhet, e nas quais levava os textos que estava preparando para estudo.
Os Espíritos orientaram para que fossem feitas reuniões
especiais para esse fim e designaram os dias em que elas seriam
conduzidas.
As circunstâncias fizeram o prof. Rivail conhecer outros
médiuns ao longo do ano e, cada vez que ele tinha a
oportunidade, aproveitava para apresentar-lhes as questões mais
espinhosas. Ele registrou (Minha primeira iniciação no
Espiritismo - Obras Póstumas) que mais de dez médiuns
prestaram colaboração nos estudos desenvolvidos.
Canuto Abreu, na introdução a edição
comemorativa "O Primeiro Livro dos Espíritos de Allan Kardec -
1857", observa que Kardec além de aluno, colaborava como
secretário. Ele recolhia as respostas, as analisava, organizava
em temas e a partir delas gerava novas questões. Também
resumia dissertações longas, interpolava sentenças
lapidares ou desenvolvia respostas monossilábicas. O resultado
da
redação só era incorporado ao texto após
ser cuidadosamente examinado e corrigido, palavra por palavra, pelos
espíritos. No livro "Obras Póstumas" há um relato
de Kardec sobre uma ocasião em que os espíritos usaram
fenômenos físicos (ruídos) para chamar-lhe a
atenção sobre um trecho que estava preparando e que
precisava ser melhorado (25 de março de 1856).
As orientações dos espíritos durante o ano foram
frequentes e a primeira edição do "Livro dos
Espíritos" tomou forma.
ABREU,
1957
KARDEC, 1976
WANTUIL e THIESEN, 1979
Mar da China
A abordagem de um navio
britânico serve de
pretexto para a "Segunda Guerra do Ópio". As potências
ocidentais, com o Império Britânico a frente, movem guerra
contra a China para obrigá-la a abrir seu comércio.
É uma guerra de triste memória porque o principal produto
comercializado com a China - e o contra o qual seu governo lutava - era
o Ópio. Este entorpecente vinha dos domínios
britânicos na India e era um dos poucos "produtos"
comercializados com sucesso para os chineses. Ao final da guerra
(1860), entre outras concessões, a China teve que aceitar a
"importação" do entorpecente.
Essa guerra foi um sintoma
visível dos males decorrentes
do progresso material quando este não é equilibrado pelo
desenvolvimento espiritual. O poderio econômico-militar
resultante da revolução industrial cegava o Ocidente e
acentuava seu egoísmo e orgulho levando-o a verdadeiros
desastres morais. As consequências da Guerra do Ópio
continuaram a repercutir pelo final do século XIX e por boa
parte do século XX. Entre as raizes da segunda guerra mundial
está a invasão da Manchuria pelas tropas japonesas, que
foi facilitada pela desestabilização da sociedade chinesa
nas décadas seguintes a derrota na guerra do
ópio.
WIKIPEDIA, 2006
Rio de Janeiro, Brasil
O Dr. Bezerra de Menezes concluiu a faculdade de medicina e
abriu consultório com um colega. O consultório não
foi bem sucedido, mas a quantidade de pacientes que o procuravam em
sua casa, onde não cobrava, não parava de crescer. Alguns
meses depois o Dr. Manoel Feliciano Pereira de
Carvalho, que chefiava o corpo de saúde do exército, o
convidou para médico militar. O Dr. Bezerra assumiu o cargo de
cirurgião-tenente.
ABREU, 1987
Nova Iorque, Estados Unidos
O naufrágio do návio PACIFIC no oceano
Atlântico é informado pelo espírito de um
tripulante para a médium Mrs. Hardinge Britten. Na época
as informações não eram tão rápidas
e ela chegou a ser ameaçada de processo pelo proprietário
da embarcação antes que o desaparecimento do navio fosse
confirmado. Segundo Doyle este foi um dos casos melhor atestados e
sensacionais do movimento espiritualista da época.
DOYLE, 2003
25 de março de 1856
Paris, França
Os espíritos chamam a atenção do prof. Rivail
através de ruídos. No dia seguinte, em sessão na
casa do Sr. Baudin, ele é informado que a razão era um
trecho do texto em que estava trabalhando e que necessitava de
revisão.
KARDEC, 1976
WANTUIL e THIESEN, 1979
26 de março de 1856
Paris, França
Em sessão
realizada na casa do Sr. Baudin o espírito "familiar" que estava
ajudando na elaboração do Livro dos Espíritos se
apresenta. Perguntado sobre sua identificação responde ao
prof. Rivail que usaria o nome "A Verdade" (Four toi, je
m´appellerai
La Verité...) e evita dar mais detalhes.
KARDEC, 1976
WANTUIL e THIESEN, 1979
9 de abril de 1856
Paris, França
Em nova comunicação, recebida na casa do Sr. Baudin pela
médium Srta. Baudin, o Espírito "A Verdade" dá
orientações quanto ao trabalho que estava sendo preparado
e reitera seu papel como guia espiritual do prof. Rivail.
No livro "Obras Póstumas" há uma nota complementando a
comunicação:
"A proteção deste
Espírito, de cuja superioridade eu estava então longe de
suspeitar, nunca me faltou. Sua solicitude e a dos bons
Espíritos sob suas ordens fizeram-se sentir em todas as
circunstâncias de minha vida, tanto levando-me a vencer
dificuldades materiais como facilitando-me a realização
de minhas obras e preservando-me dos efeitos da malevolência de
antagonistas, sempre reduzidos à impotência. Se as
tribulações inerentes à missão que eu tinha
de cumprir não me puderam ser poupadas, foram sempre atenuadas e
grandemente compensadas por bem agradáveis
satisfações morais."
KARDEC,
1976
WANTUIL e THIESEN, 1979
30 de abril de 1856
Paris, França
Em uma sessão íntima em casa do Sr. Roustan, assistida
somente por umas seis ou sete pessoas, o prof. Rivail recebe a primeira
notícia sobre a missão que teria que desempenhar. Na
reunião se discutiam acontecimentos que poderiam produzir uma
transformação social quano a médium se manifestou
espontaneamente. Um dos presentes, identificado por Kardec apenas como
Sr. M..., era um rapaz de idéias radicais e envolvido na
política.
Como observa a nota do revisor, na tradução da EDICEL
para o português, a mensagem é em tom profético e
carregada de simbolos. Ela fala do papel de Karde na
preparação dos alicerces morais e espirituais de um novo
mundo.
"Quando soar a hora o deixareis.
Somente aliviareis o vosso semelhante; individualmente o magnetizarei a
fim de curá-lo. Depois, cada um no posto que lhe foi preparado;
todos serão necessários porque tudo será
destruido, embora por um instante. Não haverá mais
religião, mas uma será necessária, porém
verdadeira, grande, bela e digna do Criador ... Os primeiros
fundamentos já foram lançados. Rivail, é esta a
tua missão (a cesta, livre, virou-se vivamente para meu
lado, como uma pessoa que me apontasse com o dedo). A ti, M..., a
espada que não fere, mas que mata; contra tudo e o que
és, és tu que virás primeiro. Ele, Rivail,
virá em segundo lugar; é o obreiro que reconstrói,
o que foi demolido."
KARDEC, 1976
WANTUIL e THIESEN, 1979
7 de maio de 1856
Paris, França
Em nova reunião
na casa do Sr. Roustan, o espírito Hahnemann através da
médium Srta. Japhet, confirma a comunicação
anterior. Diz ao prof. Rivail que "vais
realizar aquilo com que sonhaste durante longo tempo".
Também afirma que "são
chegados os tempos preditos de uma renovação da Humanidade".
"Não haverá cataclismo
material, como o entendeís, mas flágelos de toda
espécie devastarão as nações. A guerra
dizimará os povos. As instituições
decrépitas desaparecerão num mar de sangue, É
preciso que o velho mundo desmorone para abrir ao progresso uma nova era".
Questionado sobre o início destes eventos, que abarcariam a
Terra, Hahnemann informa que a primeira centelha partiria da
Itália. Efetivamente, poucos anos depois em 1859, ocorreu a
"Guerra da Itália" opondo o Império Austro-Hungaro contra
a França e o reino do Piemonte (um dos reinos em que a
Itália estava dividida na época). A partir dessa guerra
uma sequência de causas e efeitos levou a
unificação da Itália, a derrota humilhante da
França na guerra de 1870, a unificação da
Alemanha, a aliança entre as potências centrais da Europa
e as guerras mundiais do século XX.
A sequência de causas e efeitos ainda não terminou, pois
vivemos hoje em um mundo que ainda está inserido nas
consequências das guerras mundiais, da
descolonização, do final da Guerra Fria e do colapso da
União Soviética.
KARDEC, 1976
WANTUIL e THIESEN, 1979
12 de maio de 1856
Paris, França
Em sessão na casa do Sr. Baudim, o prof. Rivail pergunta ao
Espírito "A Verdade" sobre as informações que
recebeu dias antes. O Espírito explica que não se devia
tomar a comunicação ao pé da letra, que
personificou no senhor M... as idéias do partido que ele
representava e que a marcha dos acontecimentos preditos não
seria brusca. "Para coisas de tamanha
gravidade, que são alguns anos a mais ou a menos? Elas nunca
vêm bruscamente, como um raio. São preparadas durante
muito tempo, através de acontecimentos parciais que são
como que seus precursores, como os ruídos surdos que precedem a
erupção de um vulcão. Podem, pois, dizer-vos que
os tempos são chegados, sem que isso signifique que as coisas
vão acontecer amanhã. Quer dizer que vos achais na
época em que elas se realizarão".
"(...) Não deveis temer nem
um dilúvio, nem um incêndio do nosso planeta, nem outras
coisas do genêro. Não se podem chamar de cataclismos
perturbações locais que sempre se produziram em todas as
épocas. Não haverá senão um cataclismo
moral, do qual os homens serão os instrumentos."
KARDEC, 1976
WANTUIL e THIESEN, 1979
10 de junho de 1856
Paris, França
Em casa do Sr. Roustan, através da médium Srta. Japhet, o
prof. Rivail obtém orientações sobre o texto em
que estava trabalhando (O Livro dos Espíritos)
KARDEC, 1976
WANTUIL e THIESEN, 1979
12 de junho de 1856
Paris, França
O prof. Rivail consulta o Espírito "A Verdade" novamente sobre
sua missão. Sua preocupação é que, apesar
do desejo de contribuir com a propagação da verdade, se
vê como um simples obreiro e não como uma pessoa
capacitada a liderá-la. Ele supõe que a
menção a missão pelos espíritos seja apenas
uma prova para testar seu amor-próprio. O Espírito lhe
responde que "Confirmo o que te foi
dito, mas aconselho-te a maior discrição se queres ser
bem sucedido. Saberás, mais tarde, coisas que te
explicarão o que hoje te surpreende. Não te
esqueças de que tanto poderás ter sucesso, como
fracassar. Neste último caso, outro te substituiria, porque os
designios de Deus não podem depender da cabeça de um
homem. Por isso, nunca fales de tua missão, seria um meio de
fazê-la malograr. Ela não pode ser justificada
senão depois de a obra concluida, e tu ainda nada fizestes. Se
conseguires realizá-la, os homens, cedo ou tarde, saberão
reconhecê-lo, porque é pelos frutos que se conhece a
qualidade da árvore."
KARDEC, 1976
WANTUIL e THIESEN, 1979
17 de junho de 1856
Paris, França
Em casa do Sr. Baudin, através da médium Srta. Baudin, o
Espírito "A Verdade" transmite orientações sobre o
Livro dos Espíritos e avisa que ele não seria
senão a introdução do trabalho. Ele avisa ao prof.
Rivail que esse trabalho "tomará
proporções que hoje estás longe de suspeitar".
KARDEC, 1976
WANTUIL e THIESEN, 1979
4 de agosto de 1856
Roma,
Itália
Na carta "De magnetismi abusu" de 4 de agosto de 1856 o Santo
Ofício condena o fenômeno das mesas girantes, tachando de
hereges as pessoas por intermédio das quais eram produzidos.
Esta condenação ainda é mencionada em textos
católicos mais recentes como a "Constituição
Dogmática Lumen Gentium sobre a Igreja" e o livro "Espiritismo,
Orientação para Católicos".
KLOPPENBURG, 1997
PAULO VI, 1964
WANTUIL e THIESEN, 1979
11 de setembro de 1856
Paris, França
Na
casa do Sr. Baudin, o prof. Rivail faz a leitura de alguns
capítulos do "Livro de Espíritos" referentes às
leis morais e recebe a aprovação dos espíritos:
"Compreendeste bem a finalidade de teu
trabalho. O plano foi bem concebido, estamos contentes contigo.
Continua, mas principalmente, quando a obra estiver terminada,
lembra-te de que te recomendamos imprimi-la e propagá-la:
é de utilidade geral. Estamos satisfeitos e jamais te
deixaremos. Crê em Deus e prossegue." Muitos
Espíritos.
KARDEC, 1976
WANTUIL e THIESEN, 1979
Índice
Biografias
(Texto elaborado por
José Basílio, baseado no livro Personagens do Espiritismo
de Antônio de Souza Lucena e Paulo Alves Godoy Ed. FEESP -
1ª Ed. - 1982 - SP - BRASIL. Disponível em http://www.geae.inf.br/pt/biografias)
Adolfo Bezerra de Menezes
nasceu na antiga Freguesia do Riacho do Sangue (hoje Jaguaretama), no
Estado do Ceará, no dia 29 de agosto de 1831, desencarnando no
Rio da Janeiro, no dia 11 de abril de 1900.
No ano de 1838 entrou para a escola pública da Vila do Frade,
onde, em dez meses apenas, preparou-se, suficientemente, até
onde dava os conhecimentos do professor que dirigia a primeira fase de
sua educação. Muito cedo revelou a sua fulgurante
inteligência, pois aos 11 anos de idade iniciava o curso de
Humanidades e, aos 13 anos, conhecia tão bem o latim que ele
próprio o ministrava aos seus companheiros, susbtituindo o
professor da classe em seus impedimentos.
Seu pai era um homem relativamente abastado, porém, por efeito
de seu bom coração, comprometeu sua fortuna, dando abonos
em favor de parentes e amigos, que o procuravam, a fim de explorarem os
seus sentimentos de caridade. Percebendo, então, que seus
debitos igualavam seus haveres procurou os credores e lhes propôs
entregar sua fazendas de criação e tudo o mais que fosse
suficiente para integralizar a divida.
Os seus credores recusaram a proposta, dizendo-lhe que pagasse quando e
como pudesse. O honrado cidadão insistiu, mas não
conseguindo demover seus credores decidiu-se a tornar mero
administrador do que fora a sua fortuna, retirando apenas o que fosse
necessario para a manutenção de sua familia, que passou
da abundancia as privacoes.
Foi nessa fase que Adolfo Bezerra de Menezes, formulando os mais
veementes votos de orientar-se pelo carater integro de seu pai, e com
minguada quantia que seus parentes lhe deram, partiu para o Rio de
Janeiro, a fim de seguir a carreira que sua vocação lhe
inspirava - a Medicina.
Ingressou em novembro de 1852 como praticante interno no Hospital da
Santa Casa de Misericordia. Doutorou-se em 1856, pela Faculdade de
Medicina do Rio de Janeiro. Em 1858, concorreu a uma vaga de lente
substituto da Seção de Cirurgia da Faculdade de Medicina.
Nesse mesmo ano, o mestre Manuel Feliciano Pereira de Carvalho,
então Cirurgião-Mor do Exercito, fe-lo nomear seu
assistente, com o posto de Cirurgião-Tenente.
Eleito vereador municipal pelo Partido Liberal, em 1861, teve sua
eleição impugnada pelo chefe conservador Haddock Lobo,
sob a alegação de ser medico militar. Com o objetivo de
servir o seu partido, que necessitava dele para ter maioria na Camara,
resolveu afastar-se do Exército. Em 1867, foi eleito Deputado
Geral, tendo ainda figurado numa lista triplice para uma carreira no
Senado.
Quando politico, levantaram-se contra ele, a exemplo do que sucede com
todos os politicos honestos, rudes campanhas de injuria, cobrindo seu
nome de improperios entretanto, a prova da pureza de sua alma, deu-a,
quando deliberou abandonar a vida publica e dedicar-se aos pobres,
repartindo com os necessitados o pouco que possuia. Corria sempre ao
casebre do pobre onde houvesse um mal a combater, levando ao aflito o
conforto de sua palavra de bondade, o recurso da sua profissão
de medico e o auxilio da sua bolsa minguada e generosa.
Afastado interinamente da atividade politica, dedicou-se a
empreendimentos empresariais criou a Companhia Estrada de Ferro
Macae-Campos, na então provincia do Rio de Janeiro.
Posteriormente, empenhou-se na contrução da via ferrea de
Santo Antonio de Padua, pretendendo leva-la ate o Rio Doce, desejo que
não conseguiu realizar. Foi um dos diretores da Companhia
Arquitetonica que, em 1872 abriu o Boulevard 28 de Setembro , no
então bairro de Vila Isabel. Em 1875, foi presidente da
Companhia Carril de São Cristovão. Voltando a politica,
foi eleito vereador em 1876, exercendo o mandato ate 1880. Foi ainda
presidente da Camara e Deputado Geral pela Provincia do Rio de Janeiro,
no ano de 1880.
Quando o Dr. Carlos Travassos empreendeu a tradução de O
Livro dos Espiritos , de Allan Kardec, ofereceu um exemplar, com
dedicatoria, a Bezerra de Menezes. No dia 16 de agosto de 1886, um
auditorio com cerca de duas mil pessoas da melhor sociedade, que enchia
o salão de honra da Velha Guarda, ouviu, em silencio,
emocionado, atonito, a palavra de ouro do eminente politico, do
eminente medico, do eminente cidadão, do eminente catolico, Dr.
Adolfo Bezerra de Menezes, que proclamava aos quatro ventos a sua
adesão ao Espiritismo. Ela era um autentico religioso, no mais
alto sentido. Sua pena foi, por isso, desde o primeiro artigo assinado,
em janeiro de 1887, posta ao serviço do aspecto religioso do
Espiritismo.
Demonstrada a sua capacidade literaria no terreno filosofico, que pelas
replicas, quer pelos estudos doutrinarios, a Comissão de
Propaganda da União Espirita do Brasil incumbiu Bezerra de
Menezes de escrever, aos domingos, no O Paiz , tradicional orgão
da imprensa brasileira, dirigido por Quintino Bocaiuva, uma serie de
artigos sob o titulo O Espiritismo - Estudos Filosoficos . Os artigos
de Max , pseudonimo de Bezerra de Menezes, marcaram a epoca de ouro da
propaganda espirita no Brasil. Esses artigos foram publicados,
ininterruptamente, de 1886 a 1893.
Bezerra de Menezes tinha o encargo de medico como verdadeiro sacerdocio
por isso, dizia: Um medico não tem o direito de terminar uma
refeição, nem de escolher hora, nem de perguntar se
e´ longe ou perto, quando um aflito qualquer lhe bate a porta. O
que não acode por estar com visitas, por ter trabalhado muito e
achar-se fatigado, ou por ser alta noite, mau o caminho ou o tempo,
ficar longe ou no morro o que, sobretudo, pede um carro a quem
não tem com que pagar a receita, ou diz a quem chora a porta que
procure outro, esse não e´ medico, e´ negociante de
medicina, que trabalha para recolher capital e juros dos gastos da
formatura. Esse e´ um infeliz, que manda para outro o anjo da
caridade que lhe veio fazer uma visita e lhe trazia a unica esportula
que podia saciar a sede de riqueza do seu Espirito, a unica que jamais
se perdera nos vais-e-vens da vida.
No ano de 1883, reinava um ambiente francamente dispersivo no seio do
Espiritismo no Brasil, e os que dirigiam os nucleos espiritas do Rio de
Janeiro sentiam a necessidade de uma união mais estreita e
indestrutivel.
Os Centros Espiritas, onde se ministrava a Doutrina, trabalhavam de
forma autonoma. Cada um deles exercia sua atividade em um determinado
setor, despreocupado em conhecer as atividades dos demais. Esse estado
de coisas levou-os a fundação da Federação
Espirita Brasileira (FEB).
Nessa epoca, ja existiam muitas sociedades espiritas, porem as unicas
que mantinham a hegemonia eram quatro: a Academica, a Fraternidade, a
União Espirita do Brasil e a Federação Espirita
Brasileira. Entretanto, logo surgiram entre elas rivalidades e
discordias. Sob os auspicios de Bezerra de Menezes, e acatando
importantes instrucoes, dadas por Allan Kardec, atraves do medium
Frederico Junior, foi fundado o famoso Centro Espirita porem nem por
isso deixava Bezerra de dar a sua cooperação a todas as
outras instituicoes.
O entusiasmo dos espiritas logo se arrefeceu, e Bezerra de Menezes se
viu desamparado dos seus companheiros, chegando a ser o unico
frequentador do Centro. A cisão era profunda entre os espiritas
que se dividiam em misticos e cientificos .
Em 1893, a convulsão provocada no pais, pela revolta da armada,
provocou o fechamento de todas as sociedades espiritas. No Natal do
mesmo ano, Bezerra encerrava a serie de artigos que vinha publicando em
O Paiz .
Em 1894, o ambiente demonstrou tendencias de melhora e o nome de
Bezerra foi lembrado como o único capaz de unificar a
família espírita. O infatigável batalhador, com 63
anos de idade, assumiu a presidência da FEB, cargo que ocupou
até 11 de abril de 1900, quando desencarnou, vítima de
violento ataque de congestão cerebral.
Devido ao seu Espírito caridoso e prestativo, Bezerra de Menezes
mereceu o cognome de O Médico dos Pobres .
Referências
Bibliográficas
ABREU, C. O Primeiro Livro dos Espíritos de
Allan Kardec - 1857. São Paulo: Companhia Editora
Ismael, 1957.
_______, Bezerra de Menezes.
São Paulo: Edições FEESP, 1987.
DOYLE, A. C. The History of
Spiritualism - Vol I. Australia:
Projeto Guttemberg, 2003. Disponível em: http://gutenberg.net.au/ebooks03/0301051.txt.
KARDEC. Obras Póstumas (Coleção das Obras
Completas de Allan Kardec -
Volume XIX). São Paulo: EDICEL, 1976.
KLOPPENBURG, B. FREI. Espiritismo -
Orientação para Católicos. 6.a ed.
São Paulo: Edições Loyola, 1997
WANTUIL, Z.; THIESEN, F. Allan
Kardec. Rio de Janeiro:
Federação
Espírita Brasileira, 1979
WIKIPEDIA. Guerras do Ópio. In:
Wikipédia
- A Enciclopédia Livre. Disponivel em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerras_do_%C3%93pio.
Acesso em 9 de agosto de 2006.
Material
em vídeo sobre Jerônimo Mendonça?, Cássio,
Brasil
Boa tarde, colegas.
Gostaria de saber se é
possível divulgar entre os participantes do GEAE se
alguém, por um acaso, tem algum material em vídeo para
disponibilizar referente ao colega espírita Jerônimo
Mendonça, de Ituitaba/MG (que desencarnou em 1989).
Sds
Uma pequena correção no texto sobre
Raphael Gurgel, Amorim, Brasil
Ademir, bom dia!
Na reportagem sobre Raphael Gurgel (Boletim 516)
notei uma imprecisão: cita-se
o contato de Raphael com Roberto Ayelo na visita a presidiários.
Acredito ter acontecido algum desencontro, pois era Gilberto Ayelo o
responsável por esse trabalho na Penitenciária do Estado.
À época ele era, também, membro da USE Distrital
Santana, e dispunha de dois horários na Rádio Boa Nova, e
o conhecemos pessoalmente e convivemos por vários anos, por
também dispormos de horário no mesmo dia (domingo), que
permanece até hoje, com o programa Momento Espírita, da
USE (12:30h às 14:00h, domingos, pela atual Rede Boa Nova de
Rádio- está também convidado a conhecer). Creio
adequadamente fundamentada a observação.
Saudações fraternais,
Amorim
________________
Senhores,
De fato ocorreu um lamentável engano meu - o nome correto
é Gilberto Ayelo.
Tem toda razão Sr Amorim ao corrigir-me - grato pela
intervenção.
Em contato com Yara, filha do Raphael, ela confirmou a
informação e acrescentou que algumas vezes o Raphael
participou do programa de rádio na Boa Nova. No restante, a
biografia encontra-se correta.
Peço desculpas pelo engano e anexo o texto com a
correção necessária*.
Grato,
José Ricardo B Cunha
* Vamos corrigir a cópia do Boletim 516 disponível no
site do GEAE (Editor GEAE).
Índice
A primeira WebTV
Espírita do mundo
Espíritas do mundo
inteiro agora podem assistir a uma
programação essencialmente doutrinária e interagir
na primeira WebTV Espírita do planeta. Desde o
dia 1 de agosto de 2006 está no ar a tvcei.com.
A emissora ainda está em fase de teste, mas já é
pioneira: inaugura a mais nova mídia na divulgação
do Espiritismo. Para assistir, basta acessar o endereço www.tvcei.com
A WebTV é
uma televisão interativa pela Internet. A principal vantagem
é o conforto: o telespectador pode assistir à
programação em sua casa, no trabalho, em horários
alternativos. É necessário apenas ter acesso à
Internet. Além de oferecer as opções de assistir a
programas gravados e ao vivo, a WebTV permite ao telespectador optar
por ver os programas em um aparelho de televisão (veja no site
da tvcei.com como fazer a
adaptação). Outra vantagem é a possibilidade de
retransmissão da programação em um telão.
Com isso, é possível fazer a exibição de
programas nos Centros Espíritas ou em eventos. Com excelente
qualidade de imagem.
A tvcei.com
é uma iniciativa do Conselho Espírita Internacional –
instituição resultante da união, em âmbito
mundial, das
Associações Representativas dos Movimentos
Espíritas Nacionais, de mais de 30
paises. Atualmente, a sede do CEI é em Brasília, Brasil.
A programação
diária da tvcei.com está
disponível no portal www.tvcei.com e é composta por
palestras e por diversos programas
espíritas feitos por instituições e pessoas
físicas de todo o Brasil. Ao acessar o portal, abre-se um player (visor) que disponibiliza dois canais de
transmissão:
Canal 1 (24 horas no ar – Material
Gravado)
Canal com programas de TV
espíritas, palestras,
filmes, vídeo-aulas, conteúdos exclusivos e vídeos
históricos, inclusive em outros idiomas (espanhol,
francês, inglês, italiano, etc.)
Canal 2 (Ao vivo)
Dedicado à
transmissão de eventos e palestras
ao vivo, tanto do Brasil como do exterior, com a possibilidade de usar
uma sala interativa (Chat), para fazer perguntas ou enviar mensagens
aos conferencistas, que podem responder em tempo real.
Além dos canais, a tvcei.com
conta com uma agenda de eventos: congressos, seminários e
workshops que serão transmitidos a partir de diversos Estados ou
países contando com a participação de diversos
palestrantes entre eles: Divaldo Franco e Raul Teixeira. A emissora
também, oferece uma seção de vídeos para download que têm a opção de ser
vistos em tela cheia.
A programação da tvcei.com
é inteiramente gratuita e dirigida a todas as pessoas
interessadas em conhecer a Doutrina Espírita. O Conselho
Espírita Internacional solicita a todos os companheiros
espiritistas que divulguem a tvcei.com.
Nesta fase de teste, a equipe espera receber as
avaliações sobre a qualidade da imagem. Para isso, basta
acessar o site www.tvcei.com ou escrever para o e-mail: tvcei@tvcei.com
Una-se a tvcei.com
- Uma
nova era na divulgação do Espiritismo!
Equipe Multimídia
do CEI
Av. L2 Norte, Q. 603, conj. F |
Brasília - DF - Brasil - 70830-030
+55 (61) 2101-6170
|
Índice
Novo
livro de Eduardo Carvalho Monteiro, CCDPE, Brasil
Centro
de Cultura, Documentação e Pesquisa do Espiritismo
(CCDPE)
lança mais novo livro do pesquisador Eduardo Carvalho Monteiro
Muitos não sabem quem foi o Marechal Ewerton Quadros. No
entanto, a falta deste reconhecimento não tira a
importância do seu trabalho para o movimento espírita.
Ewerton Quadros foi o primeiro presidente da Federação
Espírita Brasileira (FEB), tendo participado ativamente de sua
fundação. Sua história confunde-se com a dos
primórdios do Espiritismo no Brasil.
Dotado de grande sensibilidade mediúnica, presenciou
inúmeras manifestações do Plano Espiritual,
relatadas em periódicos da época e transcritas na obra.
Além de textos de sua autoria, o livro traz inúmeras
psicografias, dando mostras da dedicação do Marechal
à causa espírita.
O livro Marechal Ewerton Quadros é uma obra de destaque dentre
as que retratam o início da Doutrina no Brasil; é mais um
fruto do criterioso trabalho do historiador Eduardo Carvalho Monteiro,
pesquisador da história do Espiritismo e idealizador do Centro
de Cultura, Documentação e Pesquisa do Espiritismo
(CCDPE-ECM), que hoje leva seu nome, em homenagem póstuma.
Livro:
Marechal Ewerton Quadros
(Primeiro Presidente da Federação Espírita
Brasileira)
Edição conjunta CCDPE e Editora EME (www.editoraeme.com.br)
Autor: Eduardo Carvalho Monteiro
14 x 21 - 190 páginas - 30 ilustrações -
preço de capa R$18,00
Para adquirir o livro:
Entre em contato pelo telefone:
(011) 5589-0604 (Júlia) 3864-3601 (Geraldo), ou pelo e-mail: ccdpe@uol.com.br/ www.ccdpe.org
(Localização: Alameda dos Guaiases, 16 - Planalto
Paulista, São Paulo/SP)
Informações para imprensa:
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