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Ano 14 |
Número 508 |
2006 |
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15 de Fevereiro de 2006 |
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"Fé
inabalável é somente aquela que pode encarar a
razão,
face a face,
em todas as épocas da humanidade"
Allan Kardec |
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° EDITORIAL |
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A
Vida Eterna,
Camille Flammarion (médium Carmo Bianco), Brasil
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° ARTIGOS |
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As Bodas e o Terceiro Milênio, Rogerio Coelho,
Brasil
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Mensagem
Poética, João Zamoner, Brasil
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Das
necessidades das sessões espíritas e das
condições para a sua realização, J.
Herculano Pires, Brasil
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°
HISTÓRIA & PESQUISA |
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Cronologia
Espírita, Carlos Iglesia, Brasil |
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°
QUESTÕES & COMENTÁRIOS |
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Grupo
ComCiência, Marcos Flavio de Oliveira, Brasil
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° PAINEL |
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Espiritismo,
Meditação e Saúde, Fraternidade Espírita Auta
de Souza, Brasil
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Primer
Congreso Espirita Centroamericano 2006, Edwin Bravo, Guatemala
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A Vida Eterna,
Camille Flammarion
(médium Carmo Bianco), Brasil
Mensagem transcrita do livro "Nos Domínios do Bem - A
Vida extraordinária de
Anesio Siqueira, notável médium curador e mensagens
recebidas por Carmo Bianco nessa época". O livro foi impresso
nas oficinas da Empresa Gráfica da "Revista dos Tribunais"
(São Paulo - SP) em janeiro de 1947 e traz textos do jornal
espírita "A Centelha". Anesio Siqueira
(1883-1943),
além de médium
curador, era responsável pelo coluna "Nos Dominios do Bem" do
jornal "A Centelha" e daí o nome da obra. Mantivemos a grafia
original do texto, mas fizemos a separação em
parágrafos para adaptá-lo ao formato do Boletim. No
original o texto não tinha essa separação.
Caros Amigos,
Todo assunto deve interessar a êste ou aquele. Quero falar-vos
hoje sôbre os espíritos. Deixamos o trabalho após o
que chamais morte? Só o incarnado é que tem a
obrigação de trabalhar? Seria essa a maior tortura para
nós.
Na verdade se os homens têm a convicção de que a
morte é a destruição de todos os laços com
o ente querido, êles nada mais fazem que provar a sua
descrença em si mesmos, êles nada mais fazem que negar a
sua suposta espiritualidade.
Quem, pelo contrário, compreende que não existe morte,
procura sentir dentro de si a vibração de um mundo que
não se destrói, procura afastar o sofrimento e a
iniquidade que o contamina e procura estabelecer uma
situação calma em seu coração.
Sentirá então a vibração de um pensamento
que lhe diz:
"Meu irmão, aqui estou ao vosso lado; não fui
destruído pela morte. Eu não sou uma
abstração. Sou uma fôrça que age e se
manifesta em vosso íntimo como pensamento, como desejos, como
vontade. Eu não vivo à parte do vosso mundo, como
vós também não estais distanciados do que chamais
o outro lado da vida. O nosso trabalho é contínuo,
não se interrompe nunca e quando incarnados bem vezes
esquecemo-nos de nossos propósitos. Agimos inconscientemente,
afundamo-nos em desgraças, mergulhamos no lodo das guerras, das
disputas, das destruições inúteis. Pensamentos e
forças adormecidas em sugestões destruidoras são
atraídos para o nosso lado e governam a nossa ação
sem que demos por isso."
O homem que compreende a vida e que observa as obras dos que o
antecederam em sua peregrinação pela terra, êsse
reage contra o pensamento escravizador e procura pôr-se em
contato com as forças harmônicas do universo. Torna-se
então conhecedor da vida em tudo que existe; a morte não
o atemoriza mais, pois que nela êle somente vê a
mudança de forma. Parentes e amigos, a família toda dos
espíritos estão visíveis ao seu olhar,
transmitem-lhe os seus pensamentos como dele também tudo
recebem. E assim incarnado e desincarnado num só pensamento,
numa só harmonia, se confraternizam e o trabalho do
espírito continua sem interrupção.
Geralmente a consciência do incarnado em seu estado de
vigília, ignora a troca de energias entre os desincarnados e
êle próprio. Mas a sua ação no meio social,
orientada para o bem e para o amor, logo lhe mostrará dentro de
si mesmo um impulso que lhe parece estranho e que êle reconhece
não lhe pertencer. É aí que o interêsse para
o estudo de si mesmo é despertado e o homem irá
compreender o seu papel no plano social. Representante do
espírito para a construção de uma sociedade de
compreensão e de auxílio mutuo, ou instrumento passivo
para a desorientação, a guerra e a
destruição.
Camille Flammarion
Maio de 1944
As Bodas e o
Terceiro Milênio, Rogerio Coelho, Brasil
“(...)
os servos então saíram pelas ruas e trouxeram
todos o s que iam encontrando, bons e maus...”
-
Jesus. (Mt., 22:10)
O Terceiro Milênio chegou com sérios indicadores:
Ele
representa o lapso de tempo que resta para a transição
da Terra que deverá, salvo Desígnios Superiores, ser
guindada à condição de Mundo de
Regeneração,
perdendo as atuais características de planeta de provas e
expiações.
A conseqüência
imediata e inevitável disso é
que haverá maior rigor seletivo nos futuros projetos de
reencarnação para o planeta. Assim, a primeira
preocupação que nos vem à mente é:
será
que estaremos entre “os mansos que
herdarão a Terra?”. Seria presunção supor
que já atendemos aos
quesitos necessários para ingresso em Mundos de
Regeneração? Sei não! Pelo andar da carruagem...
estamos mais para
futuros degredados que propriamente regenerados, haja vista o teor de
ancestral rebeldia que ainda onera nossa economia espiritual, pois
criados para o amor, ainda estamos às voltas com ódios
mordentes e limitações sem conto...
Sem embargo, por outro lado,
lucila débil esperança,
uma vez que os Desígnios Divinos estão sempre
revestidos pelo algodão da misericórdia e mesmo ainda
não reunindo os “considerandos” necessários, por
não estarmos cem por cento ajustados aos ensinamentos do Meigo
Pegureiro, podemos acalentar um sentimento de moderada confiança
de estarmos entre as criaturas que seguirão para o patamar da
Regeneração. Evidentemente será necessário
empreendermos mais esforços e começarmos, desde
já, a desvestir a “capa” do homem velho.
Nosso refreado otimismo quanto
a tal possibilidade, está
ancorado na questão 872
de “O Livro dos Espíritos”, na qual os Benfeitores
Espirituais nos acenam com a possibilidade de pleitear uma vaga nos
Mundos de Regeneração. Fazem-no no último
parágrafo da referida questão, nos seguintes termos:
“(...) Todos os Espíritos, mais ou menos bons,
quando encarnados, constituem a espécie humana e, como o nosso
mundo é um dos menos adiantados, nele se conta maior número
de Espíritos maus do que de bons. Tal a razão
porque aí vemos tanta perversidade. Façamos, pois,
todos os esforços para a este planeta não voltarmos,
após a presente estada, e para merecermos ir repousar em
mundo melhor, em um desses mundos privilegiados, onde não nos
lembraremos da nossa passagem por aqui, senão como de um
exílio temporário”.
Se ainda estamos arrolados
entre os maus do planeta e fizermos
esforços para nos transferirmos para a faixa dos bons, por
certo nossa chance de êxito crescerá.
Observemos que tanto na
citação do registro de Mateus,
em epígrafe, como na questão 872
de “O Livro dos Espíritos”, faz-se alusão a bons
e maus, configurando, assim, uma perfeita simetria bilateral
entre o ensino de Jesus e o dos Espíritos Superiores.
O detalhe que não nos
escapou foi que os servos mencionados na
Parábola das Bodas, saíram três vezes à
procura dos convidados, e só lograram trazê-los na
terceira investida.
Não fica
difícil, portanto, extrairmos o
espírito
que vivifica da letra que mata, concluindo, de toda essa
simbologia, que o Terceiro
Milênio significa a última
oportunidade para nos dirigirmos ao salão
de festas
(leia-se: Mundo de Regeneração), uma vez que em tal
salão bons e maus foram admitidos e
expulso tão
somente aquele que – definitivamente – não portava a
mínima parcela de luz para ali permanecer.
Se perdermos o ensejo desta
vez, sabe-se lá quantos milênios
deverão passar até sermos novamente convidados para
outro festim.
Não é sem motivo
que em suas últimas mensagens,
o nobre Dr. Bezerra de Menezes, o singular Médico dos Pobres,
está sempre – invariavelmente – a repetir: “Meus
filhos, o tempo é agora, não amanhã...”
Ouça quem tem ouvidos
para ouvir e obedeça quem tem
juízo!
Quem vai querer ficar do lado
de fora do Salão das Bodas,
onde há trevas, choro e ranger de dentes, sabe-se lá
por quanto tempo?!
Mensagem
Poética, João Zamoner, Brasil
(texto enviado pelo
João Zamoner em homenagem aos Médiuns)
SOU
MEDIUM
Sou médium! Sagrado
mandato,
Que Jesus me confiou, divina missão
Curando chagas, demando os males
Semeando a caridade, estendendo as mãos.
Sou médium! Meu Mestre é Jesus,
Encontrei no Evangelho, um roteiro de luz
Para ministrar com precisão
O exemplo permanente, de caridade e perdão.
Sou médium! Vejo tantos irmãos
Em passos cansados, aflitos, desiludidos
Sem rumo, sem esperança, sem direção
Necessitados de paz e orientação.
Feliz e sem medo, pois amo a vida
Amando a todos, com alegria incontida
Por muito amar e servir com Jesus
A trilha é de luz, que ao Senhor me conduz.
Sou Médium! Recordo o Mestre a me dizer:
Vinde a mim, vós que sofreis,
Meu jugo é leve e eu os aliviarei
Tenham fé e esperança, para seus males solver...
Nas aflições, busco a Jesus e os benfeitores
Espirituais que confortam, os queridos mentores
Me dão ânimo, alegria, paz e equilíbrio
emocional
E confiança para seguir na tarefa espiritual.
Ajo com fé e esperança, olvidando as mágoas
e a dor
Respondendo as ofensas com prece e perdão
Pois aprendi com Jesus, a amar meus irmãos.
Sou médium e meu lema me diz,
Que por Jesus devemos amar, servir e passar
Oh! Ficai certo, como eu sou feliz!
(João Zamoner)
Índice
Das necessidades
das sessões espíritas e das condições para
a sua realização, J. Herculano Pires, Brasil
Conhecimento, harmonia e seriedade na tarefa são
essenciais
(Texto transcrito da "Revista Internacional
de Espiritismo" de setembro de 2003. Ed. "Casa Editora O Clarim", Matão, São Paulo)
A
realização das sessãoes mediúnicas nos
centros ou grupos espíritas é uma necessidade
doutrinária. As sessões não são feitas com
a finalidade pura e simples de "ouvir espíritos", como pensam as
pessoas pouco informadas sobre a doutrina. Bem mais ampla é a
finalidade das sessões, que se destinam ao socorro espiritual de
criaturas necessitadas, tanto encarnadas quanto desencarnadas. Por que
realizam as várias religiões as suas cerimônias e
os seus sacramentos ? O Espiritismo não tem cerimônias,
nem fórmulas sacramentais, mas possui também a sua
maneira de relação com o invisível. Essa maneira
se apoia na mediunidade: é a sessão mediúnica.
Há pessoas,
mesmo entre os espíritas, que censuram as sessões
medíunicas de incorporação, realizadas
semanalmente nos centros. Acham que as comunicações
são poucas, e as mistificações são muitas
nesses trabalhos. Outras entendem que, em geral, nos meios incultos,
nos centros e grupos de criaturas simples, não há
comunicações de espíritos, mas simples
manifestações de histerismo e outras formas de morbidez
psíquica ou nervosa. A experiência nos mostra,
porém, que mesmo nos meios mais incultos, onde impera a
credulidade ingênua, verificam-se fatos notáveis de
identificação espirítica e de socorro eficiente
aos necessitados.
As
imperfeições no trabalho mediúnico não
são privilégio dos meios incultos. Há grupos de
pessoas ilustradas que se entregam a formas inadequadas de trabalhos
práticos, por falta de conhecimento das obras básicas do
Espiritismo. Dirigentes vaidosos, que confiam mais em suas
próprias idéias, ou na orientação de guias
que lhes enfunam a vaidade através de constantes elogios,
cometem mais disparates do que dirigentes ingênuos e analfabetos.
Tanto nos grupos incultos, quanto nos de pessoas ilustradas, o que vale
é a intenção, apoiada num verdadeiro sentimento de
humildade. Os vaidosos incultos ou ilustrados prejudicam os trabalhos
mediúnicos.
Mediunidade é
sensibilidade. Os médiuns, quanto mais sensíveis, mais
sujeitos estão às influências dos espíritos
e às do ambiente. O dirigente dos trabalhos e os frequentadores
também exercem a sua parte, e esta é tanto maior quanto
mais fechado se mostrar o ambiente, quanto mais ele se fechar nas
idéias pessoais de seus componentes. Há reuniões
em que os espíritos quase não têm oportunidade,
porque as idéias do grupo fecham completamente o ambiente, como
um céu nublado impede o trânsito normal dos aviões.
Os médiuns se tornam, então, joguetes da influência
do meio. Muitas mistificações nada mais são do que
resultado da opressão desses meios "fechados" sobre a
sensibilidade dos médiuns.
Essas dificuldades do
trabalho prático alimentam a desconfiança de muitas
pessoas em relação à mediunidade. Mas os
obstáculos existem para serem transpostos. Os espíritas
suficientemente cônscios de suas responsabilidades
doutrinárias não podem entregar-se às
dificuldades. Os trabalhos mediúnicos, como dissemos acima,
são necessários. Não se pode compreender
Espiritismo sem exercício da mediunidade. Porque toda a doutrina
se assenta nos fatos de natureza mediúnica, e porque estes
fatos, constituindo a forma natural de manifestação das
inteligências invisíveis, nos fornecem os meios de
conhecê-las e de tratarmos com elas.
A
doutrinação de espíritos sofredores ou inferiores
não é uma ilusão, mas uma realidade amplamente
constatada. Perguntam algumas pessoas que poder possuímos para
doutrinar espíritos. O poder natural que Deus concede a todos os
homens que souberem cultivar a fraternidade e as boas
intenções. Os espíritos doutrinados nas
sessões são criaturas inferiores, entidades submetidas a
vícios ou perturbadas por idéias feitas, velhos
preconceitos que alimentaram na vida terrena. Doutrinar esses
espíritos não é mais do que esclarecê-los a
respeito de sua verdadeira situação espiritual e de seus
deveres morais. Coisa que, habitualmente, os homens de bom senso vivem
fazendo na terra, com as pessoas fracas a que dão conselhos e
orientação.
Não há,
pois, nada de sobrenatural nas sessões mediúnicas de
doutrinação. O que há é simplesmente a
prática da fraternidade. Na sua primeira epístola aos
coríntios, tratando das manifestações espirituais
que se verificavam nas reuniões do cristianismo primitivo, o
apóstolo Paulo ensina como devemos nos portar nas sessões
mediúnicas. Um coração puro, a mente voltada para
o bem, e a firme confiança no auxílio dos
Espíritos Superiores, são as condições
essenciais para a realização de eficientes trabalhos
mediúnicos. O coração puro implica humildade. E a
humildade nos livra dos enganos e das mistificações, que
sempre nos atingem através da vaidade. Quer nos meios incultos,
ou entre pessoas ilustradas, desde que estejam presentes aqueles
atributos e o conhecimento das obras de Kardec, as sessões
mediúnicas só podem produzir benefícios, e imensos
benefícios.
Índice
(Seção em parceria com a "Liga de
Historiadores e Pesquisadores Espíritas")
Cronologia
Espírita, Carlos Iglesia, Brasil
1810
Torgau, Alemanha
É publicada a 1.a
edição do livro Organon de Samuel Hahnemman. O livro
é um tratado de lógica médica em que Hahnemman
apresenta suas idéias e metódo de tratamento. Da mesma
forma que o Magnetismo Animal de Mesmer, a Homeopatia, desenvolveu-se
no ambito das idéias espiritualistas. A idéia de uma
força vital que anima os seres vivos e cujo equilibrio no
organismo se traduz em saúde é o embasamento dos dois
tratamentos e a razão da encarniçada
oposição que as academias de medicina moveram a
ambos. Ignorando-se o fato de que existe no ser humano muito mais do
que apenas o corpo material - e de que essa realidade espiritual
interage com o corpo material - tornam-se incompreensiveis os
resultados dos tratamentos magnéticos e homeopáticos.
AMARAL, 2005
ROSENBAUM,
2000
THOURET, 2006
1811
Leipzig, Alemanha
Hahnemman inicia a publicação do trabalho "Matéria
Médica Pura" que traria o resultado de suas
experimentações e de seus colaboradores com as
substâncias usadas nos tratamentos homeopáticos. Este
trabalho se estenderia até 1821 resultando em seis volumes.
AMARAL, 2005
ROSENBAUM,
2000
THOURET, 2006
1812
19 de outubro de 1812
Moscou, Russia
As tropas francesas iniciam a
volta para a França após uma desastrosa invasão da
Russia. Napoleão viu-se obrigado a abandonar a campanha premido
pelo inverno e pela bem-sucedida estratégia Russa de evitar uma
batalha decisiva cedendo terreno "devastado". Dos 610 mil soldados que
invadiram o país, apenas 100 mil cruzaram a fronteira de volta.
DURANT, 1994
NICOLSON, 1987
PERFETTI, 1996
1813
Paris, França
J. P. F. Deleuze (1754-1835), biblotecário do Museu de
História Natural, publica “Historie Critique du
Magnétisme” onde defende o magnetismo de forma bastante eficaz.
No livro trata de explicar a ação do magnetismo
através do fluido magnético e as condições
pelas quais isto ocorre.
Deleuze foi um experimentador metódico e prudente, que
com base em suas pesquisas, escreveu um importante manual
intitulado “Instrução Prática sobre o
Magnestismo”.
BERSOT, 1995
DELEUZE, 1998
JAGOT, ?
1814
31 de março
de 1814
Fontainebleau, França
Após o desastre da
campanha russa Napoleão Bonaparte sofre sucessivos reveses,
levando a captura de Paris por tropas russas e prussianas. Diante da
situação, em 31 de março de 1814, ele abdica
ao trono da França.
DURANT, 1994
NICOLSON, 1987
PERFETTI, 1996
7 de agosto de 1814
Roma, Italia
O Papa Pio VII restabelece a Companhia de Jesus.
WEBER, 2006
1815
Yverdon, Suiça
H. L. D. Rivail ingressa como aluno no instituto de Pestalozzi.
WANTUIL e THIESEN, 1979
Berlim, Alemanha
Mesmer publica seu último trabalho sobre o magnetismo
animal, “Mesmerismus”. Ele desencarna neste mesmo ano.
BERSOT, 1995
1 de março de
1815
Cannes, França
Napoleão foge do
exílio na ilha de Elba e desembarca na região de Cannes.
Novamente é aclamado pelo povo e restabelecido no poder. Seu
governo só dura 100 dias, pois é definitivamente
derrotado na batalha de Waterloo e forçado a abdicar novamente
(22 de junho). Napolão morre em 1821 na ilha de Santa Helena
como prisioneiro dos ingleses.
Ainda em 1815 é realizado
o congresso de Viena, onde se procurou restaurar a antiga ordem e
restabelecer o prestígio das antigas casas reais
européias. Foi uma tentativa malograda de voltar o curso da
história, que ao longo do século XIX foi desmoronando aos
poucos. Sucessivas ondas revolucionárias, inspiradas nos ideais
de 1789, e grandes movimentos nacionais como os da
unificação alemã e italiana refizeram
completamente o panorama europeu.
DURANT, 1994
PERFETTI, 1996
RAFF, 1989
1818
Berlim, Alemanha
O Magnetismo Animal é novamente defendido na Academia de
Berlim, desta vez por Chardel. Sua “Memória sobre o Magnetismo
Animal” apresenta o magnetismo animal dentro de uma visão
espiritualista, o que o coloca entre os precursores do Magnetismo.
MICHAELUS, 1989
1819
Yverdon, Suíça
Rivail desempenha no instituto funções de
submestre.
WANTUIL e THIESEN, 1979
1820
Paris, França
Foram realizadas experiências com o uso do magnetismo
animal em diversos hospitais dirigidas pelo Barão Du Potet de
Sennevoy (1786-1881). O Barão aplicava os passes
magnéticos e se tornou conhecido pela rapidez dos resultados e
pela intensidade dos efeitos. As experiências foram interrompidas
pelo Conselho Geral dos Hospícios, mas os resultados publicados
nas atas eram favoráveis.
BERSOT, 1995
JAGOT, ?
Biografias
Johann Heinrich Pestalozzi
Pestalozzi
é uma das personalidades mais marcantes da virada do séc.
XVIII para o XIX. Nascido em Zurique em 1746 e desencarnado em 1827,
foi o "pai" da "pedagogia moderna". Pensador e homem de
ação, contemporâneo das grandes
transformações sociais da Revolução
Francesa e do Império Napoleônico, influenciou
decisivamente seus alunos, entre eles Hyppolyte Leon Denizard Rivail.
Indo além de Rosseau, a
quem admirava, Pestallozi buscou aplicar de forma concreta suas
idéias. Em 1770 estabelece uma instituição para
crianças pobres em Neuhof que dirige até 1780 quando
problemas financeiros impediram sua continuidade. Entre 1780 e 1799 ele
publicou varias obras em que aprofundou suas idéias sobre
educação, elaborando paulatinamente um método
voltado ao desenvolvimento das potencialidades do aluno.
O período de guerras e de turbulência
política impede que os intitutos de ensino em Stans (1799) e
Burgdorf (1803) mas em Yverdon finalmente Pestalozzi tem sucesso em
criar uma instituição que adquiriu fama em toda Europa. O
sucesso do método de Pestalozzi estava em valorizar a
personalidade do aluno, dentro de um ambiente onde o educador tinha o
papel de desenvolver-lhe as potencialidades e encorajar-lhe a
ação de busca do conhecimento.
Outra característica marcante do instituto e que se reflitiria
na vida do Prof. Rivail era o clima de tolerância religiosa.
Pestalozzi enfatizava a vivência da moral cristã e deixava
de lado as estéreis discussões teológicas.
A importância de Pestalozzi para o Espiritismo é
tão grande que Dora Incontri, prefaciando a biografia do grande
educador [RODRIGUES, 1996] escreve: "Todos os que trabalham na
construção de uma Pedagogia Espírita devem
necessariamente buscar suas raízes na obra teórica e
prática de Pestalozzi".
INCONTRI, 2004
RODRIGUES, 1996
SOËTARD, 1994
WANTUIL e THIESEN, 1979
Referências
Bibliográficas
BERSOT, E. Mesmer e o
Magnetismo Animal. Tradução de José Jorge.
Rio de Janeiro: Edições CELD, 1995.
DELEUZE,
J. P. F. Instrucción Práctica sobre el
Magnetismo. Tradução
M. A. S. Barcelona (Espanha): 1988.
DURANT, W.; DURANT, A., The
Age of Napoleon, edição eletrônica em
CD-ROM. USA: World Library Inc., 1994 (The Story of Civilization, Vol.
11)
INCONTRI, D. Para Entender
Allan Kardec.
Bragança Paulista (SP):
Lachâtre, 2004
JAGOT, P. C. Iniciação
à Arte de Curar pelo Magnetismo Humano.
Tradução Sônia Rangel. São Paulo: Ed.
Pensamento, ? (não há ano de publicação
indicado).
MICHAELUS.
Magnetismo Espiritual. 5.
ed. Rio de Janeiro: FEB, 1989
NICOLSON, N. Napoleão
1812. Tradução Henrique de Araujo Mesquita. Rio de
Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1987.
PERFETTI, F. (Org.), Napoleão Aforismos, máximas
e pensamentos. Tradução Annie Paulette Marie
Cambè. Rio de Janeiro: Newton Compton Brasil ltda., 1996
RODRIGUES. W. L. V. Breve
História de Pestalozzi. Franca (SP):
Fundação Pestalozzi, 1996
ROSENBAUM, P. Homeopatia: Medicina
Interativa, História Lógica da Arte de Curar. Rio
de Janeiro: Ed. Imago, 2000.
SOËTARD,
M. Johan Heinrich Pestalozzi. In:
Perspectivas - Revista Trimestral de Educación comparada
(UNESCO), vol. XXIV, n. 1-2, 1994. Disponível em: <http://www.ibe.unesco.org/publications/ThinkersPdf/pestaloe.PDF>.
Acesso em 13 de outubro de 2003.
THOURET,
G. Samuel Hahnemann, su vida, sus
ideas. Tese de doutorado publicada em 1932. Tradução
para o espanhol do Dr Ricardo Prebisch. Disponível
em: <http://www.homeoint.org/books3/hahnemesp/index.htm>.
Acesso em 21 de fevereiro de 2006.
WANTUIL, Z.; THIESEN, F.
Allan Kardec. Rio de Janeiro:
Federação Espírita Brasileira, 1979.
Grupo
ComCiência, Marcos Flavio de Oliveira, Brasil
Os temas de estudo são
determinados junto à coordenação mediúnica
das casas participantes que definem os assuntos de acordo com o
interesse e necessidade. Assim normalmente os estudos são feitos
sobre temas de necessidade e aplicação direta nestas
casas.
Os participantes participam de reuniões mediúnicas
paralelamente. Nestas reuniões são gravadas
comunicações que também servem de material.
Também buscamos em alguns momentos fazer entrevistas com
médiuns, dirigentes e demais participantes sobre questões
necessárias.
Nos encontramos quinzenalmente para discussão, dúvidas,
definições e acompanhamento dos estudos que normalmente
são realizados individualmente.
Em determinados momentos os participantes fazem resumos do material
colhido e os apresentam para todos. Estes resumos são mesclados
e organizados em um texto único, com todas as referências,
por alguém determinado para isso. Então passamos este
texto único para que algumas pessoas avaliem, além dos
participantes do grupo. São pessoas da área
mediúnica com boa experiencia e conhecimento. O texto
então é revisto de acordo com as sugestões obtidas
e finalmente passado para a avaliação da espiritualidade
que em uma reunião específica dialoga conosco sobre o
texto. O texto é novamente revisto de
acordo com as sugestões da espiritualidade.
São selecionadas partes do texto para serem incluídas no
informativo. Uma ou duas pessoas ficam responsáveis por adequar
estas partes do texto ao informativo, tornando a linguagem mais simples
e fazendo retoques finais no texto, figuras, etc.
Quando o informativo é montado este é passado novamente
para a leitura de algumas pessoas da área mediúnica e
para uma jornalista. Estes avaliam e fazem sugestões. O
informativo é adquado às sugestões e finalmente
impresso e distribuído nas duas casas colaboradoras,
principalmente para os participantes de reuniões mediunicas e de
estudo.
Espero ter esclarecido.
Índice
Espiritismo,
Meditação e Saúde, Fraternidade Espírita Auta de
Souza, Brasil
“Aprenda
com as mensagens de Joanna de Angelis pela psicografia de Divaldo
Franco e aplique seus ensinamentos sobre a prática da
meditação ”
Programa
do curso:
• Estudo
dos textos de Joanna de Angelis sobre saúde, equilíbrio
emocional e meditação.
• Aulas
práticas de meditação
Curso
ministrado por Robson Campos Gutierre, trabalhador da seara
espírita (FEAS) e especialista em meditação pela
Academia de Medicina da China, Pequim.
Datas:
26/Fevereiro/2006 – das 9:00 as 12:00 h e das 13:30 as 15:30 h
28/Fevereiro/2006 – das 9:00 as 12:00 h
“Toda renda será doada
para a Fraternidade Espírita Auta de Souza”
Inscrições
até 24/Fev/2006 (mínimo 6 alunos)
Matrícula:
R$ 25,00
Valor
do curso: Qualquer doação (não obrigatório)
Almoço
no local: R$ 12,00 (não obrigatório)
Local:
Fraternidade Espírita Auta de Souza
Rua
Loefgreen, 1428 – Vila Mariana – S.P.
Tel: (011) 5084-7578
Índice
Primer
Congreso Espirita Centroamericano 2006, Edwin
Bravo, Guatemala
Saludos Fraternales. Visitenos en Internet.
Dr. Edwin Bravo
www.guatespirita.org
Índice
GRUPO DE ESTUDOS
AVANÇADOS
ESPÍRITAS
O
Boletim GEAE é distribuido por e-mail aos participantes do Grupo
de Estudos Avançados Espíritas
Informações
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