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Ano 14 |
Número 506 |
2006 |
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15 de Janeiro de 2006 |
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"Fé
inabalável é somente aquela que pode encarar a
razão,
face a face,
em todas as épocas da humanidade"
Allan Kardec |
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° EDITORIAL |
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O
Espiritismo e a Investigação Científica, Deolindo
Amorim, Brasil
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°
ARTIGOS |
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Vendo
o Invisível, Ademir L. Xavier Jr., Brasil
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Reflexão
sobre a vida, Kayte Augusto
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°
HISTÓRIA & PESQUISA |
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Anuário
Histórico Espírita 2006, Julia Nezu, Brasil
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Cronologia
Espírita, Carlos Iglesia, Brasil |
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°
QUESTÕES & COMENTÁRIOS |
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Correção
da
nota sobre o "Canal de Televisão Espírita", Eliana
Thomé, Brasil
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Como
faço pra saber se sou um medium?, Alexandre Fonseca, Brasil |
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° PAINEL |
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Livros
de André Luiz lançados em francês, Lista
IPEP-DEBATES, Brasil
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Amigos,
No último domingo foi feita uma reunião
informal, em Pirassununga (SP - Brasil), do Conselho
Editorial do GEAE.
Naturalmente a distância geográfica torna muito dificil
nos reunirmos
todos e assim estiveram presentes o Raul, o Alexandre e
eu. Um
dos temas que discutimos na reunião foi a importância da
pesquisa
científica espírita. Há muitas questões que
necessitam de
aprofundamento, que continuam abertas para o pesquisador sério -
por exemplo uma pesquisa científica atualizada sobre as
própriedades e a natureza do "fluido magnético"
tão importante em todos os
fenômenos mediúnicos - e nos parece fundamental darmos
continuidade ao trabalho
iniciado com a publicação do curso de pesquisa
científica (Boletim GEAE 483),
trazendo outros textos
similares para estudos no GEAE.
Queremos incentivar a discussão dos temas
relacionados com a
pesquisa científica e a formação de pesquisadores.
Pretendia escrever um editorial sobre isto quando deparei -
folheando o Anuário Espírita 74 (IDE) - com o
lúcido texto de Deolindo
Amorim transcrito abaixo. É um verdadeiro roteiro de trabalho o
que ele
apresenta em sua análise e assim o transcrevi no lugar do
editorial. E não podemos deixar de registrar nossa grande
admiração pelo "Instituto de Difusão Espirita" de
Araras pela
importante série de Anuários que publica. Além de
serem
um registro da história recente do Espiritismo são
também uma importante fonte de conhecimentos para o
estudioso da
Doutrina.
Muita Paz,
Carlos Iglesia
editor@geae.inf.br
O
Espiritismo e a Investigação Científica, Deolindo
Amorim, Brasil
(Texto publicado no
Anuário Espírita 74 do "Instituto de Difusão
Espírita" de Araras, São Paulo, Brasil)
Já ouvimos dizer, mais de uma vez, que "o Espiritismo parou no
século XIX", em matéria de estudos científicos.
Depois de uma fase realmente notável, fase em que refulgiram os
nomes de CROOKES, AKSAKOF, ZOELLNER, por exemplo, nunca mais se fez um
trabalho de cunho científico, na acepção exata.
É o que se diz. Até certo ponto, sinceramente,
honestamente, devemos reconhecer que a crítica tem alguma
procedência, não há duvida. Das últimas
décadas do século passado ao começo do nosso
século[1], é inegável,
houve experiências rigorosas, comunicações e
relatórios de alto teor científico. De certo tempo em
diante, parece que se deu uma espécie de arrefecimento do
espírito científico no campo mediúnico. Isto
não quer dizer que não haja material. Há, sim.
Bons médiuns existem por toda parte, ocorrem fenômenos
relevantes, mas a impressão que se tem, hoje em dia, é de
que não há mais investigadores do tipo de Crookes,
Gibier, Bozzano e outros. Quase não se fazem registros nos
trabalhos experimentais, nem há certos cuidados, na maioria dos
casos. Muito fenômeno importante fica sem anotação,
sem documento para exame ou verificação.
Queremos crer que haja homens de envergadura intelectual para
investigações sérias, mas talvez não haja
condições, ambiente favorável, em grande parte,
pois nem todas as pessoas que se dedicam a parte experimental do
Espiritismo tem mentalidade científica. Há muita
diferença entre mentalidade
científica e cultura
científica. É certo que a cultura abre horizontes
largos e pode contribuir muito para a formação da
mentalidade, mas é preciso não perder de vista que
muitas pessoas adquirem boa cultura científica, tem muita
leitura, fazem cursos especializados, etc., etc., mas não tem a
verdadeira mentalidade científica. Pode parecer um contra-senso.
Quem, por exemplo, fica logo deslumbrado diante de um fenômeno ou
de uma comunicação "sensacional" sem qualquer
análise, não tem mentalidade científica, pois
está procedendo apenas emocionalmente, não
analiticamente. E quanta gente há, por aí, que procede
assim, apesar de possuir currículos universitários?...
Há pessoas que são muito rigorosas noutros campos de
pesquisa, mas quando entram no campo mediúnico procedem mais
como místicos do que propriamente como homens de ciência.
Não basta, portanto, ter a formação
científica dos livros ou dos cursos de Universidade, é
preciso ter atitudes científicas diante dos fenômenos. E
é o que muita gente não tem. Há pessoas, no
entanto, que não fizeram uma cultura científica regular,
não dispõe de certos instrumentos de pesquisa, mas
apresentam reações diferentes, dando a impressão
de que tem muito mais espírito científico do que muitos
laureados. Mas não se pode dizer que não haja,
atualmente, gente capaz de realizar trabalhos científicos.
Talvez essas pessoas não encontrem compreensão nem apoio
para certos tipos de sessões. É outro problema. Em que
sociedade, em que ambiente organizar uma sessão com
médiuns preparados para determinadas experiências?
Não é fácil, digamos a verdade. Por isso mesmo, e
sem analisar o problema também por outros ângulos,
é que algumas pessoas dizem que "o Espiritismo parou no
século passado". Não parou, pois a mediunidade não
se acabou, mas a preocupação científica, em grande
parte, está sendo prejudicada pelas atitudes devocionais,
atitudes que pretendem muito mais divinizar
os espíritos e santificar
os médiuns do que, a rigor, procurar a verdade pelo fio
da razão esclarecida.
O problema comporta ainda outras considerações,
não pode ser colocado apenas dentro de uma faixa de
crítica. Aqui mesmo, no Brasil, onde o Espiritismo não
ficou apenas na pura comprovação mediúnica,
já se deram fenômenos de grande valor científico,
mas não se fez relatório, não se deu
divulgação, a bem dizer. Indiscutivelmente, nós
nos descuidamos de anotar, confrontar, registrar em ata, testemunhar.
Tudo isso faz parte do legítimo espírito
científico, que é sempre cauteloso. Nosso temperamento
geralmente não dá muito para esperar com paciência,
aguardando que as primeiras impressões se confirmem. Somos
indiferentes em determinadas coisas e, ao mesmo tempo, somos
precipitados noutras coisas: ou não damos a devida
importância a manifestações realmente
significativas ou somos capazes de nos arrebatar com pouca coisa... A
experiência que o diga. O lado místico, por sua vez,
também pesa muito na prática mediúnica e, por isso
mesmo, não é fácil imprimir uma
orientação metódica em determinados grupos, ainda
que haja médiuns de possibilidades aproveitáveis. A
legião de sofredores é muito grande, em todas as camadas
sociais, e a maior parte do públic, por isso mesmo, recorre aos
"canais mediúnicos" simplesmente como fonte de
consolações ou à procura de esclarecimentos
imediatos para suas situações; nunca, porém, como
elemento de pesquisa, com visão científica ou
filosófica. Tudo isso, afinal-de-contas, deve ser objeto de
consideração, pois há vários fatores
confluentes no campo mediúnico. Então, voltemos ao ponto
de partida: o Espiritismo não parou, mas as
condições, hoje, são bem diferentes das
condições em que pontificaram certos homens de
ciência. Não se pode pensar em investigação
científica sem pensar, necessariamente, no material humano que
deve ser utilizado em trabalhos de tal natureza, muito
específica e de muita complexidade.
No século passado[2] -
vejamos bem - havia uma preocupação dominante,
absorvente: provar ou negar a comunicação
dos espíritos. Não havia outra alternativa. O Espiritismo
enfrentava o desafio da ciência, muito mais relevante do que a
sistemática oposição religiosa. Alguns homens de
ciência entraram nesse campo exclusivamente para tirar a limpo a questão da
comunicação entre vivos e mortos. Não tinham outro
fito. E, por isso mesmo, empregaram todos os meios, forraram-se de
cuidados especiais, amarraram médiuns, fiscalizaram
sessões com vigilância implacáveis, mediram,
pesaram, confrontaram, fizeram tudo. E era necessário. Chegaram
às provas. A maioria deles ficou apenas no terreno experimental,
deu testemunho, colocando-se corajosamente acima de preconceitos e
conveniências, mas verdade é que não se dedicou
à especulação filosófica, não chegou
à Doutrina, em suma. Grande contribuição,
indiscutivelmente, no campo experimental. Não foi o caso,
entretanto, de Gabriel Delanne. Este, sim, tinha embocadura de
experimentador, era homem de formação científica,
mas também fez obra doutrinária, na linha intelectual de
ALLA KARDEC, LÉON DENIS, por exemplo. DELANNE partiu do
fenômeno, como vários outros, mas entrou na
indagação, fez estudos filosóficos, tirou
conclusões válidas e lúcidas. A todos, no entanto,
de um lado e do outro lado, isto é, tanto do lado puramente
fenomênico quanto do lado doutrinário, muito deve o
movimento espírita, pois todos eles são figuras
clássicas na história do Espiritismo.
De certo tempo em diante (devemos compreender bem a
situação), uma vez provada e comprovada a
comunicação entre vivos e mortos, naturalmente já
não havia tanto interesse pelo campo experimental, diante dos
depoimentos de homens de projeção científica, sem
qualquer compromisso de ordem sentimental, religiosa ou
doutrinária. Passou, até certo ponto, a fase das
experiências objetivas, porque a própria expansão
das idéias espíritas começou a provocar interesses
de outra natureza, devido às necessidades humanas. Abriram-se,
na realidade, dois focos de atenção: o fenômenico e
o doutrinário. A divulgação da Doutrina criou a
bem dizer uma polarização muito intensa, justamente
porque muita gente queria mensagem, reclamava uma filosofia de vida,
não se contentava somente com a prova
direta das comunicações. Os estados de
angústia, a desorientação espiritual, a falta de
segurança interior, a deficiência de cultura religiosa,
tudo isso, realmente, levou o homem, depois de algum tempo, a procurar
a mensagem espírita em estado de quase sofreguidão e, por
isso, deixou de se concentrar muito nas experiências
científicas.
Veio, daí, a
popularização do Espiritismo, trazendo certos
prejuízos, é inegável, porque se desprezou muito o
estudo sério, a pesquisa, o raciocínio analítico
para enveredar pela simples crença
nos espíritos, como que abrindo caminho para a
formação de mais uma seita...
Esse desvirtuamento, convenhamos, afastou certos homens afeitos a
estudos científicos. Tudo isto é aceitável na
consideração do problema. Há, porém, outro
aspecto, e este deve ser levado em conta. É justamente o aspecto
humano. O Espiritismo, hoje em dia, não é apenas um campo
de experiências mediúnicas, é uma doutrina de vida,
representa a solução de muitos problemas do homem
moderno. As necessidades humanas vão aumentando cada vez mais,
na medida em que a sociedade se torna mais complexa. E o Espiritismo,
para boa parte da sociedade atual, é a "última
esperança", é a grande resposta,
que o homem não encontra noutras doutrinas, apesar de haver
batido em muitas portas... É uma realidade diferente daquela
realidade, que, na segunda metade do século XIX, viveram grandes
experimentadores da fenomenologia mediúnica. Justamente por
isso, o problema, não pode ser apresentado apenas por um prisma,
seja qual for, mas através de vários angulos de
observação, sobretudo quanto às peculiaridades de
cada país. Podemos, pois, chegar a estas sumárias
conclusões:
Em primeiro lugar, pelo fato de
não haver, hoje, ao que conste, experiências do tipo de
Crookes, Geley, Lombroso e outros, isto não significa que
não haja médiuns nem tampouco nos permite concluir que o
ciclo experimental do Espiritismo tenha deixado de ser
necessário;
Em segundo lugar, se é verdade, até certo ponto, que a
falta de interesse pela investigação científica
é prejudicial à compreensão e ao conceito do
Espiritismo, também é verdade que o homem atual é
absorvido por uma série de problemas prementes e, por isso, o
aspecto doutrinário tem, para ele, maior interesse no momento,
por causa da mensagem, que vai ao sentimento, aliviando as feridas da
alma.
De tudo isso, afinal, podemos inferir que é
necessário encarecer e estimular as pesquisas, a
experiência científica, que teve sua razão de ser
no século passado[2] e
ainda se faz indispensável nos dias atuais, mas não
devemos perder de vista o lado verdadeiramente humano do Espiritismo
diante do sofrimento e da profunda decadência moral que se
observa em todos os níveis sociais. Não nos
esqueçamos de que o Espiritismo atende, ou deve atender, ao
mesmo tempo, a necessidades diversas: necessidades científicas,
necessidades sociais, necessidades emocionais e assim por diante.
Observações do GEAE:
[1] Deolindo Amorim escreveu este texto em 1974 assim
ele se refere ao período que vai das últimas
décadas do século XIX ao início do XX.
[2] Século XIX
Vendo o
Invisível,
Ademir L. Xavier Jr., Brasil
Uma
revisão rápida de alguns métodos de se observar
o que não é acessível aos sentidos comuns
Parte
IV
Câmera
Kirlian
Propositalmente
incluímos no final desse texto
uma breve análise de um fenômeno ou técnica
fotográfica que se tornou bastante popular nas décadas de
70 e 80, sendo utilizada para realização de
diagnósticos médicos, a despeito de soar suspeita
à comunidade acadêmica. Trata-se do método de
fotografia elétrica (eletrografia) descoberto por Semyon
Kirlian, um técnico de eletrônica russo, por volta de
1939.
Antes de analisar as
explicações e os propósitos
da foto Kirlian, vamos descrever com algum detalhe a técnica
fotográfica Kirlian.
Fig. 9 Esquema com os elementos
básicos de uma câmera Kirlian clássica
Na técnica
clássica de fotografia
Kirlian, um objeto “biológico” ou amostra com razoável
condutividade elétrica (obviamente pode-se colocar um objeto
não vivo, por exemplo, uma moeda) é colocado sobre o
filme que toca a superfície de uma placa metálica. Essa
placa é conectada a um gerador de alta tensão alternada
(que pode ser um bobina de Tesla, transformador de alta tensão,
isto é, a voltagem elétrica final é uma
função oscilante no tempo com uma certa
distribuição de frequências).
Freqüências típicas giram em torno de 70KHz. Os
potenciais envolvidos são bastante elevados, mas a corrente
total que circula no circuito da Fig. 9 é regulada de forma a
ser pequena (para evitar choque elétrico ou
descaracterização da amostra). A amostra biológica
é conectada a um fio terra para reduzir seu potencial. O objeto
biológico (que pode ser o dedo de uma pessoa) toca a
superfície onde o material sensível à luz é
depositado. Ao se ligar o gerador de alta tensão por alguns
segundos (o tempo de exposição depende da sensibilidade
do filme), uma imagem da descarga elétrica é revelada
(Fig. 10).
![](Boletim_506_5.jpg)
a)
![](Boletim_506_6.jpg)
b)
É
possível observar a vista desarmada o surgimento de uma coroa de
raios, por isso o nome “descarga corona”, em torno do objeto. Essa
coroa tem a cor azulada, típica de fenômeno
elétrico de alta tensão. Deve-se a
ionização de gases presentes em torno do objeto, isto
é, o campo de rádio frequência (RF) “excita” o ar
em torno do objeto. Muitos dos constituintes do ar tem moléculas
que se tornam ionizadas, isto é, perdem elétrons
tornando-se carregadas positivamente. Os elétrons oscilam
“livremente”, isto é de acordo com o campo elétrico,
eventualmente encontrando íons positivos e se ligando a eles.
Esse processo gera luz visível, ou seja, a descarga corona
é um mecanismo pouco eficiente de conversão de energia
eletromagnética em luz. Se pudessemos computar o total de
energia por segundo (em Watts) envolvido no fenômeno (fornecido
pelo gerador de alta tensão) diríamos que uma parte
é transformada em luz, outra em calor (colisão de
elétrons com a rede cristalina do metal a potencial oscilante,
que gera calor) e a imensa quantidade está presente no
próprio campo de RF, ou seja, nunca deixa de ser energia
elétrica mesmo e é carregada pelos elétrons. A cor
azul que se vê a vista desarmada - como a que se vê na Fig.
10 (b) - é característica do tipo de gás que
envolve o objeto, o ar, na imensa maioria nitrogênio e
oxigênio ionizados e compostos, a mesma cor que se pode ver nas
chamas de fogão ou nos relâmpagos das tempestades.
Ocorre
que outros tipos de cores e tonalidades (não
visíveis) aparecem no filme fotográfico, Fig. 10(b). A
que se deve isso? Uma quantidade grande de especulações e
teses foram levantadas, na falta de uma teoria que unifique todos os
arranjos experimentais possíveis e forneça uma
explicação para o aparecimento das cores. Em todo ramo do
conhecimento científico onde aparecem fissuras teóricas,
é provavel também a exploração de
fenômenos pouco conhecidos de forma considerada “pouco
científica”. Por “científico” aqui no referimos
tão somente à existência de uma teoria bem
desenvolvida. No caso da foto Kirlian, a deficiência
teórica está localizada na dificuldade de se unir duas
grandes áreas da ciência: a física e a
química. Existem lacunas consideráveis no
explicação de reatividade química de gases
submetidos à potenciais oscilantes elevados [6], como eles
interagem com um depósito de sais fotosensíveis e como
esses sais eventualmente interagem com esse mesmo campo elétrico
oscilante. Além disso físicos e químicos utilizam
linguagens e abordagens bem diferentes para tratar um mesmo
fenômeno. Para químicos, reações
químicas complexas ocorrem no ar excitado pelo campo
elétrico (que aumenta a reatividade química dos
constituintes do ar) enquanto que, para físicos, a descarga
corona é um tipo de plasma frio (4).
Isso aliado ao pouco interesse acadêmico das fotos Kirlian,
contribui para tornar a situação ainda mais desoladora.
Nesse
ambiente de aridez teórica surgem
então explicações dos mais variados tipos, algumas
que pretendem “esgotar” completamente o tópico, outras meramente
ligadas a aspectos comerciais que exploram outras hipóteses. Uma
rápida busca na internet levanta explicações como
citadas abaixo:
- Uma câmera que coloca sua aura ou campo de energia
no filme
instantaneamente. Descubra sua freqüência vibracional
pessoal através da fotografia Kirlian. [7]
- A fotografia Kirlian é
uma ferramenta valiosa que produz fotos, videos ou imagens
computadorizadas do fluxo de energia. [8]
- “...o que é ionizado
pelas descargas elétricas são os gases e/ou vapores
exalados pelas papilas digitais. Como esses gases e/ou
vapores são produzidos
pelo metabolismo celular, está
claro que indicarão como se encontra o estado de
saúde orgânica e psíquica da pessoa,
inclusive, até mesmo, sua sexualidade, devido à
exalação dos feromônios.”[9]
- .…Um método de
investigação de objetos biológicos, baseado na
interpretação da imagem em descarga corona obtida durante
exposição a um campo de alta
freqüência, de
alta voltagem, que é gravado seja em filme fotográfico ou
por equipamentos de gravação de
vídeo modernos. Seu principal uso é fornecer um meior
rápido, barato e relativamente não invasivo de
diagnóstico de estados fisiológicos e
psicológicos.
Pode-se
dividir os tipos de explicações para as fotos
Kirlian em dois tipos: a) explicações não
físicas b) explicações
físico-patológicas. O primeiro tipo pretende dizer que as
cores ou mesmo a própria imagem de raios corona está
ligado “a aura” do indivíduo, sendo uma imagem desta. Obviamente
esse tipo de “explicação” tem nítidos objetivos
comerciais - em (1) e (2) o objetivo é vender “máquinas
Kirlian” - sendo uma maneira de se explorar indiscriminadamente a
idéia que se capturar com máquinas objetos de natureza
“não material”. Naturalmente, isso não causa
prejuízos a existência do fenômeno de avistamento de
halos ou figuras luminosas em torno de pessoas ou Espíritos, que
é bastante comum na literatura espírita ou mesmo
religiosa antiga. Trata-se esse
último de um tipo de fenômeno relacionado ao estado de
vidência mediúnica e de natureza muito distinta do que
estamos analisando aqui.
Pode-se
dividir os tipos de explicações
para as fotos Kirlian em dois tipos: a) explicações
não físicas b) explicações
físico-patológicas. O primeiro tipo pretende dizer que as
cores ou mesmo a própria imagem de raios corona está
ligado “a aura” do indivíduo, sendo uma imagem desta. Obviamente
esse tipo de “explicação” tem nítidos objetivos
comerciais - em (1) e (2) o objetivo é vender “máquinas
Kirlian” - sendo uma maneira de se explorar indiscriminadamente a
idéia que se capturar com máquinas objetos de natureza
“não material”. Naturalmente, isso não causa
prejuízos a existência do fenômeno de avistamento de
halos ou figuras luminosas em torno de pessoas ou Espíritos, que
é bastante comum na literatura espírita ou mesmo
religiosa antiga. Trata-se esse último de um tipo de
fenômeno relacionado ao estado de vidência mediúnica
e de natureza muito distinta do que estamos analisando aqui.
Particularmente
em (2) fala-se em um “fluxo de energia”. É de
certa forma correto dizer que uma foto Kirlian representa um
impressão fotográfica “do campo de energia”, apenas
devendo-se acrescentar “energia elétrica”. O potencial
elétrico alternado em torno do objeto nas proximidades da placa
metálica energizada tem seus valores mais elevados justamente na
região vizinhas ao objeto, um potencial suficiente para que haja
ruptura das moléculas (excitação) e
conversão em luz. O efeito corona é assim um mapa das
regiões de maior intensidade desse campo, que não se
limita a essas regiões entretanto, semelhantemente ao que ocorre
com a câmara de nuvens e Schlieren descritas anteriormente. Em
(2) a palavra “energia” é utilizada sem referência
alguma ao tipo, explorando uma possível falta de conhecimento do
leitor do real significado dessa palavra. Além disso a
expressão “freqüência vibracional pessoal” carece de
qualquer significado. Definitivamente, fotos Kirlian não
são um mecanismo de se acessar o invisível dessa maneira.
Explicações
“físico-patológicas” tiveram
início com o próprio Kirlian e se desenvolveram na
extinta União Soviética através da
criação da idéia de “bioplasma”. Em “Photography by means of high-frequency
currents” [11], Semyon Kirlian e Valentina Kh. Kirlian descrevem:
“Um
organismo vivo (por exemplo, a folha de uma planta) que foi colocada em
um campo elétrico de um oscilador distorce o campo de acordo com
sua natureza dielétrica. Não importa quantas
espécies de plantas são fotografadas sob as mesmas
condições, cada espécie dará uma imagem de
caráter único.”
A seguir ainda comenta:
“Podemos
concluir que a condição
biológica dos objetos vivos, quando fotografados com a corrente
de alta freqüência, é representada em magnitudes
elétricas que que esse sistema eletro-óptico é
capaz de gravar essa topografia.
Estabelecendo-se
a conexão entre a mudança no
estado elétrico e a a anatomia e fisologia do objeto vivo, o
método da fotografia de altas freqüências pode ter
aplicações científicas variadas. Por exemplo, em
agricultura, ela pode ser usada para determinar o grau de maturidade de
uma planta, a produtividade de uma plantação, processos
patológicos etc.”
A
origem da aplicação de Kirlian (que se tornou a
razão de suas pesquisas) foi a relação que existe
entre as constantes dielétricas (5)
e impedância superficial a altas freqüências dos
materiais (no caso seres animados) e seu estado interno. Naturalmente,
é concebível que o efeito corona seja modificado se essas
propriedades se alterem. Assim, ao se fotografar uma folha de um
vegetal recém cortado, folha que contem razoável
quantidade de água, pode-se observar uma redução
do efeito corona ao longo do tempo, a medida que a água ou
outras substâncias abandonam a folha em estado de
decomposição. Da mesma forma, o efeito Kirlian observado
ao redor do dedo de uma cadáver, deve evoluir no tempo na
direção de um padrão comum a medida que o estado
de decomposição se acelera, uma vez que, com o fim do
metabolismo, muitas substâncias deixam de ser produzidas, outras
passam a existir, o tecido se modifica, causando uma conseqüente
variação nas constantes dielétricas. Essa
variação na luminosidade do padrão de um corpo
vivo em decomposição, não pode de forma alguma ser
interpretada como o “abandono do Espírito” desse corpo, como
muitos interpretaram. A essência da interpretação
físico-patológica é correta, uma vez que existe
uma ligação clara prevista em teoria entre as
propriedades elétricas dos materiais e o efeito Kirlian.
Entretanto,
pouco se sabe se essa relação
permite utilizar o efeito Kirlian como um método de
diagnóstico médico. Assim na frase (3) da
referência [9] o “está claro que” - grifo nosso - ainda
deve ser melhor explorada. Não está claro que o efeito
corona é sensível suficiente para que um sistema seguro
de diagnóstico seja possível. Para estudos recentes nesse
sentido ver [12][13].
O
efeito Kirlian pode assim representar um dispositivo capaz de
evidenciar visualmente o estado biológico de seres vivos de
acordo com a idéia original de Kirlian. Essa
relação é totalmente material: da mesma forma que
a câmara Schlieren pode revelar os eflúvios
térmicos da mão de uma pessoa viva, o efeito Kirlian
também pode (mas de outra forma), o que seria uma
indicação indireta da atividade biológica nesse
ser. Entretanto, poucos estamos autorizados a afirmar que uma
ferramente precisa de diagnóstico existe nas
interpretações das imagens Kirlian, ou que seja
possível correlacionar o estado psicológico de
indivíduos com esses padrões.
Fig. 11
O quadro resumo da
Fig. 11 é uma sumário
da atual situação quanto ao desenvolvimento
científico da pesquisa com o efeito Kirlian. Claro está
que se trata de pesquisa multidisciplinar, envolvendo a física,
química, biologia e medicina. Quase nada sabemos da
relação entre as constantes elétricas dos
materiais vivos e os constituintes químicos, pois cada um desses
objetos teóricos é descrito por disciplina diferente.
Assim a conclusão final obtida pela cadeia de
afirmações em branco na Fig. 11 não pode ser
categoricamente afirmada.
5
Comentários finais
Os arranjos
experimentais aqui descritos são muito simples e
existe uma teoria muito bem desenvolvida para explicá-los (com
excessão à câmera Kirlian). Isso faz parte do jogo
da ciência, onde teoria deve antecipar e prever corretamente
fenômenos naturais. O conhecimento da teoria e dos
fenômenos que ocorrem ciclicamente ou não permitem
realizar arranjos que amplifiquem ou tornem visíveis
fenômenos não percebidos sensorialmente por meios normais.
Essa mesma teoria que explica os arranjos (como aqui descritos)
também valida resultados de medidas obtidos por ele. Assim
sendo, a teoria óptica valida as images como na Fig. 8(a) e 8(b)
não permitindo que sejam interpretadas como meras ilusões
de óptica.
Também
é importante considerar que, a despeito das
teorias que hoje se adequam harmonicamente aos arranjos, a
geração de sinais sensíveis aos olhos ou aos
sentidos humanos só é possível indiretamente.
Assim, existem elementos transdutores - em todos os exemplos discutidos
até aqui - que fazem a conversão dos sinais não
sensoriais em equivalentes sensoriais. Assim, enfatizamos como
corolário:
Em todo e qualquer sistema natural
onde tais elementos transdutores existam garantidos por uma teoria bem
desenvolvida, a observação, por meio dos sentidos
ordinários, de fenômenos ou ocorrências relacionados
a sinais não sensíveis é possível.
Ressaltamos que isso
só é possível se uma teoria
completa da comunicação dos sinais for plenamente
desenvolvida. Faz parte da busca técnica pós teoria o
desenvolvimento desses dispositivos, o que consiste uma ciência a
parte. Assim a existência de computadores e telefones celulares
só apareceu muito depois da teoria dos circuitos
elétricos, que só apareceram depois que as leis
básicas de fluxo de correntes em condutores foi desenvolvida.
No caso do efeito
Kirlian, podemos certamente afirmar que se trata de
um fenômeno que permite observar visualmente
variações nas constantes dielétricas,
impedância superficial e outras propriedades de corpos vivos.
Entretanto, resta ainda uma longa pesquisa interdisciplinar para
validar afirmações de que se trata de um método
eficaz de diagnóstico ou de conhecimento do estado
psicológico de indivíduos (um meio de se acessar o
“invisível”)
Nosso objetivo aqui
foi demonstrar que a existência de
transdutores ou dispositivos que permitem acessar
radiações e influências que não existem para
os sentidos ordinários só é possível (isto
é, se torna parte integrande da técnica e da engenharia)
quando uma teoria bem desenvolvida existe. Esse é o caso dos
inúmeros equipamentos de pesquisa científica que utilizam
correntes elétricas, luz, substância químicas,
arranjos termodinâmicos e outros para possibilitar inferir
quantidades de constituintes da Natureza. A medida dessas quantidades
está sujeita a erros uma vez que outros fatores também
influenciam e é necessário garantir o controle dentro de
limites especificados de todos eles.
Na ausência de
uma base teórica sólida, a
proposição de equipamentos para determinados fins como
elementos transdutores é seriamente comprometida pois sempre
existirão opiniões e explicações
contraditórias que podem invalidar o propósito para o
qual os equipamentos foram constuídos.
Esse texto tem como
objetivo também motivar o leitor a ponderar
sobre interpretações diversas do famoso “Fenômeno
das vozes eletrônicas” (EVP) ou “Transcomunicação
instrumental” (TCI), como ficaram conhecidas as técnicas
eletrônicas de gravação de vozes e imagens vindo
dos desencarnados [14][15]. Trata-se, certamente, de métodos de
se acessar o “invisível”. Deixamos ao leitor uma análise
mais detalhada do assunto e a tarefa de aplicar alguns conceitos
discutidos nesse texto ao caso da TCI e EVP. Para motivar ainda mais
perguntamos: é
possível descartar a necessidade de um médium na
produção do fenômento TCI ou EVP? Trataremos
desse fenômeno em particular em um texto mais abrangente a ser
publicado em breve.
O autor gostaria de
receber críticas e comentários sobre
este texto. Envie suas mensagens para editor@geae.inf.br.
Agradecimentos: gostaria de
agradecer ao Alexandre de Almeida por discussões e várias
referências sobre o efeito Kirlian.
6 Referências
[1] http://en.wikipedia.org/wiki/Radio
[2] http://www.lnf.infn.it/kloe/Lectures/wilson.pdf
[3] http://en.wikipedia.org/wiki/Cloud_chamber
[4] G. S. Settles, “Schlieren and shadowgraph
techniques - visualizing
phenomena in transparent media”. Springer 2001.
[5] Para uma galeria de fotos Schlieren ver:
http://www1.dfrc.nasa.gov/gallery/photo/Schlieren/HTML/
http://www.sciencephoto.com/html_tech_archive/schlie.html
[6] D.Turner, “The missing science of Ball Lightning”,
Journal of
Scientific Exploration, vol. 17, n. 3, p 435 (2003);
[7] http://www.kirlian.org/kirlian_camera.htm
[8] http://www.kirlian.org/kirlian.htm
[9] Newton Milhomens em http://www.kirlian.com.br/
[10] http://www.psy.aau.dk/bioelec/
(não disponível).
Texto original: “...a method of investigation for biological objects,
based on the interpretation of the
corona-discharge image obtained during exposure to a high-frequency,
high-voltage electromagnetic field which is recorded
either on photopaper or
by modern video recording equipment. Its main use is as a fast,
inexpensive and relatively non-invasive means
for the diagnostic
evaluation of physiological and psychological states”.
[11] "The Kirlian
Aura, Photographing
the galaxies of life”. Editado por S. Krippner e D. Rubin.
Anchor press/Doubleday (1974)
[12] P. V. Bundzen, K. G. Korotkov, A. K. Korotkova, V.
A. Mukhin, e N.
S. Priyatkin Psychophysiological
correlates of athletic success in athletes training for the olympics.
Fiziologia Cheloveka (Human
Physiology (in English) 3, 2005.
[13] P. O. Gagua, E. G. Gedevanishvili, L. G.
Georgobiani, K G.
Korotkov KG, S. A. Korotkina, G. G. Achmeteli, E. V. Kriganivski EV. “Experimental
study of the GDV technique application in oncology”.
[14] "Espiritismo e
Transcomunicação", Djalma M Argollo, Ed.
Mnêmio Túlio 1994
[15] "Os
Espíiritos
comunicam-se por gravadores", Peter Bander, Col.
Científica Edicel 4, 2a edição 1976.
Reflexão sobre a vida, Kayte Augusto
Dia desses, assistindo um
programa de televisão intitulado "Vivendo entre os mortos",
que abordava um ajuntamento de pessoas, homens, mulheres,
crianças
recem-nascidas e jovens de uma gangue, todos de nacionalidade haitiana,
senti-me envergonhada das minhas próprias atitudes.
Por vezes,
sem me
dar conta, reclamo disto ou daquilo que de acordo com a minha
visão
limitada das coisas, deveria ser de outra forma.
Este
documentário mostrava a dura realidade destes indivíduos
que por não
terem condições de adquirir uma habitação
digna, foram viver nas
jaziguas de um cemitério.
Eu me perguntei aturdida.
- Meu Deus! Que mundo é este em que vivemos?
Todavia,
embora o insólito da situação, o que mais prendeu
minha atenção foi a
frase dita por uma mulher anciã, cujas lágrimas escorriam
por suas
faces e quando indagada pela repórter do porquê, ela
explicou que
chorava porque a filha havia ido embora deixando aos seus cuidados, 10
filhos, todos ainda menores de idade que ela e marido, ambos sem
trabalho não sabiam como sustenta-los a todos.Em seguida a pobre
anciã
completou aflita.
- Se o suicido não fosse um pecado, há muito que eu
estaria morta.
Esta
frase me fez refletir horas a fio na importância da fé na
vida de um
ser seja ele encarnado ou desencarnado, na improtância de se
acreditar
em alguma coisa que nos impeça de nos atirarmos nos abismos das
sombras. Se eu digo nós, é porque neste drama da vida
nós, você também,
estamos incluídos. Nenhuma criatura está isenta de
vivenciar uma
situação conflitante capaz de nos levar ao desespero, a
descrença, a
falta de fé e confiança em quem nos criou.
Aquela
valiosa alma da anciã, da reportagem, avó de 10 nestos,
é o exemplo
vivo de que por mais sérios sejam nosssas dificuldades do
dia-a-dia,
nunca devemos perder a esperança.
Neste
caso em particular, a pobre senhora continuava com suas lutas, por
acreditar que o suicídio é um pecado. Como seria bom se
alguma alma
generosa a pudesse elucidar que o suicídio não é
apenas UM PECADO,
segundo algumas crenças, e sim, muito mais que isto! O
suicídio é o
quebrar de um elo que no tempo certo seria desatado. O suicídio
não é
apenas um pecado, é uma das maiores de todas as agressões
as leis do
criador, que estabeleceu para cada um de nós seus filhos, o
tempo certo
para abadonar a vestimenta física, não cabendo a
nós, seres encarnados
e nescessitados de cremencia e piedade, abreviar este tempo com a
desculpa de estarmos fazendo algo de bom para nos mesmos. Não
cabe a
nós, que amparados pela misericórdia Divina, a nós
que imploramos por
esta oportunidade de renacer em um novo corpo para cumprir as tarefas
que dexiamos incabadas, interromper este processo natural que é,
nascer, viver e desencarnar, com a ideia do nada depois do
túmulo. Não
nos deixemos levar pela fraqueza moral nem pelos ataques dos seres das
sombras que rondam nossos passos esperando que tropecemos para nos
empurrar para o abismo.
Penso
que contra esta ilusão do suicídio, do dormir para
sempre, do estarei
livre dos meus problemas, só existe um antíduoto; a
fé em um Deus
supremo que nunca nos abandona, que sempre, nos momentos mais
difíceis,
coloca em nosso caminho amigos disfarçados de anjos, com suas
asas
ocultas para nos amparar e progeter.
Não
importa qual seja tua religião, pois não é ela
quem nos salva, e sim,
nosos atos e atitudes perante a vida e a tudo que nos cerca.
Para
nós, os espíritas que acreditamos e defendemos a ideia da
reencarnação,
a idéia de que nada se perde para sempre, a certeza de que
existe vida
depois da vida, para nós espíritas convictos de que os
nossos
infortúnios de hoje são as consequências das nossas
más ações das
nossas vidas passadas e que nosso bem-estar futuro depende da semmente
que difundirmos no presente, o comprometimento é muito maior.
Temos, nós, o dever de refletir em frases como esta; Se o
suicido não fosse pecado, há muito eu estaria morta, e
procurar permanecermos atentos para ver se não estamos nos
omitindo perante dramas como estes.
Esta
anciã haitiana acredita em alguma coisa, é isso que a
impede de por
termo a vida. Entretanto, quantas centenas e centenas de pessoas
existem espalhadas pelo mundo que não possuem o antíduoto
contra os
males físicos e espirituais, se deixando arrastarem pelo
desepero,
interrompendo a vida, o presente maior que Deus nos deu?!
Vamos pensar nisso, meus amigos para saber dar uma melhor
direção aos nossos passos.
Abraços fraterno a todos.
Kayte Augusto.
(Seção
em parceria com a "Liga
de
Historiadores e Pesquisadores Espíritas")
Anuário Histórico
Espírita 2006, Julia Nezu, Brasil
Prezados amigos do CCDPE e da Liga dos Historiadores
Espíritas,
Saúde e paz! Jesus conosco!
O CENTRO DE CULTURA, DOCUMENTAÇÃO E PESQUISA
DO ESPIRITISMO (CCDPE), de São Paulo, a denominar-se Centro
de Cultura, Documentação e Pesquisa do Espiritismo
Eduardo Carvalho Monteiro (CCDPE-ECM), em homenagem ao seu fundador
desencarnado no dia 15/12/2005, em São Paulo-SP e a EDITORA EME,
de Capivari-SP, lançam o Anuário Histórico
Espírita 2006.
Autores que participam do Anuário Histórico
2006:
Apresentação de Eduardo Carvalho Monteiro.
Autores: Izabel Vitusso (2), Luciano Klein filho, Giovanni Scognamillo,
Jorge Damas Martins (2), Samuel Nunes Magalhães(2), Euclydes
Castro Carvalho (2), Raimundo Wilson S.D. Morais, Clovis Ramos,
Alexandre Rocha e Esmeralda Branca, Eduardo Carvalho Monteiro (2),
Celso Martins, Sônia Theodoro da Silva, Jader Sampaio (2), Elsa
Rossi, Carlos Antonio Fragoso Guimarães, Luiz Carlos D. Formiga
e André Luiz B. Formiga e Paulo Sérgio Manhães
Peixoto.
Formato 16 x 23 - 216 páginas - preço de capa
R$22,00
A diretoria do CCDPE-ECM solicita a
colaboração de todos na distribuição do
ANUÁRIO HISTÓRICO ESPÍRITA 2006 que ajudará
nas despesas de transferência do acervo do Eduardo para a sede do
CCDPE-ECM, higienização do acervo e
catalogação de mais de 30 mil livros e arquivos de
documentos históricos. A partir de março de 2006
programaremos cursos e eventos culturais na sede do Centro de Cultura,
à Alameda dos Guaiases, 16 - Indianópolis - 04079-010 -
São Paulo - SP.
Agradecemos a colaboração.
Diretoria do CCDPE-ECM
Cronologia
Espírita, Carlos
Iglesia, Brasil
Lista
de Eventos
1796
Maio, 1796
Gloucestershire, Inglaterra
Edward Jenner (1749-1823),
médico e cirurgião, inoculou James Philip, um menino de
oito anos de idade, com material tirado de uma pústula de
varíola bovina. A varíola bovina é
variação da doença que afeta o gado e pode ser
transmitida para seres humanos, com sintomas parecidos com a da
varíola mas sem o mesmo perigo. A experiência foi motivada
pela crença local de que pessoas que tinham contraído a
varíola bovina não contraiam a varíola. Na
época a taxa de mortalidade da varíola era de 10% a 20%
dos que a contraíam e ela fazia vítimas em várias
regiões do mundo incluindo a Europa.
A experiência de Edward Jenner deu surgimento ao processo de
vacinação como medida preventiva contra doenças.
Graças a esse processo, a varíola foi praticamente
erradicada e muitas outras doenças combatidas.
O fato desta experiência ter acontecido na Inglaterra do final do
século XVIII não foi um acaso, este século foi o
"Século da Razão" e do "Iluminismo". A mentalidade
científica - como resultado do sucesso da Física
Newtoniana (final do séc. XVII) - atingiu outras áreas do
conhecimento, entre elas a medicina, e sua aplicação no
dominio do mundo material trouxe resultados visíveis. É o
período em que a Inglaterra vive a primeira
"Revolução Industrial".
CASSIRER, 1979
HART, 2002
TREVELYAN, 1987
1798
Zurich, Suiça
O filósofo,
escritor, poeta e teólogo protestante João Gaspar
Laváter (1741-1801) escreve uma série de seis cartas
para a imperatriz russa, Maria Féodorowna, onde expõe
suas idéias sobre a sobrevivência do espírito, o
corpo espiritual e a possibilidade de comunicação com
os vivos. As cartas são em 1858 publicadas em uma
coletânea
pela biblioteca imperial de São Petersburgo e, através
de um correspondente, chegam as mãos de Kardec, que as publica
na Revista Espírita (março, abril e maior de 1868).
Interessante acrescentar
que Laváter foi um dos divulgadores do uso terapeútico
do “magnetismo” na Alemanha.
Embora hoje, influenciados
pelo completo dominio do materialismo no pensamento científico e
filosófico contemporâneo, nos pareça que o
século do Iluminismo e da Razão foi um século de
ceticismo, a verdade é que a rejeição as
supertições do passado e a autoridade da
tradição não significaram necessariamente
ateísmo. O Iluminismo (séc. XVIII) teve como
característica central a importância da "razão" no
entendimento do mundo e, dentro desta linha geral, encontramos
pensadores com idéias espiritualistas bastante avançadas.
Mesmer e Lavater são desse século.
ARANTES 2003
CASSIRER, 1979
BERSOT, 1995
REVISTA ESPÍRITA
1868
1799
Paris, França
Depois de algum tempo
desaparecido de cena, Mesmer, publica o livro
“Mémoire sur ses Découverts”. Nele estão o modelo
teórico da terapia do magnetismo animal, sonanbulismo provocado
e lucidez sonambúlica (a tradução integral para o
português foi publicada recentemente como parte do livro "Mesmer
- A ciência negada e os textos escondidos" [FIGUEIREDO, 2005])
BERSOT, 1995
FIGUEIREDO, 2005
JAGOT, ?
LAPPONI, 1979
9 de novembro
de 1799
Paris, França
O
general Napoleão Bonaparte lidera o golpe que encerra a
Revolução Francesa. O golpe destinado a
“salvar” uma França em frangalhos pelos excessos
revolucionários e pela ameaça externa, leva
Napoleão a implantar um governo pessoal e na liderança
dos exercitos franceses a impor-se a toda Europa continental.
A Revolução
Francesa, iniciada em 1789, criou o mundo comtenporâneo,
não só pondo fim a ordem social feudalista do Velho
Regime, como dando origem aos conceitos atuais de nacionalismo, de
direitos humanos, de igualdade perante a lei, de
separação entre religião e estado. Também
são criações suas as formas modernas dos
extremismos de esquerda e de direita, o terror politico, o
internacionalismo revolucionário, etc...
Muitas das conquistas da
Revolução foram consolidadas sob Napoleão, bem
como estendidas ao restante da Europa. De destaque é o
Código Napoleonico (1804), código legal que é a
base da legislação moderna de boa parte dos países
ocidentais.
DURANT, 1994
PERFETTI, 1996
SOBOUL, 1981
VOVELLE, 1989
Biografias
Franz
Antoine Mesmer
23 de maio de 1734 – 5 de
março de 1815
Poucas personalidades na história do Espiritualismo foram
tão difamadas quanto Mesmer. Grande
responsável pela divulgação do magnetismo animal
– a força vital que emana dos seres vivos e pode ser
utilizada com fins terapeúticos – levantou um grande
entusiasmo pelo tema na frança de Luís XVI e granjeou
inimigos implacáveis.
Reverenciado por uns como mestre, por outros tachado de
charlatão, muito da polêmica se deve aos fortes interesses
contrariados. O magnetismo levava a um desenvolvimento da medicina
centrado no conceito de ajudar o doente, como indivíduo, a
recuperar seu equilíbrio. As Academias médicas
apegaram-se ao conceito de eliminar a doença, combatendo-a com
remédios e tratamentos que não levavam em conta a
individualidade do paciente.
A difamação que Mesmer sofreu propagou-se para a
posteridade com a continuada reprodução por historiadores
e pesquisadores - sem muitas vezes terem consciência do fato - de
descrições falsas ou caricaturadas de seus tratamentos.
Estas descrições tem como origem textos
difamatórios escritos na época por seus inimigos.
Os processos usados por Mesmer estavam mais de acordo com a
mentalidade científica da época, baseando-se no resultado
dos tratamentos dos pacientes que atendia, do que a medicina
preconizada pelas Academias. Esta ainda recorria regularmente a
tratamentos ineficientes e nocivos aos enfermos - como sangrias e
purgações com laxantes - baseados em
concepções antiquadas sem bases científicas.
Parte das descobertas de Mesmer foram - durante os séculos XIX e
XX -
admitidas na ciência médica sobre outros nomes. O
hipnotismo, a psicologia e a psicossomática são as formas
modernas do emprego do velho
magnetismo animal. Elas fazem hoje curas que a ciência negou
reconhecer nos tratamentos de Mesmer e de seus discípulos.
Mas, verdade seja dita, estas formas “cientificas”
de magnetismo não aceitam o “fluido
magnético” ou qualquer fundo espiritualista para os tratamentos.
Esta parte foi retomada pela Doutrina
Espírita, que estudando o períspirito e suas
propriedades, aprimorou o entendimento dos mecanismos pelos quais as
curas do difamado magnetismo se processavam. Nos
nossos dias, “fluidificamos” a aguá e aplicamos
“passes” aos pacientes de doenças físicas e
espirituais, dando continuidade a práticas terapeúticas
que tiveram início a partir do trabalho de Mesmer.
Mesmer nasceu em 26 de maio de 1734, embora não haja
muita certeza do local exato de seu nascimento, é
provável que tenha sido na Alemanha. Ele estou medicina na
Faculdade de Viena, na Austria, e em 1766 doutorou-se com a tese
“Da influência dos Planetas sobre o Corpo Humano”.
Nesta tese ele retoma idéias de Paracelso, sobre a
existência de um fluído sutíl que tudo permeia e
que influi sobre os corpos animados.
As propriedades deste fluído, atuando através de
um campo de influência, lembravam as do “magnetismo”
apresentado por Willian Gilbert (1540-1603) em seu “De
Magnete” e assim se passou a chamá-lo de “magnetismo
animal”.
O estudo sistematizado do magnetismo natural feito por Gilbert
teve grande influência no pensamento cientifíco do
século XVII e XVIII. O sucesso na descriação dos
fenômenos e as estranhas propriedades dos imãs (os
magnetos) levaram muitos a imaginarem quais seriam seus efeitos sobre
os seres humanos e a empregá-los em tratamentos
terapeúticos.
Em 1774, Mesmer conheceu em Viena o padre Hell, jesuíta,
professor de Astronomia, que realizava curas com o emprego de ferros
imantados. Mesmer viu nestas curas a confirmação de
suas teses e, impressionados com os resultados, fundou um casa de
saúde onde aplicaria os mesmos métodos.
Desde cedo começaram seus problemas com as Academias de
Medicina, chegando a de Berlim a responder-lhe que ele estava sendo
vitíma de uma ilusão.
Após diversas viagens, Mesmer se estabeleceu em fevereiro
de 1778 em Paris. Em 1779 publica sua “Memória sobre a
Descoberta do Magnetismo” e realiza sessões de
magnetização. O interesse despertado pelo
Magnetismo é grande,
até mesmo a corte de Luís XVI busca os tratamentos de
Mesmer e a rainha sai em sua defesa quando atacado por seus
adversários.
Em 1784, a pedido do governo, se constitue uma comissão
para estudar o magnetismo. Entre os nomes ilustres desta
comissão estavam Franklin, Lavoisier e Bailly. Os problemas
começaram pelos métodos que seriam empregados nos
experimentos, a comissão impôs procedimentos completamente
inadequados ao tipo de fenômenos estudado, exigindo resultados
visiveis e rápidos em contraposição aos processos
de observação mais prolongada e comparações
de grupos de pacientes, propostos pelos magnetizadores. Assim
não é de espantar que o parecer do relatório tenha
sido contrário ao magnetismo.
As lutas com a Academia e com a Faculdade de Medicina, e os
ataques pessoais, até em peças de teatro (A
comédia “Os Doutores Modernos” satiriza Mesmer), fizeram com que
Mesmer se afastasse de París (1802) e
retornasse a Alemanha, onde continuou a aplicar o tratamento
terapeútico com o magnetismo espiritual até sua
desencarnação em 1815.
Seguidores
metódicos e prudentes, como por exemplo Deleuze
(1754-1835) e Du Potet (1786-1881), continuaram a empregar o
magnetismo e a demonstrar sua realidade apesar das negativas das
Academias. De destaque também é o
trabalho do Marquês
de Puységur (1751-1825), governador da escola de artilharia de
La Fère e depois marechal de campo, que em 1785 descobre o
sonanbulismo induzido através do magnetismo e realiza curas
impressionantes. Uma das cidades em que causa grande impacto é
na de Lyon, cidade natal de Kardec.
Naturalmente não faltaram empecilhos para a escola
magnética, e logo no seu início vemos uma
separação entre os seguidores de Mesmer e os de um
discípulo seu, Deslon. A divisão, originada na
visão diferente que tinham da forma de divulgar o magnetismo,
parece que sobreviveu um bom tempo aos seus pioneiros, pois ainda em
junho de 1858 vemos Kardec noticiar na Revue Spirite a
realização de duas comemorações separadas
do nascimento de Mesmer.
BERSOT, 1995
FIGUEIREDO, 2005
GILBERT, 1991
JAGOT, ?
LAPONI, 1979
PALHANO, 1997
PARACELSO, 1973
REVISTA ESPÍRITA, 1858
WANTUIL e THIESEN, 1979
Napoleão
Bonaparte
1769-1821
Estadista
e militar frânces, cuja carreira, iniciada durante a
Revolução Francesa (1789-1799), modificou profundamente o
panorama europeu do séc. XIX. Sua ascensão deveu-se a seu
gênio militar e político. Chegou a assumir o título
de imperador da França e a controlar direta ou indiretamente
diversos países europeus. Sua maior realização, e
a que até hoje tem influência sobre o mundo ocidental, foi
o estabelecimento de um código civil (1804) adequado aos
idéias surgidos durante o período revolucionário.
Com o Código Napoleônico termina definitivamente a era dos
privilégios feudais.
Derrotado definitivamente em 1815
em Waterloo, Napoleão morre no exílio (1821),
porém sua influência continua a ser imensa na
França da época da Codificação
Espírita. É ainda devido ao prestígio do nome, que
seu sobrinho Napoleão III é eleito presidente da
Republica (1848) e, através de um golpe de estado, se proclama
Imperador (1852).
CERNUDA, 2002
DURANT, 1994
EMMANUEL, 1975
NICOLSON, 1987
PERFETTI, 1996
SOBOUL, 1981
VOVELLE, 1889
Referências
Bibliográficas
ARANTES, H. M. C. Em Mensagem
de 1874, Laváter também confirma a identidade espiritual
Kardec/Huss. Anuário
Espírita, Araras (estado de São Paulo): Instituto
de Difusão Espírita, 2003.
BERSOT, E. Mesmer e o
Magnetismo Animal. Tradução de José Jorge.
Rio de Janeiro: Edições CELD, 1995.
CASSIRER,
E. The Philosophy of the
Enlightenment. Princeton: Princeton University Press, 1979
CERNUDA,
L. P., Napoleão III.
Historia y Vida. Barcelona:
agosto 2002.
DURANT,
W.; DURANT, A., The Age of Napoleon,
edição eletrônica em CD-ROM. USA: World Library
Inc., 1994 (The Story of Civilization, Vol. 11)
EMMANUEL. A Caminho da Luz.
Médium Francisco Cândido Xavier. (sem
indicação de edição) Rio de Janeiro: FEB,
1975.
FIGUEIREDO, P. H. de. Mesmer
- A ciência negada e os
textos escondidos. Bragança Paulista (SP):
Lachâtre, 2005.
GILBERT, W. De Magnete,
Translated P. Fleury Mottelay, New York: Dover Publications, 1991.
(Unabridged and unaltered republication of the P. Fleury Mottelay
translation published in 1893)
HART, M. H. As 100
Maiores Personalidades da História. Tradução
de Antonio Canavarro Pereira, 6. ed. Rio de Janeiro: DIFEL, 2002
JAGOT,
P. C. Iniciação
à Arte de Curar pelo Magnetismo Humano.
Tradução
Sônia Rangel. São
Paulo: Ed. Pensamento, ? (não há ano de
publicação
indicado).
LAPPONI,
J. Hipnotismo e Espiritismo.
Tradução Almerindo
Martins de Castro. 2. ed. Rio de
Janeiro: FEB, 1979
NICOLSON, N. Napoleão
1812. Tradução Henrique de Araujo Mesquita. Rio de
Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1987.
PALHANO JR., L. Dicionário
de Filosofia Espírita. Rio de Janeiro:
Edições CELD (Centro Espírita Léon Denis):
1997.
PARACELSO, A
Chave da Alquimia, Tradução Antonio Carlos Braga,
São Paulo: Ed. Três, 1973. (Coleção
Bibloteca Planeta)
PERFETTI, F. (Org.), Napoleão Aforismos, máximas
e pensamentos. Tradução Annie Paulette Marie
Cambè. Rio de Janeiro: Newton Compton Brasil ltda., 1996
REVISTA ESPÍRITA,
França 1858-1869, Allan Kardec (Editor). (Parte integrante da
coleção da obras completas de Allan Kardec publicada pela
editora EDICEL na tradução Julio de Abreu Filho)
SOBOUL, A. História de
Revolução Francesa. Tradução
Hélio Pólvora. 3. ed. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1981
TREVELYAN, G. M. A Shortened
History of England. London: Penguin Books, 1987
VOVELLE, M. França
Revolucinária 1789-1799. Tradução Denise
Bottman. São Paulo: Editora Brasiliense, 1989.
WANTUIL,
Z.; THIESEN, F. Allan Kardec. Rio
de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1979.
Índice
Correção da nota
sobre o "Canal de Televisão
Espírita", Eliana
Thomé, Brasil
Amigos, boa-noite.
Foi com surpresa que vi a
associação do meu nome na
notícia: "Canal de Televisão Espírita". Na verdade
esse texto não me pertence, o que fiz foi repassar um e-mail do
site "Orientação Espírita", recebido em 14 de
janeiro último. Apenas para acertar a autoria das coisas.
Abraços.
ethome
OBS - A versão do Boletim 505
disponível no site do GEAE foi corrigida a partir deste aviso da
Eliana.
Índice
Como faço pra saber se sou um médium?, Alexandre Fonseca,
Brasil
"Como faço pra saber se sou um
medium ? Me respondam rápido pois a preocupação
está tomando posse de mim e do meu espirito". (Pergunta contida em um e-mail recebido pelo
GEAE).
Não existe uma regra absoluta que permita dizer com
rapidez se alguém possui ou não mediunidade. Pessoas
diferentes possuem sensações diferentes quando em contato
com o mundo espiritual.
O melhor a fazer é procurar um centro espírita na sua
cidade ou na cidade mais próxima. Procure por alguém
(recepcionista ou entrevistador) no centro espírita que possa
conversar. Explique o que tem sentido e peça
orientação. Certamente, voce será encaminhado de
acordo com suas necessidades.
Se o sr. for médium, não se preocupe pois mediunidade
não é doença. Segundo a Doutrina Espírita o
médium é sempre senhor de si mesmo e jamais fará
algo que não permitir. Assim, faça uma prece de
coração e eleve o pensamento até Deus e
sentirá melhor. Não deixe de procurar um bom centro
espírita.
Que a paz esteja com o sr.
Alexandre
Índice
Livros de
André Luiz lançados em francês, Lista IPEP-DEBATES,
Brasil
(Informação
enviada para a lista IPEP-DEBATES
que nos foi repassada por Julia Nezu)
CEI
lança livros e DVD durante Seminário para Dirigentes e
Trabalhadores Espíritas em Paris
O Conselho Espírita
Internacional editou e lançou em francês, cinco obras
de André Luiz, psicografado pelo médium Francisco
Cândido Xavier. O fato ocorreu na abertura do
“SEMINÁRIO PREPARAÇÃO DE TRABALHADORES E
DIRIGENTES PARA O MOVIMENTO ESPÍRITA”, promovido pela
União Espírita Francesa e Francofônica e com o
apoio do CEI, nos dias 22 e 23 de outubro de 2005, cm sala do Hotel
FIAPP, sito à rua CABANIS nº 30, em Paris.
As cinco obras iniciais, pois há outras em processo de
preparação, traduzidas por Pierre Etienne Jay - Nosso Lar
(Nosso Lar — La Vie Dons le Monde Spiritue1), Os Mensageiros (Les
Messagers), Missionários da Luz (Missionatres de la
Lumiére), Obreiros da Vida Eterna (Ouvriers de la Vie Eternelle)
e No Mundo Maior (Dans le Monde Supérieur)—‘ foram feitas pelo
assessor do CEI Antonio Cesar Perri de Carvalho, representando o
Secretário Geral Nestor João Masotti, entregando-as a
Roger Perez, presidente da União Espírita Francesa e
Francofônica.
Na oportunidade foi destacado o papel que essas obras representam como
complementares à Codificação Kardcquiana.
Também ocorreu o lançamento do DVD do 4 (quarto)
Congresso Espírita Mundial (Paris, 2004), igualmente editado
pelo CEI. Todos os grupos presentes receberam os livros e o DVD como
cortesia. Foi apresentada uma mensagem de saudação de
Nestor João Masotti, gravada em DVD, destacando o evento que
ocorria em Paris.
Paz e luz,
Barbet.
GRUPO DE ESTUDOS
AVANÇADOS
ESPÍRITAS
O
Boletim GEAE é distribuido por e-mail aos participantes do
Grupo
de Estudos Avançados Espíritas
Informações
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