Boletim GEAE
Grupo de Estudos
Avançados Espíritas
http://www.geae.inf.br
Fundado em 15 de outubro de 1992
Boletim Quinzenal de Distribuição
Eletrônica
"Fé inabalável
é somente aquela que pode encarar a razão, face a face,
em todas as épocas da humanidade", Allan Kardec
Ano 12 -
Número 477 - 2004
29 de junho
de 2004
Editorial
|
O
Perdão |
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Artigos
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Um
Diálogo Fraterno sobre a Ciência & Espiritismo II
|
Carta
para Jesus, José Cid, Brasil
|
|
História
& Pesquisa
|
Extratos do Jornal da
LIHPE
|
São Paulo 450 Anos - Aula sobre
Espiritismo na PUC-SP, Revista André Luiz, Fev. 1972
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|
Questões
e Comentários
|
O método anti-concepcional
DIU na discussão sobre a união do espírito ao
corpo
|
Sobre
Fobia Social, Rafael de Freitas, Brasil
|
Sobre as
Planárias e a Individualidade do Espírito
|
|
Painel
|
Núcleos
distribuidores da Revista Espírta em Espanhol, Luiz Hu Rivas,
Brasil
|
Seminário
com Divaldo Pereira Franco, Elsa Rossi, Reino Unido
|
|
O
Perdão
Qual seria a melhor forma de reparar
um
mal? Sofrendo a pena de Talião (olho por olho dente por
dente)? Não. Como disse Ghandi, se assim fosse
acabaríamos
todos cegos e desdentados. Então a reparação do
mal seria sofrendo uma agressão, ainda que menor? Também
não, porque aí seria necessário que sempre
houvesse agressores disponíveis.
Na
minha opinião, a melhor forma
de reparar um erro é consertando. Fazendo as pazes, convivendo
em harmonia. Muito bonito, né? Mas aí aparece uma
dificuldade. As pessoas se aproximam por afinidade, seja ela negativa
ou positiva. A positiva gera progresso, a negativa gera mais
problemas...
Entretanto existe uma forma de tornar
uma associação negativa positiva, gerada pela
necessidade de reparação. É através do
perdão. Quando alguém perdoa sinceramente é
porque para ele deixou de existir motivo para um sentimento negativo.
Cessado este sentimento, passando a um estado neutro, aí
então
o caminho está aberto para uma verdadeira
aproximação
positiva. Aí então, e somente aí, começa
a reparação de um erro.
Existe um outro aspecto importante
nisso tudo. É que nenhum de nós é santo. Ou
seja, já cometemos erros... E não nos arrependemos
disso. E não estamos tentando consertar as besteiras que
fizemos. Por isso o mal é necessário. Nossos
corações
são duros e achamos que estamos sempre certos. E quanto mais
arraigados nesta certeza, mais esforço (ou mal) será
necessário para que despertemos para a real necessidade do
perdão.
Interessante como na criação
tudo se interliga...
Pensando sobre o tema “perdão”
comecei a achar que o motivo é muito parecido. Porque
será
que o perdão é necessário? Porque precisamos
aprender a perdoar? Em princípio, quem deve perdoar é a
pessoa ofendida, agredida. Entretanto, como Jesus disse, “ai de por
quem venha o mal”. Posso concluir então que aquele que
provocou o mal deverá repará-lo. Eu
me lembro com freqüência
daquelas palavras de Jesus, quando perguntado porque havia tanto mal.
Para quem não se lembra, ele disse que o mal era
necessário
por causa da dureza de nossos corações, mas ai de quem
trouxesse o mal.
Muita Paz,
José Cid
Editor GEAE
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Um
Diálogo Fraterno sobre a Ciência & Espiritismo II
(Continuação do Artigo iniciado no
Boletim 476)
4) É válido o uso dos
métodos da fisica em outros campos do conhecimento cientifico?
[Ademir]
É importante
considerar que o "método" é uma conseqüência
da aplicação do paradigma, sendo orientado explicitamente
por ele. Como o paradigma diz respeito antes de tudo a um objeto de
estudo, não é difícil imaginar que diferentes
métodos devam ser desenvolvidos (se for o caso) para objetos de
estudos diferentes. Assim, é completamente ilícito em
princípio utilizar métodos de pesquisa empírica da
física, por exemplo, em outros campos de conhecimento
científico. O que pode-se, e é benéfico fazer,
é utilizar os conceitos de paradigma como
inspiração para o desenvolvimento de outros paradigmas
apropriados ao objeto de estudo em cada caso. Deve-se aguardar pela
maturação do conhecimento na forma da
proposição de um paradigma estável na disciplina
específica a fim de se concluir pela validade do uso dessa ou
daquela metodologia. Mesmo nesse caso, o que se desenvolve são
métodos de pesquisa adequados ao paradigma em questão,
que apenas marginalmente podem ter alguma relação com o
método de inspiração (se, de fato, pode-se falar
na existência de tal "método"). A idéia de
método é muito forte e inapropriada para descrever o modo
de atuar da atividade científica. Por método entendemos
uma "receita de bolo" ou algoritmo que se fielmente seguido leva a
resultados precisos e rigorosos. Tal não é o caso na
física que vimos ter a noção de paradigma bem
estruturada em seu núcleo de pesquisa. Assim, não se pode
falar rigorosamente em "métodos de pesquisa".
[Alexandre] Aqui eu gostaria de
acrescentar algo. Existe um ponto fundamental que é preciso que
ocorra quando o objeto de estudo está na fronteira entre duas
ciências ou dois campos do conhecimento. Por exemplo, a energia
de uma reação química não pode ser algo
diferente do que a física entende por energia. A estrutura da
molécula do DNA é estudada em termos de questões
físicas, matemáticas (geometria) e química e
é amplamente sabido, hoje em dia, que a "forma" do DNA
está intimamente ligada à função
biológica dentro da célula. Hoje em dia, se reconhece que
a sequência do genoma de cada ser não define somente as
proteinas que serão codificadas, mas também o
comportamento físico e químico da mesma.
No caso do espiritismo, existe uma fronteira com as ciências,
ditas ordinárias, física, química e biologia. Se
trata da questão das influências mútuas entre o
mundo espiritual e o mundo material. Porém, essa questão
é delicadíssima e requer um rigor muito elevado para
não se criar idéias equivocadas e precipitadas. Isso
significa que mesmo, como o Ademir mencionou acima, quando for
possível usar idéias dos paradigmas da física como
inspiração na pesquisa espírita, muito cuidado e
atenção deve existir para com as definições
dos conceitos a serem empregados. Muitas vezes um conceito abstrato da
teoria quântica não pode ser diretamente usado no
tópico espírita a ser pesquisado.
5) Pelo pouco que entendo do
método cientifico aplicado a fisica, ele é próprio
para condições que se sujeitem ao controle da
experimentação - dadas as mesmas condições
de controle, mesmos resultados - como a Cosmologia se encaixa neste
ponto, visto que é um pouco dificil reproduzir eventos em escala
cosmica?
[Ademir] É muito
simples imaginar o controle rigoroso em determinados objetos de
pesquisa ou fenômenos. Existem muitos disponíveis abertos
ao estudo. Nesses casos, diz-se que sob as mesmas
condições de contorno (especificada pelo controle
experimental) resultados idênticos são esperados. Mas
existem fenômenso de caráter probabilístico que
não se adequam a tal esquema. Outros, como no caso da cosmologia
ou meteorologia não podem ser controlados de forma alguma. Mais
uma vez, a chave para se entender o caráter científico de
uma disciplina se prente à existência de um paradigma bem
estruturado com núcleo de princípios, leis complementares
e uma interface empírica (observacional) bem desenvolvida.
Não se trata assim de se procurar por um método de
pesquisa mas por um paradigma que oriente as pesquisas futuras. O
caráter controlável dos fenômenos é
secundário, o importante é garantir que "visão do
mundo" gerada pela aplicação do paradigma é
consistente com o que se observa seja por via direta
(constatação pelo sentido) ou pelo uso de instrumentos
(de forma indireta, menos garantida por causa das
implicações no modelo do uso de instrumentos - é
necessário nesse caso uma teoria que explique o funcionamento
dos mesmos para que seu uso tenha validade).
Uma das consequências do uso de paradigmas bem estruturados
é a possibilidade de se prever antecipadamente determinados
fenômenos ou ocorrências nunca observados anteriormente.
Nesse caso, como pode-se falar em utilizar um método de
experimentação sobre fenômenos cuja
ocorrência não é cogitada? Em mecânica
celeste tornou-se famosa a descoberta do planeta Netuno, que foi
"calculado" por Urbain Le Verrier seguindo as
perturbações na órbita de Urano. Na física
de partículas são abundantes os exemplos de
partículas "postuladas" e posteriormente descobertas
experimentalmente. Tais façanhas de advinhação
são consequência direta da aplicação de
paradigmas bem estruturados e que trazem em si a essência do
conhecimento científico.
[Alexandre] A questão,
ao meu ver, nao é o objeto de estudo ser reprodutível ou
não, mas sim ser observável ou não. Em outras
palavras, dentro do paradigma que rege o campo de estudo,
é preciso verificar se a realidade responde, através dos
fatos, de forma coerente com a teoria.
Tanto a física (através dos fatos reprodutíveis)
quanto a cosmologia (através das observações
astronômicas) satisfazem esse critério. E o espiritismo
também satisfaz esse critério porque podemos verificar os
ensinamentos dos espíritos em nossas atividades na casa
espirita.
6) Considerando-se a resposta da
questão do que é ciência, qual seria a
posição do Espiritismo?
[Ademir] O Espiritismo é
uma ciência que tem como objeto de estudo o elemento espiritual.
A doutrina espírita em seus fundamentos constitui o paradigma da
ciência espírita. A adequação
empírica do paradigma é feita por
observação direta não necessitando o uso de
aparelhos. O uso desses últimos não é objetivo da
ciência espírita que, pelas considerações
anteriores, não precisa seguir um "método"
específico.Ver referência citada para maiores detalhes.
Alguns dos fundamentos da ciência espírita são: a
existência de Deus, do elemento espiritual (independente da
matéria e preexistente a esta), a evolução
espiritual, a pluralidade dos mundos habitados e a comunicabilidade dos
Espíritos. Toda e qualquer análise do conhecimento
espírita que não leve em consideração esses
fundamentos é parcial e incompleta.
[Alexandre] Apenas enfatizando,
a observação direta a que se refere o Ademir é a
observação dos fatos que Kardec sempre priorizou.
7) Dado que os métodos da
ciência foram desenvolvidos historicamente para lidar com
grandezas materiais, como fica o trato do espírito por ela?
[Ademir] Dada a resposta
à questão 4, é possível concluir pela
inadequação de tais métodos na pesquisa
espírita.
[Alexandre] Apenas lembrando,
existe uma fronteira de fenômenos com as ciências
ordinárias onde para eles, seria possivel uma análise ou
estudo com base nos paradigmas dessas ciências. Mas notem que
isso não significa que o espírito será o objeto de
estudo nessa fronteira. Os objetos seriam os fluídos, sua
interação com a matéria e com o corpo
físico, a interação entre o perispírito e o
corpo, para dizer alguns. Como bem afirmou o Ademir, os
métodos das ciências ordinárias não podem
ser aplicados a questões como existência da alma, leis
morais, etc.
Repito que, de qualquer forma, essa fronteira é muito delicada
de se estudar, mesmo com a física moderna, que tem sido
considerada como a teoria que vai explicar Deus ou o espírito.
Notem também, que essa questão da fronteira não
significa que o Espiritismo necessite ter algum aval das outras
ciências. Como o Ademir expos a existência de um paradigma
que norteia o estudo e pesquisa dentro do espiritismo, o torna uma
ciência legítima. Então, para nós
espíritas nao há a necessidade de se comprovar o
espiritismo. É digno de se pensar se a humanidade, sim,
necessita de alguma demonstração de que algo existe
além da matéria.
8) A Metapsiquica e a Parapsicologia
são ciências?
[Ademir] Essa questão deve ser respondida fazendo-se uma
análise da estrutura paradigmática dessas disciplinas.
Dispõem elas de um paradigma bem estruturado que oriente as
pesquisas, que sobreviva como cultura científica ao longo dos
anos? Parece-nos que essas disciplinas se esforçam por seguir um
modelo ultrapassado de conhecimento científico, podendo ser
seguramente desqualificadas como ciências no sentido exposto nas
questões anteriores.
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Carta para Jesus, José Cid,
Brasil
Você não
me conhece
pessoalmente, mas eu ouvi falar que você é muito
prestativo, que ajuda todos os seus irmãos, independentemente
de sua origem. E me disseram que somos irmãos. Ou melhor,
talvez sejamos parentes distantes. Por isso resolvi escrever, já
que me encontro em dificuldades, necessitando de muita ajuda.
Estou precisando de
uma forcinha na
minha saúde. Tenho ficado gripado constantemente, além
de andar com muitas dores nas juntas. Deve ser a idade chegando...
Como não estava me sentindo bem, resolvi procurar um
médico.
Nossa, como o hospital estava cheio! Gente saindo pelo ladrão!
Vi várias pessoas acidentadas, fruto da irresponsabilidade
generalizada. Vi muita gente sofrendo do coração.
Também, não sabem nem como se cuidar! Vi outros que
estavam enfrentando doenças ainda incuráveis...
Pensando melhor, acho que as dores melhoraram. E vou tomar um
remedinho para a gripe. Não precisa se preocupar comigo
não,
olha pelos que estão lá.
Me ajuda então
a conseguir um
emprego melhor. Não é possível trabalhar com
aquele chefe, que não sabe nem o que está fazendo ali.
Você nem imagina os serviços que ele me passa! E os
colegas então, vivem fofocando, pelos cantos, sem se dedicarem
como eu me dedico. Claro que não posso fazer tudo sozinho, por
isso que não tenho dado conta do recado. Resolvi pedir umas
férias ao meu chefe, porque não agüentava mais.
Qualquer dia ia fazer uma loucura! Acho que fui inspirado pelos seus
anjos a procurar um novo emprego, durante minhas férias.
Passei a consultar assiduamente o jornal, e procurei algumas
agências. Nossa! Quanta gente! Vi que muitos estavam a muito
tempo procurando trabalho. Muitos estavam enfrentando dificuldades
sérias, sem ter como alimentar ou educar os filhos... Perdi
horas em filas intermináveis. Até que alguns eram
simpáticos, pude travar conversas interessantes. Minhas
férias
terminam hoje, mas só de escrever me sinto outro! Acho que vou
levar um presentinho para meu chefe e uns biscoitos para o pessoal.
Quem sabe com um pouco de política de boa vizinhança e
menos rabugice de minha parte as coisas melhoram... Não se
preocupa comigo não, ajuda aqueles que estão em
dificuldades. Mostra que muitas vezes a solução
está
em baixo do nariz deles, mas eles não estão vendo. Como
estava acontecendo comigo antes de te escrever.
Já que estamos
nesta conversa,
me ajuda então a ganhar um bom dinheiro. Quem sabe acertar na
Mega Sena. Ia poder ajudar muita gente com aquela dinherama toda! Eu
te garanto que não ia esquecer ninguém. Claro, que
antes iria me calçar para o futuro, já que ninguém
sabe, né? Quer dizer, acho que você sabe, mas não
nos conta nada... Mas isso não vem ao caso, o que eu quero
mesmo é ganhar um bom dinheiro. Ia poder comprar muita coisa
que estou precisando. Um carro novo, igual ao do vizinho, que o meu
já não dá mais para o gasto. Roupas novas para
todos nós, lá de casa. A Maria (viu que
coincidência,
mesmo nome de sua mãe) vai adorar fazer compras naqueles
butiques que aparecem na novela... Aliás, outro dia fomos
passear e pudemos ver como são bonitas as vitrines! Quanta
coisa bonita! Mas muito caro. Só mesmo ganhando uma bolada
é
que posso comprar. Mas teve uma coisa que me incomodou muito. A
quantidade de mendigos! Quanta gente maltrapilha, pedindo dinheiro
para comida. Muitas mulheres carregando crianças no colo.
Quanta ignorância! Será que não sabem como evitar
filhos? Acho que até atrapalha a beleza da paisagem... Pena
que o dinheiro da Mega Sena não dá para comprar as
coisas bonitas que vi e ainda ajudar aquela gente... Seria preciso
muito dinheiro, muito dinheiro mesmo, para poder vestir, alimentar,
educar, cuidar, e tudo mais que é necessário para viver
dignamente toda aquela gente... Pensando melhor, isso é
obrigação do Governo, e não minha! Mas uma coisa
me chamou a atenção, já tarde da noite quando eu
e Maria saíamos da boite (fomos dançar um pouco). Foi
uma senhora, até que bem apessoada, andando com um grupo de
pessoas de todas as idades, que tinha um sorriso lindo. Pelo que me
disseram, deve ser o mesmo sorriso que sua mãe tem... Ela
parecia liderar este grupo, que distribuía agasalhos e comida
para um grupo de mendigos, num canto da calçada. Interessante
notar a expressão de gratidão naqueles rostos. Esta
expressão não fizeram para mim, quando dei aquela
esmola para me livrar daquela mendiga com um bebê no colo!
Porque será? Pensando melhor, acho que não precisamos
daquelas coisas não... Esquece este negócio de ganhar
na Mega Sena, o dinheiro não vai dar pra fazer nada mesmo...
Olha por aquelas pessoas. Aquelas que ajudam. Faz com que elas possam
ajudar mais. Quem sabe eu até procuro um grupo destes. Pena
que não conheço ninguém que freqüente um...
Poxa, podia ter perguntado para aquela senhora...
Bom, deixei para o
final um caso mais
sério. Preciso de ajuda para me livrar de meus inimigos.
Você
sabe como é, eu sou muito esquentado. Atravessou meu caminho
de banda, eu dou logo o troco... Mas acontece que agora é
muita gente andando atrás de mim. E eu não fiz nada
demais, só defendi o que é meu, o que acredito! Dá
um jeito neles, faz com que eles se afastem e me deixem em paz! E, de
quebra, faz com que não atravesse ninguém pelo meu
caminho para me atrapalhar. Outro dia meu vizinho, um chato que vive
falando em você (estes seus irmãos!) veio me pedir para
fazer menos barulho, à noite. Que audácia! Dentro da
minha casa mando eu! Chego tarde porque não posso deixar de
fazer um social com meus amigos. Afinal, a vida é muito
difícil, se não nos divertirmos, ninguém
agüenta. Mas este não me faz mal. O pior são
aqueles amigos falsos. Que freqüentam sua casa, que se divertem
com você, mas te apunhalam pelas costas! Estes eu não
perdôo! Aliás, já que estamos falando disso,
porque você tanto falava em perdão, como meu vizinho
chato diz? Teve um dia que ele me viu expulsando um destes amigos
falsos e comentou alguma coisa a respeito. Como posso perdoar
alguém
que me ofendeu? Como posso perdoar alguém que me prejudicou?
Prejuízos, muitas vezes, irreparáveis! Sabe quanto
custou aquele sofá novo, que o (me recuso a escrever o nome
daquele cara) estragou? Se todo mundo pensar em perdão o que
será do mundo? Uns perdoando os outros, por qualquer coisa.
Pode até chegar ao extremo de um povo perdoar outro! Pensando
melhor, se fosse assim não teríamos guerras, né?
Aí eu não teria perdido meu pai... Sinto saudades
dele... Ele não queria ir para a guerra, mas não teve
jeito. Porque logo ele? É, estou começando a achar que
perdoar pode não ser tão ruim assim. Afinal, mal
comparando, eu vivo em guerra! Mas como começar? Já
sei! Faz meus inimigos verem que eu não sou ruim, que sou
até
um cara legal! É... Acho que não vão
acreditar... Que devo fazer? Será que eu vou ter que mudar
primeiro? Bom, se eu fizer isso, talvez eles acreditem em você.
Mas deve demorar para que eles acreditem... Afinal, não creio
que eles sejam muito diferentes de mim....
É, vou
terminando por aqui. Foi
bom te escrever para pedir umas coisinhas para mim. Pena que, no
final não sobrou nada para você me dar. Quer dizer,
até
que sobrou um pedido sim. Desculpe ter escrito tanta bobagem.
Não
repara não. É que tenho levado muita surra da vida.
Atenciosamente,
Seu irmão.
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Extratos do Jornal da LIHPE
- NOVO
CORREIO FRATERNO
É com
alegria que
noticiamos a volta de nossa companheira de LIHPE Isabel Virusso, junto
com seu pai Raimundo Espelho e demais familiares, à
direção do jornal Correio Ferterno. Como fundadores
daquele prestigioso orgão da imprensa espírita,
são as pessoas mais indicadas a dirigir o empreendimento e
dar-lhes a qualidade editorial e doutrinária que um
veículo espírita requer. Nossos votos de sucesso no
trabalho. Convocamos os amigos de Liga a atenderem ao chamado de nossa
companheira Isabel, submetendo à sua apreciação
artigos que possam colaborar para manutenção deste jornal.
- LIVROS
PROCURADOS PELA LIHPE
Estaremos divulgando
regularmente a relação de livros que foram solicitados
através de nossa lista de discussão, que é nossa
Reunião Plenária. A iniciativa visa servir de lembrete a
todos os companheiros que possam estar em contato com as obras
procuradas, em momentos inesperados.
(01) ESBOÇO HISTÓRICO DA FEB
Leopoldo Cirne - 1926
(02) HISTÓRIA DO ESPIRITISMO NO BRASIL E EM PORTUGAL
Angeli Torteroli - 1896
(03) Jornal O REFORMADOR de 1915 e 1916
(todos os meses possíveis)
(04) Qualquer Texto,
Livro ou Trabalho que conte a História do Movimento
Espírita
(de
seu bairro, cidade, estado ou país)
Agradecemos aos amigos que
tenham estas obras e possam disponibilizar cópia ou indicar onde
consegui-las.
Esta coluna informará
regularmente os textos publicados em nossas seções da
LIHPE com quem temos parceria. Lembramos que a manutenção
desses espaços que conquistamos depende também da
participação de muitos companheiros de ideal. Temos
vários temas onde as pesquisas estão bem encaminhadas,
necessitando apenas de parceiros que possam conclui-las dando-lhe uma
redação e análise pessoal. Os trabalhos em duplas
são sempre bem vindos e servem de estímulo e exemplo de
trabalho, a todos nós.
- A
História não
Contada da Seleção Natural (Paulo H. Figueiredo)
- Autobiografia de
Ernesto Bozzano
(Ernesto Bozzano)
- Release de nosso
III ENLIHPE
- Mesmerismo
e Espiritismo
(Jáder Sampaio)
- São
Paulo 450 anos -
Espiritismo e TV Tupi (Carlos Iglesia)
- Release de nosso
III ENLIHPE
O prazo para
reestruturação do site da Federação,
por decisão de sua diretoria, foi prorrogado por mais um
período de 30 dias. Voltaremos a atualizar nossa
página no início de Junho de 2004, caso o trabalho
já tenha sido concluido.
GEMA - GRUPO
ESPÍRITA MIGUEL
ARCHANJO
- Os
Engenheiros do Psiquismo
(Milton B. Piedade)
- Cronologia
da Vida de
Anália Franco (Carlos Iglesia)
- Release de nosso
III ENLIHPE
- Nosso artigo
deste mês foi
sobre nosso II Encontro Nacional da Liga, que aconteceu em Campinas em
abril de 2003. O artigo, pela sua extensão, foi dividido em duas
partes.
(todos os artigos
publicados no
jornal DE- Diálogos Espíritas são assinados por
nosso conselho editorial)
- O Primo
João
(Hermínio C. Miranda)
- Quem foi Cora
Novelino? (Isabel
Vitusso)
- Release de nosso
III ENLIHPE
- O Primeiro Livro
dos
Espíritos de Allan kardec 1857 (Canuto de Abreu)
- EXPOSIÇÃO SOBRE
KARDEC
Nosso companheiro de LIHPE Sinezio
Griman, de Volta Redonda/RJ, está trabalhando em nova
exposição sobre Allan Kardec. O trabalho
deverá estar pronto para impressão em agosto. Será
um total de 100 imagens, sendo algumas inéditas. A grande
maioria (92 imagens) são do século XIX ou início
do século XX. Seu trabalho, depois de concluido poderá
transformar-se em livro. O autor já
iniciou conversação com uma editora espírita.
Fazemos votos que tudo caminhe à contento e que
nosso amigo Sinezio possa levar a exposição para
nosso III ENLIHPE que este ano será
em setembro, em Belo Horizonte.
Retorno
ao Índice
São
Paulo 450 Anos - Aula sobre Espiritismo na PUC-SP,
Revista André Luiz, Fev. 1972
(Revista André Luiz - Ano III - N.º 1-2 - 1972,
Seção - O MUNDO EM mini-fatos)
Pela primeira vez em sua
história, a Pontifícia Universidade Católica de
São Paulo facultou a seus alunos, dia 18 de novembro, uma aula
sobre Espiritismo.
Um espírita
falando a católicos não é um fato comum,
principalmente se for chamado a discorrer sôbre sua filosofia
para alunos de uma escola de orientação eminentemente
católica. E isso aconteceu ante um auditório de
universitários. Lá estêve, nessa espinhosa
missão, o prof. Herculano Pires, espírita e
parapsicólogo. A conferência repetiu-se no período
da tarde, para outra turma, e faz parte de um Curso sobre problemas
filosóficos e teológicos do homem contemporâneo,
organizado pelo Prof. Padre Marcos Masetto.
O curso, segundo o promotor da
iniciativa, tem por finalidade colaborar com o desenvolvimento do
espírito crítico dos alunos, objetivando sua
formação humana integral. Êsse desenvolvimento
só se pode dar a partir de uma pluralidade de visões
sôbre um mesmo assunto. "Assim, com essas conferências
estamos proporcionando a nossos estudantes quatro perspectivas
diferentes de religião".
Algumas observações:
- Gostariamos de pedir aos amigos que
tenham informações sobre a conferência que nos
enviem. Seria muito interessante termos
algum registro das impressões dos alunos, se o curso repetiu-se
mais vezes ou não, o próprio conteúdo da palestra,
etc...
- A Revista André Luiz era uma publicação
bimestral do Centro Espírita Nosso Lar e Casas André
Luiz. Circulou a partir de 1970 até pelo menos 1983 (os
últimos números que tenho são dessa época).
A publicação divulgava o trabalho do Centro e das Casas
André Luiz e trazia artigos variados. As edições
do primeiro ano tinham em torno de 18 páginas além da
capa e as do XIV ano chegavam a 28 páginas e capa plastificada.
Capa da edição Ano XI -
N.º 7-8 - 1980
O
método anti-concepcional DIU na discussão sobre a
união do espírito ao corpo
Na discussão do tema sobre a
união do espírito com o corpo foi levantada a
questão de como deveria ser considerado pelos espíritas o
método anti-conceptivo DIU. Como a Doutrina Espírita
é contrária ao aborto, a questão verdadeiramente
envolve o modo como o DIU atua e em qual momento. Assim pesquisamos o
assunto e com a colaboração do amigo Rubens Santini,
autor da série de artigos que publicamos recentemente sobre o
aborto, elaboramos a resposta abaixo:
Em
que momento o Espírito se une ao corpo?
Os Espíritos Superiores
sabiamente
responderam a Allan Kardec, questão 344 de O Livro dos
Espíritos:
“A união começa
na concepção, mas não se completa senão no
instante do nascimento. Desde o momento da
concepção, o Espírito designado para tomar
determinado corpo a ele se liga por um laço fluídico que
se vai encurtando cada vez mais, até o instante em que a
criança vem à luz. (...) “
Mas, se ainda não está claro sobre o
momento da união do Espírito ao corpo, se é na
concepção, se depois de 3 meses, se somente após o
nascimento, ... Na dúvida, deixemos a vida florescer. Kardec
disse que é preferível deixar passar 10 verdades, do que
aceitar uma afirmação não verdadeira.
O
que é o DIU?
É um método que consiste em introduzir
um corpo estranho dentro do útero da mulher, com a finalidade de
evitar a gravidez.
Como atua o
DIU?
O DIU não
inibe a ovulação,
não inibe completamente o transporte de
espermatozóides, nem inibe a fecundação. Na
realidade, o DIU impede a nidação do ovo na parede no
útero, impossibilitando a gestação. O termo
nidação significa a implantação do ser
que se acaba de conceber dentro do útero.
Existindo,
portanto, um corpo estranho dentro do
útero, no caso o DIU, irá ocorrer uma
reação inflamatória na parede do útero
impedindo a nidação.
Conclusão
Conforme exposto
acima, o pequeno corpo, de
aproximadamente 7 dias, que contém a junção dos
genes do pai e da mãe, já é considerado pela
Doutrina Espírita como um ser vivo. O DIU o impedirá de
entrar no endométrio (camada interna do útero),
expelindo-o e interrompendo o processo reencarnatório.
Assim, dentro dos
conhecimentos atuais da Doutrina
Espírita sobre o processo reencarnatório, o DIU é
mais propriamente um método abortivo que um anti-concepcional.
Fiquem com a Paz de
Jesus!
Os Editores
Retorno
ao Índice
Sobre Fobia Social, Rafael de Freitas, Brasil
Caros amigos do GEAE,
Gostaria de saber como as fobias,
em especial a fobia social (ansiedade social) podem ser compreendidas
sob a ótica espírita.
Um abraço
Rafael L. de Freitas
Retorno ao Índice
Sobre as Planárias e a
Individualidade do Espírito
Sr. Editor,
Sobre as Planárias e a
Individualidade do
Espírito, Ricardo Bastos, Brasil - assunto do último
boletim GEAE, gostaria de simplificar alguns comentários:
A ciência, através da Genética
(Projeto Genoma), conseguiu clonar um animal, no caso uma ovelha,
dividindo uma das células de uma parte qualquer de seu corpo, a
fim de que surgisse um novo corpo, idêntico àquele onde a
tal célula habitava. Isto não quer dizer que o
"espírito" da ovelha original também tivesse sofrido
divisão. Sabemos que novo princípio inteligente habitou e
dirigiu a vida da ovelha clonada.
Voltando à nossa planária, podemos
traçar um paralelo: se esta se divide em dois, algo de similar
à clonagem ocorre. Um novo indivíduo, mais jovem que o
original, inclusive, surge. O "espírito" da planária,
isto é, seu princípio inteligente não foi dividido
também em dois, como explicado no parágrafo anterior.
Crendo ser este meu entendimento e ter podido
colaborar,
Luiz - Bauru-SP
___________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Caro Amigo Editor do GEAE:
Ao ler o texto sobre a divisão
da
planária, ocorreu-me a idéia que peço
licença para expor:
Quando a planária se divide, o
princípio inteligente que existe na "matriz" (se assim podemos
chamar) não é nela individualizado, pois é o mesmo
em todas as unidades da espécie. Lembramos que o
princípio inteligente evolui através das espécies
e só se individualiza no homem, quando se torna espírito,
assim nos ensina a Doutrina Espírita.
Quando há o seccionamento do
corpo, o
princípio inteligente que existe nas células, vai
permitir o desenvolvimento da nova unidade da espécie. Esse
aprendizado de reprodução ou multiplicação,
não sei se são termos corretos, são aprendizados
assimilados pelo princípio inteligente, quando de sua passagem
pelo reino vegetal, quando de um pequeno galho de uma planta, em solo
apropriado, faz crescer outra planta igual àquela que lhe deu
origem
Será que está certo meu
raciocínio?
Gostaria de ter resposta.
Obrigado
Edson Outtone
____________________________________________________________________________________________
Prezado Edson,
Agradecemos imensamente pelo seu
comentário.
O assunto é, de fato, bastante delicado por nos faltar termos ou
analogias que permitam um melhor entendimento. Vamos aos seus
comentários:
Boletim
GEAE 475.
Caro Amigo Editor do GEAE.
Ao ler o texto sobre a divisão da planária, ocorreu-me a
idéia que peço licença para expor: Quando a
planária se divide, o princípio inteligente que existe na
"matriz" (se assim podemos chamar) não é nela
individualizado, pois é o mesmo em todas as unidades da
espécie.
Está correto dizer que o
princípio inteligente que está ligado às
planárias não está individualizado nelas. Mas eu
não penso que podemos dizer que o princípio inteligente
"é o mesmo em todas as unidades da espécie". Note que a
primeira afirmativa não necessariamente tem que levar à
segunda. Vejamos o que diz Kardec no comentário após a
resposta à questão 613 do Livro dos Espíritos:
No penúltimo parágrafo
deste
comentário ele diz: "(...) Cada espécie constitui,
física e moralmente, um tipo absoluto, cada um de cujos
indivíduos HAURE na fonte universal a QUANTIDADE DE
PRINCÍPIO INTELIGENTE que lhe seja necessário, de acordo
com a perfeição de seus órgãos e com o
trabalho que tenha de executar nos fenômenos da Natureza, (...)".
(grifos meus).
Essa afirmativa de Kardec diz que
cada ser vivo
possui algo de princípio inteligente. Quando a planária
se divide, as novas planárias filhas HAUREM a quantidade de
princípio inteligente que lhes são necessárias.
Porém, para deixar claro o
quanto essas
explicações são estranhas e de difícil
alcance para nossas mentes ainda muito acostumadas ao funcionamento
mecânico do universo, Kardec, no mesmo parágrafo, mais
adiante diz que: "(...) Qual a origem do Espírito? Onde o seu
ponto inicial? Forma-se do princípio inteligente
individualizado? Tudo isso SÃO MISTÉRIOS que fora
INÚTIL querer devassar e sobre os quais, como dissemos, nada
mais se pode fazer do que construir sistemas. O que é constante,
o que ressalta do raciocínio e da experiência é a
sobrevivência do Espírito, a conservação de
sua individualidade após a morte, a progressividade de suas
faculdades, seu estado feliz ou
desgraçado de acordo com o seu adiantamento na senda do bem e
todas as verdades morais decorrentes deste princípio. (...)"
(grifos meus).
Vemos por essas palavras de Kardec
que tentar
encontrar mecanismos pelos quais essa individualização
ocorre será meramente construir sistemas, isto é,
construir teorias que serão, no momento, impossíveis de
serem verificadas na prática e Kardec sempre se pautou pela
verificação dos ensinos dos espíritos e das suas
deduções através dos FATOS. Outra vez, citamos
Kardec (ítem VII da Introdução do Livro dos
Espíritos) : "Não vemos todos os dias as mais opostas
opiniões serem alternativamente preconizadas e rejeitadas, ora
repelidas como erros absurdos, para logo depois aparecerem proclamadas
como verdades incontestáveis? OS FATOS, EIS O VERDADEIRO
CRITÉRIO DOS
NOSSOS JUÍZOS, O ARGUMENTO SEM RÉPLICA. NA AUSÊNCIA
DOS FATOS, A DÚVIDA SE JUSTIFICA NO HOMEM PONDERADO." (grifos
meus).
Assim, é suficiente, por ora,
entendermos que
somos uma individualidade que se desenvolveu ao longo de muitos
séculos com a ajuda de seres inferiores na escala evolutiva. Mas
os detalhes sobre o quão individualizados éramos quando
nosso princípio inteligente estava ligado a esse ou aquele ser
vivo, são desconhecidos. Construir idéias, sistemas ou
teorias sobre isso é um exercício pouco útil pois
não teremos como verificar se são verdadeiros.
Interessante notar que Kardec
enfatizou que o mais
importante é a certeza que os fatos propiciaram de que somos
seres individuais, que provamos essa individualidade após a
morte (através das comunicações mediúnicas)
e que seremos felizes ou não de acordo com o nosso adiantamento
moral. Todas essas afirmativas são verdadeiras pois
através dos fatos Kardec verificou-as em muitas ocasiões.
Lembramos
que o princípio inteligente evolui através das
espécies e só se individualiza no homem, quando se torna
espírito, assim nos ensina a Doutrina Espírita.
Quando há o
seccionamento do
corpo, o princípio inteligente que existe nas células,
vai permitir o desenvolvimento da nova unidade da espécie. Esse
aprendizado de reprodução ou multiplicação,
não sei se são termos corretos, são aprendizados
assimilados pelo princípio inteligente, quando de sua passagem
pelo reino vegetal, quando de um pequeno galho de uma planta, em
solo apropriado, faz crescer outra planta igual àquela que
lhe deu origem.
Será que está certo meu raciocínio?
O raciocínio me parece
correto e de acordo
com o que André Luiz ensina em Evolução em Dois
Mundos. Acho que o máximo que podemos compreender é
idéia geral de que através das vivências de cada
ser vivo o princípio inteligente ligado a ele aprende e assimila
algo que o ajudará em seu processo de
individualização. Mas entender os detalhes sobre o
quê e como o princípio inteligente adquire esse
aprendizado é algo cientificamente impossível de
verificarmos.
Gostaria
de ter resposta.
Nós é que agradecemos
pelo
comentário. O boletim do GEAE cresce muito mais quando as
pessoas participam apresentando questões e discutindo as
respostas, do que somente expor as idéias iniciais.
Um abraço fraterno,
Alexandre
Retorno ao Índice
Núcleos distribuidores da Revista
Espírita em Espanhol, Luiz Hu Rivas, Brasil
Brasilia, 26 de febrero de
2004
Queridos hermanos en el
Ideal Espírita,
Votos de paz,
A sugerencia de
diversos compañeros
interesados en adquirir La Revista Espirita en español para
poder distribuir en sus regiones, centros y localidades, estamos
implantando los Núcleos Distribuidores, con la finalidad de
poder atender los pedidos, facilitando así la
distribución.
Núcleos Distribuidores –
N.D.
¿Qué son?
Personas
físicas o jurídicas,
(espíritas o simpatizantes) interesadas en recibir la revista
para distribuir, vender o revender en sus respectivas áreas de
acción.
¿Cuáles son las
ventajas de ser un N.D.?
Los N.D. reciben la
revista al precio
mínimo para poder revender o distribuir en su localidad,
así
podrán ayudar económicamente a la institución en
la cual participan.
Aparecerá
una lista de todos los
N.D. en el mundo para que los interesados en adquirir la revista
puedan buscar en la localidad más próxima.
¿Cuántas revistas
puedo adquirir siendo N.D?
Las que deseen.
Para facilitar la
decisión, creamos 3 Niveles:
-
10 Revistas (valor US$ 22 Euros 18)
– Como N.D. Recibe 40 Revistas
-
20 Revistas (valor US$ 44 Euros 36)
– Como N.D. Recibe 80 Revistas
-
50 Revistas (valor US$ 110 Euros 90)
– Como N.D. Recibe 200 Revistas
El valor de venta al público,
dependerá de la situación económica que
están
viviendo, el máximo sugerido es de US$ 2,20 o Euro 1,80.
El valor unitario
para los N.D. es de
US$ 0,55 o Euro 0,45.
¿Cuál será el
beneficio que obtendré?
Con la venta de 10
ejemplares, en el
(Nivel A), paga el propio costo y obtendrá 30 números
más para poder vender, lo que significa un rendimiento hasta
de US$ 66 (56 euros) de beneficios para la institución. En el
Nivel B, con 60 revistas a más, podrá tener US$ 132
(112 euros) y en el Nivel 3, con 150 revistas US$ 330 (270 euros)
¿Cuál será el
costo del flete?
Como incentivo a
los N.D. el C.E.I.
ayudará en los gastos de los envíos. Los N.D.
estarán
exonerados de cualquier costo.
¿Como puedo vender o
revender?
Diversos compañeros han sugerido
lo siguiente:
-
Colocar en algunas librerías
o kioscos, dejando un 30% para los libreros. Pueden ser en
librerías espiritualistas o tiendas esotéricas. Otros
aconsejan colocar en aeropuertos y terminales terrestres, lo que
significa una gran ayuda a la divulgación espírita.
-
Colocar en algunas bibliotecas o
universidades, así como enviar un ejemplar con una carta a
Programas de Radio, de TV y de algunos periódicos mostrando
qué es el Espiritismo. Muchas entrevistas y hasta espacios
gratuitos en estos medios se han conseguido de este modo.
-
Vender a amigos, conocidos, vecinos,
simpatizantes espíritas, inclusive a espiritualistas.
-
Revender a otras instituciones
menores, a un valor de redistribuidor, para que ellas a su vez puedan
revender.
-
Colocar aviso
en los periódicos (económicos-clasificados) para que los
interesados en adquirir la Revista puedan hacerlo en el local. La
experiencia muestra la eficacia de este medio. Mejor aún si se
ha conseguido un lugar en la TV y Radio. En este caso, la venta se
vuelve más sencilla.
¿Cómo puedo
convertirme un N.D?
Fácilmente,
escribiendo un email
para revista@spiritist.org
colocando su nombre, email, dirección completa para recibir la
revista y la institución a la cual participa (opcional).
Colocando en cual
Nivel (A-B-C) desea
participar.
Recibirá un
email de respuesta
de haber sido incluido.
¿Cómo realizar el
pagamento?
Serán
enviados por email los
mecanismos para efectuar el pago, dependiendo de su localización.
Inscríbase ahora en esta labor
que beneficiará a su institución, a La Revista
Espírita
y a la divulgación de la propia Doctrina.
Dudas o mayores
informaciones escriba
para revista@spiritist.org
Luis Hu Rivas
Multimedia CEI
“La mayor caridad que realizamos con respecto a la Doctrina
Espírita es su propia divulgación” Emmanuel
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Seminário com Divaldo Pereira
Franco, Elsa Rossi, Reino Unido
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GRUPO DE ESTUDOS
AVANÇADOS ESPÍRITAS
O Boletim GEAE é distribuido
por e-mail
aos participantes do Grupo de Estudos Avançados Espíritas
Informações Gerais - http://www.geae.inf.br/pt/faq
Conselho Editorial - editor@geae.inf.br
Coleção dos Boletins em Português -
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Coleção do "Mensajero Espírita" - http://www.geae.inf.br/el/boletins