Homenagem
a Francisco Cândido Xavier, Raul Franzolin
Relato sobre a Sessão solene realizada na Câmara
dos Deputados do Brasil em Homenagem a Francisco Cândido Xavier
Homenageando o ilustre cidadão brasileiro, Francisco
Cândido Xavier, popularmente e carinhosamente conhecido por Chico Xavier,
em memória a passagem do primeiro ano de seu desencarne que ocorreu
no dia 30 de junho de 2002, a Câmara dos Deputados do Brasil, realizou
Sessão especial requerida pelo deputado federal Luiz Bassuma do PT
da Bahia e devidamente aprovada pela Câmara.
O relato deste evento é de grande relevância
para o nosso país, pois o Brasil presta homenagem a um brasileiro
que dedicou toda a sua vida em favor da melhoria social, quer seja por meio
da manutenção do equilíbrio emocional tão necessário
à vida produtiva gerada pelos milhões de exemplares de livros
distribuídos no Brasil e em vários outros países e por
consultas pessoais ou, principalmente, no auxílio aos pobres e mais
necessitados por meio de tantas obras assistenciais patrocinadas pelos recursos
financeiros de seus livros e doações voluntárias. Esse
importante e belo movimento social que tem por início as mãos
de Chico Xavier não poderia deixar de merecer tão significativa
homenagem, partindo da Casa do povo brasileiro como reconhecimento e gratidão
pelo trabalho profícuo e produtivo realizado. Para o movimento espírita
brasileiro e mundial, também representa um ato extremamente importante
sem preconceitos religiosos e de livre pensamento, promovendo o apoio a união
e a fraternidade em favor do bem comum sob a luz da doutrina espírita.
O parlamento brasileiro deu exemplo da grande espiritualidade
que envolve o Brasil, demonstrando ao mundo com a humildade, seriedade e
competência dos trabalhos, que o Brasil é, de fato, o coração
do mundo e a escola mestra de novos e melhores tempos para a Terra regenerada
do terceiro milênio, promovendo a convivência mais fraterna e
um padrão de vida espiritual e material mais feliz entre todos os
seus habitantes.
A Sessão realizou-se em clima de grande emoção
como não poderia deixar de acontecer, tendo em vista o ambiente de
paz, harmonia e equilíbrio formado pelo plano espiritual, com emanação
dos fluidos sensibilizadores de grandes amigos espirituais presentes, entre
os quais, o próprio Chico Xavier. Essa corrente fluídica penetra
no corpo humano e promove um bem-estar de rara beleza e forte emoção.
Vários deputados desenvolveram significativos pronunciamentos,
representando os diversos partidos políticos. Outros aludiram a ocasião
com oportunos apartes. Entre cada pronunciamento, o presidente da Sessão
ressaltava as dezenas de manifestações de apoio de Instituições,
entidades e organizações espíritas, bem como de várias
personalidades. Caravanas espíritas também se fizeram presentes.
Inicialmente enquanto se apresentava o Coral da Câmara
dos Deputados, o médium baiano José Medrado psicopictografou
(pinturas mediúnicas) quatro telas de pintores famosos durante quinze
minutos. Em seguida, a sessão foi abrilhantada pela apresentação
de vídeo sobre a vida e obra de Chico Xavier, intitulado “Chico Xavier,
uma história de amor”, produzido pelo cineasta Ronaldo Duque a pedido
da Federação Espírita Brasileira.
O Presidente da Câmara dos Deputados, João
Paulo Cunha (PT-SP) prestigiou a sessão dizendo que “Há
praticamente um ano fechava os olhos serenamente e partia ao encontro de
Deus um dos vultos mais importantes da História do Brasil: o querido
e amado Chico Xavier. O fato de esta sessão solene ser presidida por
um católico como eu é prova da atitude respeitosa que todos
os brasileiros têm para com Chico Xavier... Chico Xavier deixou-nos
uma emocionante lição de solidariedade humana, de sentimento
fraterno e de caridade cristã, patrimônio moral que nos leva
a confiar em um futuro melhor, mais justo e mais feliz. Criaturas como Chico
Xavier fazem maior o Brasil e mais respeitável o povo brasileiro”.
Iniciando os trabalhos sob a presidência do deputado João
Caldas (PL-AL) que registrou ter tido o privilégio e a satisfação
de ter estado com Chico em sua casa e juntamente com sua família
ser leitor de seus livros, convidou o deputado Bassuma (PT-BA) a
usar a tribuna que o fez com maestria, sabedoria e humildade, ressaltando
e agradecendo o apoio recebido pelo atual presidente da Câmara o deputado
João Paulo Cunha. Registrou um pensamento do próprio Chico
muito significativo para ele e que fez parte do cartaz de divulgação
da presente Sessão, que dizia: “Assim como existem o trigo, os frutos
e as árvores, cada pensamento, credo e religião é uma
manifestação de Deus e, portanto, digna do nosso sincero e
maior respeito”. Ressaltou a importância e a necessidade da coerência
de nossas atitudes, cujo exemplo maior foi dado pelo mestre Jesus Cristo
e também a coerência existente em toda vida do nosso irmão
Chico Xavier. Finalizou confessando ser espírita há mais de
20 anos e ter conhecido o espiritismo através de uma obra de Chico
Xavier o que o levou a ler mais de 150 livros em um ano. Agradeceu a presença
do público e de inúmeros espíritos que estavam presentes
à plenária. Ao findar, o deputado João Caldas passou
a presidência dos trabalhos ao deputado Bassuma, autor do requerimento.
Alguns protocolos foram quebrados na presente sessão
solene, tais como: a bela apresentação de vídeo sobre
a vida e obra do Chico Xavier, já que na câmara só podem
falar deputados, a manifestação de mediunidade de psicopictografia
ou de pintura mediúnica por José Medrado da Bahia, a prece
de encerramento da sessão, entre outros.
Em nome do partido dos trabalhadores, o deputado Reginaldo
Lopes (PT-MG) expressou a sua honra em falar sobre o homenageado ter
sido mineiro, nascido em Pedro Leopoldo, região metropolitana de Belo
Horizonte. Ressaltou ainda, que na condição de católico
se fez presente para somar a homenagem ao Chico, o profeta do amor, da paz
e da solidariedade e juntamente com o espiritismo tem forte apreço
pelo ecumenismo. O espiritismo não cobra e não exige nada de
ninguém. As pessoas chegam nele pela dor ou pelo amor simplesmente,
nunca pelo proselitismo fanatizado. Do ponto de vista literário, a
obra de Chico Xavier que consiste de 419 livros psicografados e mais de 25
milhões de exemplares vendidos não serviu para beneficiar a
sua própria pessoa e todos os direitos autorais foram cedidos graciosamente
a instituições espíritas, nomeadamente a Federação
Espírita Brasileira e as instituições de solidariedade
social e várias delas foram criadas inspiradas em seu exemplo e obra,
como orfanatos, escolas para pobres, lares de deficientes, sopa dos pobres,
campanha do quilo, ambulatórios médicos, alfabetização
de adultos, bibliotecas, etc. Centenas de autoridades públicas lhe
concederam títulos de cidadania, mas que Chico sempre consignou que
o mérito não era para ele e sim para os espíritos que
trabalharam por seu intermédio. Ressaltou que mesmo em estado debilitado,
nunca deixou de atender as muitas pessoas que lhe procuravam no grupo espírita
da prece em Uberaba e finalizou parabenizando a Câmara. Segundo a revista
Época são cerca de 8 milhões de espíritas no
Brasil, mais de 30 milhões de simpatizantes e 8 mil Centros Espíritas.
O Brasil já é considerado o maior país espírita
do mundo e conclamou a todos espíritas, católicos, evangélicos
e demais designações religiosas em favor de um país
mais justo, solidário e mais fraterno, tornando em realidade a frase
“amai-vos uns aos outros”
A deputada Nice Lobão (PFL-MA) proferindo
preciso discurso usou a tribuna para representar o PFL. “Pode-se dizer com
segurança que Francisco Cândido Xavier é o maior e mais
produtivo médium psicógrafo que a humanidade produziu em todas
as épocas da sociedade universal”. Fez um relato da vida de Chico
desde a sua infância até o seu desencarne em 30 de junho de 2002.
Chico iniciou a sua obra literária em 1932 com o lançamento
do Livro “Parnaso de Além Túmulo”, onde compila 259 poemas,
ditados por 56 poetas mortos, entre eles, Artur de Azevedo, Olavo Bilac,
Castro Alves, Augusto dos Anjos e Alphonsus Guimarães, ganhando notoriedade
nacional. Um fato curioso neste episódio: a viúva do poeta
Humberto de Campos foi a justiça exigir direitos autorais sobre as
poesias que o marido fez através das mãos de Chico Xavier indo
parar no tribunal com o juiz pondo fim na história polêmica com
o seguinte veredicto: “O homem está morto e mortos não tem
direitos”. Neste episódio o jornal O Estado de São Paulo afirmou
em seu editorial que se as poesias não eram de fato de Humberto de
Campos, Chico Xavier merecia, no mínimo, uma cadeira na Academia Brasileira
de Letras. A sua obra literária psicografada de diversos espíritos
abrange diferentes assuntos entre poesias, romances, contos, crônicas,
história geral, história do Brasil, ciência, religião,
filosofia, literatura infantil entre outros.
O deputado Paulo Afonso (PMDB-SC) falou em nome
do PMDB ressaltando a presença de fonte de luz envolvendo a Casa naquele
momento da Sessão Solene da Câmara para celebrar a vida, a
vida que não se interrompe e não termina e que ultrapassa a
materialidade do corpo. A vida sim, de um brasileiro, de um homem que marcou
a sua existência servindo a população e a todos nós
na sua humildade e na sua grandiosidade. Alguém que dedicou a sua
vida a servir ao próximo, o nosso Francisco Cândido Xavier, o
Chico Xavier. Nessa época de globalização, o Chico já
falava da globalização da ética. Finalizou agradecendo
ao líder do PMDB pela oportunidade por tê-lo indicado para
representar o seu partido naquela solenidade e por aquele momento tão
feliz e tão maravilhoso, externando em nome do PMDB e em nome do Estado
de Santa Catarina, o qual teve a honra de ter sido Governador, aos seguidores
da doutrina espírita e a todos aqueles que independente de religião,
comungam os mesmos sentimentos de amor ao próximo de fraternidade
e que desejam construir aquilo que nós imaginamos ser para o Brasil
um dia, efetivamente, o grande coração do mundo, a pátria
do evangelho deste planeta que nós desejamos um dia, de muita paz.
Representando o PSDB falou o deputado também
espírita Eduardo Barbosa (PSDB-MG), visivelmente emocionado.
Iniciou ressaltando a importância dessa Sessão especial não
só por tudo que receberam, pelas vibrações obtidas,
mas pelo significado do desdobramento da Sessão já que ela
ocorreu na última semana do semestre de 2003 e que para o próximo
semestre se desenvolverão grandes discussões referentes às
reformas que estão sendo propostas, sendo esta Sessão um bálsamo,
como momento de reflexão. “A sabedoria e sensibilidade de Chico Xavier
ultrapassa o campo da mediunidade e todas as repercussões que seus
livros provocam na renovação espiritual de seus leitores e
confirmação do amor como vínculo maior entre criaturas.
De origem comum, de nome comum, comum em seus hábitos e erudição.
O ser humano mais espiritualizado que o nosso país já conheceu.
Escreveu suas obras no exercício da caridade, do perdão, da
fé, do bem em favor de seus semelhantes e uma consciência evoluída
de que o maior sofrimento significava ofender ou prejudicar alguém.
Chico Xavier desencarnou em dia em que ansiava prover um Brasil feliz. Nos
resta tê-lo dentro da alma nas ações fraternas, mas
principalmente no respeito a sua condição de criatura do bem...
Com aparte, o deputado Inácio de Uberaba falando também
em nome do deputado Jovair Arantes de Goiás que também
é militante espírita, enalteceu o feliz momento. Agradeceu
a todos pela Sessão Solene do Congresso Nacional, registrando o orgulho
dos Uberabenses e mineiros por terem sido conterrâneos do homem que
não só é referência para o Brasil, não
só como religião, mas para o mundo todo, Chico Xavier. Eduardo
Barbosa encerra seu pronunciamento agradecendo e desejando um abraço
fraterno a todos.
O deputado Romel Anísio (PP-MG) disse
que a vida e a obra de Chico Xavier tiveram sempre um grande foco, o auxílio
aos seus semelhantes, ressaltando aquilo que foi o foco central na vida desse
grande homem, a capacidade de doação ao próximo, a
generosidade, a compaixão e a caridade. Tudo o que ele fez e ensinou
tinha como preocupação principal o amparo aos necessitados,
a solidariedade na hora da dor e do sofrimento. Graças a sua dedicação,
muitos homens e mulheres de todas a condições sociais puderam
encontrar uma palavra de consolo e de esperança. Passado um ano de
sua morte, vemos com grande clareza a vastidão, a profundidade da obra
maravilhosa que ele realizou em benefício da humanidade. Com aparte,
o deputado Luiz Carlos Heinze (PP-RS) congratulou e solidarizou com
as homenagens a Chico Xavier.
O deputado Miguel de Souza (PL-RO) iniciou com
a seguinte pergunta: Seria ele o Santo de Pedro Leopoldo, de Uberaba, Belo
Horizonte, ou das Minas Gerais? Sem dúvida, Chico Xavier foi tudo
isso e muito mais. Era um homem santificado. Ressaltou as visitas de Chico
aos Estados Unidos, Europa em especial a Inglaterra, sendo um dos seguidores
mais preeminentes e respeitados, independentemente de países e culturas.
Chamá-lo de Santo é correto e por isso, a ele, pedimos perdão.
É sabido que Chico Xavier trabalhava essencialmente com dois mentores
espirituais, Emmanuel e André Luiz e que aquele, o principal, lhe
impôs a condição de seguir os ensinamentos do francês
Hyppolyte Leon Denisard Rivail, o Allan Kardec. Lembrou que em 1981, candidato
ao prêmio Nobel de Literatura, Chico Xavier recebera assinaturas de
10 milhões de brasileiros. Com aparte, o deputado Colbert Martins
(PPS-BA) falando também em nome do deputado Jairo Carneiro
cumprimentou e parabenizou a todos dizendo que não tinha certeza se
era uma homenagem que estavam prestando ao médium Chico Xavier. Acreditava
que todos nós é que estavam sendo homenageados por termos uma
figura como a referenciada aqui. O deputado fez ainda referência ao
médium Divaldo Pereira Franco, conterrâneo deles, da cidade de
Feira de Santana-Ba, ressaltando que se houver alguém muito próximo
ao que alcançou Chico, seguramente é o Divaldo.
O deputado Francisco Gonçalves (PTB-MG)
fez também um pronunciamento muito significativo falando de improviso,
principalmente, por ser também da cidade de Pedro Leopoldo-MG e ter
conhecido bem o Chico Xavier que freqüentava a sua casa, onde seu pai
era médium e sua família espírita. Narrou passagens
sobre a vida de Chico Xavier. Entre 1953 e 1959, Chico Xavier caminhava pelas
ruas de Pedro Leopoldo visitando doentes como uma expressão de fraternidade
à pessoas necessitadas e recebe a visita da Sra. Laura que lhe conta
que tinha uma irmã hemiplégica e muda chamada Valéria
que se encontrava no leito há anos. Chico Xavier visitava Valéria,
fazia oração, levava balas e o bolo era colocado debaixo do
travesseiro. Num determinado dia, a Valéria adoece com pneumonia grave
e a sua irmã, Laura, procura Chico. Chico passa então a visitá-la
todos os dias, mas ela foi ficando cada vez mais grave. Toda a vez que a
visitava Chico pedia a Valéria: “pronuncia o nome de Jesus;
fala Jesus Valéria..” Mas ela não conseguia. Quando ela estava
muito mal, Chico insistia: “Valéria! Lembre de Jesus caminhando; lembre
de você boa; procure e vá ao encontro Dele para que Ele possa
curá-la”. Valéria nesse dia, num esforço tremendo, fala:
“ahahahaha...Jesuso...Jesuso..” Que maravilha falar a palavra Jesus, repete
novamente, diz Chico e ela responde “...Jesuso...Jesuso”. Alguns anos se
passam e em 1959, Chico muda-se para Uberaba. Em 1976, Chico tem um infarto
do miocárdio e o médico recomenda que a sua recuperação
seja feita em sua casa. Ele pede a enfermeira que coloque uma cadeira ao seu
lado, para que possa receber a visita de espíritos desencarnados de
Pedro Leopoldo, Uberaba e toda Minas Gerais. Numa determinada noite, recebe
a visita de uma senhora bonita, de uns 40 anos de idade e eles se dialogam.._Você
me conhece, Chico. ..._ não, a minha memória está meio
estragada, pois eu tive problemas circulatórios. ..._Pois é,
eu sou uma das suas amigas de Pedro Leopoldo. ... _ De que família
você é? ... _Não...se eu falar de que família eu
sou, você vai descobrir quem sou eu. ..._Mas diga pelo menos onde você
morava. Aí Chico insiste com ela e ela diz. ..._Chico eu vou
falar apenas uma palavra e você vai saber quem eu sou. ..._então
fala... e ela disse... Jesuso...Jesuso. ...Oh Valéria! que prazer você
estar aqui. Que honra!, eu não mereço a sua visita. ..._ Chico
eu vim aqui para falar a última palavra que eu disse a você,
para que você tenha sempre, em Jesus. Valéria coloca a mão
em seu peito, fazendo com que a angina passe e ele melhora em seguida. Chico
com essa história demonstra a força que tem a palavra JESUS
e isso deve ser o significado, que todos nós devemos caminhar em sua
direção.
A deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC)
disse em seu pronunciamento que “num estado democrático, onde a livre
manifestação de pensamento e prática religiosa deve
ser garantido, estimulado e protegido, as ações de Chico Xavier
consolidam a história contemporânea da democracia brasileira...Esta
Casa, que representa o povo brasileiro, deve felicitar-se por cumprir seu
histórico papel de reconhecer as manifestações dos
brasileiros. Neste momento, Chico Xavier está presente. Sua obra,
seus ensinamentos, suas ações não se foram quando do
afastamento da sua matéria deste plano terreno. A vivacidade dos
seus ensinamentos é uma obra santa, que está quotidianamente
orientando direta a vida de seus seguidores e indiretamente milhares de pessoas.
Felicitações aos proponentes desta Sessão Solene, os
Deputados Bassuma e Nelson Pellegrino. Congratulações à
Mesa da Câmara, pelo imprescindível apoio.” Com aparte, o deputado
Wladimir Costa (PMDB-PA) congratulou em nome do seu partido PMDB
e em nome de seu querido Estado do Pará com o presidente da Sessão
e com todos os presentes dizendo que a Câmara está mais brilhante
hoje e Chico Xavier está presente.
Finalmente, o senhor presidente informa que as quatro
pinturas feitas durante reunião pelo médium José Medrado
foram: a primeira de Cândido Portinari com retrato de Chico Xavier
(4’); a segunda foi também de Portinari denominada “Nordestina” (7’)
mostra uma figura regional com uma trouxa à cabeça (atrás
da tela, o espírito escreveu a carvão “Esta é a gente
do presidente Lula”); a terceira de Claude Monet (4’ 47’’) apresenta uma paisagem
com flores e aurora e a última de Tarsila Amaral (4’ 22’’) retrata
o prédio do Congresso Nacional em meio a um jardim. Uma dessas obras,
a “Nordestina”, foi encaminhada ao Presidente Lula e outra ao Presidente da
Câmara João Paulo Cunha.
No encerramento, o protocolo foi novamente quebrado, com uma prece de encerramento
feita pelo deputado Bassuma:
“A oração.
A maneira que nós temos para falar diretamente com Deus, o
Pai, tudo aquilo que hoje presenciamos é concessão da misericórdia
de outro espírito bem aventurado, aquele que nós chamamos
Mestre, Jesus. Este Congresso Nacional, esta que é a Casa das Leis,
a Casa dos debates, das discussões, muitas vezes acaloradas, será
a Casa que um dia verá manifestada um novo raiar, uma nova aurora
que se avizinha para este País, tão generoso, tão rico.
Partilhamos nesse instante de encerramento com todos os amigos que vem aqui
se reunir do mundo espiritual. Aqui, cada um de nós, cada um no seu
local, no seu trabalho, possa dar o melhor de si em prol de toda a humanidade
que ainda sofre. A homenagem a Chico Xavier que esta Casa presta, ela é
transferida, sob autorização de Ismael, a todos aqueles que
nesse instante não podem estar aqui e que perambulam pelas ruas do
país, com fome de pão e com fome de evangelho que liberta amorosamente.
Que Jesus Cristo possa ter em nós, guerreiros da paz, da justiça
e da fraternidade.
Obrigado meu Pai por mais este belo dia... Muito Obrigado”
Raul Franzolin Neto
Editor