Boletim GEAE
Grupo de Estudos Avançados
Espíritas
http://www.geae.inf.br
Fundado em 15 de outubro de 1992
Boletim Quinzenal de Distribuição
Eletrônica
"Fé inabalável é
somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em todas
as épocas da humanidade", Allan Kardec
Ano 11 - Número
455 - 2003
13 de maio de 2003
Editorial
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Ao Clarão da Verdade, Emmanuel
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Artigos
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Entrevista com a Dra. Marlene
Nobre
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Enquanto Vivem na Escuridão, Rubens
Santini, Brasil
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História
& Pesquisa
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Notas da Liga de Historiadores e Pesquisadores Espíritas
- LIHPE
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As Irmãs Fox, Conan Doyle e o Espiritismo
Brasileiro, Jáder Sampaio, Brasil
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Questões
e Comentários
|
Centros de Forças, Elzio F. de Souza,
Brasil
|
Conde Rochester, Elzio F. de Souza, Brasil
|
Conde Rochester, Cristian Fernandes,
Brasil
|
Sobre o Perispírito,
Jáder Sampaio, Brasil
|
Sobre o Perispírito,
Marcelo, Brasil
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|
Painel
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Palestra sobre a Epífese na Sociedade Espírita
“O Consolador”, Fábio, Brasil
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(Capítulo VI do livro "Entre Irmãos de
Outras Terras", de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira,
FEB - Mensagem citada
na entrevista da Dra. Marlene -
Os
Editores)
Ao Clarão da Verdade, Emmanuel
“
Mas quando vier aquele Espírito de Verdade,
ele vos guiará emtoda a verdade…”
Jesus. (João. 16:13)
De que maneira vencerá o Espiritismo os obstáculos
que se lhe agigantam à frente? Há companheiros que indagam:-
“Devemos disputar saliência política ou dominar a fortuna
terrestre?” Enquanto isso, outros enfatizam a ilusória necessidade
da guerra verbal a greis ou pessoas.
Dentro do assunto, no entanto, transcrevamos a Questão
n. 799, de “O Livro dos Espíritos”.
Prudente e claro, Kardec formulou, aos orientadores
espirituais de sua obra, a seguinte interrogação; “De que
maneira pode o Espiritismo contribuir para o progresso?” E, na lógica
de sempre, eis que eles responderam:
“Destruindo o materialismo, que é uma das chagas
da sociedade, ele faz que os homens compreendam onde se encontram seus verdadeiros
interesses. Deixando a vida futura de estar velada pela dúvida, o
homem perceberá melhor que, por meio do presente, lhe é dado
preparar o seu futuro. Abolindo os prejuízos de seitas, castas e
cores, ensina aos homens a grande solidariedade que os há de unir
como irmãos.”
Não nos iludamos, com respeito às
nossas tarefas. Somos todos chamados pela Bênção do
Cristo a fazer luz no mundo das consciências – a começar de
nós mesmos -, dissipando as trevas do materialismo ao clarão
da Verdade, não pelo espírito da força, mas pela força
do espírito, a expressar-se em serviço, fraternidade, entendimento
e educação.
Londres, Inglaterra, 10 de Agosto de 1965
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Entrevista com a Dra. Marlene Nobre
Editora Responsável
da Folha Espírita
e Presidente da Associação Médico-Espírita do
Brasil
Primeira Parte
GEAE - Dra Marlene, gostaria inicialmente de pedir-lhe
que nos falasse um pouco sobre seu trabalho editorial na Folha Espírita.
Qual o papel desempenhado por um jornal espírita nos nossos dias?
Dra. Marlene: A
Folha Espírita foi fundada em 18 de
abril de 1974 e dirigida pelo meu marido, Freitas Nobre, durante 16 anos,
até a sua desencarnação, em 19/11/1990. Desde então,
está sob minha responsabilidade no que concerne à parte
intelectual.
Meu marido costumava dizer que o jornal deveria chamar
a atenção do simpatizante do Espiritismo, daquele que passa
distraído pela banca de jornal, de modo a atraí-lo pelo comentário
dos fatos contemporâneos, analisados à luz dos conceitos
de Allan Kardec, de modo a proporcionar-lhe uma visão mais
ampla, mostrando-lhe a realidade subjacente, que está além
das aparências.
Embora o nosso jornal seja de tiragem mensal e ainda
não tenha estrutura de empresa, temos procurado dar continuidade
a essa linha de pensamento, comentando os mais destacados acontecimentos
do dia-a-dia, à luz dos princípios espíritas; divulgando
a obra social e os eventos produzidos pelo movimento; difundindo a excelência
dos ensinamentos, através de artigos e reportagens, que enfatizem
o tríplice aspecto da Doutrina. Para tanto, mantivemos, desde o início,
o suplemento Ciência e Espiritismo, que esteve a cargo, por
cerca de 29 anos, de nosso ilustre amigo, Dr. Hernani Guimarães Andrade,
único cientista e pesquisador espírita brasileiro, recentemente,
falecido (25/4/2003).
Nos últimos anos, criamos outro suplemento, o
Medicina e Espiritismo, a cargo dos participantes das AMEs (Associações
Médico-Espíritas) para alternar com o produzido pelo
engenheiro Andrade, devido ao declínio das forças físicas
do nosso competente colaborador, o presidente do Instituto Brasileiro de
Pesquisas Psicobiofísicas (IBPP). Temos também o suplemento
Família que é acompanhado da Folhinha Espírita,
material dedicado às crianças e jovens e o Cultura e Espiritualidade.
Mantemos um serviço de utilidade pública, divulgando,
gratuitamente, notícias e informações do movimento
espírita do Brasil e do exterior, além das de outras instituições,
voltadas para o bem da coletividade. Há mais de dois anos a
Folha Espírita dá suporte ao programa Portal de Luz,
levado ao ar todas as 4as feiras, das 17 às 17h30 pela TVCom ( às
4as feiras, 17h, canal 14 da NET e TVA, e Eco96, ABCD, sábados, 20h).
Você me pergunta também sobre o papel
desempenhado pelo jornal espírita em nossos dias. Os jornais de hoje,
entre os quais nos incluímos, refletem, de certa forma, os cerca de
três milhões que se declararam espíritas ao Censo, quer
dizer, são mais regionais, de pouca tiragem, em relação
ao número de profitentes, e divulgam, com muito sacrifício,
as realizações de Instituições, bem como as
idéias e interpretações de articulistas de boa vontade,
que procuram dar o melhor de si, na análise de assuntos doutrinários.
Nós, os espíritas, somos uma fatia muito
mini da população, embora não pareça, e ainda
sequer nos conscientizamos da importância do apoio à
divulgação da Doutrina. Por tudo isso, solidarizamo-nos com
todos os que mourejam, como nós, nesse trabalho difícil, lutando,
mês a mês, pela sobrevivência dos periódicos que
dirigem.
Aproveito o espaço que você me dá,
para dizer como imagino deveria ser um jornal espírita. Coloco tudo
no condicional, uma vez que ainda estamos muito longe das estruturas
empresariais necessárias para isso.
Creio que haveria espaço para um jornal de grande
tiragem que conviveria, facilmente, com os de âmbito regional ou institucional.
O primeiro deveria ser o espelho da cultura espírita e, mais que
isso , inserir-se no contexto do mundo que o cerca, comentando os acontecimentos
do dia-a-dia, sem repetir os mesmos enganos da imprensa materialista. Seria
importante que acompanhasse o que acontece no campo das artes, literatura,
filosofia, ciência e espiritualidade, analisando os fatos à
luz do bom-senso e do conhecimento espírita; que investisse
em reportagens construtivas de todo tipo; que investigasse assuntos de interesse
coletivo, encaminhando aos Poderes Constituídos as soluções
encontradas; que divulgasse e comentasse pesquisas científicas,
tanto as espíritas quanto as dos grandes centros de investigação
do mundo, e assim por diante. Mas acima de tudo, penso numa imprensa espírita
com opinião firme, mas sem tricas nem futricas, sem retaliações
e comentários descaridosos, tão ao gosto do paradigma antigo,
o materialista.
Sem dúvida, traçamos o perfil de uma grande
empresa jornalística espírita, um sonho distante, infelizmente,
dada a falta de estrutura financeira e a abertura do próprio movimento
espírita para um divulgação mais ampla e abrangente,
como a Doutrina merece.
Creio que os jornalistas espíritas deveriam ter
como modelo o próprio Codificador. Em uma de suas cartas à
escritora George Sand, ele afirmou que o Espiritismo estava presente em todos
os ramos do conhecimento humano, enfatizando o caráter universal do
ensino dos Espíritos. O jornalista espírita tem, portanto,
o que comentar em qualquer área de atividade humana.
Kardec foi também o editor e único responsável
pela publicação da Revista Espírita, durante
quase 11 anos. Temos, nessa admirável coleção, ótimos
assuntos para garimpar, muito material de inspiração para
as publicações espíritas de nossos dias. Nela,
o Codificador comentou os acontecimentos de seu tempo, tais como obsessões
coletivas e fatos sociais, dando-lhes a interpretação espírita;
desenvolveu inúmeros estudos; respondeu aos detratores gratuitos
com educação e paciência. Se Kardec fosse jornalista
hoje, seguiria a linha dos grandes jornais leigos do país: priorizaria
as reportagens, desenvolveria suplementos, buscaria articulistas de valor,
mas seguiria uma linha editorial própria, sem espaço para
retaliações ou atitudes anti-fraternas. Com Kardec aprendemos
que verdadeiro alvo da imprensa espírita é o combate
ao materialismo.
Emmanuel, na mensagem “Ao Clarão da Verdade”
(Entre Irmãos de Outras Terras, cap.6), ao analisar a questão
799, de “O Livro dos Espíritos” reafirma que a verdadeira missão
do Espiritismo é destruir o materialismo, uma das chagas da sociedade,
mas que devemos aplicar-nos em “fazer luz no mundo das consciências
– a começar de nós mesmos – dissipando as trevas do materialismo
ao clarão da Verdade, não pelo espírito da força,
mas pela força do espírito, a expressar-se em serviço,
fraternidade, entendimento e educação”.
Infelizmente, porém, constatamos que alguns periódicos
e instituições espíritas esquecem-se disso e assumem
atitude equivocada, combatendo-se uns aos outros, dentro de nossas próprias
trincheiras, o que só contribui para o enfraquecimento do nosso
movimento e dos benefícios que a Doutrina pode trazer à humanidade.
GEAE - Qual é a posição da Folha Espírita
Editora Jornalística, dentro das atividades desenvolvidas pela Folha
Espírita? Sabemos que parte significativa de seu tempo também
é dedicada ao trabalho de divulgação do Espiritismo
em congressos e palestras espíritas no Brasil e no exterior. Participando
da divulgação espírita tanto pela palavra falada como
pela escrita, como a senhora vê o papel de cada uma delas?
Dra. Marlene: A Folha Espírita Editora
Jornalística é responsável pela publicação
do jornal, desde o seu surgimento. Depois, em 1990, como fruto da própria
atividade jornalística, passou a produzir livros, publicando,
primeiramente, A Vida Triunfa, pesquisa sobre a mediunidade de Chico
Xavier, de autoria do meu irmão, Paulo Rossi Severino, com a contribuição
de membros da Associação Médico-Espírita de
São Paulo. Desde então, cerca de 40 títulos de
diversos autores já foram publicados, entre os quais os de minha autoria:
Lições de Sabedoria, A Obsessão e Suas Máscaras,
Nossa Vida no Além e O Clamor da Vida.
Creio que a divulgação do Espiritismo
é necessária em todas as áreas e por todos os meios
disponíveis, porque, hoje, há uma grande diversificação
nos canais de comunicação e há público para tudo.
Não faz muito, o Benfeitor Bezerra de Menezes
disse-nos que ainda não poderíamos prescindir da realização
dos Congressos da Associação Médico-Espírita,
uma vez que a mídia, muito dificilmente, abriria espaço para
a exposição de nossas idéias. Os Congressos
constituem, ainda, formas importantes de divulgação do nosso
ideal, tanto para a sociedade encarnada quanto desencarnada, através
deles, são divulgados e discutidos os ensinamentos renovadores do
paradigma espírita.
Sem dúvida, a palavra falada tem grande
poder de persuasão, porque está carregada de magnetismo,
não devendo, portanto, ser negligenciada nas tarefas de comunicação.
Creio, porém, que a divulgação através da palavra
escrita é mais consistente e duradoura, sobretudo, através
do livro, repositório efetivo, ainda insubstituível, de nossas
criações mentais. Não podemos também deixar
de reconhecer o papel extraordinário do espaço cibernético,
da Internet, na divulgação da Doutrina, um trabalho, aliás,
que vocês realizam com muita competência.
Como se vê, fica difícil excluir um desses
recursos, em matéria de difusão do nosso ideal. Embora minha
participação seja insignificante, procuro colaborar, na medida
do possível, nesses diversos campos de expressão do pensamento,
em reconhecimento por tudo quanto recebi e recebo de nossa Doutrina libertadora.
GEAE - É comum ouvirmos comentários
de confrades nossos, externando preocupações sobre a grande
quantidade de livros espíritas publicados, principalmente, romances
mediúnicos. Normalmente não negam que entre eles há
obras de excelente qualidade sendo publicadas, mas argumentam que o grande
número de livros dificulta encontrá-las e mais ainda desnorteia
o principiante que busca os conhecimentos básicos da doutrina. Como
a Folha Espírita vê a questão? Qual a linha editorial
que adotam na seleção dos títulos a serem publicados?
Dra. Marlene: Em 1990, quando fomos levar a Chico
Xavier exemplares do livro, A Vida Triunfa, recém-lançado,
levantei a questão das outras publicações mediúnicas,
que não eram de boa qualidade, indagando: “Não há
nada que se possa fazer?” Sua resposta foi incisiva : “Não, porque
acho que isso é um mercado. Cada lavrador leva ao mercado a produção
que ele consegue obter da terra. Agora o consumidor é que vai dizer,
não é mesmo?”. Este diálogo consta do
livro que organizei, Lições de Sabedoria.
Desde então, continuo a fazer o que fazia antes,
deixo de lado o que não me interessa, sem interferir na semeadura
de quem quer que seja. Reconheço o direito dos autores de colocar
seus produtos em circulação. Compra quem quer.
Não tenho nenhuma vocação para
as chamadas listas de livros proibidos, que lembram o Index do Vaticano;
creio que as pessoas não precisam ser tuteladas. Quando me perguntam
o que acho, se já li a obra, emito minha opinião.
Em nossa editora, publicamos livros que interessam a
uma fatia muito restrita do mercado, a da obra de estudo e cunho
científico; por isso mesmo lutamos com muita dificuldade
para sobreviver. Creio, no entanto, que essa nossa vocação
editorial é natural por eu estar à frente da AME-Brasil e
não vamos fugir dela, uma vez que há muito pouco produzido
nessa área, até agora.
GEAE - Pensando nas realidades econômicas de nosso país,
em que situação estão as editoras espíritas?
A impressão do livro espírita é financeiramente viável?
Há “best sellers” espíritas? Como é tratada a questão
do direito autoral no meio espírita?
Dra. Marlene: Não conheço a situação
financeira de nossas editoras; suponho, no entanto, que algumas devem estar
em situação financeira mais confortável do que outras,
porque possuem autênticos “best sellers”, são mais comerciais,
investem, com segurança, nos seus produtos, como qualquer outra empresa
editorial não espírita.
Chico Xavier tem autênticos “best sellers” e ,
certamente, o produto deles devem estar sendo utilizados em favor de obras
de benemerência, como era do seu desejo; creio que outros médiuns
também os têm, mas não tenho acompanhado nem as cifras
e nem a destinação dos direitos autorais.
Com relação a estes, os contratos variam, em nossa editora,
seguimos o de praxe, com relação aos 10% do total de livros
da edição.
GEAE -Temos reparado que o livro espírita não falta
em nenhuma boa livraria e até mesmo em bancas de jornais é
possível encontrá-lo. Podemos considerar este fato como um
bom sinal? A ampla aceitação da temática espírita
reflete efetivamente uma influência sobre a sociedade ou simplesmente
o livro espírita se tornou um bom produto? O que podemos fazer dentro
do movimento espírita para transformar essa aceitação
em uma verdadeira compreensão da doutrina?
Dra. Marlene: De fato, é um bom sinal
verificarmos a aceitação do livro espírita. Em muitos
lugares, é possível constatar a presença dele, com atendentes
de consultórios, consulentes de bibliotecas, freqüentadores
de locais públicos, passageiros de metrô, avião,
etc.
Este fato comprova mais uma das antecipações
felizes de Allan Kardec. Em A Gênese, o Codificador afirmou
que o “Espiritismo não cria a renovação social;
a madureza da humanidade é que fará dessa renovação
uma necessidade”. O que estamos constatando é uma procura natural
das pessoas por assuntos que vêm de encontro ao que almejam; não
importa se professam outras religiões.
Não devemos nos preocupar com a verdadeira compreensão
da doutrina por parte dos que estão entrando em contato com ela,
apenas através da leitura de livros, nem sempre muito recomendáveis
quanto ao seu conteúdo. É uma questão de tempo; as
pessoas encontrarão o lugar certo, de acordo com o seu grau de assimilação
da verdade, que está sempre condicionada à sua maturidade
espiritual.
Basta observarmos dentro do nosso próprio movimento para não
desejarmos forçar ninguém a trilhar caminhos que ainda não
seguimos; embora tantos cursos e estudos, ainda nos falta muito em matéria
de fraternidade legítima de uns para com os outros e de empenho
no compromisso de renovação com Jesus.
OBS: A foto da Dra. Marlene Nobre utilizada neste artigo foi retirada
da página da
Associação
Médico-Espírita do Brasil
O endereço para contato da Folha Espírita
é:
Av. Pedro Severino, 325
05321-010 - S. Paulo, SP, Brasil
Tel./Fax 55-11-5585.1977
E-mail: folhaespirita@uol.com.br
Enquanto vivem na escuridão, Rubens Santini,
Brasil
Orientações
Práticas para Atividades de Desobsessão
Série de
artigos iniciada no Boletim 449
Dentro do nosso meio Espírita, é comum
encontrarmos pessoas que costumam falar: “É tão difícil
perdoar. Perdoar, perdoar mesmo, somente Jesus é quem tem tal capacidade!
Nós ainda não. Podemos desculpar, apenas!”
Vamos fazer uma pequena comparação. Vou
dar um exemplo bem elementar e rústico. Vamos imaginar uma mãe
falando para o seu pequeno filho de 3 anos: “Filhinho, vista logo a sua
roupa!”. Ele responde: “Ah, manhê, eu não consigo. Vem me ajudar.
Ainda sou pequeno para fazer isto sozinho. Só gente grande consegue
se vestir sozinho”. Para a criança, naquele grau de desenvolvimento,
é algo difícil. Mas, se treinar, se persistir, logo estará
vestindo sozinha a sua roupa.
Será que deu para entender a analogia, levando em conta o grau
de dificuldade em realizar algo, segundo o seu grau de desenvolvimento?
A partir do momento quando falamos “Eu não consigo fazer isto!
Isto é impossível!”, estamos colocando um muro ao nosso redor,
impedindo de realizar algo, que muitas vezes é possível,
através de constantes exercícios. “Para andar mil milhas,
é preciso que se dê o primeiro passo”, já dizia o famoso
filósofo chinês Lao Tse, em “Tao Te King”.
Temos que colocar na nossa mente: “Tudo bem, aquela pessoa me ofendeu,
estou magoado. Mas, no devido tempo, com a ajuda de Jesus, vou conseguir
limpar esta mágoa dentro de mim e perdoar o meu Irmão!”.
É difícil, mas não impossível quando temos
força de vontade e determinação!
Já notaram, em seu interior, a diferença de sensações
que existe entre guardar uma mágoa e um ressentimento, e de quando
conseguimos realmente perdoar alguém?
Quando conseguimos perdoar, a sensação de amargo em nossa
garganta, e a sensação de sufoco em nosso peito, desaparecem.
Uma leveza toma conta dentro de nós.
É um exercício que vale a pena ser praticado!
ANEXO: Divaldo Franco responde
Texto extraído do livro “Qualidade na prática
mediúnica” – Projeto Manuel Philomeno de Miranda – Ed. Leal – Mansão do
Caminho - “2ª Parte: Divaldo Franco Responde”
Pergunta: Qual o requisito para ser um bom doutrinador
e como se conduzir no exercício dessa função?
Divaldo Franco: Para alguém ser um bom doutrinador
não basta ter boa vontade. Recordo-me que, quando estava muito em
voga o termo boa vontade, um Espírito escreveu pela psicografia o
seguinte: - A boa vontade não basta. Já afirmava Goethe que
“não pode haver nada pior de que um indivíduo com grande dose
de boa vontade mas sem discernimento de ação.” – Acontece que
a pessoa de boa vontade, não sabendo desempenhar a função
a contento, termina fazendo uma confusão terrível. Não
é suficiente ter apenas boa vontade, mas saber desempenhar a função.
É melhor uma pessoa com má vontade que saiba fazer corretamente
a tarefa do que outra de boa vontade que não sabe agir. Aliando-se
as duas qualidades o resultado será mais positivo.
O médium doutrinador, que é também
um indivíduo suscetível à influência dos Espíritos,
pode desajustar-se no momento da doutrinação, passando a sintonizar
com a Entidade comunicante e não com o seu Mentor e, ao perturbar-se,
perde a boa direção mental ficando a dizer palavras a esmo.
Observa-se, às vezes, mesmo em reuniões
sérias, que muitos companheiros excelentes, ao invés de serem
objetivos, fazem verdadeiros discursos no atendimento aos Espíritos
sofredores, referindo-se a detalhes que não têm nada com o
problema do comunicante.
Não é necessário ser um técnico, um especialista,
para desempenhar a função de doutrinador. Porém, é
preciso não abdicar do bom senso.
Deste modo, quando o Espírito incorporar, cabe
ao doutrinador acercar-se do médium e escutá-lo para avaliar
o de que ele necessita. Não é recomendável falar-se
antes do comunicante procurando adivinhar aquilo que o aflige. A técnica
ideal, portanto, é ouvir-se o que o Espírito tem a dizer,
para depois orientá-lo, de acordo com o que ele diga, sempre num posicionamento
de conselheiro e nunca de um discutidor. Procurar ser conciso, porque alguém
em perturbação não entende muito do assunto que seu
interlocutor está falando.
Torna-se imprescindível que o dotrinador ausculte
a problemática da Entidade. Por exemplo: o médium está
em estertor e não consegue dizer nada. O doutrinador aproxima-se
e pergunta com delicadeza: - Qual é o seu problema ou dificuldade?
Estamos aqui para lhe ser úteis. Você já percebeu porque
foi trazido a este local? Qual a razão de encontrar-se tão inquieto?
A Entidade retruca: - Eu estou com raiva!
E o doutrinador: - Você já percebeu o quanto
a raiva é prejudicial para a pessoa que a está sentindo?
- Pois eu odeio.
- Mas, tudo nos ensina a amar. Procure superar esse
sentimento destruidor.
O comunicante deve ser encaminhado ao autodescobrimento.
Não adianta falar-lhe sobre pontos doutrinários, porque ele
não se interessa. Vamos ilustrar: Chega uma pessoa com dor de cabeça
e aconselha-se: - Tome um analgésico, descanse, depois vamos conversar.
– Isto significa dar o remédio específico para o problema
do paciente.
No atendimento mediúnico o doutrinador deve ser
breve, porque nas discussões infindáveis e nas doutrinações
que não acabam nunca, o medianeiro se desgasta excessivamente, e
o que se deve fazer é preservá-lo ao máximo.
Pergunta: Durante a doutrinação deve-se
fornecer muitas informações doutrinárias à
Entidade sofredora que se manifesta?
Divaldo Franco: Não. Essa é uma particularidade
que devemos ter em mente.
Coloquemo-nos na posição do comunicante.
Quando alguém está com uma forte enxaqueca, por exemplo, não
adianta nenhum médico se deter na explicação sobre
a origem da doença. A enxaqueca está causando tanto mal-estar
que o indivíduo não assimila nada do que é dito. Ele
deseja apenas um medicamento para o curar o mal.
Quanto menos informações forem dadas melhor.
Os Espíritas, com exceções, é claro, têm
um hábito que não se coaduna com esta atividade: o de usarem
vocabulário específico da Doutrina, esquecendo-se que nem
todo Espírito que se comunica é um adepto do Espiritismo, capaz
de conhecer os seus postulados.
Comunica-se um Espírito e diz-se-lhe: - Você
está desencarnado. – Ele não tem a menor idéia do que
a pessoa está falando. Ou então: - Você precisa afastar-se
do médium, desligar-se. – Tampouco ele entende desta vez. Devemos,
nos lembrar, sempre, que este é um vocabulário específico
da Doutrina Espírita que somente pode ser entendido por Espíritas
praticantes. É o mesmo que um engenheiro eletrônico chegar-se
para outra pessoa e começar a explicar Eletrônica na linguagem
científica. O ouvinte, não entendendo do assunto, demonstra
total desinteresse pelo que está sendo transmitido e, terminada
a explanação, continua no mesmo estado mental.
A função das comunicações
dos Espíritos sofredores tem por finalidade primordial o seu contato
com o fluído animalizado do médium para que ocorra o chamado
choque anímico. Allan Kardec usou a expressão fluido animalizado
ou animal, porque, quando o Espírito se acopla ao sensitivo para
o fenômeno da psicofonia ou psicografia, recebe uma alta carga de energia
animalizada que lhe produz um choque.
Como se pode depreender, às vezes, quando advém
a desencarnação, o psiquismo do Espírito leva com ele
todas as impressões físicas, não se dando a menor conta
do que ocorreu. Ele continua no local do desenlace, estranhando tudo em
sua volta, sem a mínima idéia da cirurgia da morte que aconteceu
há muito tempo.
Quando se dá incorporação, o Espírito
recebe um choque vibratório que o aturde. Se nessa hora forem dadas
muitas informações, este estado se complica ainda mais e a
Entidade não assimila, como seria de desejar, o socorro de emergência
a ser ministrado.
O doutrinador deve ser breve, simples e, sobretudo,
gentil, para que o desencarnado receba mais pelas suas vibrações
do que pelas suas palavras.
Imaginemos alguém que teve uma parada cardíaca
e subitamente desperta num Hospital de Pronto Socorro com uma sensação
de desmaio. A situação é comparável ao despertar
pela manhã depois de uma noite de sono. Qual a nossa reação
psicológica se alguém, aproximando-se da nossa cama, nessa
hora nos diz: - Você já morreu. – Damos uma risada e respondemos:
- Qual nada! Estou aqui no quarto acordado. – E continuamos, no entanto,
a manter as impressões do sono. No caso de um Espírito desencarnado
que se comunica, nesse momento é a vibração do interlocutor
que vai torná-lo mais seguro, embora as palavras ditas suscitem nele
alguns conflitos. Somente são necessários alguns esclarecimentos
preparatórios para que os Mentores façam-se recordar-se da
desencarnação em outra ocasião.
Em casos especiais é viável, quando o
Espírito permite, dizer-se que a sua desencarnação foi
consumada, pois toda regra é adaptável às circunstâncias.
Chega por exemplo, um Espírito dizendo: - Estou sofrendo há
muito tempo, não consigo livrar-me desta dor desconfortável.
– Redargue o doutrinador: - Você já notou o que lhe aconteceu?
Há muito tempo você está sentindo esta dor? – E o diálogo
prossegue:
- Ah! Eu não me lembro. Não tenho a menor idéia.
- Meu amigo, isto é preocupante. Veja bem, examine-se, observe,
onde você se encontra. Você sabe que lugar é este?
- Não sei.
- Você se encontra entre amigos. Note a
forma como está falando. Você já percebeu que se está
expressando através de outra pessoa?
O Espírito vai ficar surpreso porque está
convencido de estar falando com os seus próprios recursos. Terminada
a pausa, o diálogo continua:
- Você já notou que até agora
esteve falando e ninguém lhe respondia, enquanto neste momento estou
lhe respondendo? Sabe o porquê? Note que até agora tem pedido
ajuda e ninguém lhe apareceu, qual a razão disto?
Enfim o doutrinador deve fazê-lo perceber, gentilmente,
que algo aconteceu e ele não se deu conta.(...) Não
há, pois, justificativa para a preocupação de dar-se
muitos informes. É como dizer-se para uma criança o que ela
não tem condição de assimilar. Não adianta falar
muito. Tem que ser prático e objetivo. (...) Às vezes, o doutrinador
fala em demasia, e não deixa o Espírito expor o seu problema.
Observa-se com freqüência um hábito que deve ser eliminado:
o médium apresenta os primeiros estertores – e isso depende da organização
nervosa ou da constituição psicológica do sensitivo
– e logo o doutrinador, aproximando-se, e sem ouvir o problema da Entidade,
propõe: - Tenha calma, tenha calma ...
O Espírito, nem sequer disse uma palavra, e já
foi tolhido de falar.
Necessário deixar-se que a comunicação
se dê, para o doutrinador sentir o problema do comunicante, a fim
de encontrar a forma mais sensata de atendê-lo.
Se o Espírito está gemendo, ouve-se dizer:
- Venha com Deus ou venha na paz de Deus.
Existe uma outra fórmula muito corriqueira, que
se costuma usar:
- Ore, pense em Deus.
São chavões que não levam a lugar
nenhum. O doutrinador tem primeiro que ouvir as alegações
da Entidade, para depois iniciar a argumentação específica,
como se faz no relacionamento humano. Se alguém está chorando
não se diz: - Calma, calma, não chore, não chore...
– Deixa-se a pessoa chorar um pouco, e depois pergunta-se: - Qual é
o problema? Por que está chorando tanto?
Damos um outro exemplo:
Aproxima-se de nós uma pessoa muito nervosa,
e se quisermos atendê-la, dizemos: - Pois não... – E mantemo-nos
em silêncio até a outra extravasar os sentimentos. Depois é
que a interrogamos. Interrogar na hora do desespero cria confusão
e a irritação acontece, prejudicando o êxito do atendimento.
Portanto, poucas informações são
um sinal de bom senso. (...)
Na hipótese da Entidade recalcitrar na teimosia, deve-se-lhe dizer:
- Você veio aqui em busca de ajuda, deixe-me ajudá-lo.
Tratando-se de Espíritos perturbadores que, por
princípio, se deduz que sabem o estado em que se encontram,
agindo, portanto, com intenção maléfica, o doutrinador
usa outra técnica. Aliás, é bom alertar: a tática
do obsessor é discutir para ganhar tempo e perturbar o ambiente. Enquanto
está discutindo, irradia vibração desagradável
que a todos irrita e provoca mal-estar; enfraquece-se o círculo vibratório
e ele se torna senhor das mentes que emitem animosidade na sua direção.
(...)
Nota-se que o número de obsidiados que se curam
hoje, é bem menor do que nos primórdios. A razão disso,
é porque o Espiritismo em muitos corações tem tido
o efeito de uma reunião social, de um clube em que a pessoa vai participar
com certa unção mas, saindo dali acabou-se, não mais
se interessa, tem a vida profana normal, é o homem social comum,
e por isso, os Espíritos que nos observam não acreditam em
nossas palavras. Os vingativos não abandonam as vítimas que
não demonstrem propósitos de melhorar-se intimamente, nem também
levam em consideração as palavras destituídas do respaldo
dos bons atos.
Desta forma, quando convivermos com os obsessores, a
melhor técnica é não discutir com eles, porque são
faladores e têm o objetivo de confundir; principalmente os inimigos
do ideal superior, as Entidades “religiosas”, frias, cínicas, sofistas.
A atitude do doutrinador deve ser sempre pacifíca
e gentil. Caso percebamos a intenção do Espírito em
demorar-se além do necessário, digamo-lhe: - Agora, você
pode ir-se. Já lhe atendemos conforme podíamos. Vamos aplicar-lhe
uma medicação, - e utiliza-se da indução hipnótica.
Às vezes o Espírito reage, mas a medicação
faz efeito, porque, quando tomamos esta postura, os Mentores Espirituais
aplicam-lhes sedativo indispensável para o tratamento específico
– hipnose ou certos produtos de origem espiritual que os anestesiam – e retiram-se.
Esta é a técnica ideal.
ASSISTÊNCIA
Pergunta: A função do médium
e a do doutrinador, nas práticas mediúnicas, são facilmente
identificadas. De que forma os outros integrantes de uma reunião
mediúnica devem participar? Eles se tornarão um dia médiuns
ou doutrinadores?
Divaldo Franco: O capítulo XXIV de O Envagelho
Segundo o Espiritismo dá-nos a resposta. No estudo ali realizado,
Allan Kardec refere-se à mediunidade como sendo uma certa predisposição
orgânica inerente a todas as pessoas, como a faculdade de ver, de
falar, de ouvir, ...
Numa prática mediúnica temos três
elementos básicos no plano físico: o doutrinador, o médium
(de psicografia, psicofonia ou de outra faculdade qualquer, como a clarividência,
clariaudiência) e o assistente, que não é platéia.
A prática mediúnica sempre faz recordar
uma sala cirúrgica, onde existem as equipes de cirurgiões,
paramédica e de auxiliares. Todos eles em função do
paciente, que é o Espírito sofredor.
O trabalho mediúnico pode ter o caráter
simultâneo de educação do médium e de desobsessão.
De educação, porque somos sempre principiantes; e de desobsessão,
porque os Benfeitores espirituais trazem Espíritos perversos, imbuídos
de sentimentos maus, perseguidores contumazes para serem doutrinados.
Todos já conhecemos as funções do doutrinador e
do médium. Todavia, nem sempre isto acontece quando se trata do assistente,
que não sabe como conduzir-se.
Numa sala cirúrgica o assistente é alguém sempre
disposto a cooperar com o que seja necessário. (...)
Não raro, o doutrinador fica sindicando, num
diálogo ainda não direcionado, para identificar o problema
que traz o comunicante e assim conversar com segurança. Além
disso, o doutrinador, às vezes, se equivoca, o que é natural
e humano. Inicia a doutrinação de uma forma, que não
corresponde à necessidade do Espírito, e os Mentores sentem
dificuldade em induzi-lo para que haja uma boa recepção. No
entanto, um assistente pode identificar perfeitamente o problema. Cabe-lhe,
neste caso, concentrar-se, ajudando o doutrinador, enviando mentalmente
mensagem acertada para que ele encontre a diretriz segura na orientação
a ser ministrada.
É muito comum, em todos os grupos, por indisciplina
mental dos assistentes, quando se trata de Entidade zombeteira ou perversa,
fazer-se o jogo do desencarnado, não colaborando com o doutrinador,
principalmente quando se trata de discussão que, aliás, deve
ser sempre evitada.
Freqüentemente o assistente fica torcendo para
que o Espírito perturbado vença a querela e até sente
uma certa euforia quando nota o embaraço do orientador. Não
se dá conta que, nesse estado mental, entra em sintonia com o Espírito
malfazejo, que exterioriza uma radiação capaz de ser absorvida
por qualquer pessoa na mesma faixa mental.
Ou seja, o assistente tem um papel preponderante para
o êxito do trabalho mediúnico. Se, às vezes, o processo
das comunicações não ocorrendo com sucesso, em grande
parte a responsabilidade é da equipe auxiliar. São a eficiência
e a qualidade do trabalho dessa equipe que sustentam o valor da obra.
Por outro lado, nos trabalhos medúnicos, o assistente
deve aproveitar o momento para meditar, acompanhando as comunicações,
ao invés de se deixar envolver pelo cochilo. Realmente, fica monótono
o transcorrer de uma prática mediúnica, quando a pessoa não
se integra nos detalhes do que ali acontece. Somente assim procedendo consegue
o assistente libertar-se do desejo de dormir ou de ser acometido por mal-estar,
o que sempre ocorre quando a pessoa não se concentra para acompanhar
atentamente as comunicações que estão acontecendo.
(...)
Por fim, todos os assistentes devem manter-se em atitude
receptiva, porque a manifestação mediúnica pode irromper
a qualquer momento, em qualquer um deles, não necessariamente com
caráter obsessivo, mas também inspirativo positivo. Pode surgir
uma idéia edificante, um pensamento feliz, e cabe, à pessoa,
no momento de silêncio, exteriorizar essa emoção, que
pode ser um começo de uma manifestação no desdobramento
de faculdades embrionárias.
Desta forma, o assistente deve colaborar positivamente
com as suas emissões positivas no transcorrer das comunicações,
pois ele é uma espécie de auxiliar de enfermagem na cirurgia
mediúnica. De sua mente devem sair recursos energéticos para
o trabalho anestésico a benefício do paciente desencarnado.
A sua participação deve ser ativa e vigilante em todas as
atividades ocorridas durante os trabalhos ali desenvolvidos. Suplicando ajuda
espiritual, acompanhando e observando os diálogos, ele se transforma
numa peça imprescindível na cooperação para o
bom êxito das tarefas de intercâmbio espiritual.(...)
Pergunta: Quando um dos componentes da prática
mediúnica percebe que determinada doutrinação não
está sendo bem conduzida, ele pode ou deve interferir? Qual o momento
adequado? De que forma?
Divaldo Franco: O ideal será a pessoa ficar colaborando através
das vibrações e da atitude oracional. Excepcionalmente, a
depender do laço de confiança e da humildade do doutrinador,
pode-se dizer: “Fulano, você não acha que se aplicássemos
tal recurso não seria melhor?”
Notando-se qualquer sinal de agastamento, por parte
do doutrinador, deve-se imediatamente calar.
Com freqüência ocorre o assistente sintonizar
melhor do que aquele que está doutrinando. Isto porque, quando alguém
se aproxima do médium que está dando a comunicação,
se contamina com as vibrações do Espírito comunicante
e aquela irradiação envolvente, quando negativa, leva o doutrinador
a entrar num verdadeiro pugilato com o Espírito, em decorrência
do envolvimento emocional.
Torna-se difícil para alguém inexperiente
manter o tipo de serenidade capaz de impedir esta contaminação.
Por isso não é recomendável que
os doutrinadores sejam médiuns atuantes, para que não haja
facilidade de assimilação da carga fluídica do comunicante.
Ao assimilá-la, deixa-se envolver pelas provocações
do Espírito.
PALAVRA
Pergunta: A terapia básica do doutrinador
é a palavra. É sobre ela e com recursos complementares que
as demais terapias serão aplicadas. Com o auxílio de que indicadores
podemos avaliar a eficácia dessa terapia?
Resposta do Projeto Manuel Philomeno de Miranda:
Iremos apenas sistematizar alguns itens para facilitar a avaliação
da reunião mediúnica sob esse aspecto:
Móvel da comunicação identificado:
esse é o item fundamental. Se o doutrinador percebe o problema do
Espírito, a terapia pode chegar a bom termo. Em caso negativo o trabalho
se restringirá ao choque anímico podendo inclusive sofrer
prejuízos, o Espírito e o médium. Alguns Espíritos
expressam claramente o seu problema; outros o disfarçam, quando não
é o caso de dificuldades inerentes ao próprio médium
que não consegue interpretar a mensagem lucidamente. Não seja
isso, todavia, uma dificuldade insuperável, mas um teste a ser vencido
pela carga de sentimentos elevados que o doutrinador deve colocar no seu
trabalho.
Bons atendimentos ficarão por conta sempre, de
doutrinadores de percepção rápida, com intuição
clara, tato psicológico, empáticos e otimistas.
Diálogo sustentado é a base sobre a qual
se estabelecerá o entendimento. Haverá de saber o doutrinador,
ouvir e tomar a fala na hora certa, para tornar a cedê-lo em seguida,
para receber o feed back que abrirá espaço para o padrão
de Qualidade seguinte.
Espírito induzido à reflexão:
João Cléofas, em Intercâmbio Mediúnico, psicografia
de Divaldo P. Franco, ensina que dialogar com esses companheiros que pedem
espaço através da mediunidade, é a arte de compreender,
psicologicamente, a dor dos enfermos que ignoram a doença em que
se debatem, usando a palavra oportuna e concisa qual um bisturi que opera
com rapidez, preparando o paciente para uma terapia de longo curso. Por
isso, propõe que se não tenha a pretensão de erradicar,
naqueles breves minutos de diálogo, problemáticas profundamente
enraizadas mas que se aponte o rumo, despertando esses sofredores desencarnados
para uma visão mais alta e otimista da vida, por meio de cujos recursos
os realmente interessados no próprio progresso porão em prática
as reflexões e orientações recebidas.
Pelo interesse revelado pelo Espírito atendido
saberá o doutrinador que aquele diálogo induziu o ser desencarnado
a uma reflexão que poderá frutificar no amanhã.
Constitui-se momento extremamente feliz para o grupo
quando alguns, dentre os muitos Espíritos que foram atendidos na
reunião, voltam para agradecer.
Notas da
Liga de Historiadores e Pesquisadores Espíritas - LIHPE
REVISTAS ELETRÔNICAS
Para as pessoas que se interessam por História tanto
do ponto de vista de Técnicas Metodológicas como de assuntos
mais específicos, recomendamos dois boletins eletrônicos de
boa qualidade, enviados por e-mail e com preciosas informações
para o pesquisador:
http://www.nethistoria.com/ e
http://www.klepsidra.net/
LIVROS
Durante as comemorações dos 50 anos de fundação
do Lar Infantil Marília Barbosa, de Cambé, Paraná,
será lançado o livro "Hugo Gonçalves e o Homem que
se Lembra do Sermão da Montanha". Escrito por Geraldo Peixoto de Luna.
O livro trata da biografia do diretor do jornal O Imortal desde sua vinda
de Portugal até os dias de hoje. Aos 90 anos de idade Hugo Gonçalves
se relacionou com grandes vultos do espiritismo no Brasil entre eles Caibar
Schutel. Com belas ilustrações este livro conta uma história
que não deve ser esquecida.
VISITA
Recebemos no mês de abril a visita de Hermano
Francisco e sua esposa María Jesús Riquelme vindos de Murcia
na Espanha. Hermano Francisco é membro da Comunidad Espírita
Cristiana del Hermano Pedro "El Gran Córazon", diretor da revista
El Gran Corazon e Fundador e atual presidente da Unión Internacional
de Espiritistas Cristianos que congrega Instituições da Espanha,
Cuba, Equador, Argentina e Brasil. A visita teve a finalidade de programar
futuros intercâmbios. Recepcionando os confrades espanhóis estiveram
presentes Dr. Paulo Toledo Machado, Milton B. Piedade e Elza Mazzonetto Machado.
O casal fez visita ao Museu Espírita de São Paulo e depois
do almoço conheceu a feira de livros de Santo André. O site
do grupo espanhol pode ser encontrado em:
http://www.grancorazon.org/
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As Irmãs
Fox, Conan Doyle e o Espiritismo Brasileiro, Jáder Sampaio, Brasil
O Papel das Irmãs Fox para o Espiritismo Brasileiro
Contemporâneo
Creio ter sido exaustivo na exposição de
motivos, fatos e documentos, apesar de não ter tido acesso a fontes
primárias. Mesmo assim, cabe mais uma análise o comentário
da repórter brasileira. Qual o papel das irmãs Fox para o Espiritismo
brasileiro?
O lugar histórico das irmãs Fox para o
movimento espírita e o chamado “modern spiritualism” norte-americano
e europeu foi o de pessoas cuja faculdade se tornou notória e atraiu
a atenção da sociedade e da academia, gerando um volume enorme
de estudos, pesquisas e discussões. Elas são um marco arbitrado
pelos escritores de história do Espiritismo para iniciar sua descrição
de um movimento social do século XIX. Ainda que fossem uma fraude
completa, o que creio ter discutido suficientemente com base no trabalho de
Conan Doyle e de outros autores, o Espiritismo brasileiro hoje não
é um corpo de doutrina que tem por base as comunicações
dos espíritos que se manifestavam por intermédio delas. Pelo
contrário, Kardec teve o bom senso de trabalhar com múltiplos
médiuns, de grupos e países diversos, e de não propor
verdades absolutas, legando-nos uma mentalidade crítica. Temos acesso
e estudamos obras produzidas em diferentes pontos do globo, escritas por estudiosos,
obtidas pela via mediúnica ou resultado de pesquisas conduzidas em
academias.
Sua contribuição, portanto, não
exige que as idealizemos, ou as transformemos em heroínas, ocultando
seus defeitos, mas que as compreendamos como pessoas que dentro de suas fragilidades
e limitações, enfrentaram a intolerância de uma época
e deram uma contribuição importante para que hoje pudéssemos
ter acesso a tantas sociedades e grupos organizados, preocupados em entender
o significado dos fenômenos espirituais.
Fontes Bibliográficas
ABREU, Canuto. O evangelho por fora. São Paulo: LFU, 1996.
DELANNE, Gabriel. Os tempos modernos, in: O fenômeno espírita.
Rio de Janeiro: FEB, 1992.
DOYLE, Arthur Conan. História do Espiritismo. São Paulo:
Pensamento, s.n. [Originalmente publicado em 1926]
GIBIER, Paul. Origens do Espiritismo. In: O Espiritismo. Rio de Janeiro:
FEB, 1980.
INARDI, Massimo. A história da parapsicologia. Lisboa: Edições
70, 1979
LOUREIRO, Carlos Bernardo. As irmãs Fox. In: As mulheres médiuns.
Rio de Janeiro: FEB, 1996.
RINN, Joseph. Searchlight on psychical research. New York: Rider and Company,
1954.
RUSH, Joseph. Findings from experimental PK research. In: EDGE, H. et
al. Foundations of parapsychology. Boston-USA: Routledge & Kegan Paul,
1986.
SILVA, Eliane M. O espiritualismo no século XIX. CAMPINAS-SP: UNICAMP,
1997. [Coleção Textos Didáticos, no. 27]
VARELLA, Flávia. À nossa moda, Veja, no. 1659, p. 78-82,
26 de julho de 2000.
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Centros de Forças, Elzio F. de Souza, Brasil
(Questão apresentada no
Boletim 454)
Caro Iglesia.
Informe à confreira Jussara que ela encontrará um artigo
sobre Corpos Espirituais e Chacras (de minha autoria) no livro Saúde
e Espiritismo, publicado pela Folha Espírita. No artigo', há
um estudo comparativo, além de referências às observações
mediúnicas sobre chacras feitas em nosso grupo. Em português,
ela poderá consultar os livros de Leadbeater, Karagulla, Motoyama
e Bentov. Eles são publicados pela Cultrix/Pensamento, embora haja
um livro de Karagulla publicado por uma instituição de Niterói.
No mercado, há muito livro sobre o assunto no estilo de fazer dinheiro.
A bibliografia estrangeira é muito grande. No artigo acima, existe
uma bibliografia parcial sobre o assunto, somente de livros citados e recomendáveis
para o estudo.
Paz - Elzio
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Conde Rochester, Elzio F. de Souza, Brasil
(Questão apresentada no
Boletim 454)
A confreira Bettina Mueller pede informações
sobre a obra de Rochester. Bem, existe uma tese defendida na Universidade
de São Paulo, pela Mestra Rhais Montenegro Chinellato intitulada
-- O Espírito da Paraliteratura; um estudo da obra psicográfica
de John Wilmot Rochester, publicada pelo Editorial Espírita
Radhu, cujo endereço era R. Maria Oliano Gerrassi 288 - SP. A editora
é dirigida pela confreira e médium Marilusa Vasconcelos.
Existe um livro sobre a vida em inglês Works of the Earl of Rochester
(The) (1995). Atualmente, uma série de editoras estão
publicando as obras de Rochester - FEB, LAKE, BOA NOVA, LÚMEN. Existe
ainda uma outra editora, cujo nome me foge no momento. Parece ser Editora
Conhecimento, ou coisa parecida. Ela facilmente encontrará nas livrarias.
Paz - Elzio
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Conde
Rochester, Cristian Fernandes, Brasil
Amigos,
Li no Boletim
GEAE 454 a solicitação
da companheira Bettina, sobre o site do Conde Rochester. Na ocasião
em que ela visitou o site, eu era o editor e ele estava sendo atualizado
com uma série de informações. Tivemos, porém,
alguns problemas, tanto com o domínio onde ele estava hospedado (espiritismo.com),
como com a confecção do mesmo. Estamos trabalhando num projeto
para retorná-lo ao ar, em novo endereço e muito mais completo.
Indico para a Bettina e outros companheiros interessados, que se inscrevam
na lista de discussões da literatura do Conde Rochester, que pode
ser acessada no endereço
http://br.groups.yahoo.com/group/jwrochester/.
A lista tem mais de mil mensagens postadas, cerca de 50 associados, links
para outros sites com informações sobre o autor e uma série
de arquivos com biografias, resumos de livros, fotos e artigos interessantes.
Para ter acesso a todas informações, é preciso inscrever-se
na lista.
Assim que tiver novidades sobre o "retorno" do site, entro
em contato com o Boletim.
Um grande abraço e muito sucesso a todos!
Cristian Fernandes
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Sobre o Perispírito, Jáder Sampaio, Brasil
Prezado Carlos,
Desconheço na literatura espírita algum
texto compreensivo que focalize esta questão. Passo, então,
à forma com que tenho entendido este problema e outros que tratam
do perispírito.
Uma analogia que talvez ilustre bem este problema é
a da limalha de ferro que se alinha segundo o traçado do campo magnético
dos ímãs. O espírito (entendido aqui como princípio
espiritual) se assemelharia ao campo enquanto que o perispírito à
limalha. Neste caso, ao trocar-se de planeta, apenas se estaria trocando
de limalha de ferro (perispírito), mas o ímã (espírito,
gerador do "campo" espiritual) continuaria o mesmo.
Outro fenômeno que também pode ser utilizado
para fins de analogia são as ondas portadoras das telecomunicações.
Segundo meus antigos estudos de eletrônica, uma onda de alta freqüência
pode vir a se comportar como portadora de uma onda de freqüencia menor,
como se se "fundissem" em uma só. É o princípio utilizado
para a radiotransmissão, em que se fundem uma onda de alta freqüencia
a uma onda do espectro de som, o que permite uma transmissão à
distância. O receptor (aparelho de rádio) capta a onda de alta
freqüência (da ordem dos milhões de Hz ou MHz, no caso
da FM) e a "separa" da onda de frequência de som (de ordem inferior
aos milhares de Hz), conduzindo esta última aos circuitos de amplificação
e aos transdutores (neste caso as "caixas de som") que transformam energia
elétrica em ondas sonoras. Assim, sendo o espírito a fonte
dos pensamentos, ele funcionaria como a "portadora" para a materia perispiritual,
que é retirada do ambiente onde o espirito se encontra.
Estas analogias situam o perispírito na condição
de intermediário das faculdades do espírito, e vale aqui os
princípios da mecânica ondulatória de Louis de Broglie
ou do eletromagnetismo (no que tange à intercambialização
entre campo magnético e campo elétrico, que são expressões
de um mesmo tipo de energia), como bem o fez André Luiz, em Mecanismos
da Mediunidade. Com isto quero dizer que o perispírito tanto é
capaz de conduzir as alterações do campo espiritual para o
corpo físico quanto o contrário, como diversas vezes afirma
Kardec e este instrutor espiritual.
Como ainda não temos maiores informações
sobre a física do perispírito, fica difícil propor
experimentos que demonstrem objetivamente suas faculdades e mais difícil
ainda pensar-se em aparelhos que registrem suas relações com
o corpo, que dirá com o espírito. Que diríamos, então,
do estudo da troca de perispírito em planetas diferentes! Ficamos,
portanto, no mundo das especulações de base racional que estão
a um palmo do misticismo. Talvez também por isto os espíritos
sejam tão reticentes no desenvolvimento destas idéias e na
abordagem destes temas.
Fraternalmente,
Jáder Sampaio - LIHPE
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Sobre o
Perispírito, Marcelo, Brasil
(Questão apresentada no
Boletim do GEAE 451 - e-mail
comentando o do Jáder Sampaio, apresentado acima)
Bem... estou na mesma situação... mas acredito que talvez
vc tenha esquecido a questão da reverberação do Som...
que também se dá por ondas.... e que através de oitavas
é capaz de criar um ambiente com variados matizes da mesma nota musical...
Assim entendo a possibilidade de um espírito, ao pensar, trazer
para si elementos de variados matizes em relação as energias
e fluidos ambientais, desde aqueles mais grosseiros (elementos quimicos
mesmo) de que trata Allan Kardec na codificação (acredito que
no livro dos Médiuns), assim como outros mais sútis e voláteis
(até - no sentido de que os pensamentos se agregam ao perispírito
e o transformam de forma a sempre o perispírito estar atualizado)...
Se algo eu acho que deveria ser acrescentado, seria isso... Mas suas
explicações são claras e lógicas
Grato
Marcelo - LIHPE
Retorno ao Índice
Palestra sobre a Epífese na Sociedade Espírita
“O Consolador”, Fábio, Brasil
EPÍFISE: A GLÂNDULA
DA MEDIUNIDADE
Palestrante: Otaciro
Rangel Nascimento
Domingo, 18/05/2003, 10:30 h
Local: Sociedade Espirita “O Consolador”
Av. Sebastião Aparecido Lopes, 201, Santana - Araraquara,
SP
Otaciro Rangel Nascimento é professor
do Instituto de Física da USP-São Carlos, é
especialista em biofiísica molecular (endereço da página
do Otaciro:
http://www.ifqsc.sc.usp.br/cgi-local/w3-msql/Gera_PadraoProf.htm?cod_obj=155).
No movimento espírita é trabalhador do Centro Espírita
"Obreiros do Bem" em São Carlos e um grande colaborador, através
de suas pesquisas, palestras e seminários com os centros espíritas
de Araraquara. Alguns seminários apresentados pelo Otaciro: "
O
perispírito"; "
Mediunidade e obsessão" este último
apresentado no Congresso Espírita Estadual do estado de Goiás
em 2001.
A Sociedade Espírita
"O Consolador", foi fundada 1990. Atualamente é presedida pela
D. Léa V. Canutti Fazan. É trabalhadora de "O Consolador",
a D. Wanda Canutti, a médium que escreve os livros de Eça
de Queiroz, "Getúlio em dois mundos", "Um amor eterno", "O
bem e o mal" (o mais recente), e outros.
A idéia da palestra com tal título surgiu
na mocidade "O Consolador", quando, em um dos domingos de estudo, surgiram
algumas dúvidas sobre o tema. Lembramos prontamente de uma pesquisa
certa vez apresentada pelo Otaciro, e de sua capacidade de explicar temas
complexos e cheios de jargões científicos em uma linguagem
mais acessível, assim, resolvemos convidá-lo para uma
palestra sobre a epífese. O tema : "Epífese: a glândula
da mediunidade" foi sugerida pelo próprio Otaciro.
Agradeço muito a
sua atenção, um abraço faternal,
Fábio
(participante da Mocidade Espírita "O Consolador")
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GRUPO DE ESTUDOS AVANÇADOS
ESPÍRITAS
Informações Gerais - http://www.geae.inf.br/pt/faq
Conselho Editorial - editor@geae.inf.br
Coleção dos Boletins em Português - http://www.geae.inf.br/pt/boletins
Coleção do "The Spiritist Messenger" - http://www.geae.inf.br/en/boletins
Coleção do "Mensajero Espírita" - http://www.geae.inf.br/el/boletins