Boletim GEAE
Grupo de Estudos Avançados
Espíritas
http://www.geae.inf.br
Fundado em 15 de outubro de 1992
Boletim Quinzenal de Distribuição
Eletrônica
"Fé inabalável é
somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em todas
as épocas da humanidade", Allan Kardec
Ano 11 - Número
453 - 2003
8 de abril de 2003
Editorial
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Causas Atuais das Aflições, O Evangelho
Segundo o Espiritismo
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Artigos
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Enquanto Vivem na Escuridão, Rubens
Santini, Brasil
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Comunicações de Allan Kardec –
Revista Espírita – Ano 1869
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Estudar nunca é demais, Geraldo Campetti,
Brasil
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História
& Pesquisa
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Documentar é Preservar a História,
Marcus Monteiro, Brasil
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A Presença da Mulher no Espiritismo, ICESP
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As Irmãs Fox, Conan Doyle e o Espiritismo Brasileiro,
Jáder Sampaio, Brasil
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Questões
e Comentários
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Sobre Jesus e os Apóstolos, Leando Soares,
Brasil
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Painel
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Notícias
sobre o 12º Congresso Estadual da USE
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Causas Atuais das Aflições, O Evangelho Segundo
o Espiritismo
De duas espécies são as vicissitudes da
vida, ou, se o preferirem, promanam de duas fontes bem diferentes, que importa
distinguir. Umas têm sua causa na vida presente; outras, fora desta
vida.
Remontando-se à origem dos males terrestres, reconhecer-se-á
que muitos são conseqüência natural do caráter
e do proceder dos que os suportam.
Quantos homens caem por sua própria culpa! Quantos são
vítimas de sua imprevidência, de seu orgulho e de sua ambição!
Quantos se arruinam por falta de ordem, de perseverança, pelo
mau proceder, ou por não terem sabido limitar seus desejos!
Quantas uniões desgraçadas, porque resultaram de um cálculo
de interesse ou de vaidade e nas quais o coração não
tomou parte alguma!
Quantas dissensões e funestas disputas se teriam evitado com um
pouco de moderação e menos suscetibilidade!
Quantas doenças e enfermidades decorrem da intemperança
e dos excessos de todo gênero!
Quantos pais são infelizes com seus filhos, porque
não lhes combateram desde o princípio as más tendências!
Por fraqueza, ou indiferença, deixaram que neles se desenvolvessem
os germens do orgulho, do egoísmo e da tola vaidade, que produzem
a secura do coração; depois, mais tarde, quando colhem o que
semearam, admiram-se e se afligem da falta de deferência com que
são tratados e da ingratidão deles.
Interroguem friamente suas consciências todos os que são
feridos no coração pelas vicissitudes e decepções
da vida; remontem passo a passo à origem dos males que os torturam
e verifiquem se, as mais das vezes, não poderão dizer: Se
eu houvesse feito, ou deixado de fazer tal coisa, não estaria em semelhante
condição.
A quem, então, há de o homem responsabilizar por todas
essas aflições, senão a si mesmo? O homem, pois, em
grande número de casos, é o causador de seus próprios
infortúnios; mas, em vez de reconhecê-lo, acha mais simples,
menos humilhante para a sua vaidade acusar a sorte, a Providência,
a má fortuna, a má estrela, ao passo que a má estrela
é apenas a sua incúria.
Os males dessa natureza fornecem, indubitavelmente, um notável
contingente ao cômputo das vicissitudes da vida. O homem as evitará
quando trabalhar por se melhorar moralmente, tanto quanto intelectualmente.
A lei humana atinge certas faltas e as pune. Pode, então, o condenado
reconhecer que sofre a conseqüência do que fez. Mas a lei não
atinge, nem pode atingir todas as faltas; incide especialmente sobre as que
trazem prejuízo â sociedade e não sobre as que só
prejudicam os que as cometem, Deus, porém, quer que todas as suas
criaturas progridam e, portanto, não deixa impune qualquer desvio do
caminho reto, Não há falta alguma, por mais leve que seja, nenhuma
infração da sua lei, que não acarrete forçosas
e inevitáveis conseqüências, mais ou menos deploráveis.
Daí se segue que, nas pequenas coisas, como nas grandes, o homem é
sempre punido por aquilo em que pecou. os sofrimentos que decorrem do pecado
são-lhe uma advertência de que procedeu mal. Dão-lhe
experiência, fazem-lhe sentir a diferença existente entre o bem
e o mal e a necessidade de se melhorar para, de futuro, evitar o que lhe
originou uma fonte de amarguras; sem o que, motivo não haveria para
que se emendasse. Confiante na impunidade, retardaria seu avanço
e, conseqüentemente, a sua felicidade futura.
Entretanto, a experiência, algumas vezes, chega um pouco tarde:
quando a vida já foi desperdiçada e turbada; quando as forças
já estão gastas e sem remédio o mal, Põe-se
então o homem a dizer: "Se no começo dos meus dias eu soubera
o que sei hoje, quantos passos em falso teria evitado! Se houvesse de recomeçar,
conduzir-me-ia de outra maneira. No entanto, já não há
mais tempo!" Como o obreiro preguiçoso, que diz: "Perdi o meu dia",
também ele diz: "Perdi a minha vida". Contudo, assim como para o obreiro
o Sol se levanta no dia seguinte, permitindo-lhe neste reparar o tempo
perdido, também para o homem, após a noite do túmulo,
brilhará o Sol de uma nova vida, em que lhe será possível
aproveitar a experiência do passado e suas boas resoluções
para o futuro.
Do cap. V - Bem-aventurados os aflitos
- do "Evangelho Segundo o Espiritismo", Allan Kardec, tradução
de Guillon Ribeiro, FEB
Os Editores
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Enquanto
vivem na escuridão, Rubens Santini, Brasil
Orientações
Práticas para Atividades de Desobsessão
Série de
artigos iniciada no Boletim 449
IX - Amor e Ódio: duas faces de uma
só realidade
(15)”Suponhamos que a esposa nos traia, que o filho
nos rejeite, que o dinheiro ou o poder nos sejam arrebatados. Passamos imediatamente
a odiar os que nos privaram da posse daquilo que amamos ou valorizamos.
Com isto, percebemos que amor e ódio são duas faces de uma
só realidade, luz e sombra, que em determinado ponto absorveram-se
uma na outra, criando uma opressiva atmosfera de penumbra, na qual perdemos
a visão dos caminhos e o senso de direção. Para desfazer
esse clima de crepúsculo, que agoniza e desorienta o Espírito,
é preciso ajudá-lo a identificar bem seus sentimentos, a fim
de separá-los.
Estejamos certos, para isso, de uma realidade indisputável, ainda
que pouco percebida: o amor, como dizia Paulo aos Corintios, não
acaba nunca.
Mesmo envolvido, soterrado no rancor e na vingança,
ele subsiste, sobrevive, renasce, está ali. O ódio não
o exclui; ao contrário, fixa-o ainda mais, porque em termos de relacionamentos
homem/mulher, o ódio é, muitas vezes, o amor frustrado. Odiamos
aquela criatura exatamente porque parece que ela não quer o nosso
amor, porque nos recusa, nos traiu, nos desprezou, porque a amamos...
No momento, em que conseguirmos convencer o companheiro
desencarnado, em crise, que ele odeia porque ainda ama, ele começa
a recuperar-se, compreendendo que essa é uma verdade com a qual ele
ainda não havia atinado. Por mais estranho que pareça, o
rancor contra a amada, ou o amado, que traiu ou abandonou, é que
mantém acesa a chamazinha da esperança.
Aquele que deixou de amar é porque não
amou bastante e, com menor dificuldade, desliga-se do objeto de sua dor.
Cedo compreende que não vale a pena perder seu tempo, e angustiar-se
no doloroso processo de vingar-se, dado que – e isto também pode
parecer contraditório – não podemos ignorar o fato de que
a vingança impõe, também, ao vingador, penosas vibrações
de sofrimento.”
X - Número de Manifestações
Simultâneas
Geralmente, quando fazemos a doutrinação
a uma Entidade incorporada num médium, outras com problemas semelhantes
ficam ao seu redor, sendo também beneficiadas com as explanações
do doutrinador. Nos relatos de diversos autores sobre este assunto, é
aconselhado nos trabalhos de desobsessão a doutrinação
simultânea de 2 Entidades. Pela nossa experiência nos nossos
trabalhos práticos desenvolvidos, vimos que até 3 manifestações
simultâneas é um número bastante aceitável. Não
é a quantidade de manifestações que dirá o
quanto estamos ajudando o Plano Maior, e sim a qualidade com que elas são
ministradas. Às vezes, uma só manifestação mediúnica
poderá beneficiar diversas Entidades, com sintomas parecidos, se
estas ficam ao lado acompanhando o que está sendo exposto pelo doutrinador.
Vejam abaixo alguns textos extraídos de “Doutrinação”
(Roque Jacinto), “Desobsessão” (André Luiz) e “A obsessão
e seu tratamento espírita” (Celso Martins), que falam sobre este
assunto.
”Comunicações Simultâneas”(16)
“Numa assembléia de vinte pessoas, se quatro
delas se puserem a falar ao mesmo tempo ninguém conseguirá
acompanhar-lhes a ordem dos pensamentos. Naturalmente, dentro de pouco,
a perturbação tomará de assalto os seus componentes
e quem esteja na direção ficará tolhido de estabelecer-lhe
disciplina. Na reunião mediúnica, muito especialmente, como
organização de serviço e instrução, a
disciplina deve ser preservada e estabelecida, não se permitindo
que mais do que dois comunicantes se sirvam dos médiuns ao mesmo tempo
e cada comunicante será atendido por um esclarecedor destacado pelo
dirigente. Nenhuma justificativa se deve arrolar para validar as comunicações
simultâneas em grande número. Nem mesmo evocando a necessidade
de atender-se a um maior número de enfermos poderá justificar-nos.
Será sempre um lamentável desvio de ordem que custará
caro, em termos de aproveitamento e de evolução dos membros
do agrupamento, (...). Aos médiuns cabe colaborar para esta ordem,
contendo os comunicantes afoitos (...).”
“Manifestações Simultâneas”(17)
“Os médiuns psicofônicos, muito embora
por vezes se vejam pressionados por entidades em aflição,
cujas dores ignoradas lhe percutem nas fibras mais íntimas, educar-se-ão,
devidamente, para só oferecer passividade ou campo de manifestação
aos desencarnados inquietos quando o clima da reunião lhes permita
o concurso na equipe em atividade. Isso, porque, na reunião, é
desaconselhável se verifique o esclarecimento simultâneo a
mais de 2(duas) entidades carecentes de auxílio, para que a ordem
seja naturalmente assegurada.(...)”
(18)
(...) É desaconselhável se verifique o esclarecimento simultâneo
de mais de duas Entidades carecentes de auxílio; se houver ao mesmo
tempo duas manifestações, o dirigente, enquanto conversa com
um dos desencarnados, designará um médium esclarecedor para
dialogar com o outro comunicante; se porventura um terceiro médium
de incorporação vier a ser pressionado por outra Entidade
em aflição, ele não deverá oferecer passividade,
para que não haja tumulto nem quebra da ordem dos trabalhos da sessão.
(...)”
“Apontar o mal e comentá-lo é cultivá-lo.
Não nos cabe deter-nos nas deficiências dos irmãos infelizes,
porque essa atitude nada mais faz do que acorrentá-lo ao cativeiro
e o que eles precisam é de libertar-se.
Ninguém edifica, censurando”
"Doutrinação” – Roque Jacintho
“Se se alerta um Espírito de que ele deve amar,
quem primeiro ouve o convite somos nó mesmos.”
“Doutrinação” – Roque Jacintho
Divaldo Franco e Raul Teixeira nos esclarecem
a respeito do número de comunicações (19)
(1) Que pensar dos médiuns psicofônicos
que recebem Espíritos durante a sessão, um atrás do
outro? Será indício de grande mediunidade?
Raul Teixeira: A mediunidade amadurecida não
é identificada pelo número de desencarnados que se comuniquem
por um único médium, numa mesma sessão, mas será
identificado pelo teor das comunicações, pela qualidade do
fenômeno, que demonstrará a maior ou menor afirmação
do médium com as responsabilidades da tarefa. Cada médium,
quando é devidamente esclarecido e maduro para o desempenho dos seus
compromissos, saberá que o número avultado de comunicações
por sessão poderá indicar descontrole do instrumento encarnado
e não a sua pujança mediúnica. Há médiuns
que prosseguem dando passividade a Entidades durante a prece de encerramento,
sem qualquer disciplina, quando não justificam que tais Entidades
estavam programadas, como se os Emissários do Além, responsáveis
por lides tão graves, tivessem menor bom senso do que nós,
os encarnados. Um número de até duas comunicações,
e, em caso de grande necessidade e carência de outros médiuns,
até três, parece bastante coerente. Todos os médiuns,
assim terão chance de atender aos Irmãos desencarnados, sem
desnecessários desgastes.
(2) Quantas comunicações um mesmo médium pode
receber durante a sessão mediúnica de atendimento a Espíritos
sofredores?
Divaldo Franco: Um médium seguro, num trabalho bem organizado,
deve receber de duas a três comunicações, quando muito,
para que dê oportunidade a outros companheiros de tarefas, e para
que não tenha um desgaste exagerado. Tenho tido o hábito de
observar, em médiuns seguros, conhecidos nossos, que eles incorporam,
em média, três Entidades sofredoras ou perturbadoras e o Mentor
Espiritual; raramente ocorrem cinco manifestações pelo mesmo
instrumento, principalmente num grupo.
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Comunicações
de Allan Kardec – Revista Espírita – Ano 1869
Encontramos na Revista Espirita, Jornal de Estudos
Psicológicos, órgão informativo da Sociedade Parisiense
de Estudos Psíquicos, publicada sob a direção de Allan
Kardec, às páginas 191 a 199, uma série de comunicações
do codificador e a seguinte nota: “Os números da Revista Espírita,
do segundo semestre de 1869, publicaram algumas comunicações
de Allan Kardec.”
Publicamos aqui a que traz o título de O Espiritismo
e o Espiritualismo, a qual tem por data 14 de setembro de 1869 e teria
sido psicografada em reunião mediúnica ocorrida na casa da
senhora Anna Balckwell, estando também presente o senhor Peebles
que era o redator do “Banner of Light”, um dos mais importantes jornais
do Movimento Espiritualista de Boston, USA.
Anna Blackwell traduziu para o idioma inglês as
seguintes obras da codificação: O Livro dos Espíritos,
O Céu e o Inferno, O Livro dos Médiuns, e
A Genesis.
O Espiritismo e o Espiritualismo
Sou tão feliz como nem podeis pensar, meus bons
amigos, por vos encontrar reunidos. Estou entre vós, numa atmosfera
simpática e benevolente, que agrada ao mesmo tempo o meu espírito
e o meu coração.
Há muito tempo que eu desejava ardentemente o
estabelecimento de relações regulares entre a escola francesa
e a escola americana. Para nos entendermos, Deus meu, bastaria simplesmente
nos vermos e trocar opiniões. Sempre considerei o vosso salão,
prezada senhorita, como uma ponte lançada entre a Europa e a América,
entre a França e a Inglaterra, destinada a contribuir poderosamente
para suprimir as divergências que nos separam, e estabelecer, numa
palavra, uma corrente de idéias comuns, da qual surgiria para o futuro
a fusão e a unidade.
Caro senhor Peebles, permiti-me felicitar-vos pelo vosso
vivo desejo de entrar em relação conosco. Não devemos
lembrar se somos espíritas ou espiritualistas. Seremos uns pelos
outros, homens e espíritos que buscam conscientemente a verdade e
que a receberão com reconhecimento, quer resulte dos estudos franceses
ou dos estudos americanos.
Os Espíritos conservam no Espaço suas simpatias
e seus hábitos terrenos. Os Espíritos dos americanos mortos
são ainda americanos, como os desencarnados que viveram na França
são ainda franceses do Espaço. Daí as diferenças
dos ensinos em alguns centros. Cada grupo de Espíritos, por sua própria
natureza, por seu espírito nacional, apropria suas instruções
ao caráter, ao gênio especial daqueles a quem se dirigem. Mas,
assim como na Terra, as barreiras que separam as nacionalidades tendem a
desaparecer, no Espaço os caracteres distintivos desaparecem, as nuanças
se confundem e, num tempo futuro, mais próximo do que supondes, não
haverá mais franceses, inglêses ou americanos na Terra ou no
Espaço, mas apenas Homens e Espíritos, todos filhos de Deus,
e destinados, por tôdas as suas faculdades, ao progresso e à
regeneração universais.
Senhores, eu saúdo nesta noite, nesta reunião, a aurora
de uma próxima fusão das diversas escolas espíritas,
e me felicito de contar o senhor Peebles entre os homens sem prevenções,
cujo concurso e boa vontade assegurarão a vitalidade dos nossos ensinamentos
no futuro e sua universal vulgarização.
Traduzí as minhas obras! Só se conhecem
na América os argumentos contra a reencarnaçãol Quando
as demonstrações em favor dêsse princípio ali
se tornarem populares, o Espiritismo e o Espiritualismo não tardarão
a se confundir e se tornarão, por sua fusão, na Filosofia
natural adotada por todos.
Allan Kardec
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Estudar nunca é demais, Geraldo
Campetti, Brasil
REFLEXÕES SOBRE A LITERATURA ESPÍRITA
A cada dia que passa, mais aumenta nossa admiração
diante da expressiva quantidade de títulos espíritas expostos
nas livrarias que comercializam livros especializados nessa área e
nas diversas áreas do conhecimento humano. Já não são
apenas as livrarias espíritas que divulgam obras doutrinárias;
as livrarias, de um modo geral, têm feito isso também.
É impressionante que a cada semana que visitamos
editoras e distribuidoras, bancas e livrarias, defrontamo-nos com lançamentos,
sejam novos títulos ou reedições aprimoradas, sobretudo
no aspecto da forma de apresentação. Os livros ganham “embalagens”
renovadas que modernizam a aparência e agradam aos leitores. São
mais de três mil títulos correntes de livros espíritas
disponíveis no mercado editorial, comercializados em diversos pontos
de venda nos grandes centros e no interior do País.
ROMANCES ESPÍRITAS
A maior parte desses títulos é composta
por romances mediúnicos. O romance, quando bem escrito, apresenta
características literárias que possibilitam transmitir um conteúdo
moral, evangélico, educacional, instrutivo e/ou de entretenimento,
por meio de um enredo que envolve o leitor, prendendo-o à trama dos
personagens e das circunstâncias criadas pelo autor.
A literatura mediúnica foi enriquecida por obras-primas
emanadas da sabedoria de Emmanuel e psicografadas por Francisco Cândido
Xavier. Romances espíritas, como Há dois mil anos, 50 anos
depois, Renúncia, Ave, Cristo!, Paulo e Estevão são referenciais
de excelência doutrinária, cultural, histórica e estilística
a autores espirituais ou encarnados, dedicados à preparação
de originais que se transformarão em livros para acesso público.
Os referidos romances, editados pela
Federação
Espírita Brasileira, um dia ainda serão apresentados
pela magia do cinema, para mais ampla difusão da mensagem que registram.
FACILIDADE E CONFORTO AO LEITOR
As editoras estão aprimorando o trabalho quanto
aos cuidados na forma de apresentação de seus livros. Vemos
capas bonitas, atraentes, que despertam o interesse do leitor, convidando-o
a uma “leitura sensorial", isto é, a manusear o livro. A utilização
dos recursos de editoração eletrônica proporciona aos
arte-finalistas exporem seu talento na apresentação de trabalhos
belíssimos. Um livro também é vendido ou comprado por
sua capa. Ela é a embalagem do produto, cuja arte não se deve
limitar à primeira capa. Há também a chamada “quarta-capa”
que, em trabalhos bem concebidos e concretizados, é aproveitada para
informar, sucintamente, sobre o conteúdo da obra. Esse cuidado é
indispensável, pois agiliza ao leitor localizar dados básicos
do livro que tem em mão, dispensando-o de folhear várias páginas.
O registro das informações em sentido ascendente
(de baixo para cima) na lombada do livro é um erro comum, ainda cometido
por várias editoras. O correto, conforme orientação técnica,
é que o título e o nome do autor sejam anotados de cima para
baixo, em sentido vertical descendente. Isso parece irrelevante, todavia,
facilita a identificação da obra quando esta é colocada
sobre algum objeto.
Três outros aspectos que consideramos relevantes
quanto à forma de apresentação do livro são o
tipo e tamanho de letra, além do espaçamento entrelinhas. Há
textos cujo tamanho de letra é tão pequeno que quase exigem
o uso de uma lupa para sua leitura e outros que apresentam fontes exageradas.
Preferível é que a tipologia e tamanho da fonte permitam uma
leitura fácil e confortável ao leitor. Essa facilidade e conforto
são proporcionados também pelo espaçamento de uma linha
para outra. Na maioria dos livros, ainda é utilizado o espaçamento
simples entre as linhas, o que dificulta a leitura.
O formato do livro, a dimensão da mancha gráfica,
o tamanho da letra e o espaçamento entrelinhas são características
fundamentais para possibilitar que o texto seja lido fluentemente, com facilidade
e conforto. A leitura ideal é aquela realizada sem esforço,
que flui naturalmente, pois além de um texto bem escrito, a boa apresentação
torna-o agradável.
Não nos esqueçamos, ainda, de respeitar
a faixa etária para a qual o livro é destinado, pois a forma
de apresentação será diferenciada de acordo com o seu
público, seja ele infantil, juvenil, adulto ou formado de pessoas
que já estão na terceira idade ou próximas dela.
E AS REVISÕES?
Até parece que algumas editoras estão se
esquecendo desse "detalhe”, ou não estão se preocupando com
ele: a revisão ortográfica, semântica e gramatical dos
textos. Os preparadores de uma edição sabem o quanto a revisão
é trabalhosa. São aspectos variados que não podem ser
executados apressadamente. Quanto mais se revisar um texto, mais aprimorado
ele fica. O leitor merece esse respeito e agradece quando lê um texto
fluente e correto.
O primeiro passo para todo e qualquer “candidato a autor”
é aprender a escrever. Não há outro jeito. E nesta condição,
incluem-se igualmente os médiuns. Portanto, a pressa em se
publicar um texto, seja mediúnico ou resultado do esforço
intelectual de um encarnado, há que ser substituída pela preparação
adequada dos autores, revisão detalhada e exaustiva do conteúdo,
além de minucioso estudo quanto à apresentação
do texto ao público. Tudo isso, antes da publicação.
CONTEÚDO DOS LIVROS
Toda obra doutrinária, incluindo-se nessa categoria
o romance espírita, deve ser elaborada e editorada com zelo, carinho
e atenção. Autores espirituais e encarnados, médiuns,
editores e demais envolvidos na publicação de um livro são
responsáveis, direta ou indiretamente, pelo conteúdo registrado
em tais veículos de comunicação. Não se pode
admitir que qualquer obra, dita espírita, contrarie em uma linha sequer
os princípios básicos do Espiritismo. Se isso acontecer, o livro
não será espírita. Os cuidados diante de idéias
personalistas, sistemas exclusivistas, “novidades”, devem ser redobrados.
Há diversos autores espirituais e encarnados querendo atualizar Allan
Kardec, fundamentados na falsa premissa de que o Codificador está
superado!
ESTUDAR ALLAN KARDEC
Quanto mais nos debruçamos no estudo das obras
básicas e na leitura atenta da
Revue
Spirite, constatamos que o trabalho de Allan Kardec não se limitou
à sua época. Na seleção e compilação
cuidadosas das mensagens oriundas de diversas localidades, bem como nas anotações
judiciosas do Codificador, sempre estiveram presentes o bom senso e a seriedade
que resultaram na organização de uma Doutrina que veio ao
mundo com a missão de promover a renovação social da
humanidade.
Estudar não significa meramente ler. É
analisar, entender, refletir, ponderar... É, principalmente, apreender
o conteúdo lido para aplicação diária em oportunidades
de ação no bem que a vida nos oferece.
O PRIMEIRO LIVRO
Pergunta freqüente dos iniciantes no estudo do Espiritismo
e dúvida comum, também, aos que já conhecem a Doutrina:
qual o primeiro livro espírita a ser lido? Esta questão pode
ser respondida com outra pergunta: qual foi o primeiro livro espírita
publicado?
Não resta a menor dúvida de que a obra
basilar, principal do Espiritismo, é e continuará sendo O Livro
dos Espíritos. Entretanto, raramente é o primeiro a ser lido.
O neófito "adquire conhecimentos" ou desperta seu interesse
para o estudo espírita pela leitura, geralmente, de um romance.
Na leitura sucessiva de romances, seu conhecimento poderá
limitar-se aos assuntos de tais livros ou ficar direcionado para os aspectos
abordados nas obras que leu.
É importante que os romances espíritas destaquem os princípios
básicos do Espiritismo, fazendo, inclusive, sempre que possível,
referências diretas às obras principais da Doutrina. Assim,
o leitor iniciante será incentivado à leitura das obras de Allan
Kardec.
Ideal mesmo é que o estudo da Doutrina Espírita
seja iniciado pelas obras básicas: O Livro dos Espíritos, O
Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu
e o Inferno e A Gênese, que constituem o pentateuco kardequiano.
Estes livros não podem ser esquecidos pelos principiantes no estudo
doutrinário nem por aqueles que já apresentam níveis
mais aprofundados de conhecimento do Espiritismo. Aliás, quando desejamos
estudar minuciosamente uma questão sob a visão espírita,
iniciamos com a consulta às obras de Kardec e encerramos, igualmente,
fundamentados nas assertivas do Codificador, permeando a pesquisa com bibliografia
complementar, constituída de obras subsidiárias que enriquecem
o estudo.
Ou você faz diferente?
(O artigo enviado pelo Geraldo foi escrito originalmente
para a revista Reformador -
FEB - e publicado
na edição de dezembro de 2002)
Retorno ao Índice
(Seção em parceria com a "Liga de Historiadores
e Pesquisadores Espíritas" -
Comitê Editorial da
LIHPE)
Documentar é Preservar a História, Marcus
Monteiro, Brasil
O Centro de Documentação Espírita
do Ceará, abreviadamente CDEC, fundado em 10 de dezembro de 1997,
tem por finalidades, segundo seus Estatutos aprovados em 5 de junho de
1999:
I – promover e estimular, de forma democrática, a cultura
e a pesquisa espírita em todos os seus aspectos: histórico,
filosófico, científico e religioso, através de palestras,
conferências, simpósios, seminários, congressos, exposições,
dentre outros;
II – manter um periódico, denominado GAZETA ESPÍRITA de
natureza doutrinária, filosófica e informativa e,
III – manter intercâmbio com seus congêneres de outros Estados
em âmbito nacional ou internacional.
De sua fundação
Sua fundação (criação)
foi inspirada em idéia do confrade e amigo Eduardo Carvalho Monteiro,
de São Paulo, idealizador e coordenador do Centro de Documentação
Espírita da USE. A data de sua fundação, é uma
homenagem ao dia do aniversário de nascimento do cearense Manoel
Vianna de Carvalho.
Formação inicial
Formado originalmente por Luciano Klein Filho, Marcus
V. Monteiro, Milton Borges dos Santos e Ary Bezerra Leite, o CDEC tem visado,
fundamentalmente, ao resgate da memória do Movimento Espírita
Cearense. Nesse sentido vem obtendo documentos (atas, livros, jornais, revistas,
fitas cassetes e de vídeo, estatutos, cartazes, etc.) de valor histórico.
Acervo atual
Dentre os muitos documentos obtidos, consta do acervo do CDEC:
- Duzentas fotografias de personagens e instituições
espíritas, mormente do Ceará;
- Ata de fundação do Centro Espírita Cearense,
de 19 de junho de 1910;
- Exemplares dos jornais “Luz e Fé” (1901) e “Doutrina de
Jesus” (1902), os primeiros periódicos espíritas do Ceará,
editados na vizinha cidade de Maranguape;
- Duas cartas raríssimas (originais) de Vianna de Carvalho,
de 1914;
- Carta e fotografia inédita de Adolfo Bezerra de Menezes
(a única foto dele existente no papel original e sem retoques);
- Fitas cassetes com palestras de Jacob Hosmann (década de
60); de Newton Boechat e Divaldo Franco (anos 70 e 80) e uma conferência
de Jerônimo Mendonça, proferida dois meses antes de seu desencarne.
O acervo é de 64 fitas;
- Microfilme da revista “Reformador” de 1883 a 1902;
- Periódicos Espíritas do Brasil e do Ceará
dos anos 20, 30, 40 e 50;
- Objetos pessoais de grandes nomes do Espiritismo local: a
espada de Vianna de Carvalho; passaporte e óculos do Gen. Antônio
Leite de Araújo Filho; carteiras de identidade de Theodorico da
Costa Barroso, etc.
Objetivos imediatos
Dentre os objetivos imediatos do CDEC, destacamos:
- Publicação do jornal GAZETA ESPÍRITA, órgão
noticioso e doutrinário de responsabilidade desta Entidade, manterá
uma linha jornalística imparcial e independente, abrindo democraticamente
espaços para a manifestação de companheiros espíritas,
sem censuras, mas fielmente harmonizados com o prescrito na lei 5.250,
de 9 de fevereiro de 1967 (Lei de Imprensa) e os ditames éticos
que regem a Doutrina Espírita.
- Elaboração das biografias dos grandes nomes do Espiritismo
no Ceará;
- Publicação dos livros “Vianna de Carvalho, o Tribuno
de Icó” e “Bezerra de Menezes – Novos Enfoques”; o primeiro ainda
este ano, o segundo para o ano vindouro;
- Levantamento histórico das Instituições Espíritas
estaduais até os anos 30;
- Reconstituição da História do Centro Espírita
Cearense.
Preservando a História
Desde há muito o Movimento Espírita
no Ceará ressentia-se de um organismo dedicado à preservação
de sua História... Em Fortaleza, antes mesmo da primeira publicação
de “O Livro dos Espíritos” (Paris, 18 de abril de 1857) já
eram realizadas reuniões em torno do fenômeno mediúnico,
entre pessoas da alta sociedade. Quem garante é o historiador e pesquisador
espírita Luciano Klein Filho. Segundo pesquisa do mesmo no jornal
“O Cearense”, já em 1853 (quatro anos antes do surgimento da palavra
Espiritismo no mundo) se noticiava a realização de reuniões
em torno do fenômeno mediúnico aqui mesmo em Fortaleza.
O jornal “O Cearense” do dia 02 de agosto de 1853,
publicou uma notícia bombástica. Aqui em Fortaleza, capital
da então província do Ceará, um insólito fenômeno
chamou a atenção da população. Na casa do Sr.
J. S. de V.(o jornal não declinou o nome do negociante, colocando-o
em abreviatura, tratava-se do Sr. José Smith de Vasconcelos – Barão
de Vasconcelos), negociante local, foi realizada uma experiência
a fim de se atestar a veracidade das “mesas girantes”, que assombravam
a Europa e a América. Estavam presentes, além do comerciante
e sua esposa, os senhores Manuel Caetano Spinola, Antônio Paes da
Cunha Mamede, Antônio Eugênio da Fonseca e Antônio Joaquim
Barros. Conforme relato do periódico, a maioria desses experimentadores
não acreditava na possibilidade de o fenômeno ocorrer, não
obstante, posicionaram-se diante de uma mesa de quatro palmos:
“(...) Passaram-se sessenta minutos e já
impacientes todos se queriam levantar; porém a pedido do Sr. J.S.
de V. demoraram-se mais alguns minutos; quando a mesa oscilou ligeiramente
da direita para a esquerda. Depois, houve um pequeno movimento de rotação
para o mesmo lado, e nesta ocasião, os atores se puseram em pé;
o movimento de lento que principiou, se tornou enérgico e afinal parou
(...)”
Novos fenômenos se repetiram em várias
localidades nesse mesmo ano e no seguinte, merecendo outras notas no referido
jornal. Contudo, apesar do frisson causado, esses fatos não
motivaram estudos mais sérios e ficaram no esquecimento.
Projeto – 1868
É o próprio Codificador quem nos dá
a chave para a continuidade de nossos trabalhos, quando insere na Revista
Espírita de dezembro de 1868, uma exposição de motivos
sobre a “Constituição do Espiritismo”, mas sem os comentários
que lhe ajuntara antes de morrer, e que foram publicados em “Obras Póstumas”.
Entre as instituições acessórias e complementares da
Comissão Central , preconizava Allan Kardec: “Um museu, onde serão
reunidas as primeiras obras da arte espírita, os trabalhos mediúnicos
mais notáveis, os retratos dos adeptos que tiverem muito mérito
da causa pelo seu devotamento, os dos homens que o Espiritismo honra, embora
estranhos à Doutrina, como benfeitores da Humanidade, grande gênios
missionários do progresso, etc.”
Como colaborar
Se você, leitor, dispõe de algo que
diga respeito ao Movimento Espírita no Ceará (fotos, cartazes,
folhetos, cartas, fitas, disquetes, CDs, livros, ou simplesmente informações)
entre em contato com o Centro de Documentação Espírita
do Ceará, através de GAZETA ESPÍRITA, ajudando-nos
a preservar a História do Espiritismo no Ceará.
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A Presença da Mulher no Espiritismo,
ICESP
CICLO 2003 DE CONFERÊNCIAS PÚBLICAS DO
ICESP - INSTITUTO DE CULTURA ESPÍRITA DE SÃO PAULO
O ICESP lhe convida a participar de seu ciclo de
conferências públicas que acontecerá todas as últimas
quintas-feiras do mês, sempre às 20:30horas na sede do Museu
Espírita de São Paulo à Rua Guaricanga, 357 na Lapa
em São Paulo.
O Tema do encontro é A PRESENÇA DA
MULHER NO ESPIRITISMO. Em homenagem à mulher buscamos refletir sobre
a atuação de verdadeiros exemplos que foram: Amélie
Boudet, Amália D. Soler, Anália Franco, Zilda Gama, Anita
Brisa e outras. Serão conferencistas Profª Therezinha Oliveira,
Nancy Puhlman, Neide Schneider, Heloisa Píres entre outras.
O ICESP tradicionalmente traz, junto com as conferências apresentação
artística de nome de destaque no movimento Espírita.
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As Irmãs Fox, Connan Doyle e o Espiritismo Brasileiro,
Jáder Sampaio, Brasil
O episódio de Hydesville tornou-se famoso por desencadear uma investigação
pública de conseqüências marcantes para a história
do Espiritismo no mundo.
As Comissões de Rochester
Em 1848, uma multidão de norte-americanos acotovelou-se
no Corinthians Hall, salão do município de Rochester, no estado
de New York - Estados Unidos da América, para acompanhar uma comissão
que iria descobrir os truques supostamente empregados por duas adolescentes
que pareciam simular sons atribuídos a pessoas mortas. Desde que os
ruídos haviam se tornado conhecidos por seus vizinhos e se houvera
estabelecido algum tipo de comunicação com sua fonte, boa parte
da pacata população dos arredores de Hydesville tomou-se de
uma certa indignação que parecia recordar os episódios
de caça às bruxas de Salém.
Três adolescentes de nomes Catherine (Kate), Margaret
(Maggie) e Ann Leah eram o alvo dos interesses da população
predominantemente protestante de sua cidade. Filhas do camponês e pastor
metodista, John Fox as duas primeiras foram transferidas de sua fazenda para
duas casas em Rochester, a do tio e a da irmã Ann Leah, que era casada
e passou a assinar Ann Leah Fish. Desde então, os referidos fenômenos
começaram a manifestar-se nas suas novas residências e em outras
casas de Rochester e cidades vizinhas.
O erudito Canuto Abreu (1996), citando uma das mais conhecidas
divulgadoras destes eventos, fez uma análise oportuna do caráter
dos quakers, o que explica a notoriedade do acontecido.
Rochester foi fundada por um quaker (Nathaniel Rochester),
linha protestante fundada por George Fox na Inglaterra que acreditava na
revelação imediata e individual de Deus. Abreu afirma serem
fundadores de estados livres americanos e defensores da liberdade de expressão,
sendo tolerantes para com as diversas crenças e religiões.
Como as manifestações não cessassem com a mudança
das meninas para a cidade e a população ficasse cada dia mais
indócil e propensa a atos de violência, a Sra. Fox procurou
o Sr. Isaac Post, um quaker respeitado pela população e um
dos diretores da “Sociedade dos Amigos” para que intercedesse em seu favor
e esclarecesse o acontecido. Após a consulta aos “spirits”, Post decidiu
por promover manifestações públicas no maior salão
da cidade, acompanhadas por uma comissão de investigadores, assegurando
ele próprio, o pastor metodista Jervis, o doutor Capron e as respectivas
esposas a integridade das jovens. Este evento se deu a 14 de novembro de
1849. (SILVA, 1997)
A comissão que tinha por relator o redator-chefe do
jornal Rochester Democrat (que segundo Doyle (1926), já havia preparado
um artigo denominado “Exposição completa da mistificação
das batidas”e que foi sustado após os trabalhos referidos) e concluiu
que as batidas eram verdadeiras, que se produziam às vezes à
distância das meninas (nas paredes e portas) que respondiam às
vezes certo e às vezes errado às perguntas que lhes eram dirigidas
e que “não puderam encontrar nenhum processo pelo qual elas pudessem
ser produzidas”.
Recebido o relatório com sinais de desagrado pela
audiência, decidiu-se pela nomeação de uma segunda comissão,
com a presença do Dr. Langworthy para controlar a possibilidade da
ventriloquia por parte das Fox. Concluiu-se que os sons foram ouvidos, não
eram produzidos por máquina ou pela ventriloquia.
Nomeou-se ainda uma terceira comissão, que examinou
as jovens Fox despidas, amarraram os vestidos ao corpo e as colocaram sobre
vidros, de pé sobre almofadas, amarradas nas cadeiras e em outras
situações que não impediram as manifestações.
A comissão declarou que as perguntas feitas, algumas delas apenas
pelo pensamento, haviam sido respondidas corretamente. (Doyle, 1926. p. 89)
Este episódio quase causou o linchamento das médiuns.
A Crítica da Revista Veja
Detenho o leitor espírita nestes episódios,
seguindo a lógica do criador de Sherlock Holmes, porque muito recentemente
a mediunidade das irmãs Fox foi posta em questão por uma jornalista
brasileira, que deu mostras de escrever de oitiva. Ao concluir um artigo
escrito em um tom um tanto irônico sobre o Espiritismo, ela conclui
com a frase de efeito:
“Anos depois de causar furor as irmãs Fox se desmentiram.
Disseram que os espíritos eram invenção delas. No Brasil,
ninguém ligou”. (Varella, 2000)
Curiosamente, o médico e escritor escocês,
Sir Arthur Conan Doyle, dedicou um capítulo inteiro de seu livro História
do Espiritismo no debate deste tema, livro este que foi traduzido ao português
por um espírita de renome no movimento brasileiro a quem devemos
também a tradução da Revista Espírita de Kardec,
Júlio Abreu.
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Sobre Jesus e os Apóstolos, Leando Soares, Brasil
(Questão que nos foi enviada através da equipe do Portal do Espírito)
Boa tarde a todos,
Gostaria de saber em qual livro de Allan Kardec encontra-se
o embasamento para a seguinte afirmação de Carlos Alberto
Iglesia Bernardo: "Hoje, como espíritas, sabemos que Jesus foi um
espírito extremamente adiantado, mas não o próprio Deus
e que os Apóstolos, também espíritos adiantados, eram
humanos. Médiuns inspirados, mas humanos. Também sabemos que
os evangelhos são resultado do estilo de pregação de
cada um - registram tradições e formas de apresentação
destas tradições para públicos diferentes. Talvez até
sejam recompilações de textos mais antigos, como querem alguns
especialistas, mas trazem todos os sinais de uma autenticidade marcante".
Onde Allan Kardec fala a respeito de Jesus (como
não sendo Deus mas sim um espírito) e dos apóstolos
(como sendo médiuns)? Não sou adepto da doutrina espírita,
mas esta informação iria auxiliar-me em minhas pesquisas.
Grato pela atenção,
Leandro Soares.
Este assunto é tratado basicamente n'A Gênese,
mas também há menção n'O Livro dos Médiuns
e mesmo n'O Livro dos Espíritos. Estamos encaminhando esta mensagem
ao autor, talvez ele possa ajudá-lo.
Portal do Espírito
ajuda@espirito.com.br
Caro Leandro,
Como os amigos do
Portal do Espírito
lhe informaram, o assunto é tratado por Kardec com profundidade
no livro "A Gênese". Nas outras obras de Kardec também existem
referências sobre o tema, principalmente no "O Livro dos Espíritos".
O Livro dos Espíritos se inicia pelo capítulo
sobre Deus, onde se coloca a visão espírita sobre o Criador,
e desde logo se verifica que a "Causa primária de todas as coisas"
não é "alguém". No capítulo "Dos Espíritos"
mostra-se a sequência de evolução do espírito,
desde que é criado simples e ignorante até a perfeição
e se explica que não há privilégios na criação,
todos os espíritos seguem este caminho. Já as perguntas
625 a 628 tratam de Jesus e o apresentam como o "guia" e "modelo" que
deve ser seguido pelo homem.
No "Evangelho Segundo o Espiritismo" a personalidade
de Jesus é vista no conjunto da obra, seus ensinamentos morais
são estudados, sempre como lições do "guia" e "modelo"
da humanidade e não como atos de Deus.
É na Gênese que Kardec efetivamente analisa
a questão da natureza de Jesus e em seus capítulos o apresenta
como um espírito superior. Neste livro também são estudados
os "milagres" e Kardec conclui que - em sua maior parte - foram fenômenos
psiquicos, que tem como causa as faculdades e os atributos da alma.
Algumas outras obras espíritas que lhe ajudarão no estudo
da questão:
- "A Caminho da Luz" de Emmanuel (há
um capítulo dedicado ao Cristianismo primitivo e a formação
dos evangelhos);
- "Jesus e o Espiritismo" de Valdemiro Vieira;
- "O Novo Testamento" de Djalma Argollo
e a tradução do mesmo autor do evangelho de Mateus: "O Evangelho
Segundo Mateus".
- "Cristianismo e Espiritismo" de Léon Denis;
Com relação aos estudos sobre os textos neo-testamentários
e sua autenticidade histórica recomendo:
- "Jesus, esse grande desconhecido", de Juan Arias,
ed. Objetiva;
- "Testemunha ocular de Jesus" de Carsten Peter Thiede
e Matthew D'Ancona, ed. Imago;
- "A Bíblia Judaica e a Bíblia Cristã",
de Julio Trebolle Barrera, ed Vozes;
- "O Jesus Histórico - Um Manual" de Gerd
Theissen e Anette Merz;
- "Jerusalém anno domini", de John Wilkinson,
ed. Melhoramentos;
A autenticidade dos evangelhos é evidente nas
narrativas dos milagres, que descrevem eventos bastante "plausiveis",
explicáveis pela ciência espírita. Caso estes milagres
tivessem sido "interpolações" ou "invenções"
posteriores seriam narrativas absurdas, como as que podem ser encontradas
nas lendas orientais, nas hagiografias medievais ou nos apócrifos.
Ela também é evidente nos ensinamentos de Jesus, que nas melhores
traduções - como por exemplo na "Bíblia de Jerusalem"
- desafiam seus seguidores até hoje. A espontaniedade dos textos,
onde transparece a comunicação dirigida ao povo - pescadores,
camponeses, pequenos comerciantes - está longe dos complicados discursos
teológicos que marcaram os séculos seguintes da Cristandade.
Em todo o Evangelho há uma coerência histórica, uma
perfeita integração entre a mensagem e a época, e ao
mesmo tempo uma universalidade tão marcante, que não tem
rivais. Nem mesmo a famosa "Imitação de Cristo" de Tomas de
Kempis é uma obra tão bela quanto os Evangelhos. A beleza
das "Bem-aventuranças", a simplicidade do "Pai Nosso", a profundidade
da resposta aos que trouxeram a mulher adultera: não haveria autor
que os inventasse.
Eu não tenho duvidas de que nos Evangelhos estão registradas
as tradições legitimas sobre o homem de Nazaré. Não
nego que possam existir pequenos erros de tradução e mesmo
uma ou outra interpolação dos copistas antigos, mas
não comprometem o conjunto. As traduções modernas -
considero a "Bíblia de Jerusalém" (ed. Paulus) a melhor de
todas - baseadas nos estudos dos manuscritos mais antigos, sanaram
muitos dos problemas que existiam nas versões anteriores.
Muita Paz,
Carlos Iglesia
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Notícias sobre o 12º Congresso Estadual da USE
Jornalista Responsável - Rubens Toledo (Mtb 13776). Colaboradores:
A. J. Orlando (S. José dos Campos), Ademir Xavier (Campinas), Antönio
Carlos Amorim (São Paulo). Rua Gabriel Pizza, 433 – Santana, São
Paulo, SP. Tel.(11) 6950-6554, e-mail;
use@use-sp.com.br ou
ruboca@aol.com. Acesse
www.use-sp.com.br.
NOTÍCIAS DO CONGRESSO
Edição número 1 – 7 de abril de 2003
USE realiza seu 12º Congresso Estadual
De 17 a 20 de abril, Campinas será o epicentro do Movimento Espírita
no Estado de São Paulo. As maiores expressões doutrinárias
do País estarão reunidas no Congresso promovido pela USE, o
12º desde sua criação, em 1947.
Com palestra do orador e médium baiano, Divaldo
Pereira Franco, para mais de 3 mil adeptos no Ginásio de Esportes
do Guarani F. Clube, em Campinas, será aberto, na noite de 17 de abril,
o 12º Congresso Estadual de Espiritismo, que prossegue até o
dia 20 de abril com cerca de 60 sessões de atividades de estudos e
debates, distribuídos em quatro grandes temas – Educação
Espírita, Comunicação Social Espírita, Serviço
Assistencial e Movimento de Unificação.
O 12º Congresso contará com expositores de São Paulo
– Heloísa Pires, Avildo Fioravante, Aylton Paiva, Nancy Pulmann –
e também de outros Estados, como Luís Signates, de Goiânia,
Carlos Baccelli, de Uberaba, e Nestor J. Masotti, presidente da Federação
Espírita Brasileira (FEB), de Brasília, DF.
Segundo Attilio Campanini, presidente da USE paulista,
esta 12ª edição do Congresso Estadual é inovador,
tanto na forma de sua organização (feita com apoio de seis
USEs regionais, além da Intermunicipal de Campinas), quanto na sua
proposta central. “Com certeza, este modelo será imitado pelos companheiros
em congressos futuros”, afirmou Campanini, que encerra o seu mandato na
USE em maio deste ano.
A Doutrina Espírita em slides
Américo Sucena e Ari Soares mostram no 12º Congresso Estadual
de Espiritismo, em Campinas, a vantagem do audiovisual nas exposições
doutrinárias
Uma imagem fala mais do que mil palavras. A demonstração
prática desse famoso ditado será mostrada por Américo
Sucena e Ari Soares, confrades que militam no movimento espírita
de São Paulo e Jundiaí, no 12º Congresso Estadual de
Espiritismo, promovido pela União das Sociedades Espíritas
do Estado de São Paulo (USE-SP), de 17 a 20 de abril, em Campinas.
Eles participam, juntos, do módulo de Comunicação Social
Espírita, um dos quatro grandes módulos do Congresso, que debaterá
também Educação Espírita, Serviço Assistencial
Espírita e Movimento de Unificação.
Segundo Sucena, o Projeto, que já adaptou grandes obras espíritas
na forma de slides (como Nosso Lar, Há 2.000 Anos e outras), é
uma forma alternativa de palestra ou aula sobre temas espíritas.
“Livros, temas doutrinários e evangélicos, histórias
infantis, contadas com a ajuda de desenhos feitos por profissionais, permitem
que os espectadores gravem e assimilem os conceitos transmitidos oralmente”,
disse o expositor.
Ari Soares, de Jundiaí, companheiro de Américo na apresentação
do trabalho, fará a parte prática, exibindo aos congressistas
trechos do trabalho realizado com a obra Nosso Lar, de André Luiz,
psicografada por F. C. Xavier.
Congresso Estadual entra em contagem regressiva
Campinas acelera os preparativos finais para o 12º
Congresso Estadual, o primeiro do novo século. Inscrições
ainda continuam chegando das várias regiões do Interior
A menos de duas semanas do seu início, o Congresso
Estadual de Espiritismo que a USE promove em Campinas, de 17 a 20 de abril,
continua recebendo inscrições. Caravanas de Ribeirão
Preto, Bauru, Taubaté, Santos, Franca e outras regiões estão
preparando a bagagem e reservando as últimas vagas ainda existentes
no Hotel Nacional Inn, onde serão desenvolvidas as atividades do
congresso.
Enquanto isso, a Comissão Organizadora está providenciando
alojamento para os participantes de última hora. “Foi feito
um acordo com o Colégio Doctus, próximo ao Centro de Convenções
do Hotel Nacional Inn, para receber esses companheiros. Mas até agora
só foi feita uma reserva”, afirmou Antonio Miranda, membro da Comissão
Organizadora e responsável pela área financeira.
Enquanto isso, a cidade
se prepara para receber os congressistas. Mais de 100 voluntários,
das várias casas espíritas de Campinas, foram mobilizados
para trabalhar no evento – desde a abertura, no Ginásio do Guarani,
com a conferência de Divaldo P. Franco, até o encerramento,
no Centro de Convenções do Nacional Inn, que será fechado
com almoço de confraternização.
NOTÍCIAS DO CONGRESSO
Edição número 1 – 8 de abril de 2003
Palestras de Divaldo e Baccelli terão
entrada franca
Conferência do tribuno baiano, na abertura do Congresso Estadual,
no Ginásio do Guarani (17), e a palestra do médium de Uberaba,
MG, no Centro de Convenções do Nacional Inn, estão
abertas aos congressistas e também ao grande público
O médium Divaldo Pereira Franco já definiu
seu roteiro no Estado de São Paulo nesta semana de feriado prolongado.
Na noite de 17 de abril, ele fará a palestra de abertura do 12º
Congresso Estadual de Espiritismo, em Campinas. Ali, Divaldo fala para
mais de 3 mil pessoas, não só aos participantes do Congresso
mas também para o público em geral. Na manhã seguinte,
Divaldo e sua equipe viajam para Birigui, cidade próxima a Araçatuba,
a 500km da Capital, e, no sábado, 19 de abril, estará em
Santos, para mais um compromisso doutrinário na cidade praiana.
Baccelli e os “Novos Horizontes”
Também como atividade do Congresso Estadual, o mineiro Carlos Baccelli,
que cresceu ao lado de Chico e com ele educou sua mediunidade psicográfica,
estará fazendo a segunda palestra do evento – na noite de 19 de
abril, no Centro de Convenções do Hotel Nacional Inn, local
do evento. Baccelli deverá abordar o tema central do encontro –
Movimento Espírita – Novos Horizontes, e estará contribuindo
mais uma vez para o sucesso do Congresso, já que colaborou também
com a USE na sua campanha por recursos, ao doar os direitos autores de
10 mil exemplares do livro No Mundo da Mediunidade.
A palestra de Baccelli estará aberta não só aos congressistas
mas também a todo o público campineiro.
Reconhecimento ao talento
USE e Editora Madras Espíritas fazem a entrega
de prêmios aos vencedores do Concurso Literário J. Herculano
Pires durante o Congresso Estadual
Uma atração à parte no 12º
Congresso Estadual de Espiritismo será a entrega de troféus
e prêmios em dinheiro aos vencedores do Concurso Literário
J. Herculano Pires, promovido pela Editora USE e Editora Madras Espírita.
A cerimônia acontecerá na noite de 19 de abril, no anfiteatro
do Hotel Nacional Inn, às 19 horas, antecedendo à palestra
de Carlos Baccelli. Segundo Eduardo Carvalho Monteiro, um dos coordenadores
do concurso, um dos objetivos do encontro, alcançado plenamente, foi
o de revelar novos valores da Literatura espírita, nos diversos gêneros,
e também valorizar os talentos existentes. Foram recebidos, ao todo,
mais de 60 trabalhos.
Merhy Seba abre o módulo “Comunicação
Social”
Publicitário, assessor de Comunicação
da FEB e da USE Intermunicipal de Ribeirão Preto, falará sobre
Espiritismo e a Mídia
A exemplo do congresso anterior,
em Bauru, o publicitário Merhy Seba estará abrindo os estudos
e debates deste 12º Congresso na área da comunicação.
Professor universitário em Ribeirão Preto, onde reside, Merhy
acumula também funções em Brasília, assessorando
a FEB no Conselho Regional Sul. A larga experiência doutrinária
de Merhy soma-se à competência profissional no campo profissional.
“Neste evento iremos fazer uma ligeira abordagem sobre a estrutura da
linguagem, no aspecto doutrinário espírita, bem como uma
proposta de adequação dessa linguagem a especificidades de
cada modalidade de comunicação – Relações Públicas,
Assessoria de Imprensa e Jornalismo, Propaganda e Publicidade, Promoção
Institucional e de Vendas, Marketing Direto, Telemarketing e Gerenciamento
de Relacionamento com o Público, o chamado GRP, e a cada meio de comunicação,
seja na televisão, no rádio, no cinema ou na na Internet,
seja ainda em jornais, revistas, malas-diretas e outros meios”, adiantou
Merhy.
Segundo o professor, a estrutura da linguagem, sob o ponto de vista doutrinário
espírita, deve guardar relação íntima com o
espírito da Doutrina. Ele recorda um trecho do Evangelho Segundo
o Espiritismo, em que o ensino dos postulados da Terceira Revelação
deve ser feito com doçura e não usando da persuasão
pela força. Independente do formato ou modelo que venhamos
a utilizar na comunicação com os públicos interno e
ou externo, a nossa linguagem deve ser embasada em conceitos doutrinários
autênticos, elaborada de maneira ética, clara, concisa, precisa
e vigorosa e que priorize a interatividade entre as partes.”
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