Fundado em 15 de outubro de 1992
Boletim Quinzenal de Distribuição
Eletrônica
"Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da humanidade", Allan Kardec
ComentáriosPálida e Insulsa Descrição, Rogério Coelho, Brasil Um pouco sobre o Espiritismo, Orson Peter Carrara, Brasil E Jesus prossegue ensinando, Rosely Carmona e Leda Maria Flaborea, Brasil Em Evolução, Franklin Magliano, Brasil Poesia - Evolução, Paulo Eduardo Cataldi, Brasil Espiritismo e Vida, Bezerra de Meneses, mensagem psicofônica de Divaldo Franco
“Deus, meus filhos, abre os Seus tesouros,
para vos outorgar os Seus
benefícios”.
- Santo Agostinho
Segundo André Luiz a maior dificuldade com
a qual se vêem a braços os Benfeitores Espirituais, é
descrever para o nosso apoucado entendimento as indescritíveis e
superlativas belezas do Universo Espiritual. A pobreza
dos nossos adjetivos não permite senão uma pálida
e insulsa descrição dos panoramas sublimes do Infinito.
Como descrever as nuanças dos suaves matizes do arco-íris
ao cego de nascença?
Em sua maravilhosa série de livros, André
Luiz narra que o engenheiro mecânico vai, em desdobramento, até
ao Mundo Espiritual e lá vê os silenciosos veículos
movidos a energia eletromagnética, não poluente, e voltando
à realidade física “inventa” o barulhento automóvel
com motor a explosão, utilizando os fumarentos combustíveis
fósseis, que fragilizam a camada de ozônio do planeta.
O engenheiro se estarrece com as belezas e imponência dos leves e
delicados arranha-céus de cristal do Mundo Espiritual, e só
consegue edificar aqui na Terra um arremedo sólido e bruto de ferro
e concreto.
Não é sem motivo que os Espíritos
Superiores declaram que a nossa realidade física não passa
de um “papel carbono” incolor da realidade Espiritual!...
Alguns Espíritos tentaram, debalde, nos oferecer
uma descrição da realidade que se lhes antojava, entre
eles, um chamado Sixdeniers, que narrou:
“(...) Nada existe aqui de material; tudo fere os
sentidos ocultos sem auxilio da vista ou do tato: compreendeis? É
uma admiração, porque não há palavras que a
expliquem. Só a alma pode percebê-la. Bem feliz foi
o meu despertar. A Vida é um desses sonhos, que, apesar da
idéia grosseira que se lhe atribui, só pode ser qualificada
de medonho pesadelo. Imaginai que estais encerrados em calabouço
infecto onde o vosso corpo, corroído pelos vermes até à
medula dos ossos, se suspende por sobre ardente fornalha; que a vossa ressequida
boca não encontra sequer o ar para refrescá-la; que o vosso
Espírito aterrorizado só vê ao seu redor monstros prestes
a devorá-lo; figurai-vos enfim tudo quanto um sonho fantástico
pode engendrar de hediondo, de mais terrível, e transportai-vos
depois e repentinamente a delicioso Éden: Despertai cercados
de todos os que amastes e chorastes; vede, rodeando-vos, semblantes adorados
a sorrirem de felicidade; respirai os mais suaves perfumes; desalterai
a ressequida garganta na fonte de água viva; senti o corpo pairando
no Espaço infinito que o suporta e balouça, qual a flor que
da fronde se destaca aos impulsos da brisa; julgai-vos envoltos no amor
de Deus qual recém-nascidos no materno amor e tereis uma idéia,
aliás apenas imperfeita, dessa transição. Procurei
explicar-vos a felicidade da Vida que aguarda o homem depois da morte do
corpo e não pude. Será possível explicar o Infinito
àquele que tem os olhos fechados à luz e que não pode
sair do estreito círculo que o encerra? Para explicar-vos
a eterna felicidade, dir-vos-ei apenas: amai, pois só o amor
faculta o pressenti-la, e quem diz amor diz ausência de egoísmo”.
Após uma semana de desencarnado, declarou
o Dr. Antoine Demeure2, médico de Kardec:
“(...) A morte emprestara à minha alma esse pesado sono a que
se chama letargia, porém, o meu pensamento velava. Sacudi
o torpor funesto da perturbação conseqüente à
morte, levantei-me e de um salto fiz a viagem. Como sou feliz!
Não mais velho nem enfermo. O corpo, esse, era apenas um disfarce.
Jovem e belo, dessa beleza eternamente juvenil dos Espíritos,
cujos cabelos não encanecem sob a ação do tempo; ágil
como o pássaro que cruza célere os horizontes do vosso céu
nebuloso, admiro, contemplo, bendigo, amo e curvo-me, ínfimo átomo
que sou, ante a grandeza e sabedoria do Criador, sintetizadas nas maravilhas
que me cercam. Feliz! feliz na glória! Oh! quem poderá
jamais traduzir a esplêndida beleza da mansão dos eleitos;
os céus, os mundos, os sóis e seu concurso na harmonia do
Universo? Pois bem: eu ensaiarei fazê-lo, ó meu mestre; vou
estudar, e virei trazer-vos o resultado dos meus trabalhos de Espírito.”
Evidentemente o Dr. Demeure não pôde,
até hoje, cumprir tal promessa por absoluta falta de recursos de
nossa linguagem grosseira e inexpressiva, inadequada, portanto a fazer-nos
compreender as belezas e maravilhas do Universo.
Três dias após o seu decesso corporal,
a viúva Foulon, amiga de Kardec e de Amèlie Boudet, testemunhou
(2):
“(...) Considero-me feliz agora, meu amigo; estes
míseros olhos que se enfraqueceram a ponto de me não deixarem
mais que a recordação de coloridos prismas da juventude,
de esplendor cintilante, abriram-se aqui para rever horizontes esplêndidos,
idealizados em vagas reproduções por alguns dos vossos geniais
artistas, mas cuja exuberância majestática, severa e conseguintemente
grandiosa, tem o cunho da mais completa realidade.
Mas, quanto trabalho para reproduzir uma obra-prima
e digna da grandiosa cena que se antolha ao Espírito chegado às
regiões da luz! Pincéis! Pincéis e eu provarei
ao mundo que a arte espírita é o complemento da arte pagã
e da arte cristã que periclita, cabendo somente ao Espiritismo a
glória de revivê-la com todo o esplendor sobre vosso mundo
deserdado.
(...) Não encontro meios de exprimir as sensações
novas que experimento. Esforço-me a todo o transe para fugir à
fascinação que sobre o meu ser exercem as maravilhas por
ele admiradas. A única coisa que posso fazer é adorar
e render graças a Deus nas Suas obras. Mas essa impressão
se desvanecerá e os Espíritos asseguram-me que dentro em
breve estarei acostumada a todas estas magnificências, de modo a
poder tratar com lucidez espiritual de todas as questões concernentes
à renovação da Terra.
(...) Temos o dom de ver os Espíritos mais
adiantados, de compreender-lhes a missão, de saber que também
nós a tanto chegaremos; no Infinito incomensurável, entrevemos
as regiões em que rútilo esplende o fogo divino, a ponto
de deslumbrar-nos, mesmo através do véu que as envolve.
Mas, que digo? Compreendeis as minhas palavras? Acreditais ser esse fogo,
a que me refiro, comparável ao Sol, por exemplo? Não, nunca.
É uma coisa indizível ao homem, uma vez que as palavras só
exprimem para ele coisas físicas ou metafísicas que conhece
de memória ou intuitivamente.
Desde que o homem não pode guardar na memória
o que absolutamente desconhece, como insinuar-se-lhe a percepção?
Ficai porém ciente de que é já uma grande ventura
o pensar na possibilidade de progredir infinitamente”.
Ao descrever(1) a felicidade que a prece proporciona,
Santo Agostinho tenta (também debalde) fazer um pequeno esboço
das maravilhas celestes:
“(...) A prece é o orvalho divino que aplaca
o calor excessivo das paixões. Filha primogênita da fé,
ela nos encaminha para a senda que conduz a Deus. No recolhimento e na
solidão, estais com Deus. Para vós, já não
há mistérios; eles se vos desvendam. Apóstolos
do pensamento, é para vós a Vida. Vossa alma se desprende
da matéria e rola por esses mundos infinitos e etéreos, que
os pobres humanos desconhecem.
Avançai, avançai pelas veredas da prece e ouvireis as
vozes dos anjos. Que harmonia! Já não são o
ruído confuso e os sons estrídulos da Terra; são as
liras dos arcanjos; são as vozes brandas e suaves dos serafins,
mais delicadas do que as brisas matinais, quando brincam na folhagem dos
vossos bosques. Por entre que delícias não caminhareis!
A vossa linguagem não poderá exprimir essa ventura, tão
rápida entra ela por todos os vossos poros, tão vivo e refrigerante
é o manancial em que, orando, se bebe. Dulçurosas vozes,
inebriantes perfumes, que a alma ouve e aspira, quando se lança
pela prece a essas esferas desconhecidas e habitadas!”
Caminhemos, pois, impertérritos e confiantes,
pois o futuro de indescritíveis belezas e maravilhas espirituais
nos aguarda. E não é para ser de outra maneira, vez
que Jesus, disse: “Vou preparar-vos lugar”. Já que a
nossa mãe Terra que foi tão carinhosamente preparada por
Ele para alavancar nossa destinação celeste, possui tantas
belezas naturais, e sendo ela apenas um “papel carbono” incompleto
das belezas do Universo, dá para imaginar como é esse “lugar”
que Ele nos está preparando?
Referências Bibliográficas
1 - Kardec, A. “O Evangelho Segundo o Espiritismo” – Capítulo
XXVII, item 23
2 - Kardec, A. “O Céu e o Inferno” – 2ª parte, capitulo
II
O que você conhece sobre o Espiritismo?
Naturalmente já ouviu falar da Doutrina Espírita,
mas na maioria das vezes de forma distorcida, vinculando-a a “ligações
com o demônio”, de «trabalhos de magia”, de “espíritos
que batiam”, de “mesa branca”, de “fechar o corpo” ou ainda “se não
desenvolver a mediunidade, será infeliz” e até de “reencarnações
em animais como castigo”...
Tudo falso, tudo Ignorância, absoluto desconhecimento
do que verdadeiramente é a Doutrina Espírita.
Saiba que a Doutrina Espírita é fruto
do ensinamento de Espíritos Superiores através de médiuns
(indivíduos dotados da faculdade de servirem de intermediários
entre os homens e os Espíritos, que nada mais são que os
homens fora do corpo de carne) honestos, desconhecidos entre si e de origens
diferentes, cujos ensinamentos e fenômenos foram devidamente comparados,
observados e organizados por Allan Kardec (pseudônimo do prol. francês
Hipollyte Léon Denizard Rivail), com o lançamento de O LIVRO
DOS ESPÍRITOS em 18/04/1857 em Paris, França.
Nem todo médium é espírita,
pois que esta faculdade se prende a uma disposição orgânica
e independe de idade, raça, sexo, posição social,
religião e estágio de desenvolvimento moral e intelectual.
E nem todo espírita é médium, no sentido ostensivo
do termo.
Ser espírita não significa necessariamente
ter que ser médium, cuja prática é feita com muita
disciplina e seriedade, respeitando-se individualidades e jamais criando
especulações em torno de possíveis nomes que se apresentem.
Nem tampouco exige o Espiritismo que quem dele tome
conhecimento a ele se converta. Respeita profundamente a liberdade
individual, oferece seus ensinos e deixa a pessoa livre para sua opção
de continuar ou parar seus estudos sobre tais ensinamentos.
O Espiritismo está profundamente ligado ao
Evangelho de Jesus, pois que estuda seus ensinamentos e recomenda a seus
seguidores que apliquem o Evangelho em suas próprias Vidas, reconhecendo
nele o maior código de ética de comportamento existente no
planeta. Usa como bandeira o lema “Fora da caridade não há
salvação” , entendendo aí a Caridade, em toda sua
amplitude e alcance, muito além da simples ajuda material, mas estendendo-a
à tolerância, à benevolência, à indulgência
e à prática do amor, inclusive com aqueles que lhe são
contrários, recomendando o perdão, assim como o fez Jesus.
Por esta razão, os objetivos do Espiritismo
são: a melhora moral do homem, o esclarecimento sobre sua
origem, finalidade e destinação, e a orientação
para a prática do bem, num convite permanente ao aperfeiçoamento
e à plena vivência da fraternidade entre todos os homens,
sem distinção de crença, raça, cor ou qualquer
outra definição de foro Intimo. Fraternidade que fará
os homens mais felizes e capaz de modificar o planeta.
Os Centros Espíritas que o representam, refletem
o conhecimento de seus dirigentes e portanto, erros e distorções
devem ser creditados à falta de conhecimento dos princípios
e nunca ao conteúdo da Doutrina Espírita. Porém,
nessas Casas onde se estuda e divulga o Espiritismo, não há
chefes ou qualquer tipo de hierarquia, embora se organizem juridicamente,
como exigem as leis do País. Na Doutrina Espírita,
todos são iguais, aprendizes e o único Mestre é Jesus.
O Espiritismo não obriga a nada. A criatura
é livre para agir como deseja, mas com a consciência de que
todos somos responsáveis pelos próprios atos.
Portanto, nada de medo, preconceito ou submissão
a tradições, inclusive familiares. Conheça o Espiritismo,
até como cultura geral, sem qualquer comprometimento, e avalie por
si mesmo, sobre seu real valor, objetivos e finalidades altamente cristãs.
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* - Artigo publicado em “Mundo Espírita” do mês
de agosto de 2000, órgão da Federação Espírita
do Paraná.
Em Lucas, 6:46., encontramos a grande pergunta que
Jesus nos faz: “E por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis
o que vos digo?”
Nos parece, diante da pergunta, que não basta
crer nas palavras de Jesus para vivermos em paz, em harmonia. É
necessário colocar em prática seu ensinamento maior: o de
“amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.”
Aguardamos todos, certamente, e sempre, a ocasião propícia
para isso. Esperamos tantas vezes para sermos envolvidos por sons ou visões
celestiais para darmos início ao trabalho de amor que nos compete
executar.
E, se Jesus nos assegurou que a fé remove
montanhas, também nos orientou que a fé sem obras é
morta. Assim, quantas vezes, responsáveis por trabalhos que na nossa
estreita visão consideramos insignificantes seja em nosso lar, na
nossa labuta para o sustento ou ainda em alguma tarefa assistencial, aguardamos
que algo aconteça e que venham nos tirar da mesmice em que colocamos
nossa existência para nos dizerem que não merecemos aquele
trabalho, pois fomos feitos para tarefas maiores, com maiores responsabilidades.
Nossos pensamentos passeiam assim entre a preguiça e a vaidade e
acabamos por abandonar a tarefa ou, quando não, a realizá-la
mal.
É preciso que acordemos para os ensinamentos
evangélicos e que aprendamos de vez que, não importa a função
que estejamos exercendo naquele momento no plano geral das tarefas humanas,
pois em qualquer lugar e em qualquer posto, seja ele de comando ou de subalternidade,
sempre podemos praticar os ensinamentos que o Evangelho nos transmite.
Cada palavra que Jesus plasmou na atmosfera terrena dirige-se a todos nós,
ontem , hoje e sempre independente de onde possamos estar ou do que estejamos
fazendo.
E, se cremos em Deus como Pai de Infinito Amor e
de Infinitas Bondade e Misericórdia, e se aceitamos a condição
de Seus filhos, portanto, dotados de essência divina, só poderemos
nos realizar se estivermos edificando esse amor em nós e em torno
de nós.
Todos desejamos ser felizes. É como uma intuição
que trazemos do nosso destino, ou seja, o de estarmos destinados à
felicidade plena e que já podemos vislumbrar quando sentimos a justa
alegria de poder contribuir na construção de um mundo melhor,
ou de já sermos capazes de pequenos gestos de compreensão
no nosso dia-a-dia, espalhando o bálsamo da esperança, do
conforto moral. Isto, longe de qualquer dúvida, é sementeira
de Amor; é a aplicação total do mandamento evangélico
de nos amarmos uns aos outros como filhos do mesmo Pai Criador.
Aquele, pois, que observa as palavras do Mestre
se assemelha, como nos ensina a parábola, ao homem que construi
sua casa sobre a rocha e que nada conseguirá destruir. É
construção em base sólida que vamos vivenciando, experimentando
através dos ensinamentos amorosos de Jesus. Nessa prática,
vamos tecendo amizades preciosas, resgatando vínculos afetivos que
a sabedoria popular tão bem define: “Quem tem amigos, tem tudo!”
Os valores espirituais são eternos e indestrutíveis
e quando baseamos nossa vida nesses valores, não importa que dificuldades
surjam, vamos superá-las com segurança e equilíbrio.
Quantos de nós têm se beneficiado desses momentos difíceis
que, quando enfrentados com coragem, com bom ânimo e confiança,
inspirados pela fé em Deus, nos levam a um progresso inimaginável.
As adversidades na vida são inevitáveis e são simbolizadas
na “parábola dos dois fundamentos”, pelas tempestades descritas
por Jesus, tempestades essas que sabemos serem passageiras, como
também o são as adversidades. Entretanto, os que alicerçam
a própria vida em valores transitórios como a conquista exclusiva
de bens materiais ou de poderes temporais, quando chegam os momentos adversos
se sentem aniquilados porque não possuem sólida estrutura
íntima.
Ouvir as palavras de Jesus, todos podemos ouvir,
da mesma maneira que todos podemos ter projetos para o futuro, da mesma
forma que todos podemos abrigar no coração os ideais de uma
vida superior; mas, se não os realizarmos, na prática, não
nos beneficiaremos deles porque não farão nenhuma diferença
em nossas vidas. Assim também é em relação
aos ensinamentos de Jesus: se não passarem de teoria em nossas vidas,
não poderão nos beneficiar.
Assim, é preciso mais! A oração
clamando Senhor, Senhor! é importante porque através dela
nos fortalecemos. A vigilância de nossos sentimentos é importante
porque através dela nos protegemos. Mas, é na prática
do “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”
que nos elevamos a Ele.
E é a prática desse Amor ao qual Jesus
nos conclama, que traduzido pela caridade, nos fala sobretudo em humildade
no exercício do perdão, em indulgência no exercício
do não julgar, da paciência , da tolerância para com
os erros do outro e da fraternidade para com todos.
Somos Espíritos imortais e assim sendo, sempre
é tempo de recomeçar. Cada momento de nossa existência
é oportunidade bendita de construir uma nova vida, recordando
que nossa sementeira de hoje nos dará, inevitavelmente, a colheita
de amanhã.
Rosely Carmona
Leda Maria Flaborea
lmflaborea@bol.com.br
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Artigo publicado no periódico "O Reformador"
É da Lei de Deus que: Todos atingirão
a plenitude da perfeição.
Tal descoberta, no entanto, só passou a ser
conhecida com a revelação da Doutrina Espírita. Logo,
esta é a única que mostra o caminho já percorrido,
e ainda que deve ser ultrapassado pela nossa humanidade, estando esse percurso
mais ou menos longe, por estar intimamente ligado ao comportamento dos
que a integram (cada indivíduo ).
Através da codificação feita
por Allan Kardec, os Espíritos Superiores nos revelam importante
missão, no qual cada pessoa tem no desenvolver da evolução
planetária. Mas, qual seria essa tarefa tão importante, que
não foi dada apenas há um único ser? Ora, é
fácil de chegar a resposta! Se o desenvolvimento evolutivo do planeta
depende dos que dele fazem parte, para que ele evolua se faz necessário
o aprimoramento individual de cada integrante desse planeta. E o grande
trunfo dessa melhoria própria é o que os Espíritos
esclarecidos chamam: Reforma Íntima. Isto quer dizer o quê?
Acabar com sentimentos e valores como o egoísmo, falta de caridade,
o ódio e tantos outros formadores de verdadeiras paredes na estrada
da evolução pessoal de cada criatura.
Muito se fala e espera de progresso na entrada deste
novo milênio que aí se apresenta.
Toda essa expectativa só poderá torna-se
realidade com o trabalho individual dos encarnados e desencarnados, na
busca pela aniquilação de sentimentos mais baixos, contrários
a Lei de Amor pregada e vivida por Jesus Cristo (Governador Espiritual
do nosso planeta). Resultará desse conjunto, visto não haver
mais ou bem pouca desarmonia, na evolução espiritual do nosso
globo, que atingirá a posição como Mundo de Regeneração,
saindo da posição de Provas e Expiações onde
hoje ESTAMOS.
Vamos Evoluir para nos tornar cada vez mais conscientes
da presença de Deus em nós. Trabalhemos por isso com as ferramentas
que nos são oferecidas.
Só depende de cada um para a felicidade de
todos. Você quer realmente evoluir?
Muita Paz!!!
Franklin Magliano. {Ukento}
Fmagliano@bol.com.br
Sou poeta por natureza,
Não cursei escola nem faculdade,
Aprendi fazer rimas por curiosidade,
Sou cantador da natureza.
Vim de muito longe,
Dos remotos cataclismos
Da Gênesis, dos paroxismos,
D’onde Deus a vida tange.
Quando homem ainda verme,
Dormia o sono da infância,
No corpo disforme da inconstância,
Operando a formação da epiderme.
Dos mares e oceanos,
Da vida quando morfa,
Da pequena célula morta,
Esboçada em séculos e anos.
Atingi o cume dos protozoários,
Me fiz ser por excelência,
Assim adquiri alguma experiência,
Nos longos séculos, duros e áridos.
Atingi a maioridade animal,
Aprendendo a lei da conservação,
Que é a meta da criação,
Perscrutando em mim a idéia vital.
Tornei-me meio homem, meio animal,
Temi a morte, e os efeitos da natureza,
Como o sol, o trovão e da vida aspereza,
Paulatinamente encontrei a idéia da moral.
Durante intervalos das vidas sucessivas,
Em mim era operado,
Novo sistema equacionado,
Que me mostrava novo prisma de além-vidas.
Grato hoje sou, por Ter sido
Mônada, Animal, e homem-animal,
Por Ter conhecido a vida tirocinial,
E por Ter Deus compreendido.
Um poeta amigo ( Anônimo)
Paulo Eduardo Castaldi: Em Julho de 1982
castaldi@cruzeironet.com.br
O Espiritismo, meus irmãos, é a luz
que verte do Alto na grande noite da Humanidade, para nos apontar o caminho
na escuridão.
O Espiritismo, é Jesus de volta, que
nos vem convidar a reflexões muito profundas a respeito do que somos
- Espíritos imortais - de como estamos - corpos transitórios
- e para onde vamos - na direção da pátria, conscientizando-nos
que a lei que deve viger em todas as nossas atitudes é a lei
de amor. Este amor, porém, que é lei natural e está
em todo o Universo, porque é a lei do equilíbrio.
Quando, realmente, nos deixarmos penetrar
pela proposta de Jesus, quando legitimamente nos permitirmos mimetizar
pelo Seu dúlcido olhar, feito de misericórdia e de compaixão,
uma nova conduta se estabelecerá em nossas vidas, e aprenderemos,
por fim, a seguir com equilíbrio pela estrada libertadora.
O Espiritismo, anunciado pelo Mestre, chega
na hora predita para atender o rebanho aturdido que, tresmalhado, aguarda
o cajado do Bom Pastor.
Ele veio, meus filhos, e convocou-nos a uma
nova ordem de pensamento e de conduta. A Sua voz, de quebrada em
quebrada, chegou até estes dias, para que tivéssemos um roteiro
de segurança, para não mais incidirmos ou reincidirmos nos
delitos a que nos vinculamos.
Da primeira vez, iludidos, fascinados, atormentados,
deformamos-Lhe os ensinamentos, adaptando-os aos nossos interesses escusos.
Mas Ele não cessou de nos enviar embaixadores encarregados de recordar-nos
Seu amor inefável até quando Allan Kardec nos trouxe desvelado,
o Evangelho para vestir nossa alma com a luz mirífica das estrelas.
Tenhamos cuidado com a prática
espírita!
O Consolador não se deterá,
mesmo que os homens coloquem pelos caminhos impedimentos à sua marcha,
dificuldades ao processo evolutivo, porque Cristo vela!
O Espiritismo, meus filhos, é doutrina
dos Espíritos para os homens. Espíritos, por sua vez
reencarnados, comprometidos com a instalação na Terra do
reino do amor, da justiça e da caridade.
Tende tento!
Meditai profundamente na palavra de ordem
e de razão que deflui do Evangelho vivo e, se por certo, estais
sendo chamados para o rebanho, esforçai-vos para atender ao convite,
e lutai até o sacrifício para serdes escolhidos.
Recebeis farta messe de luz; distribuí-a
pelo mundo estróina.
Sois aquinhoados com o conhecimento libertador;
passai-o adiante através da voz eloqüente dos vossos atos e
pela palavra austera dos vossos sentimentos.
Jesus espera! Como nós confiamos nEle
e Lhe pedimos apoio, Ele confia em nós, e nos pede fidelidade.
Os Espíritos amigos, vossos anjos guardiães
e companheiros de jornada, aqui estamos para sustentar-vos nos testemunhos,
para dar-vos força, para que possais vencer com idealismo, de maneira
estóica.
Não adieis o momento de ajudar, não
procrastineis a hora de servir e, integrados na falange do bem, cantai,
cantai ao Senhor, mesmo que lágrimas escorram pelos vossos olhos
e dores macerem vossos corações.
Cantai um hino de júbilo e de liberdade,
demonstrando que na cruz os braços estão abertos para afagar,
dando testemunho que pode aquilatar o valor de quem ama.
Que o Senhor de bênçãos vos
abençoe, e que a paz prossiga convosco, suavizando vossas lutas
e dores!
São os votos do servidor humílimo
e paternal de sempre,
Bezerra
(Mensagem psicofônica obtida pelo médium Divaldo Pereira Franco, ao término da conferência pública no Grupo Espírita André Luiz, no Rio de Janeiro, na noite de 24 de agosto de 2000.)
Revisada pelo Autor espiritual.
Caros irmãos de ideal espírita, Paz & Bem!
Gosto muito de receber os boletins e por isso achei
que deveria escrever-lhes uma coisinha:
neste último (Boletim
397), reparei que há uma pessoa não espírita que
tenta denegrir a imagem de nossa querida Doutrina, com seus aspectos equivocados
e opiniões préconcebidas sobre o Espiritismo.
Eu acho que já temos tantas pessoas que trabalham
diariamente para denegrir nossa doutrina que não precisamos dar
mais espaço à esse tipo de pessoas. Devemos sim deixar os
espaços desse adorável boletim para pessoas que se interessam
pela Doutrina e ao lerem os artigos nele publicados, aprendem um pouco
mais e/ou reafirmam seus conhecimentos já adquiridos.
Um outro colega citou duas URL's contra o Espiritismo,
por isso reitero meu pedido que acredito ser de outros assinantes do boletim:
vamos dar espaço a quem quer divulgar a Doutrina Espírita
e não dar esse mesmo espaço a pessoas que não sabem
o que é o Espiritismo e em sua ignorância tentam passar uma
imagem negativa e totalmente contrária ao verdadeiro e único
Espiritismo.
[ ]'s fraternais da
Silvinha Rosa (Itu/SP)
smrr@uol.com.br
Ficamos contentes ao receber o seu comentário
que demonstra a sua preocupação em mantermos a qualidade
dos Boletins do GEAE, com material literário que nos possibilite
adentrarmos cada vez mais no conhecimento da Verdade.
Esse é realmente o objetivo do GEAE. O grupo
nasceu com uma proposta inovadora que é o do estudo com seriedade
e responsabilidade de um grande número de pessoas, trocando informações
com o uso da razão, buscando níveis cada vez mais elevados
de acordo com as nossas necessidades.
Digo proposta inovadora, não que isso já
não exista, mas pela facilidade que o computador nos oferece, desde
a editoração dos Boletins e a sua distribuição
pela internet. Há muita literatura espírita com enorme amplitude
de informações. Mas a possibilidade de discussões
imediatas sobre os mais diversificados temas acabou transformando-se numa
proposta extremamente viável no GEAE, tendo em vista, o número
crescente e constante das adesões ao grupo, além dos inúmeros
estímulos e apoios que recebemos dia a dia, como este que você
nos enviou.
Vejo uma importante colocação em sua
mensagem que se refere a não dar espaço a pessoas que criticam
o espiritismo, deixando esse espaço para aqueles que se interessam
pela doutrina espírita.
Antes de continuar essas minhas observações,
permita-me enfatizar que o GEAE não apresenta uma estrutura própria
e fixa. Não seguimos nenhuma organização maior e sim
utilizamos do bom senso com o propósito de manter o nosso estudo
da Vida dentro desse padrão de qualidade, com base na codificação
espírita desenvolvida com o trabalho de Allan Kardec. Isso quer
dizer que toda e qualquer publicação existente no GEAE reflete
apenas a opinião de seu autor, sendo de sua inteira responsabilidade.
Mesmo qualquer material publicado pelos editores representa o seu próprio
esforço intelectual sobre o assunto publicado e não uma posição
do GEAE como um todo. Assim o grupo nasceu, cresceu e continua progredindo
e creio que assim será, até quando ele for importante para
a humanidade, a critério da Providência Maior.
Dessa forma, os editores produzem os boletins com
os mais variados assuntos e, muitas vezes, ficamos mesmo na dúvida
se deveríamos ou não publicar determinados textos ou comentários
que nos são encaminhados. Por isso, solicitamos constantemente a
ajuda do Plano Espiritual Maior para que tudo que seja publicado sirva
com a única finalidade de ajudar cada leitor(a) a buscar o melhor
caminho possível na sua jornada terrena, sempre visando o bem comum.
Voltando ao seu comentário, realmente esse
foi um daqueles em que ficamos com dúvida, mas resolvemos publicá-lo
tendo em vista ampliar nossa visão sobre críticas que são
feitas sobre a doutrina e a imensa literatura espírita com o objetivo
de levantar reflexões sérias e responsáveis sobre
tudo o que é publicado para que prevaleça sempre a razão
lógica e coerente acima de tudo. Não estou me referindo ao
comentário citado e sim ao contexto geral.
Particularmente esse comentário gerou vários
respostas que foram encaminhadas diretamente ao autor. No GEAE, evitamos
a polêmica cansativa e inútil, diversificando os assuntos,
tornando o nosso estudo mais produtivo.
Observamos também publicações
em revistas comerciais de grande circulação com reportagens
de baixa qualidade e sensacionalistas sobre a doutrina espírita
que lamentamos profundamente pela repercussão negativa em milhares
de vidas em evolução que poderiam receber essa maravilhosa
fonte de água viva contribuindo para a melhoria de vida do nosso
planeta e merecem mesmo respostas dos leitores com a intenção
de mostrar a verdade, mantendo a liberdade de consciência de cada
um.
Assim, acreditamos que um bom e produtivo estudo
deva ser feito em todos os sentidos observando tudo o que ocorre ao nosso
redor e que cada individuo aprenda a SENTIR o que melhor lhe convém,
conforme o seu livre-arbítrio, para seguir uma vida mais alegre
e feliz, livrando-se de sofrimentos que são sempre indesejáveis.
Raul Franzolin Neto
rfranzol@geae.inf.br
Lemos no Boletim GEAE Numero 398 os comentários
sobre os textos onde Moisés condena a prática das atividades
mediúnicas, e achamos ótima a resposta dada por este Boletim
aos comentários, de modo que não ficasse nenhuma dúvida
quanto à posição cristã da Doutrina.
Se lhes escrevo é com o objetivo de continuar
o debate, dizendo que Moisés jamais condenou o uso da mediunidade,
se algo ele fez foi condenar o uso abusivo e a exploração
da mesma, aliás o que a Codificação também
condena. ( Ver "Evangelho Segundo o Espiritismo" capítulo XXVI e
o "Céu e o Inferno" no capítulo XI da primeira parte, entre
outras obras.)
Inclusive citamos neste pequeno comentário,
os textos bíblicos que provam que o Grande Legislador Hebreu, não
só não condenava como até apoiava o uso da mediunidade,
desde que usada de forma segura e conforme as Leis Divinas.
Desde modo, segue o seguinte texto que está
no Livro Números, Capítulo 11 versículos de 26 a 29:
"Mas no arraial ficaram dois homens; chamava-se um Eldade, e o outro
Medade; e repousou sobre eles o espírito, porquanto estavam entre
os inscritos, ainda que não saíram para irem à tenda;
e profetizavam no arraial.
Correu, pois um moço, e o anunciou a Moisés,
dizendo: Eldade e Medade profetizaram no arraial.
Então Josué, filho de Num, servidor
de Moisés, um de seus mancebos escolhidos, respondeu e disse: Meu
Senhor Moisés, proíbe-lho
Moisés, porém, disse-lhe: Tens tu
ciúmes por mim? Oxalá que do povo do Senhor todos fossem
profetas, que o Senhor pusesse o seu espírito sobre eles!"
Que o Senhor abençoe a todos,
Cláudio Fajardo
ccfajardo@ig.com.br
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que fosse divulgado o meu site através do GEAE. O serviço
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Yuzo Nakamura
Adm Prosatori