Fundado em 15 de outubro de 1992
Boletim Quinzenal de Distribuição
Eletrônica
"Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da humanidade", Allan Kardec
Doutrina Espírita é o conjunto de ensinamentos codificados pelo professor Hipolyte Leon Denizar Rivail, contida no pentateuco, quais sejam, O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O livro dos Médiuns, A Gênese e o Céu e o Inferno. Quando da publicação de O Livro dos Espíritos, Hipolyte utilizou o pseudônimo de Allan Kardec, nome que utilizou numa encarnação passada como druida.
O Espiritismo tem como fundamentos A existência de Deus, a Imortalidade da alma, a pluralidade das existências ou reencarnações, a comunicabilidade com o mundo dos espíritos e a pluralidade dos mundos habitados.
Espírita ou espiritista é a pessoa que estuda esses ensinamentos e segue seus conceitos filosóficos, com bases científicas e de resultado religioso. De forma mais ampla esses conceitos são explicados na introdução de O Livro dos Espíritos, de onde retiro o seguinte trecho:
"Diremos pois, que a Doutrina Espírita ou o Espiritismo tem por princípios as relações do mundo material com os espíritos ou seres do mundo invisível. Os adeptos do Espiritismo serão os espíritas ou, se o quiserem, os espiritistas."
Movimento Espírita é o espírita na prática do espiritismo.
Nestes conceitos reside a nossa base sustentável e sólida, pois está enriquecida pelo pensamento científico e acompanha o desenvolvimento da ciência, explicando-os e conceituando-os a partir da codificação; como também, nestes conceitos, iniciam todos os nossos problemas.
O Movimento Espírita é realizado por nós, seres em estado de evolução, imperfeitos e em processo de autocontrole de nossos vícios e virtudes. Em outras palavras: o Movimento Espírita tem os mesmos vícios e virtudes que nós. Por esse aspecto cada instituição espírita possui sua privacidade e forma de trabalho, orientada pelos órgãos federativos que buscam manter a unidade do trabalho administrativo/doutrinário, mas que não intervém de forma direta na administração das instituições.
Onde queremos chegar? Já chegamos.
Quão mais dispostos os participantes das instituições, estão de estudarem com disciplina a Doutrina Espírita e de se reciclarem no caráter administrativo das instituições, com melhor qualidade de informação poderemos divulgar os conceitos básicos da Doutrina Espírita e promover a evangelização do homem de bem, objetivo primeiro dos centros espíritas.
Nesse universo de aspirações uma realidade nos sufoca: a escassez de mão de obra. O trabalho de evangelização do ser urge mas não é apressado, no dizer de Bezerra de Menezes, os centros crescem, as instituições se multiplicam, a sede de informações sobre a vida após a vida aumenta nos leigos, mas ainda faltam trabalhadores. Com um detalhe : muitos dos que estão a frente de atividades ainda não se qualificaram e enfrentam com boa vontade e dedicação o seu fardo de trabalho.
Na prática podemos dizer que certas funções como tesoureiros, presidentes de centro, evangelizadores, coordenadores de departamentos, patrimônio, necessitam de conhecimentos técnicos específicos para poderem realizar suas atividades. Muitos conseguem junto aos órgãos federativos a sua formação mais outros precisam recorrer a profissionais de fora do ambiente espírita para conquistar o seu crescimento técnico.
E nesse universo como estamos com o Teatro Espírita?
É um pouco pior.
Na busca de se instrumentalizar, os grupos ou departamentos dos centros, recorrem certas vezes a profissionais de teatro que não têm compromisso com a temática espirita ou no máximo são "simpatizantes", termo por sinal que não possui definição na codificação de Kardec. No momento que esse profissional é convidado o grupo, sem saber, passa pelo mais importante momento de sua existência.
O próximo passo pode ser um enriquecimento pelo grupo da técnica teatral e aí, um grande passo foi dado no sentido do aprimoramento do Movimento espírita realizada por esse suposto grupo.
O próximo passo pode ser também, uma série de conceitos confusos e inadequados à prática espirita do teatro. Como não se tem referências, pode-se chamar uma pessoa que não tem, em verdade, tanto preparo assim, ou tem, mas por desconhecer os mecanismos que regem o grupo, a instituição e as pessoas, acabe por decretar o fim daquele tão promissor movimento.
O que nos leva a dedicar horas de nosso escasso tempo em ensaios de teatro espírita é a idéia e a crença que possuímos na causa espírita. O único compromisso que o teatro tem é a estética e o seu Deus é a liberdade. O teatro espírita tem um compromisso sério com a idéia, com o tema, com a divulgação da Doutrina espírita e o seu Deus é eterno, imutável, onipresente, onipotente e onisciente.
A temática abordada deve ser sempre a temática doutrinária espírita, e se ainda restam dúvidas sobre o que é isso, vamos voltar as obras básicas para estudá-las um pouco mais e depois faremos teatro espírita. A forma artística e a qualidade técnica devem ser buscada sempre, para que o produto possa ser aceito com beleza e prazer pelos espíritas, não espíritas e pelos "simpatizantes". Mas não devemos nos desviar de nosso caminho árduo que é o de falar da vida e da morte como ela realmente é.
O CENTRO ESPÍRITA PRECISA DE TEATRO?
Há uma fronteira sutil entre fazer teatro no centro espírita e fazer do centro espírita um teatro.
A casa espírita é uma instituição singular, que possui bases doutrinárias em Kardec e regras administrativas criadas e mantidas por seus integrantes, representados ou não pela diretoria da instituição, a depender da complexidade de seu organograma. Se nos deparamos com normas ou posturas pessoais que discordamos dentro da instituição, devemos promover o debate fraterno entre os membros da instituição, a fim da chegarmos à conclusões coerentes e afinadas com o ideal espírita.
Grupos ligados, não só ao teatro, mas a arte espírita, têm encontrado certas resistências ao trabalho artístico dentro dos centros e o caminho de nossas soluções será sempre o diálogo.
Temos que ter o cuidado para que os ensaios das "peças" possam transcorrer dentro das regras estabelecidas pela instituição, para que não venhamos a ferir "postulados" e mudar o foco do trabalho artístico que é a idéia.
Cuidado com roupas a utilizar, objetos que não se deve mexer, ruídos que não se podem fazer, precisam ser "administrados" pelos coordenadores do grupo e por seus participantes.
"__ Ah, mas o presidente do centro não gosta de teatro!..."
Acontece. Nossos teatros tradicionais têm muita dificuldade em levar público aos espetáculos, porque acostumamos com a cultura de massa e esquecemos de ensinar nossos filhos a ir ao teatro, ao circo, às livrarias, etc...
Algumas instituições ainda não conhecem a possibilidade de utilização da teatralidade, não só em nossas atividades sociais comemorativas espíritas, mas também como oportunidade de crescimento dos participantes do grupo de teatro e de todos da instituição.
O fazer teatral colabora no desenvolvimento da auto-estima, no desbloqueio de nossas inibições, na geração de uma energia artística positiva que a espiritualidade não perde oportunidade de utilizar no auxílio à enfermos, na evangelização do homem.
Conhecemos algumas estórias de espíritos traumatizados pelo tempo, que tiveram seu trabalho de "recomeço" iniciado à partir de ensaios e apresentações de peças espíritas. O espetáculo "Além da Vida", 18 anos em cartaz, acumula algumas dessas estórias.
É preciso observar de forma bem auspiciosa, qual o direcionamento que a instituição propõe aos seus trabalhos e onde pode-se ou não se encaixar o fazer teatral.
Se nossos corações estiverem sinceramente preenchidos pela fraternidade e em nossas mentes brilhar o ideal da reforma íntima através da evangelização, encontraremos o caminho da "convivência pacífica" dentro e fora das instituições espíritas.
Edmundo Cezar
teatro@plenus.net
Antes de Jesus, muitos missionários vieram a Terra ensinar o melhor caminho para se viver. No entanto Ele era incomparável, efetivamente era um Ser superior, o seu porte físico sobressaia na multidão, era belo, de uma beleza transcendental. Seu olhar possuía um magnetismo que atraia os bons e incomodava os maus. A sua palavra era plena de sonoridade e cheia de conteúdo, na medida certa do que pretendia dizer. O seu poder era inigualável, nunca nenhum profeta, havia feito tantas maravilhas como ele, ninguém faz o que ele fez se Deus não estivesse com ele."Jesus percorria toda a Galiléia, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando toda e qualquer doença ou enfermidade do povo. A sua fama espalhou-se por toda a Síria, de modo que lhe traziam todos os que eram acometidos por doenças diversas e atormentados por enfermidades, bem como endemoninhados, lunáticos e paralíticos. E ele os curava. Seguiam-no multidões numerosas vindas da Galiléia, da Decápole, de Jerusalém, da Judéia e da região além do Jordão." (Mt 4, 23-25)
Não fazia diferenciação das pessoas, pela raça, credo, posição social ou condição qualquer. Atendia com igual atenção ao soldado e ao general, ao doutor da lei e ao homem do povo, ao rico e ao pobre, a prostituta e a mulher recatada, ao enfermo e ao sadio. Tratou a mulher, à época tão discriminada, com respeito e carinho inéditos naquele tempo. Ele estava muito adiante do seu tempo, pois era atemporal, porque viera trazer uma mensagem para a vida eterna e não limitada às circunstancias do tempo.
O seu Evangelho, o código de ética cósmico e universal, é a senha para a entrada no reino de Deus, que é de paz, amor e harmonia. A proposta de transformação da criatura material em ser espiritual, egoísta em altruísta, orgulhosa em humilde, vaidosa em despojada.
Ele então pregava a palavra do reino de Deus e agia. Palavra e ação são os seus instrumentos de trabalho, no faça o que eu digo e faça o que eu faço. Exemplificava o amor do Criador, para com as suas criaturas, exercendo o seu poder magnético curador, ultrapotente, curando os doentes: leprosos, aleijados, cegos, tísicos, cancerosos, feridentos, loucos, viciados e obsidiados. Estes são os que sofriam perseguição de espíritos raivosos, que se dizem vítimas do passado e que no presente constituem-se em cobradores cruéis, seviciando e constrangendo as suas vítimas no presente, a pagarem os prejuízos que lhes causaram numa época anterior, nesta ou em outra existência passada. No entanto, não havia doença, que ele não curasse com a imposição das suas mãos, como não havia espírito obsessor, que não se afastasse, submetendo-se à sua autoridade de Senhor do nosso mundo, material e espiritual.
Com isso, apesar da falta dos veículos de comunicação à época, a sua fama crescia e pessoas de todas as partes vinham atraídas pelo relato daqueles que presenciaram os seus feitos. Constituindo-se, essa multidão, em sua grande maioria de pobres, aflitos e desiludidos, sofredores enfim, a quem o mundo era impotente para confortar. Todos encontravam nele aquele lenitivo, a resposta às suas dúvidas a solução para os sues problemas, o alívio às suas dores. As suas palavras caiam como orvalho no terreno seco daquelas almas. Assim era Jesus, quando esteve entre nós aqui na terra. Muita paz!
Francisco Oliveira
fraterno05@hotmail.com
Caros confrades, tomo a liberdade de traçar alguns comentários sobre alguns assuntos do Boletim 391, espero ser útil e se possível sanar algumas dúvidas, se estiver errado, agradeceria ser corrigido...
No tocante aos aplausos (Etelvino) após o encerramento de uma palestra ou de uma manifestação artística, nada vejo de inoportuno demonstrar o contentamento com aplausos, entretanto, se esta palestra é preparatória para os passes como é de praxe em muitas casas espíritas, deixa de ser conveniente pois, por ser preparatória para os passes tem a finalidade de harmonizar o ambiente e as mentes das pessoas para tal e o ato de aplaudir poderia atrapalhar esta preparação, só por isso.
Na questão da cremação e transplante de órgãos (gislene), interessantemente tivemos em nosso grupo de estudos a duas ou três semanas um debate sobre estes assuntos, e o que se discutiu foi que em ambos os casos depende da consciência do indivíduo, do seu grau de entendimento, do seu apego à matéria, pois em ambos os casos se for alguém muito apegado poderá não estar "desligado" do corpo físico e passar por uma experiência que poderia ser traumática, entendendo que no transplante seu corpo seria mutilado, o que realmente nunca aconteceria pois o transplante é do órgão material, nunca afetando o espirito, ou mesmo sentindo o fogo destruindo seu corpo e ter a sensação da dor. No entanto se for alguém desapegado da matéria, consciente que já desencarnou, e que teve uma vida regrada - no sentido espiritual, com certeza será amparado e conduzido pela espiritualidade para um local distante do seu corpo, desligado desta situação e a vida continuará normalmente, mas, isso tudo depende da preparação que cada um tem, do seu grau de entendimento, do merecimento, é uma questão que varia de indivíduo a indivíduo, em alguns casos, fomos informados, que os espíritos acompanham com naturalidade estes acontecimentos, poucos é evidente. Como em todas as situações cada um tem o desencarne de acordo com seu modo de viver, as companhias que cativou enquanto encarnado e terá como destino o "céu ou o inferno" que criou para si...
Quanto à miséria (Marcos), é uma condição puramente humana, do egoísmo que ainda esta enraizado na cultura, não se divide nada, mas, também serve a um propósito Divino, enquanto que muitos que estão na condição de penúria material são necessitados dela, Deus se usa delas para ensinar ao avaro, ao glutão, ao orgulhoso, ou a portadores de muitos outros defeitos morais a humildade a paciência etc... outros ai estão por prova, por testemunho, em uma condição que solicitaram para avançar mais rapidamente no seu processo evolutivo. A miséria deixará de ser um problema na terra, assim que sairmos da fase de transição em que estamos e entrarmos na fase de regeneração, passaremos a ter uma visão diferente dos bens materiais e haverá uma divisão mais justa deles, tudo a seu tempo.
Caros Senhores
No âmbito da minha pesquisa de doutoramento em ciências sociais, procuro informação acerca da implantação do espiritismo nas ilhas de Cabo Verde (então colónia de Portugal) por volta de 1900. Fico muito agradecido a quem me puder fornecer dados, sugestões de leitura ou contactos de eventuais conhecedores do assunto.
Saudações cordiais,
João Vasconcelos
joca@cvtelecom.cv
Caso seja possivel gostaria de um esclarecimento quanto as doenças e as curas mediunicas. As doenças estão no corpo fisico ou no espírito ? Se estiverem no espírito, como explicar os transplantes de orgãos ?
Grato,
Carlão
"Prezados amigos,
Onde posso encontrar as obras da Codificação
em BRAILLE? (...)
Leonel " (Boletim
391, Ano 8, 2000)
Indico ao Leonel que entre em contato com:
Sociedade Pró-livro espírita em Braille - SPLEBUm abraço
Rua THomaz Coelho, 51
Vila Isabel - Rio de Janeiro
CEP 20540110
Fone 0XX21 2889844
FAX 0XX21 572 0049
Normalmente quando se cita o nome da cidade de Araxá o leitor imediatamente lembra da famosa Dona Beija, famosa no século passado por sua beleza e cuja lembrança ainda é tema dos principais pontos turísticos locais, ou das magnificas termas inaguradas por Getulio Vargas nos anos dourados do pós-guerra. Dificilmente ele associará de imediato a cidade a uma obra assistencial que atrai caravanas de localidades distantes.
Pois bem, foi assim que nos surpreendemos ao sermos convidados a participar de uma caravana para conhecer a Casa do Caminho, na cidade de Araxá. Esperando encontrar um pequeno grupo nos deparamos com uma instituição bastante desenvolvida, com um moderno centro de atendimento psiquiatrico e hospital geriátrico. Amparando a obra, um grupo espírita que é, por sí só, motivo suficiente para uma visita.
As edificações que atendem aos assistidos da casa são amplos salões em torno de pátios, quase todos com fontes e jardins. O maior jardim é o que se encontra próximo as piscinas para hidroterapia, que em três de seus lados é cercado por uma ampla varanda. A limpeza e a simplicidade do ambiente lhe dão uma beleza especial, não se tem duvidas de que se está em uma instituição dedicada ao labor da cura e do auxílio fraterno. Também se destaca para o visitante o carinho e a atenção, tanto dos funcionários como dos voluntários, para com os assistidos.
Próximo ao complexo terapeutico está o salão para as sessões. Este salão tem a característica de ser construido com barro - paredes com grandes tijolos unidos por barro e chão de terra batida - formando um conjunto harmonioso com o telhado de vigas de madeira aparentes. É bem proporcionado, nele se acomodam confortavelmente cerca de 600 pessoas. Tive a oportunidade de assistir a uma reunião de passes (quinta-feira a noite) e outra de preces (sábado a tarde), ambas contando com a participação do coral do grupo na execução de preces cantadas. As palestras, proferidas pelo dirigente do grupo (Tadeu), abordaram temas do cotidiano, sendo a da reunião da quinta-feira direcionada ao problema da "Pressa e Falta de Tempo".
Como elemento central de toda essa obra está o trabalho assistencial de José Tadeu da Silva, que desde sua infância tem dedicado sua vida ao atendimento aos necessitados - quando criança acompanhando sua mãe e, após a desencarnação de seus pais, recolhendo idosos necessitados em sua própria casa. Aos poucos sua dedicação granjeou colaboradores, que com o passar dos anos foram estendendo o alcance do trabalho, hoje 200 assistidos encontram amparo na Casa do Caminho. Amparo que também se estende além, através da farmácia homeopática, onde são fornecidos medicamentos e atendimento para a população carente.
A Casa do Caminho, conforme informam aos visitantes, possui como única fonte de renda as doações espontâneas que recebe da população, dos visitantes e simpatizantes. As construções são oriundas da ajuda da CBMM (Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração) instalada no município de Araxá. Sua arquitetura segue linhas gerais definidas por orientação espiritual, simplicidade e funcionalidade, cuja beleza vem da harmonia e da integração com os propósitos da instituição - trabalhar para o bem estar do próximo.
A instituição já conta com um página na Internet - http://www.araxa.com.br/caminho - que contém os dados básicos, inclusive o endereço para e-mails.
Enfim, encerrando o relato, fiquei bastante impressionado e reconfortado pela surpresa de encontrar esse grupo. Surpresa por encontrar algo que, as vezes, o desanimo nos leva a crer que não exista mais: um trabalho fraterno em plena expansão cativando almas e transformando o mundo ao seu redor.
Um dos belos resultados dos esforços que um grupo de experientes esperantistas, espíritas e não espíritas, vem desenvolvendo sob os auspícios do Lar Fabiano de Cristo , da CAPEMI, e a condução de seu presidente, nosso confrade e co-idealista César Soares dos Reis, foi a exposição, aos membros do CEI - Conselho Espírita Internacional - , das vantagens que a adoção do Esperanto proporcionará àquele órgão no desempenho de seu grave papel de coordenador do Movimento Espírita mundial.
O entusiasmo dos representantes de movimentos espíritas de diversos países, reunidos em Montevidéu no mês de outubro de 1999, foi de tal ordem que o CEI criou uma Assessoria de Esperanto, sob a responsabilidade de César Reis, cuja primeira iniciativa foi proporcionar a confrades do Brasil e do Exterior um curso de Esperanto a distancia com vistas a que, aprendendo o idioma, eles se tornem multiplicadores e o estendam aos círculos espíritas de seus respectivos países.
O material escolhido foi um conjunto de obras do Prof. Sylla Chaves, eminente esperantista patrício, membro da Academia de Esperanto, jornalista, escritor fecundo, poeta de rara sensibilidade, especialista em Educação e Relações Humanas, com larga experiência da vida internacional graças à sua longa atuação nos círculos da ONU e da UNESCO.
Em fevereiro deste ano, Sylla Chaves lançou um apelo aos coidealistas do mundo inteiro, espíritas ou não, através do V. E. K. I. - Virtuala Esperanto Klubo Internacia - , um clube virtual de esperantistas de âmbito internacional, cujo site na Internet é: http://www.esperanto.org.br/veki. A razão não se fez esperar e dezenas de esperantistas, espíritas e não espíritas, logo se puseram à disposição, dando imediatamente início a uma valiosa colaboração.
Ao leitor convém saber que Sylla Chaves não é espírita, a fim de que, por seu exemplo, veja bem ilustrada a ética superior que inspira as ações e manifestações dos verdadeiros esperantistas, seguidores do ideário de Lázaro Luís Zamenhof.
O texto integral do apelo de Sylla está disponível no site do V. E. K. I., acima citado.
Em síntese, nosso co-idealista enfatiza o problema lingüístico que agora se levanta como obstáculo às comunicações internacionais entre os membros da família espírita mundial e evidencia o espírito progressista do Conselho, que se inclina à solução racional do problema, isto é, à utilização da Língua Internacional Neutra Esperanto, cuja introdução nos círculos espíritas de outros países deverá fazer-se de forma gradativa, de modo que a iniciativa se torne concreta realidade em 2004, quando espíritas do mundo inteiro se reunirão num congresso em Paris para, entre outros objetivos, comemorar os 200 anos de nascimento de Allan Kardec.
O material usado no curso a distância que está sendo ministrado a representantes dos movimentos espíritas de diversos países é composto pelas seguintes obras de Sylla Chaves: Adu kaj Lernu (Ouça e Aprenda), Kantu kaj Lernu (Cante e Aprenda) e Sep Facilaj Legaoj (Sete Leituras Fáceis), formando um harmonioso conjunto em que os mais atualizados princípios para ensino de línguas se associam à extrema facilidade do Esperanto.
Sylla Chaves resume seu apelo, através da excelente rede formada pelo V. E. K. I., propondo a união de cada espírita, que aprende o Esperanto, a um esperantista já fluente na língua (dentro ou fora do V. E. K. I.), talvez não espírita mas certamente um seguidor, de mente aberta, da idéia interna de Zamenhof.
O curso conta com alunos em 16 capitais brasileiras e em 21 países das Américas, da Europa, África e Ásia.
Finalizamos, transcrevendo o seguinte trecho da palavra de Sylla Chaves:
"Os que se dispõem a nos ajudar devem informar-nos seu nome, endereço na Rede, bem como qualquer outro esclarecimento útil. Em resposta, nós lhes forneceremos os nomes e os endereços dos alunos que eles poderão contactar. O grupo é muito heterogêneo. Alguns já falam o Esperanto, outros já o estudaram, outros receberam o nosso material com entusiasmo e o estudam seriamente, outros o receberam mas aguardam até que disponham de tempo, e outros se queixam de que o material não chegou. E ainda outros até agora não responderam. Os problemas são, portanto, muito variados e vocês podem colaborar de muitas maneiras: ajudando-nos no aprendizado, entusiasmando os que não têm entusiasmo e os que não têm tempo , ou facilitando-lhes o contacto conosco.
Para nós é mais importante fazer esperantistas entre aqueles que moram fora do Brasil. E ainda será útil se vocês nos puserem em contacto com esperantistas (ou amigos do Esperanto) que residem próximo a nossos alunos e que usem a Rede de Computadores. Nosso endereço eletrônico é: alfredoaragon@hotmail.com. Informamos também o endereço eletrônico de César Soares dos Reis (Lar Fabiano de Cristo): lfc_cesarreis@uol.com.br
Um homem bateu em minha porta e eu abri. Senhoras e senhores ponham a mão no chão, senhoras e senhores, pulem de um pé só. Senhoras e senhores dêem um rodadinha e vá pro olho da rua!?
Os divertimentos infantis que na sociedade banalizada até parecem obsoletos ainda proporcionam encanto em crianças, jovens e adultos. Essa é a essência da peça infantil Tintino, o espetáculo continua..., texto e direção de Edmundo Cezar, baseado no poema homônimo de Francisco Cândido Xavier.
A montagem volta em cartaz no Teatro do Módulo (Av. Magalhães Neto, 1177 Pituba), aos sábados e domingos, às 17h com entrada no valor de R$10 (inteira).
Tintino esteve em cartaz durante o ano de 99 em Salvador, em seguida percorrendo diversas comunidades e municípios do estado.
De forma quase anônima, o espetáculo foi assistido por 4 mil espectadores. Com simplicidade e esperança são abordados temas como solidariedade, velhice e vida após a morte. A retomada de valores morais se mistura com o resgate de brincadeiras de roda e bonecos de mamulengo, além da musicalidade vibrante. Tudo imerso no clima mágico de circo.
Todos elementos são reunidos para contar a história do palhaço Tintino que perambula sob o frio e o vento de uma noite de inverno a procura de um agasalho ou alimento. O peso de seus 90 anos não são suficientes para comover a vila onde habita, encontrando apenas portas fechadas e a solidão. Porém existe uma esperança, cultivada nos picadeiros a cada dia de trabalho sincero e sorriso verdadeiro. O palhaço e o espectador apenas ao fim da história podem enxergar essa nova realidade.
Contatos: teatro@plenus.net
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