Fundado em 15 de Outubro de 1992
Boletim Quinzenal de Distribuição
Eletrônica
"Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da humanidade", Allan Kardec
O espiritismo como doutrina filosófica só
tem sentido de existir para gerar grandes avanços na reforma íntima
dos indivíduos e, conseqüentemente, na melhor convivência
dos homens em sociedade.
O homem para viver melhor certamente deve buscar
os conhecimentos necessários que envolvem a vida como um todo. Para
se jogar bem xadrez, por exemplo, devemos primeiramente conhecer as suas
regras e em seguida aprender a jogar e com o exercício da prática
ir melhorando a cada nova jogada. O estudo é essencial para traçar
as estratégias imediatas, raciocinando a cada nova jogada. Grandes
lances são feitos em uma jogada onde várias outras possibilidades
futuras já foram planejadas. Um deslize com uma jogada precipitada
e mal planejada, pode significar enorme esforço do jogador para
corrigir o erro e colocar-se em vantagem novamente. Muitas vezes a partida
pode ter sido definida numa jogada não raciocinada. Evidentemente
um leigo que desejasse jogar com um profissional não teria a menor
chance de vencê-lo. Mas se essa for a vontade dele, começará
a seguir as etapas iniciais e passando a praticar com intensidade, após
muito planejamento e raciocínio, ele mesmo poderá jogar de
igual para igual com aquela mesma pessoa ou mesmo vencê-la. Tudo
depende da dedicação e do esforço de cada um na arte
de cumprir uma tarefa.
Conhecendo que a evolução espiritual
é eterna e perfeita como todas as Leis Divinas, nada é impossível.
Não importa se uma determinada tarefa foge da nossa capacidade de
solucioná-la no momento, pois poderemos fazê-la ainda melhor
no futuro, mas outras estão disponíveis ao nosso alcance.
Somente com o conhecimento das regras a que estamos sujeitos é possível
desenvolver uma vida mais saudável e harmoniosa. Para isso é
fundamental o desenvolvimento criterioso da razão, sem cautelas,
preconceitos e fanatismo. O espiritismo é capaz de nos colocar no
caminho do raciocínio constante, em cada passo que damos na vida,
e aprender com os exemplos do dia a dia com base nos ensinamentos que adquirimos
do plano espiritual. O fundamental de tudo é ter confiança
no futuro de que a vida é eterna e continuamente fruto do trabalho
constante através das reencarnações e aprimoramento
espiritual.
Uma das regras fundamentais da evolução espiritual que
cada um deve ter consciência é o respeito entre as pessoas,
ou melhor, respeito ao Espírito. Quando falamos pessoas, imediatamente,
distribuímos diferenças existentes entre elas, sejam pelas
classes sociais, raciais, locais de residências regionais, idades
(crianças, jovens, adultos, velhos, etc.) e outras. Mas se falarmos
em espírito, não poderemos identificar essas diferenças
observadas no momento, pois envolve várias reencarnações
e outras formas de vida que ele pode ter passado.
Hábitos de convivências em família,
sociedades, países, etc são difíceis de serem analisados,
pois os espíritos estão fortemente sujeitos às suas
influências. Porém tudo isso também faz parte do estado
natural das coisas. As evoluções dos espíritos são
independentes e sempre existirão espíritos que não
concordam com o tipo de vida que levam nas sociedades. Conflitos são
observados de todos os tipos e diferentes maneiras.
A relação de respeito entre
as pessoas promove marcas duradouras no espírito. Uma das fases
marcantes na vida do espírito encarnado é a fase que chamamos
de adaptação do espírito reencarnante no planeta,
ou seja, a fase da infância. As crianças muitas vezes são
tratadas com total desrespeito pelos jovens, adultos e velhos e negligenciadas
como se fossem pessoas isentas de direitos morais na sociedade. É
comum verificarmos o desprezo da sociedade como um todo pelas crianças
em qualquer atividade que ela possa desenvolver. Quando uma criança,
por exemplo, entra numa casa comercial para comprar uma mercadoria, embora
esteja com pouca idade de vida e mesmo com o dinheiro suficiente fornecido
pelos pais, via de regra, o atendente não lhe dá atenção
e é comum vermos as outras pessoas passarem na sua frente no caso
de uma fila. Muitos ainda dizem: “sai para lá garoto!”. Certamente
se os pais virem a cena não irão gostar, pois aprendem a
amar seus filhos e vêem o grande potencial que existe dentro deles.
Outro caso é o desprezo que ocorre com os velhos e muito embora
muitas pessoas dizem respeitá-los, não é isso que
muitas vezes ocorre. No fundo o adulto se julga o auge da evolução
do espírito. A inocência da criança e a falta de agilidade
do velho são desconsideradas.
Estamos falando em vida em sociedade e isso não
ocorre com muitas pessoas, pois sabemos que isso depende do grau de evolução
de cada um. Não podemos de maneira alguma conhecer a real idade
de cada espírito encarnado, pois desconhecemos a suas várias
reencarnações anteriores e o tempo vivido no próprio
plano espiritual. Podemos sim perceber pelos indicativos de evolução
espiritual o possível ponto evolutivo da criança. Dessa forma,
a criança de agora poderá ser muito mais velha em idade real
que um velho agora e ser muito mais evoluída. Isso é apenas
uma questão da necessidade reencarnatória individual e, portanto,
de quanto tempo e quando se vai reencarnar. A idade do indivíduo
de hoje fica assim, completamente desnecessária e inútil
em se tratando da importância para a vida real. Cada um deverá
sentir o seu melhor desempenho com o avanço de sua idade terrena.
Uns gostam e relembram com saudades o seu tempo bem vivido na infância,
ou na adolescência, na fase adulta. Muita gente tem pavor do envelhecimento
e tudo fazem para manter-se na idade que mais apreciam. Inegavelmente todas
as fases são importantes para o espírito encarnado e a cada
uma delas as dificuldades devem ser superadas da melhor maneira possível.
Na Terra é assim, em outros planetas as características da
reencarnação podem ser completamente diferentes.
Em cada fase de nossa vida marcamos os sentimentos
positivos e negativos vividos. O desrespeito é um dos sentimentos
mais marcantes. Já mesmo encarnados é possível com
pequeno esforço mental lembrar-se de fatos negativos marcantes em
nossa infância e o causador do desrespeito está em nossa mente
e é um problema evolutivo a ser solucionado. A vaidade está
também ligada ao desrespeito e a todos os outros sentimentos negativos
do homem. Às vezes uma professora ou professor, por exemplo, não
trabalha com os sentimentos nobres de amor, respeito, paciência,
etc. A criança passa por traumas e não se sente feliz, quando
por ventura torna-se famosa, a professora diz com orgulho: “Eu fui sua
professora, lembra-se?”.
É preciso definitivamente compreender que
cada ser tem suas características evolutivas marcantes que formam
a sua personalidade ao longo do tempo. Não há explicação
coerente e racional na formação de dois indivíduos
nascidos e criados na mesma família, portanto, no mesmo ambiente,
obtendo dos pais os mesmos tratamentos e amor, e serem completamente diferentes
em personalidades. A assimilação pela criança dos
conceitos oferecidos pelos pais ou por qualquer pessoa depende inexoravelmente
do seu grau evolutivo. Afinidades, antipatias ou nenhum desses são
importantes na aceitação ou na negação naturais
das práticas do comportamento humano. Aceitação ou
negação naturais significam não aquelas em que são
impostas pela força e desarmonia. Vamos burilando nosso espírito,
ou nossa personalidade, lentamente, dia após dia, encarnação
após encarnação e devemos ter isso em mente para podermos
compreender as relações humanas. Que maravilha é a
felicidade de uma mãe ou pai ao ter uma grande afinidade com seu
filho ou filha! Há uma compaixão e compreensão mútua,
crescimento, progresso e alegrias. Mas o grande desafio se faz em desenvolver
uma vida produtiva em relações de antipatias ou baixas afinidades.
Não estamos no momento discutindo sobre a
melhor maneira de educar os filhos. Essa é uma área de grande
interesse e deve ser estudada com muita dedicação e seriedade
tendo em vista todas as características envolvidas no processo da
reencarnação e da evolução espiritual. Mas
o respeito à vida individual de cada ser em todas as suas fases
do desenvolvimento deve ser o nosso objetivo primordial rumo a felicidade
eterna.
“(...) Deus não criou seres tendo
por destino permanecerem votados perpetuamente ao mal”.
- S. Luís
Segundo ensina S. Luís , não existem
Espíritos que nunca se arrependem da prática do mal: Há
os de arrependimento tardio.
Portanto, pretender-se que nunca melhorarão
fora negar a Lei do Progresso e dizer que a criança não pode
tornar-se homem.
Deus criou os Espíritos simples e ignorantes,
tendo todos, no entanto, que progredir em tempo mais ou menos longo, conforme
decorrer da vontade de cada um no uso amplo, irrestrito e intocável
do próprio livre-arbítrio.
INFERNO E PENAS ETERNAS NUNCA EXISTIRAM
“Interrogai o vosso bom-senso, a vossa razão
e perguntai-lhes se uma condenação perpétua, motivada
por alguns momentos de erro, não
seria a negação da
bondade de Deus?”
- Santo Agostinho
Aprendemos com Stº. Agostinho3:
“(...) Eternidade! Compreendeis bem esta palavra?
Sofrimentos, torturas sem-fim, sem esperanças, por causa de algumas
faltas! O vosso juízo não repele semelhante idéia?
Que os antigos tenham considerado o Senhor do Universo um Deus terrível,
cioso e vingativo, concebe-se. Na ignorância em que se
achavam, atribuíam à divindade as paixões dos homens.
Esse, todavia, não é o Deus dos cristãos, que classifica
como virtudes primordiais o amor, a caridade, a misericórdia, o
esquecimento das ofensas. Poderia Ele carecer das qualidades,
cuja posse prescreve, como um dever, às Suas criaturas?
Não haverá contradição em se Lhe atribuir a
bondade infinita e a vingança também infinita? Dizeis
que, acima de tudo, Ele é justo e que o homem não Lhe compreende
a justiça. Mas, a justiça não exclui a bondade
e Ele não seria bom, se condenasse a eternas e horríveis
penas a maioria das Suas criaturas. Teria o direito de fazer da justiça
uma obrigação para seus filhos, se lhes não desse
meio de compreendê-la? Aliás, no fazer que a duração
das penas dependa dos esforços do culpado não está
toda a sublimidade da Justiça unida à bondade? Aí
é que se encontra a verdade desta sentença: “A cada um será
dado segundo as suas obras”. (Mt., 16:27.)
Aduz Lammenais3:
“(...) Aplicai-vos, por todos os meios ao vosso
alcance, em combater, em aniquilar a idéia da eternidade das penas,
idéia blasfematória da justiça e da bondade de Deus,
gérmen fecundo da incredulidade, do materialismo e da indiferença
que invadiram as massas humanas, desde que as inteligências começaram
a desenvolver-se. O Espírito, prestes a esclarecer-se, ou
mesmo apenas desbastado, logo lhe apreendeu a monstruosa injustiça.
Sua razão a repele e, então, raro é que não
englobe no mesmo repúdio a pena que o revolta e o Deus a quem a
atribui. Daí os males sem conto que hão desabado
sobre vós e aos quais vimos trazer remédio.
Muito embora, segundo os Evangelistas e tomadas ao pé da letra
as palavras emblemáticas do Cristo, Ele tenha ameaçado os
culpados com um fogo que se não extingue, com um fogo eterno, absolutamente
nada se encontra nas suas palavras capaz de provar que os haja condenado
eternamente”.
Completa Platão3:
“(...) Eternidade dos castigos!...
Ignorais então que o que hoje entendeis por “eternidade” não
é o que os antigos entendiam e designavam por esse termo?
Consulte o teólogo as fontes e lá descobrirá, como
todos vós, que o texto hebreu não atribuía esta significação
ao vocábulo que os gregos, os latinos e os modernos traduziram por
penas sem-fim, irremissíveis.
Eternidade dos castigos corresponde à eternidade
do mal. Sim, enquanto existir o mal entre os homens, os castigos
subsistirão. Importa que os textos sagrados se interpretem
no sentido relativo. A eternidade das penas é, pois,
relativa e não absoluta. Chegue o dia em que todos os homens, pelo
arrependimento, se revistam da túnica da inocência e desde
esse dia deixará de haver gemidos e ranger de dentes.
Humanidade! Humanidade! não mergulhes mais
os teus tristes olhares nas profundezas da Terra, procurando aí
os castigos.
Chora, espera, expia e refugia-te na idéia
de um Deus intrinsecamente bom, absolutamente poderoso, essencialmente
justo.
Nesta seção publicamos uma coletânia de questões
enviadas pelos nossos leitores que julgamos de grande interesse em nossos
estudos avançados espíritas. Destacamos as palavras-chave
em cada assunto abordado.
Muitos assuntos tratados podem não ter respostas definidas,
mesmo porque, serão sempre a opinião de cada um e serão
publicadas conforme as possibilidades do nosso Boletim. Debates individuais
também são muito produtivos.
De qualquer forma, o objetivo disso é despertar
o interesse individual pelo assunto, incentivando cada membro do GEAE,
a buscar a solução mais conveniente à luz dos ensinamentos
espíritas através de todos os meios possíveis.
A conduta a ser seguida deve ser aquela mais coerente ou racional
que a maioria da comunidade espírita aceitará naturalmente.
Já há algum tempo, venho acompanhando
o comportamento de pessoas ao término de uma conferência,
palestra ou manifestação artísitica nos recintos espíritas,
no tocante aos APLAUSOS. Alguns dirigentes,
proíbem, terminantemente, as palmas ou outras manifestações
de agrado; por outro lado, alguns achando que as palmas são
legitimas demonstração de aprovação, as permitem.
Agora, tem dirigentes orientando os freqüentadores
que desejem aplaudir, que sacudam as mãos sobre a cabeça,
como se estivessem abanando ou espantando mosquito.
Por favor, se possível, esclareçam
quais das três são certas, viáveis ou racionais. Muitos
tem a mesma dúvida.
Antecipadamente grato.
Abraços do
Etelvino Cyriaco
Jean Simone Fagnani
Estive lendo os ultimos boletins do GEAE, e estou feliz pelo trabalho que vem realizando em benefício da doutrina espírita, sobretudo aos amigos que desejam estudar e aprender.
Analisando a problematica da OBSESSÃO, sobretudo a influencia negativa desta em uma casa espirita em que a mesma mantem um grupo em desequilibrio por falta de estudo e disciplina, eu faço a seguinte pergunta aos amigos:
O orador espirita deve tomar algum cuidado em aceitar convites para palestras em casas espiritas as quais ele nao as conhece ? Neste caso como fica o amparo ao Orador, visto que o mesmo é um aprendiz e ainda nao possui virtudes morais para anular uma influenciacao ? Em caso afirmativo, como discernir ?
Esperando contar com a atencao, antecipo meus agradecimentos, e espero que compreendam a minha preocupacao.
Um fraternal abraço e votos de muita paz.
Evaldo Botazzo
rubia.acemil@acif.com.br
Gostaria de fazer a seguinte pergunta:
Porque o sr. Hyppolyte decidiu pelo pseudônimo ALLAN
KARDEC?
Chegou ao meu conhecimento que ele se considerava a reencarnação
de uma pessoa que tinha este nome.
Quem era esta pessoa ?
Agradeço qualquer resposta que vocês podem me enviar.
Ronaldo Braccini
bracini@embratel.com.br
Abraços fraternos, do amigo
Agenor José da Silva Duarte.
agenorduarte@ig.com.br
É com grande satisfação que tenho acompanhado este boletim, e as importantes discussões que nele se desenvolvem, ajudando a esclarecer as dúvidas com que nós, aprendizes do espiritismo, frequentemente nos deparamos.
Recentemente estive um contato com um amigo de longa data, com quem não me encontrava há bastante tempo. Na ocasião, ele me revelou alguns fatos com ele ocorridos, que me levaram a procurar maiores informações dentro do espiritismo, sempre uma fonte segura sobre assuntos "esotéricos". A seguir, descrevo resumidamente o que ele me disse:
Esse meu amigo possui uma irmã, que, durante 3 meses sonhou, quase todas as noites, que era levada para uma nave espacial, onde estabelecia longos diálogos com supostos seres alienígenas. Ao fim destes 3 meses, foram marcados um local e um horário específico onde se estabeleceria um "contato". Ocorre que esta amiga teve medo do que poderia acontecer, e não compareceu ao "compromisso". Na noite seguinte, ela voltou a sonhar com as criaturas, que esclareceram que, apesar da preparação, ela não quis comparecer ao encontro, razão pela qual eles passariam a contactá-la menos frequentemente, respeitando seu livre-arbítrio, como de fato ocorreu (cabe aqui adicionar que pouco tempo depois, esta amiga passou a frequentar uma igreja batista, fato este que me deixou surpreso, já que ela sempre se mostrou entusiasta de fontes mais completas de conhecimento). Apenas cerca de 1 ano depois, tal experiência foi por ela relatada ao irmão, que, surpreso, pediu a ela que se voltasse a sonhar com tais criaturas, informasse a eles que ele estava totalmente aberto a tais experiências. Foi exatamente o que aconteceu pouco tempo depois. Desde então, ele já teve 3 avistamentos, sendo 2 deles de "luzes" no céu, e um terceiro no qual a nave se aproximou bastante, podendo ser observadas por várias testemunhas. Ele tem também tido vários sonhos com os tripulantes destas supostas naves espaciais, os quais, dentro da ótica espírita, poderiam perfeitamente acontecer durante o desdobramento que ocorre no sono. Ressalto ainda que este amigo, embora aberto a idéias novas, sempre foi muito cético quanto a este tipo de ocorrência, já que, como sabemos, há inúmeros relatos que posteriormente se comprovaram como fraude. E também que ele se pôs a "devorar" o Livro dos Médiuns, em busca de alguma resposta a seus enigmas.
Este fato me levou a buscar maiores informações a respeito de OVNIs, especialmente dentro do movimento espírita. Mas encontrei muito pouco material proveniente de fontes confiáveis. A grande maioria vem de sites na Internet, onde existem verdadeiras saladas misturando espiritismo com teosofia, ufologia, gnose..., e muita imaginação! Não dá pra confiar. Por outro lado, com alguma paciência pude encontrar algumas informações interessantes, como no site: http://www.elogica.com.br/users/karide/Transicao_Planetaria.htm
Assim sendo, gostaria de ter a opinião de vocês, ou de outra fonte confiável, sobre o fenômeno OVNI, já que apesar de ter encontrado muito material com profecias fantásticas e informações absolutamente inacreditáveis, encontrei também informações (sempre de fontes não espíritas) que não se chocam com a doutrina. Pelo contrário, confirmam nossos conhecimentos sobre reencarnação, pluralidade dos mundos, contatos mediúnicos, reforma íntima, o amor ao próximo e a transição pela qual a Terra passará (ou já está passando) para um mundo de regeneração. Claro que, muitas vezes, com um vocabulário um pouco distinto do espírita. Lembrando ainda que dentro do conceito de pluralidade dos mundos, seria perfeitamente admissível que civilizações mais avançadas que a nossa construíssem naves espaciais que permitissem a viagem de seres ENCARNADOS para outros lugares do universo (há relatos na literatura espírita de viagens astrais a outros mundos, mas esse não parece ser o caso).
Desde já, agradeço a atenção.
Um abraço fraterno
Fernando S. Ortega
Com respeito a Páscoa, Semana Santa e outras comemorações católicas, achei muito oportuno e bem fundamentado o artigo do nosso amigo Orson (Boletim 390).
Se somente nos preocuparmos com o espiritismo, veremos que por mais que trabalhemos na Doutrina , ainda sobra muito trabalho a ser realizado em prol dos outros!
Um abraço.
Sylvio Dionysio de Souza
Caro Amigo Antonio, que o Amor de Jesus Cristo esteja sempre presentes
em nossos corações !!!
Atendendo aos impulsos do coração, movido pelo desejo
de ajudá-lo com palavras de incentivo e motivá-lo a continuar
a jornada a que se propôs, e conforme nos ensinou o Mestre Galileu,
de que seus discípulos devem permanecer unidos e se ajudarem mutuamente...
Sua história não é diferente de muitos espíritas,
quantos de nós já passamos por isso, e outros que continuam
passando ? Da mesma forma, devemos nos unir e nos ajudar moralmente. Apesar
da Unificação que abrange todas as casas espíritas,
todas são diferentes umas das outras, é uma questão
de "estilo", e provavelmente você não tem encontrado ambiente
idêntico ao que você freqüentava no Rio de Janeiro, e
neste caso, não é a casa que se deve adaptar a nós,
mas nós é que devemos nos adaptar à casa. O Dirigente
do Centro Espírita, normalmente espera que o novo freqüentador
se adapte à casa, sinta-se bem, e passe a colaborar com as atividades
assim que superar a fase de adaptação, não se espante
se isto estiver demorando, sempre existe uma razão, a qual você
pode desconhecer, e que não deve ser revelada neste instante, mas
um dia você saberá a verdade. Como poderá ser útil
a ferramenta que se encontra desajustada ?, Imagine um microscópio
que esteja todo desrregulado, empoeirado, não deixa de ser um instrumento
de grande utilidade, mas precisará passar por uma fase de limpeza
e regulagem antes de ser utilizado, para que se torne instrumento com a
precisão mínima necessária.
Você já parou para pensar, o quanto você pode ser
útil na divulgação do Espiritismo ? em palestras e
cursos ? Sim, é preciso pregar-se, estudar muito, e ter paciência
para aprender. Da mesma forma, Paulo de Tarso, o Convertido da Estrada
de Damasco, aprendeu que para compreender o Mestre era necessário
estudar os evangelhos Deste, antes de sair por ai "pregando" sua doutrina
de amor, num tempo em que prevalecia apenas o orgulho racial, assim ele
ficou muitos anos escondido no deserto, estudando os exemplos de amor do
Mestre, veja o "Livro Paulo e Estevão"...
Não precisamos ter pressa, devemos ser pacientes com nós
mesmos, tudo vêm ao seu tempo. Não devemos nos orgulhar da
mediunidade que por ventura possuímos, devemos ser humildes como
um burrinho que carrega a carga de um ponto ao outro, sem empacar e reclamar
dos açoites, pois se assim agir, não será animal útil
para o trabalho a que se destina por obra divina.
Portanto, Amigo, levanta-te tira a poeira, ajusta-te e trabalha !!!
Há muitos que precisam de você.
Que o Amor de nosso querido Amigo Jesus nos una sempre !!!
Paulo Eduardo Castaldi
castaldi@cruzeironet.com.br
Geonir!