Fundado em 15 de Outubro de 1992
Boletim Semanal de Distribuição
Eletrônica
A Paz esteja com todos !
Eis que estamos novamente publicando um editorial de aniversário, que, graças a Deus, marca o início de mais um ano de atividades do grupo. Estamos entrando no oitavo ano de estudos, com a satisfação de ver que a comunidade espírita está cada vez mais unida. Grupos dos mais diversos cantos do mundo tem marcado sua presença na Internet - globalização mais verdadeira e duradoura do que a provocada pelos efêmeros interesses econômicos.
Hoje já não dizemos que a Internet poderá ser útil para a difusão e o desenvolvimento do Espiritismo, hoje dizemos que ela já é útil. Difícil falar-se do Movimento Espírita sem mencionar-se o intenso intercâmbio que nela ocorre.
Na satisfação de ver que nosso grupo tem sua pequena participação nisso tudo, nosso sincero desejo de que continuemos todos neste trabalho, unidos por estes laços de amizade, por mais um ano de estudos proveitosos,
Feliz Aniversário,
GEAE
Como nos últimos meses, devido a dificuldades diversas, acabamos atrasando o envio de algumas edições do Boletim, as datas de edição e de envio não estavam mais coincidindo. Procurando resolver este problema, estamos sincronizando novamente as duas datas. Para que não se perca a seqüência original das edições, manteremos a numeração, pulando os números de 356 a 366. Estes serão enviados aos poucos, sem interferir com as edições normais.
Spiritist Messenger (em Inglês)
AUTO-CONHECIMENTO
Durante o nosso caminhar pela Vida, aprendemos a viver com os mais variados sentimentos existentes à nossa disposição. Apredemos a odiar e a gostar das coisas. Aprendemos a desejar e a repelir infinitas ações. A cada passo, os diversos sentimentos vão se modificando em nosso ser. Para uns, o orgulho, a vaidade, o ódio, etc. são como necessidades do bel prazer. Para outros, a humildade, o respeito e o amor são nutrientes necessários a vida.
Na realidade, tudo caminha para o aperfeiçoamento do ser, substituindo os sentimentos negativos pelos mais nobres. Assim, uns detestam e odeiam, outros não gostam e não suportam, outros são indiferentes e toleram, outros gostam e desejam, outros amam e doam. Não são pessoas nascidas e destinadas em cada uma dessas etapas. Mas são todas iguais, tranformando seus sentimentos através da luta pessoal, passo a passo, um a um, derramando lágrimas e sorrindo em momentos felizes.
O amor, portanto, parece ser a etapa final da felicidade eterna. Dessa forma, não se pode sentir o pleno amor, sem antes burilar todos os sentimentos existentes nas esferas inferiores do próprio ser humano, quando de seu verdadeiro nascimento, ou seja, quando da sua criação.
Amar é algo sublime. Trata-se de dedicação, humildade, compreensão, trabalho no caminho do bem e da fraternidade e juntamente, não menos importante, a inexistência de todos os sentimentos negativos.
O amor entre duas pessoas não é diferente daquele individual. A única ressalva é a convivência existente no momento. E quanto maior for a capacidade de amar de cada um, maior será a força de união entre elas. União gerada pelo próprio amor mútuo, transformando na felicidade maior e no desejo cada vez maior de prolongar e eternizar no tempo. Esse estágio porém não se faz de um dia para o outro. É uma longa e árdua caminhada. Mas ela existe, independente se a desejamos ou não.
O amor entre dois é como uma orquestra com dezenas de instrumentos, cada qual tendo um papel importante na execução da música. Não há dois instrumentos tocados igualmente, pois há diferenças nos sentimentos de cada músico que passa para a sua melodia. A música bela e sublime deve ser ouvida em toda a sua plenitude de cada instrumento afinado e tocado por cada músico com amor, conforme o sentimento perfeito do compositor. Um único instrumento desafinado é capaz de não gerar a harmonia da beleza total, que sómente poderá ser notado por aqueles que já estão no estado superior para poder sentir a presença de um único instrumento desafinado. Outros não notam nem mesmo a falta de muitos instrumentos desafinados e quanto maior for quantidade desses instrumentos, maior será a desarmonia da melodia. Assim, o amor verdadeiro entre duas pessoas, surge com a harmonia dos sentimentos puros entre elas. Isso colocado diante da eternidade, o amor pleno não resulta apenas entre dois, e sim, entre muitos, dependendo da convivência infinita, pois sempre viveremos em comunidade.
Essa analogia não é ainda suficiente, pois a matéria influi em nossa verdadeira compreensão. Mas precisamos afinar todos os nossos instrumentos, ou seja, todos os nossos sentimentos. E são muitos. E para afinar cada um deles, é preciso conhecer e aprender tudo sobre cada um deles e ir afinando-os um a um, passo a passo, e a cada um bem sucedido, o amor vai sendo sentido e ecoado, gerando mais felicidade ao Espírito, até que a felicidade plena e eterna seja alcançada.
Na busca desse nosso auto-conhecimento, esperamos que o GEAE possa contribuir, um pouco que seja, para seguimos da melhor forma possível nessa jornada aqui na Terra, gerando a fraternidade universal, sob as Mãos de Deus...
Raul Franzolin Neto
rfranzol@geae.inf.br
"A vaidade de certos homens, que julgam saber tudo e tudo querem explicar a seu modo, dará nascimento a opiniões dissidentes. Mas, todos os que tiverem em vista o grande princípio de Jesus se confundirão num só sentimento: o do amor do bem e se unirão por um laço fraterno, que prenderá o mundo inteiro. Estes deixarão de lado as miseráveis questões de palavras, para só se ocuparem com o que é essencial. E a doutrina será sempre a mesma, quanto ao fundo, para todos os que receberem comunicações de Espíritos superiores1."
``A consternação de Constantino em face das divisões dos cristãos norte-africanos haveria de redobrar quando, tendo deposto Licínio, o imperador pagão rival no Oriente, ele se mudou para sua nova capital cristã a 'Nova Roma', Constantinopla. Pois as divisões da África nada eram em comparação com a profunda fissura na imaginação cristã que se abrira, no Leste, por iniciativa de Ário, um presbítero de Alexandria famoso por sua austeridade pessoal e pela popularidade entre as freiras da cidade. Ário fora afastado pelo bispo local por pregar que o 'Logos', a Palavra de Deus que em Jesus se fizera carne, não era o próprio Deus, mas uma criatura infinitamente superior aos anjos, embora como eles criada do nada antes do começo do mundo. Ele via em tal ensinamento um meio de conciliar a doutrina cristã da Encarnação com a fé igualmente fundamental na unidade divina. Na verdade, essa idéia privava o cristianismo de sua afirmação central segundo a qual a vida e morte de Jesus tinham o poder de redimir, pois eram ações do próprio Deus. Contudo, as verdadeiras implicações do arianismo não foram compreendidas de pronto, e Ário conseguiu amplo apoio. Mestre de propaganda, angariou a simpatia popular compondo canções teológicas para serem cantadas por marinheiros e estivadores nas docas de Alexandria. Escapando aos salões eruditos, o debate teológico irrompeu nas tavernas e nos bares do Mediterrâneo oriental.''
"Nicéia foi o começo, não o fim da controvérsia ariana. A derrota dos adeptos de Ário havia sido imposta por um imperador decidido a resolver rapidamente as coisas. Eles foram silenciados, não persuadidos, e, terminado o concílio, reagruparam-se para contra atacar."
2 - Exemplo das ciências
Compreende-se que na nossa vida comum estamos
diante de situações que exigem uma posição
prática diante dos fatos.
Quando alguém diz: "fulano é casado mas tem uma amante mais velha", em geral, a primeira atitude não é a de formulação de teorias que justifiquem ou não a aceitação dessa "verdade". Porque a verificação dela é coisa tão ordinária quanto o próprio fato, sua aceitação é muito simples. Não se dá o mesmo, porém, com certas noções e concepções do mundo que nos cerca. Muito menos com aquelas que dizem respeito à Doutrina Espírita. Mais uma vez recorremos a exemplos simples da ciência. A afirmação ¨a Terra gira com movimento circular em torno do Sol¨ parece, se aplicarmos o critério de aceitação vulgar, uma afirmação livre de ambigüidades.
Nossas mentes formam instantaneamente uma idéia perfeitamente clara de seu significado. Por mais incrível que pareça, no entanto, sua validade não pode ser inferida da mesma forma como no exemplo de frase anterior. Ela não era nem um pouco válida aos povos antigos, porque não era bem isso que eles constatavam quando viam o Sol se levantar e se por todos os dias, em aparente movimento circular ao redor da Terra. Ela foi a própria expressão da verdade para Nicolau Copérnico (1540) na sua nova formulação do sistema do Mundo. Para ele, a Terra sim girava circularmente em torno do Sol.
Ela deixou de ter validade para astrônomos posteriores, em particular Johannes Kepler (1630) que descobriu que o movimento, de fato, não era circular mas sim elíptico "com o Sol ocupando um dos focos da elipse".
Essa última conclusão de Kepler deixou de ser válida com Isaac Newton (1670) e sua teoria da gravitação universal
Para Newton (assim como para toda mecânica clássica que ele fundou), o movimento só seria elíptico se no Universo somente o Sol e a Terra existissem. Desde que há outros corpos (não podemos nos esquecer da Lua) o movimento passa a ser "perturbado". Muito aproximadamente a Terra giraria descrevendo uma "roseta" ao redor do Sol por causa do "movimento de precessão dos ápsides3" da órbita descrita por ela. Em termos exatos se, porém, no Universo, existisse mais um corpo além da Terra e do Sol, o movimento daquela jamais seria descrito de uma maneira simples. Mais uma vez, porém, essa afirmação deixou de ser válida para Albert Einstein (1905), que descobriu efeitos "relativísticos" não desprezíveis.
Para Einstein, ainda que não existisse nenhum
outro corpo no Universo mas somente a Terra e o Sol, ainda assim o movimento
seria o de uma roseta com uma precessão dos ápsides extremamente
lenta para a Terra. A existência de outros corpos não alteraria
muito a descrição de Newton, embora o movimento se tornasse
ainda mais complexo. Tal exemplo nos mostra o quão difícil
é a descrição da "verdade" relacionada ao objeto de
pesquisa da ciência ordinária, a matéria. A lição
que se tira não é a de que certa concepção
anterior tenha deixado de ser válida (decretada como "herética"
na visão por dogmas) . Ao contrário, as construções
científicas presentes fundamentam-se explicitamente naquelas do
passado. Para nós a memória dos antigos astrônomos
deve ser tão venerável quanto a dos mais recentes. Mesmo
hoje em dia, se quisermos construir um relógio do Sol por exemplo,
podemos perfeitamente usar os conceitos antigos que consideravam o Sol
como girando em torno do Terra. Existe erro nisso? Diante de nossa presumível
ignorância com relação às questões ainda
abertas nas ciências, estamos certamente tão perto da verdade
quanto eles. A verificação desse fato não pode ser
motivo porém para escândalos, nem para um descrédito
para com as ciências. O que se faz necessário é, pois,
uma nova concepção de aceitação da verdade,
bem como critérios de compreensão das explicações
científicas. A chave que permite essa nova compreensão pode
ser conseguida estudando-se um pouco a história das ciências
assim como os mecanismos pelos quais as concepções científicas
surgiram e têm operado [3].
As teorias científicas representam
as construções de raciocínio onde essas concepções
científicas se estabelecem. Não é senão pelo
fato de tais conceitos estarem harmonicamente integrados às teorias
que sua aceitação torna-se válida. Além disso,
as teorias devem fornecer uma visão consistente do universo onde
tal fenômeno ocorre. Isso implica não só em explicar
aquele fenômeno particular, mas também possíveis efeitos
a ele correlacionados. Uma excelente teoria deve além disso fornecer
as bases para a previsão de fenômenos desconhecidos. Portanto,
não é a autoridade de um ou de outro cientista que fundamenta
a ortodoxia nas ciências (com sentido muito diferente daquele
usado pelas religiões clássicas). Nunca a verdade científica
haverá de ser decidida em reuniões a portas fechadas, pela
deliberação de conselhos ou organizações ou
baseando-se no palpite dos cientistas mais notáveis. É verdade
que a opinião de um grande cientista a favor de uma certa teoria
particular pode pesar muito na orientação das pesquisas futuras,
mas tal opinião nunca constituirá a teoria.
(a) "Garantia para a unidade futura do Espiritismo", com anulação das teorias contraditórias (Parágrafo 14).
(b) "Garantia contra as alterações
que poderia sujeitar o Espiritismo às seitas que se propusessem
apoderar-se dele em proveito próprio ou acomodá-lo à
vontade." (Parágrafo 16). Tal critério protege assim
os fundamentos do Espiritismo contra enxertias, sejam da parte dos próprios
Espíritos (menos esclarecidos) ou dos encarnados.
Uma garantia existe para o ensino dos Espíritos: a concordância que exista entre as revelações que eles façam espontaneamente.
"Uma só garantia séria existe para o ensino dos Espíritos: a concordância que haja entre as revelações que eles façam espontaneamente, servindo-se de grande número de médiuns estranhos uns aos outros e em vários lugares". (Parágrafo 9).
"Na posição em que nos encontramos, a receber comunicações de perto de mil centros espíritas sérios, disseminados pelos mais diversos pontos da Terra, achamo-nos em condição de observar sobre que princípio se estabelece a concordância".(Parágrafo 13).
"Alem do mais, ainda nos encontramos num plano evolutivo, sem que possamos trazer ao vosso círculo de aprendizado as últimas equações, nesse ou naquele setor de investigação e de análise. É por essa razão que somente poderemos cooperar convosco sem a presunção da palavra derradeira".
"Para todos nós, o primeiro instante da criação do ser está mergulhado num suave mistério, assim como também a atração profunda e inexplicável que arrasta uma alma para outra, no intuito dos trabalhos, das experiências e das provas, no caminho infinito do Tempo."
5 - Conclusões
6 - Bibliografia
[1] Allan Kardec, "O Livro dos Espíritos", 71 edição, Federação Espírita Brasileira (1991).
1 "O Livro dos Espíritos" [1], Prolegômenos.
*Vide também Boletim 351: ¨Contrôle universal do ensino dos Espíritos, Allan Kardec, Revue Spirite¨
SEDA PRODUÇÕES
REDE VISÃO DE TV
Projeto de Macro Divulgação
do Espiritismo
Grande evento em São Paulo - Possível Inauguração
da Rede Visão de TV em 5 de dezembro
Prezados amigos e amigas de todo o Brasil:
Através deste, venho comunicar a todos a realização de um grande evento que a SEDA fará na cidade de São Paulo, SP, visando incentivos para a viabilização da programação espírita na Rede Visão de TV, a nova rede de televisão espírita, que está vindo para mostrar ao Brasil o que é o verdadeiro e único Espiritismo, com programação via satélite para todo o Brasil, 24 horas no ar, embora na sua primeira fase, terá apenas 12 horas diárias de programação.
1º Fórum Espírita Brasileiro
Dia 5 de dezembro de 1999, das 08:00 às 22:00h.
Ginásio da Portuguesa de Desportos, no Canindé.
São Paulo - Capital
Será um evento para 15.000 pessoas
Realização - SEDA SÃO PAULO
Esse evento terá a apresentação
de Alamar Régis Carvalho e José Medrado
Participação de atores espíritas
da Rede Globo, como Paulo Figueiredo e Carlos Vereza. Outros estão
por confirmar.
Apoio e Participação: Federação Espírita do Estado de São Paulo (FEESP), União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo (USE-SP), Aliança Espírita, Associação Médico Espírita Brasileira (AME-BR), Associação de Divulgadores do Espiritismo (ABRADE), Revista Visão Espírita e Rádio Boa Nova.
Participarão do evento vários expositores consagrados:
Cesar Perri de Carvalho (Presidente da USE), Caio Salama (Diretor da FEESP), Eduardo Miashiro (Presidente da Aliança Espírita), Éder Fávaro (Presidente da ABRADE), Marlene Nobre (Presidente da AME-BR), Richard Simonetti, Joel Vaz, Cesar Reis, Dra. Ercília Zilli, Wladimir Lisso, José Carlos de Lucca, Mércia Carvalho, Dr. Franklin Antonio Ribeiro, Kau Mascarenhas e Altamirando Carneiro.
Estamos em fase de confirmação da presença da Dona Zíbia Gasparetto, com quem já entramos em contato e gostou também da idéia, e da Dona Guiomar Albanese.
Teremos a participação da Orquestra da FEESP, e do seu coral também. Teremos o Sibélius, dando o seu show ao piano.
O evento será transmitido via Satélite para todo o Brasil, pela SEDA, e também via rádio satélite, pela Rádio Boa Nova de Guarulhos.
O programa Despertar do Terceiro Milênio, sucesso absoluto no Rio de Janeiro e também via satélite, do nosso querido Joel Vaz, também será transmitido de lá.
Será uma grande festa e contamos com a sua participação.
Inscrição e maiores detalhes:
SEDA SÃO PAULO
Telefones (11) 6692-8431 e 6693-8002
E-Mail: vimocris@mandic.com.br, falando com o Sérgio Assis, coordenador da SEDA-SP.
GRUPO
DE ESTUDOS AVANÇADOS ESPÍRITAS
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