Fundado em 15 de Outubro de 1992
Boletim Semanal de Distribuição
Eletrônica
Há alguns dias atrás, estava folheando uma antiga revista "André Luiz" quando encontrei um artigo intitulado Exclusivismo. Nele o autor apresenta os males do exclusivismo religioso e demonstra porque o Espiritismo está livre dele. Eis alguns trechos:
"O orgulho que leva indivíduo ou corporação a presumir-se infalível em seus juizos, repelindo com altivez as opiniões alheias, é o que se chama exclusivismo. (...)"
"Não há negar que no exclusivismo está o germe das desinteligências e das discordias, que tornam impraticavel uma aproximação efetiva entre os que pregam em nome de Deus. Enquanto cada religião ou seita persistir na obstinação de crer-se depositária única de toda a verdade, vendo-se umas nas outras somente rivais que se devem reciprocamente combater, entre elas nunca terão fim as dissenções e os conflitos. Nem faltará quem as considere mais nocivas do que úteis, fugindo de tal forma a sua missão, qual a de congraçar os homens e desarma-los dos propósitos que os tem mantido secularmente desunidos. (...)".
"O Espiritismo, este, sim, mantém-se equidistante dessas rivalidades turbulentas, não podendo, portanto, ser confundido com essas facções religiosas de espírito eminentemente exclusivista. Em todo o curso de sua existência histórica, jamais derramou uma gota de sangue, nem provocou atrito, nem tentou pela violência impor-se à aceitação de ninguém. Doutrina evolutiva e liberal, imune dessa vesga tendência exclusivista, di-lo bem a sua feição adogmática, o seu criterium de condicionar a felicidade do ser depois da morte à prática unicamente das BOAS OBRAS com que haja creditado no curso de sua existência terrena. Debaixo de sua bandeira de paz e fraternidade podem abrigar-se os homens de todas as raças e de todos os credos, e o Espiritismo os ensinará a viver cordialmente, numa atmosfera de tolerância e respeito mútuo. (...)"
Me parece que o autor - Alfredo Miguel , Aracaju, SE - escreveu dentro da experiência da época, do legado que os pioneiros e desbravadores deixaram. O texto é de 1973, época em que a Doutrina começava a ter o prestigio que hoje desfruta na sociedade brasileira.
Amigos, ainda pensando nas brigas que acompanhamos pelos e-mails, fiquei refletindo no que mudou nestes anos todos. Nos exemplos que nossa geração deixará para o futuro ! Será que nós, Espíritas desta virada de século, que não tivemos que nos esconder para estudar nossa Doutrina, que não sofremos perseguições ou fomos alvos da zombaria publica, não estaremos agora desfazendo esse legado tão precioso ? Em tempos de paz externa não estaremos procurando motivos futeis para brigas internas ? A tolerância e o respeito continuam sendo a marca do Espírita ?
Que precedentes estaremos abrindo ? Farão com que a Doutrina Espírita continue sendo um foco de luz ou a escurecerão nas disputas entre correntes exclusivistas ?
Estaremos deixando o exemplo de uma uniformidade de propósitos, de rumos gerais, sem que se seja obrigado a concordar nos minimos detalhes ? Estaremos procurando a Fé, que encara a razão face a face, e também aceita pontos de vista diferentes ? Estaremos procurando distinguir o essencial do acessório ?
Enfim, como nós seremos avaliados ?
"(...) visto que toda doutrina que tiver por efeito estabelecer uma linha de separação entre os filhos de Deus, não pode deixar de ser falsa e perniciosa." (O Livro dos Espíritos, n.o 842) - Artigo "O Exclusivismo", Alfredo Miguel, Revista André Luiz (Casas André Luiz - Centro Espírita Nosso Lar, SP), Setembro/Outubro de 1973, Ano IV n.o 9-10
Paz a todos,
Carlos Iglesia
Os veículos informativos se prestam a uma série de objetivos benéficos, na área social-cultural que estão inseridos. Os periódicos espíritas e seus articulistas possuem uma responsabilidade a mais, que é a de exemplificarem a Doutrina Espírita. É uma posição difícil, perigosa, pois medeia entre a demagogia e o esforço sincero. Trata-se de uma situação natural daqueles que se expõem publicamente, com o nobre intuito de auxiliar a divulgação e o processo evolutivo do Espiritismo.Saber respeitar a diversidade de opiniões é a primeira regra a ser seguida por todos que querem se utilizar dos debates e das discussões sadias como instrumentos úteis à garimpagem da verdade.
Neste campo onde viceja a preocupação com os textos publicados, desponta ainda, o desejo de encontrar nos artigos oriundos da contenda sadia, que se desencadeia por vezes em nossa imprensa, a palavra esclarecedora, mas realmente fraterna, sem ironias, menosprezo, necessidade acentuada de mostrar os erros cometidos pelo parceiro da discussão, ou de explicitar as calúnias e mentiras de que foi alvo.
Se é verdade que perseguimos o intento de nos conduzirmos com elevação, pautados na moral e na bondade, a realidade demonstra que precisamos de tempo, para que a reflexão anule as tendências passíveis de burilamento e a vontade melhore nossas ações instintivas. Concluimos, então, que a palavra oral, embora mais espontânea, flui com maior probabilidade de carregar acessórios e incrementos indesejáveis; por outro lado, a palavra escrita permite sempre o recurso precioso da revisão, norteada pela razão e conduzida com o coração.
O ideal do contendor espírita, seria, então, aquele que vibra na faixa da compreensão, da humildade e do anseio de elevação geral, muito embora tenha postura positiva e o seu dizer seja "sim, sim; não, não".
Acompanhamos alguns interessantes debates e verificamos que os envolvidos são pessoas geralmente muito qualificadas, profundamente dedicadas, mas que se deixam resvalar em pequeninos declives no comportamento cristão. É como olhar para um lindo jardim, muito bem cuidado, mas que, ao exame minucioso, revelasse a existência de diminutas ervas daninhas ocultas entre as flores. Elas não tiram a beleza do conjunto ou o mérito do jardineiro, todavia denotam que este deixou de fazer um trabalho perfeito, por abster-se de realizar um pequeno e último esforço. Nosso objetivo é a perfeição, vamos persegui-la sem fanatismo, mas com perseverança.
No passado dia 5 de Junho*, Sábado, a Associação Espírita Caminheiros do Amor, de Braga, acolheu na sua sede um colóquio subordinado ao tema "O Centro Espírita: a sua organização e as suas actividades", tendo como monitor do evento o capitão José Carlos Lucas.
Numa intercolaboração pouco vista no resto do País, a Associação Espírita Luz e Caridade, também de Braga, organizou esta jornada que permitiu expor e questionar um vasto leque de conhecimentos doutrinários.
Com início às 10h30, o evento começou por surpreender pela técnica de comunicação escolhida: animação de computador. Lançaram-se assim, diante da boa expectativa dos cerca de 40 inscritos no colóquio, os conceitos sobre a organização e significado do centro espírita. Um destaque para Herculano Pires, no que respeita à definição do mesmo.
Depois, os módulos seguintes, intervalados por um período de debate fraternal de ideias, deram sequência a conceitos sobre como fazer atendimento no centro, seguindo-se evidências laboratoriais da fluidoterapia e o passe espírita.
Na hora certa, por volta das 13h00, um almoço de confraternização que teve lugar ali perto apaziguou a fome que entretanto visitara os participantes do colóquio.
Da parte da tarde, tiveram lugar os dois restantes módulos: palestrar e a doutrinação de espíritos desencarnados.
De um modo geral as pessoas gostaram dando ênfase à necessidade se continuar a fazer este tipo de encontros. Lia-se em algumas das fichas de avaliação prontamente preenchidas pelos inscritos no final do evento:
«Estou de acordo com o que foi dito neste convívio. Agradeço, pois fiquei mais esclarecida sobre certas dúvidas. Obrigada».
«Gostei muito dos temas e da maneira como eles foram expostos. Acho que se deve fazer mais encontros, pois dá a hipótese de debate e esclarecimento de ideias, além de que todos os temas poderiam e davam, cada um deles, para serem mais desenvolvidos».
«É de continuar. É, para além do mais, um meio de nos conhecermos uns aos outros, pois proporcionam sempre troca de impressões várias, que são positivas».
De realçar o empenho e eficácia da organização, com destaque para o vice-presidente da AELC, Ulisses Lopes. Entre elementos de outras associações, verificou-se ainda a presença de colaboradores das associações Paz e Amor e Estrela da Libertação, ambas de Viana do Castelo.
Prevê-se para Outubro, em dia ainda em fase
de escolha, a realização deste mesmo colóquio nas
instalações da
Comunhão Espírita Cristã (Rio Tinto-Gondomar),
que já efectuou o respectivo convite.
* Devido a algumas dificuldades estamos com atraso nas edições do Boletim, assim a data mencionada neste texto é efetivamente de 5 de junho deste ano, apesar desta edição corresponder a um número de abril (nota do editor).
Prezados Amigos!
Gostaríamos de obter mais informações sobre a história do jornalismo espírita no Brasil. Onde poderemos achar este material (tanto na Net como em bibliografia)? Quais foram e estão sendo os grandes nomes na imprensa espírita no Brasil?
Agradecemos a atenção dispensada e fiquem na Paz de Jesus.
P.S. Ficaremos gratos em vossa visita em nosso site.
Jornal Panorama Espírita
Boletim Informativo do DM/USE Intermunicipal de
Barretos-SP
Site: http://www.barretos.com.br/panespirita
E-mail: panesp@barretos.com.br
Poderiam me explicar qual a definição do magnetismo e a sua relação com o Espiritismo? Em contato com minha professora de física, ela argumentou, por ex. que não é possível magnetizar a água...
Um abraço! Se puderem me ajudar, fico muito
agradecido.
Tchau!!! Muito amor de Cristo em seus corações.
Cristiano Alves
Prezado Cristiano Alves,
De fato, sua professora de física está certa, não é possível magnetizar a água. Poucas substâncias são magnetizáveis, em geral aquelas que são exigem um alto grau de organização de suas estruturas (cristalinas).
Acontece que o termo "magnetismo" na física é usado com um sentido muito diferente daquele encontrado em muitos textos espíritas. Há aqui, sem dúvida, um sério problema semântico. Em física, o magnetismo é o fenômeno de atração ou repulsão de certas substâncias.
A matéria é composta de átomos
que, por sua vez, são formados por partículas ainda menores
na forma de núcleos e elétrons. Os elétrons
tem uma estrutura interna característica conhecida como "spin".
Isso faz com que eles se comportem como micro-magnetos, isto é,
quando expostos à presença de "campos magnéticos"
eles se alinham na direção dos campos. Em algumas substâncias
(como o ferro, por exemplo), os átomos estão arranjados
de forma extremamente organizada, assim como os spins dos elétrons.
O efeitos desse spins alinhados é sentido na escala macroscópica
como se todo o material tivesse um "spin total" ou
"macro spin" e a substância sofre atração ou repulsão
quando sob influência de campos magnéticos gerados por outras
substâncias.
Não saberia te dizer com precisão uma definição clara do "magnetismo espírita" - usando talvez conceitos mais palpáveis. Uma imagem vaga seria a de uma substância gerada ou extraída de corpos vivos que é capaz de "impregnar" outros corpos, sejam eles vivos ou não. Sua origem remonta a Franz Mesmer que, aliás, criou a palavra. Segundo fontes seguras da literatura espírita, é possível sim "magnetizar" a água utilizando médiuns apropriados. O "passe espírita" é o ato de magnetização de um indivíduo (não necessariamente doente) por um médium chamado "passista".
Em suas origens, entretanto, o magnetismo de Mesmer
era entendido em um sentido mais amplo. O que hoje conhecemos como hipnotismo
era tomado como ato de "magnetização" de um indivíduo
pelo "magnetizador" (o hipnotista). Não é possível,
entretanto,
estabelecer nenhuma relação (de acordo com nossos conhecimentos)
entre o magnetismo dos spins dos elétrons e o magnetismo da fluidização
da água ou do passe.
É preciso, entretanto, estar atento ao sentido que se empresta às palavras.
Muita paz,
Ademir
Prezados Senhores,
É com enorme satisfação que lhe convidamos para visitar a nossa Home Page. Fusão de Ópera, Jazz, Rock, tudo isto em um livro de André Luiz musicado em Português e Inglês.
Foram feitas pesquisas em um trabalho minucioso, em seus mínimos detalhes, para que não se deixasse escapar as mensagens mais importantes de NOSSO LAR.
A "banda" chama-se Aporte e está precisando de patrocínio para prensagem do CD.
Divulgue esta Page ( www.elogica.com.br/users/wfs ) para amigos, colegas e até para quem não se interesse pela codificação, pois se não despertaram para as realidades eternas através das palavras, podem começar a gostar pela música (este foi um dos motivos que nos fizeram adentrar nos romances espíritas, pois já venho , há algum tempo sentindo a dificuldade de encontrar músicas com mensagens e não apenas para meditação).
Abraços
Agradecemos desde já a sua atenção
que é tão importante para nós,
Alexandre Spinelli
Dia: 03/07/99 (sábado à tarde)
Local: CENTRO ESPÍRITA BENEFICENTE "ÂNGELO
PRADO"
Rua Almirante Tamandaré, 238 - Santos/SP
- 11015-250
Horário: 14h30min às 18h30min
PAINEL 1 - TEÓRICO-PRÁTICO (14h30min às 16h)
Coordenador: Jailson L. Mendonça
Painelistas:
MARINA FRANÇA
- secretaria e diretora de estudos do Instituto de Cultura Espírita Allan Kardec (S. Paulo), dirigente de reuniões mediúnicas por 10 anos, desenvolveu o estudo "Obsessão: atendimento inicial", membro do CPDoc - Centro de Pesquisa e Documentação Espírita.
REINALDO DI LUCIA
- Diretor de doutrina do Centro Espírita Allan Kardec (Santos), desenvolveu pesquisas sobre mediunidade por 10 anos, produziu os estudos: "Emissões energéticas à distância" e "Passes: discussão e propostas". Membro do CPDoc - Centro de Pesquisa e Documentação Espírita.
ADEMAR ARTHUR CHIORO DOS REIS
- Presidente do Centro Espírita Allan Kardec (Santos), desenvolveu pesquisas sobre mediunidade por 10 anos, produziu o estudo: Mecanismos da Mediunidade - Processo da Comunicação Mediúnica. Conselheiro editorial do CPDoc - Centro de Pesquisa e Documentação Espírita.
Intervalo para Café - 16h às 16h15min
PAINEL 2 - PRÁTICO (16h15min às 18h30)
Coordenador: Milton P. Albuquerque
Painelistas:
GERALDO DE SOUZA SPÍNOLA
- Secretário e fundador do Centro de Estudos Espíritas José Herculano Pires (SãoPaulo), dirigente de reuniões mediúnicas há 46 anos. Secretário da USE Estadual entre 1982 e 1986
ELVIRA A. W. SIQUEIRA
- Diretora do Centro Espírita Chico Xavier (Santos) e dirigente de reuniões mediúnicas há 19 anos.
CARLOS DOMINGUES
- Conselheiro e Diretor de mediunidade do Centro Espírita Allan Kardec (Santos).
PLENÁRIA: 17h45min às 18h30min
INSCRIÇÕES:
Telefones:
(013) 227-4717 ou 236-9499
E-mail: jlmendonca@uol.com.br
A Pesquisa Científica da Reencarnação
Expositor: Carlos F. Loeffler - Prof. Titular da UFES (Universidade Federal do Espírito Santo) / Doutor em Engenharia
Local: INES (Instituto Nacional de Educação de Surdos (Rua das Laranjeiras, 232 - Laranjeiras - RJ)
Data: 17 julho 1999
Horário: 18h às 20h
Promoção: Grupo de Pesquisa e Divulgação em Terapia de Vida Passada (GPD-TVP)
Projeto: Fórum Permanente de Debates sobre TVP e Assuntos Correlatos
Informações: (021) 535-1234 / 463-1138 / 772-6347 / 392-9243
E-mail: gpd.tvp@zipmail.com.br
GRUPO DE ESTUDOS AVANÇADOS ESPÍRITAS
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