GRUPO DE ESTUDOS AVANÇADOS ESPÍRITAS
Fundado em 15 de Outubro de 1992
Boletim Semanal de Distribuição Eletrônica


Ano 07 - Número 340 - 1999                         13 de abril de 1999

Indíce

Textos

Comentários Painel

Textos
Léon Denis, José Basilio, Brasil

(Texto de José Basílio, baseado no livro “Páginas de Léon Denis” de Sylvio Brito Soares e adaptado pelo Centro LEME, de Sines. Enviado por David Pires, Portugal)

Nascimento:    Foug, França - 1846
Falecimento:   Tours, França - 1927

    Léon Denis nasceu numa aldeia chamada Foug, situada nos arredores de Tours, em França, a 1 de Janeiro de 1846, numa família humilde.

    Cedo conheceu, por necessidade, os trabalhos manuais e os pesados encargos da família.

    Não era seu hábito desperdiçar um minuto sequer de seu tempo, com distrações frívolas, às quais a maior parte dos homens recorre para matar as horas.

    Desde os seus primeiros passos neste mundo, sentiu que os amigos invisíveis o auxiliavam. Ao invés de participar em brincadeiras próprias da juventude, procurava instruir-se o mais possível. Lia obras sérias, conseguindo assim, com esforço próprio desenvolver a sua inteligência. Tornou-se um autodidacta sério e competente.

    Aos 12 anos concluiu o curso primário, mas a situação modesta da sua família não lhe permitiu grandes estudos. Desde cedo teve problemas de saúde física: com os olhos principalmente. Aos 16 anos salientou-se como um dos melhores oradores e ardente propagandista.

    Aos 18 anos tornou-se representantecomercial da empresa onde trabalhava, facto que o obrigava a viagens constantes, situação que se manteve até à reforma.

    Denis adorava a música e sempre que podia assistia a uma ópera ou concerto. Gostava de dedilhar, ao piano, árias conhecidas e de tirar acordes para seu próprio devaneio.

    Não fumava, era quase exclusivamente vegetariano e não fazia uso de bebidas fermentadas. Encontrava na água a sua bebida ideal.

    Era seu hábito olhar, com interesse, para os livros expostos nas livrarias. Um dia, ainda com 18 anos, o chamado acaso fez com que a sua atenção fosse despertada para uma obra de título inusitado. Esse livro era “O Livro dos Espíritos” de Allan Kardec. Dispondo do dinheiro necessário, comprou-o e, recolhendo-se imediatamente ao lar, recolhendo-se imediatamente ao lar, entregou-se com avidez à leitura. O próprio Denis disse: “Nele encontrei a solução clara, completa e lógica, acerca do problema universal. A minha convicção tornou-se firme. A teoria espírita dissipou a minha indiferença e as minhas dúvidas”. O seu espírito, nessa hora, sentiu-se sacudido em face dos compromissos assumidos no Espaço, para iniciar, em breve, o trabalho de propagação das verdades Kardecianas. “Como tantos outros” - disse ele - “procurava provas, factos precisos, de modo a apoiar a minha fé, mas esses factos demoraram muito a chegar. A princípio insignificantes, contraditórios, mesclados de fraudes e mistificaçõe, que não me satisfizeram, aponto de, por vezes, pensar em não mais prosseguir as minhas investigações. Mas, sustentado, como estava, por uma teoria sólida e de princípios elevados, não desanimei. Parece que o invisível deseja experimentar-nos, medir o nosso grau de perseverança, exigir certa maturidade de espírito antes de entregar-nos aos seus segredos”.

    Encontrava-se nos seus trabalhos de experimentações, quando importante acontecimento se verificou na sua vida: Allan Kardec viera passar alguns dias na pacata cidade de Tours, com seus amigos. Todos os espíritas turenses foram convidados a recebê-lo e a saudá-lo.

    Em 1880, pelas cidades e vilas que percorria, por força dos seus afazeres profissionais, pronunciava conferências e fundava círculos e bibliotecas populares. É incalculável o número de conferências por ele proferidas em França, no propósito de propagar a “Liga de Ensino”, fundada por Jean Macé.

    O ano de 1882 marca, em realidade, o início do seu apostulado, durante o qual teve que enfrentar sucessivos obstáculos: o materialismo e o positivismo que olham para o Espiritismo com ironia e risadas e os crentes das demais correntes religiosas, que não hesitam em aliar-se aos ateus, para o ridicularizar e enfraquecer. Léon Denis porém, como bom paladino, enfrenta a tempestade. Os companheiros invisíveis colocam-se ao seu lado para o encorajar e exortá-lo à luta.

    “Coragem, amigo” - diz-lhe o espírito de Jeanne - “estaremos sempre contigo para te sustentar e inspirar. Jamais estarás só. Meios ser-te-ão dados, em tempo, para bem cumprires a tua obra”.

    A 2 de Novembro de 1882, dia de Finados, um evento de capital importância produziu-se na sua vida: a manifestação, pela primeira vez, daquele Espírito que, durante meio século, havia de ser o seu guia, o seu melhor amigo, o seu pai espiritual - Jerónimo de Praga - que lhe disse: “Vai meu filho. Pela estrada aberta diante de ti. Caminharei atrás de ti para te sustentar”. E como Léon Denis indagasse se o seu estado de saúde o permitiria estar à altura da tarefa, recebeu esta outra afirmativa:

    “Coragem, a recompensa será mais bela.”

    A partir de 1884, achou conveniente fazer palestras visando à maior difusão das idéias espíritas. Escreveu, em 1885, o trabalho “O Porquê da Vida”, no qual explica, com nitidez e simplicidade, o que é o espiritismo.

    Em 1892, recebeu um convite da duquesa de Pomar, para falar de espiritismo na sua residência, numa dessas manhãs célebres, em que se reunia quase toda a Paris. Ele ficou indeciso e temeroso. Depois de muito meditar as responsabilidades, aceitou o convite.

    “Le Journal” de Paris publicou, acerca da reunião na casa da duquesa, a seguinte notícia: “A reunião de ontem, para ouvir a conferência de Léon Denis sobre a Doutrina Espírita, foi uma das mais elegantes. De uma eloquência muito literária, o orador soube encantar o numeroso auditório, falando-lhe do destino da alma, que pode, diz ele, reencarnar até à sua perfeita depuração. Ele possui a alma de um Bossuet e soube criar um entusiasmo espiritualista”.

    O êxito do seu livro “Depois da Morte” situara-o como escritor de primeira ordem. Os grandes jornais e revistas ecléticas solicitavam-no e as tiragens sucessivas desse livro esgotavam-se rapidamente.

    A principal obra literária de Denis foi a concernente ao Espiritismo, mas escreveu, outrossim, segundo o testemunho de Henri Sausse, várias outras, como: Tunísia, Progresso, Ilha de sardenha, etc.

    A partir de 1910, a visão de Léon Denis foi, dia a dia, enfraquecendo. A operação a que se submetera, dois anos antes, não lhe proporcionara nenhuma melhora, mas suportava, com calma e resignação, a marcha implacável desse mal que o castigava desde a juventude. Aceitava tudo com estoicismo e resignação. Jamais o viram queixar-se. Todavia, bem podemos avaliar quão grande devia ser o seu sofrimento.

    Mantinha volumosa correspondência. jamais se aborrecia. Amava a juventude, possuia a alegria da alma. Era inimigo da tristeza.

    O mal físico, para ele, devia ser bem menor do que a angústia que experimentava pelo facto de não mais poder manejar a pena. Secretárias ocasionais substituiam-no nesse ofício. No entanto, a grande dificuldade para Denis, consistia em rever e corrigir as novas edições dos seus livros e dos seus escritos. Graças, porém, ao seu espírito de ordem e à sua imcomparável memória, superava todos esses contratempos, sem molestar ou importunar os amigos.

    Depois da morte da sua genitora, uma empregada cuidava da sua pequena habitação. Ele só exigia uma coisa: o absoluto respeito às suas numerosas notas manuscritas, as quais ele arrumava com meticulosa precaução. E foi justamente por causa dessa sua velha maniaque a duquesa de Pomar o denominara “o homem dos pequenos papéis”.

    Em 1911, após despender não pequeno esforço, no preparo da nova edição d’ “O Problema do Ser, do destino e da Dor”, ficou gravemente doente com uma pneumonia; foi o tratamento atempado do seu médico que, num curto espaço de tempo, o colocou de novo em pé.

    Contudo uma grande e profunda dor lhe estava reservada: veio a Guerra de 1914-18 e o seu espírito condoía-se ao ver partir para a frente de batalha a maioria dos seus amigos.

    Léon padecia, então, de uma doença intestinal e estava parcialmente cego.

    Pela incorporação, os seus amigos do Espaço e, entre eles, um Espírito eminente, comunicavam-lhe, de tempos em tempos, as suas opiniões sobre essa terrível guerra, considerada nos seus dois aspectos: o visível e o oculto.

    Estas comunicações levaram-no a escrever um certo número de artigos, publicados na “Revue Spirite”, na “Revue Suisse des Sciences Psychiques” e no “Echo Fid”, onde transparece, dentro da lei de causa e efeito, o seu grande amor pela terra onde nasceu.

    Quando a Guerra se aproximava do fim, a “Revue Spirite” passou a publicar, em todos os seus números, artigos de Léon Denis.

    Após a 1ª Grande Guerra, aprendeu braille, o que lhe permitiu fixar no papel os elementos de capítulos ou artigos que lhe vinham ao espírito, pois, nesta época da sua vida, etava, por assim dizer, quase cego.

    Em 1915 iniciava ele uma nova série de artigos, repassados de poesia profunda e serena, sobre a voz das coisas, preconizando o retorno à Natureza.

    Nesta época, um forte vento soprava contra o Kardecismo. O fenomenismo metapsiquista espalhava aos quatro ventos a doutrina do filósofo puro. P. Heuzé fazia muito barulho através do “L’ Opinion”, com as suas entrevistas e comentários tendenciosos. Afirmava, prematuramente, que, à medida que a metapsíquica fosse avançando, o Espiritismo iria, a par e passo, perdendo terreno. A sua profecia, no entanto, ainda não se realizou.

    Após a vigorosa resposta de Jean Meyer na “Revue Spirite”, Léon Denis por sua vez, entrou na discussão, na qualidade de presidente de honra da União Espírita Francesa, numa carta endereçada ao “Matin”, na qual estabelecia, com admirável nitidez, a diferença entre Espiritismo e Metapsiquismo.

    A partir desse momento, Léon denis teve que exercer grande actividade jornalística para responder às críticas e ataques de altos membros da Igreja Católica, saindo-se, como era de esperar, de maneira brilhante.

    Em Março de 1927, com 81 anos de idade, terminara o manuscrito que intitulou de “O Génio Céltico e o Mundo Invisível”. Neste mesmo mês a “Revue Spirite” publicava o seu derradeiro artigo.

    Terça-feira, 12 de março de 1927 pelas 13 horas, respirava Denis com grande dificuldade. A pneumonia atacava-o novamente. A vida parecia abandoná-lo, mas o seu estado de lucidez era perfeito. As suas últimas palavras, pronunciadas com extraordinária calma, apesar da muita dificuldade, foram dirigidas à sua empregada Georgette: “É preciso terminar, resumir e... concluir”. Fazia alusão ao prefácio da nova edição biográfica de Kardec. Neste preciso momento, faltaram-lhe completamente as forças, para que pudesse articular outras palavras. Às 21.00 horas o seu espírito alou-se. O seu semblante parecia ainda em êxtase.

    As cerimónias fúnebres realizaram-se a 16 de Abril. A seu pedido, o enterro foi modesto e sem o ofício de qualquer Igreja confessional. Está sepultado no cemitério de La Salle, em Tours.

    Abaixo, alguns livros de Léon Denis:



Reflexion y Razonamiento, José García, La Hora de la Verdad, España

(La Hora de la Verdad, n.o 125 - Febrero 1999, Asociación Benéfico-Social "Los Pastoreros" )

    Generalmente, todos conocemos el avance tecnológico que se viene registrando en nuestra sociedad, en estos últimos tiempos. Pero, podríamos decir que este cambio ha sido mucho más espectacular para los que nacimos en el primer tercio del siglo que ahora finaliza. Como dato concreto, y hablando de mis proprias experiencias, puedo decir que en el medio rural donde me crié, no existía más tecnologia que la que aplicaba el herrero del lugar, que caldeaba el hierro en la fragua, y lo batía sobre el yunque para darle forma a las distintas herramientas de labranza. Con ello, además de abastecer a los vecinos de los aperos necesarios, servía también de espectáculo a los niños que observábamos atentos, los deslumbrantes destellos desprendidos del acompasado repiqueteo de los martillos.

    En cuanto a la presencia de motores, puedo afirmar que yo vi solamente el que portaba un antiguo coche, temblón y renqueante, que haciá el servicio de los pocos viajeros que se desplazaban a la capital. Por cierto, que nadie me supo decir de qué modo operaba la gasolina en su interior, para generar aquella fuerza que ponía las ruedas en movimiento. Años después, mi curiosidad quedó satisfecha cuando leí en un libro, el funcionamiento de los motores de explosión y de combustión interna.

    Pero como es lógico, estas referencias tienen una finalidad concreta, que es llevarnos al terreno de la reflexión y el razonamiento. De principio, se debe entender que tanto los adelantos científicos como los tecnológicos, deben estar al servicio de la sociedad, siempre que se mantenga la dignidad y el respeto que nos debemos a nosotros mismos como humanos, y a todo el entorno que nos rodea, compuesto por la Obra de la Naturaleza.

    Y aquí surge la primera pregunta. ¿ Creemos que la ciencia y la tecnologia terminarán con los problemas que se plantea la sociedad ? O por el contrario, ¿ será al final la sociedad esclava de su proprio desarrollo ? Bueno, como yo soy el que se ha metido voluntariamente en estas averiguaciones, seré el primero en dar mi opinión. Creo que el desarollo puede ser positivo, cuando el esfuerzo y la dedicación de la inteligencia humana, aprovecha los recursos que le brinda la naturaleza, transformándolos y elaborando con ellos esa diversidad de útiles de todo tipo, revolucionando con ello nuestros sistemas de producción, y mejorando nuestra calidad de vida.

    Pero todos sabemos, que estos adelantos por sí solos, no resuelven todos nuestros problemas. Porque los seres humanos no somos simplemente una especie más, en el conjunto de los seres vivos de la creación. Nosostros somos seres racionales, con personalidad propria, con capacidad para pensar, con sensibilidad para sentir. Y además, porque Dios nos distinguió con un toque especial, incorporando a nuestro cuerpo físico un dispositivo invisible, que nos permite reconocer y valorar los aspectos positivos y negativos de cada uno de los sentimientos que se generan en nuestro interior.

    Es por ello, que el ser humano para realizarse como tal, tiene que poner en ejercicio todas sus facultades. Tanto aquellas que nos permitem avanzar en el campo material, como las de aquella otra dimensión correspondiente al progreso espiritual. Porque la culminación de toda esa labor que desarrollamos a lo largo de nuestra vida, consiste en llegar a cumplimentar fielmente todos los fines para los que fuimos creados. Para ello, sólo es necesario ser receptivos a las vibraciones que emite ese aparato interior que, como brújula infalible, irá marcando la línea recta que debemos seguir.

    Pero yo diría más. Si fue el Supremo Creador el que instaló ese dispositivo en nuestro interior, si nosotros conseguimos realizar un uso correcto del mismo, seria lo mismo que decir que estamos en contacto directo con Dios.




Comentários
2.a Semana Espírita de New York, Antonio Leite, EUA

Caros amigos do GEAE:

    A propósito da nota inserida no Painel do Boletim GEAE número 337, divulgando a 2a Semana Espírita de New York, gostaria de fazer um pequeno comentário pessoal.

    Desde o nascimento do Allan Kardec Spiritist Center, frequento suas reuniões dominicais em companhia da minha esposa e do meu filho, onde fazemos em conjunto o estudo do Evangelho Segundo o Espiritismo. Muitos de nós brasileiros que para cá viemos, encaramos o Centro Espírita como uma bênção de oportunidade para podermos continuar a estudar em prol do nosso aprimoramento espiritual, e ao mesmo tempo um local onde nos congregamos como membros ausentes da grande familia, a Patria Brasileira, da qual nos afastamos porém continuamos vinculados por laços materiais e espirituais.

    Idealizado, fundado e desde então dirigido pela Norma Guimarães e sua equipe de trabalhadores incansáveis, o Allan Kardec tem desempenhado um papel significativo no impulsionamento do Movimento Espírita aqui na América. Temos tido a oportunidade de ouvir e aprender com muitos dos nossos palestrantes brasileiros que andam pelo mundo a disseminar a mensagem do Consolador Prometido. Muitos encontros, reuniões de estudos e uma ampla gama de atividades semanais desenvolvidas no Allan Kardec, tem ajudado muitos de nós brasileiros que para cá viemos deixando para trás familiares e amigos, além de ser um ponto de referência na disseminação da Doutrina Espírita para os irmãos americanos e as comunidades hispanicas.

    Além da grande responsabilidade da manutenção do Allan Kardec com sua vasta gama de atividades, bem como participação ativa no Conselho Espírita dos Estados Unidos, a Norma Guimarães aceitou mais um desafio: o da criação da Semana Espírita de Nova Iorque.

    Participei da primeira, em maio de 1997, bem como da segunda,  realizada entre os dias 16 e 23 de maio último. Devido a responsabilidade profissional não pude participar de todas as palestras, o que realmente gostaria, mas compareci à palestra do Divaldo Pereira Franco, no dia 18, bem como ao último dia da SENY, no dia 23. As palestras do dia 23 foram proferidas pelo Reynaldo Leite, Miguel de Jesus Sardano e Alamar Régis de Carvalho. Não tinha tido a oportunidade de ouvir até então o Reynaldo Leite, que com um entusiasmo vibrante emocionou a todos, discorrendo sobre o tema  O Espiritismo no Mundo da Globalização do Saber. O Miguel  Sardano, velho conhecido nosso, pois de vez em quando vem ao Allan Kardec, como sempre nos fascinou com a sua habitual serenidade. Via de regra todos os bons oradores tem o dom da palavra vibrante, mas nem todos tem o dom da serenidade e convicção contagiante. É o caso do Miguel de Jesus Sardano, esse infatigável trabalhador da causa Espírita. Me abstenho de fazer comentários acerca da palestra proferida pelo querido Divaldo Pereira Franco, porque entendo absolutamente desnecessário. Apenas o registro de que a mesma foi proferida em espanhol, o que acredito ter sido ótimo para os irmãos das comunidades hispanicas, e nós brasileiros pudemos compreender tudo perfeitamente.

    Finalmente quero me referir a palestra do querido Alamar Regis de Carvalho, cujo tema foi: Divulgação do Espiritismo, Questão de Solidariedade à Humanidade. Inicialmente gostaria de mencionar que a SENY foi idealizada pelo Alamar, quando da sua primeira visita ao Allan Kardec. A princípio todos nós brasileiros aqui na América, com raríssimas exceções, achamos a idéia um tanto quanto utópica. Mas o Alamar com a sua habitual paciência e persistência foi fulminando a todos até conseguir nos envolver. Conclusão: A 1a Semana Espírita de Nova Iorque aconteceu com a participação de quase todos os Grupos Espíritas aqui da área de Nova Iorque,  com um público bem razoável para um evento iniciante e foi um sucesso.

    Se achávamos utópica a idéia do Alamar em criar a SENY, imaginem os amigos do GEAE como encarávamos as idéias dele em relação aos projetos Espiritismo via Satélite, TV Espírita 24 horas, Revista Espírita, SEDA, impressão de livros, CDs, etc. etc. Bem, decorrido um pouco mais de dois anos, vemos aí o resultado e a luta do Alamar para ampliar o seu trabalho de divulgação da Doutrina Espírita. Eu mesmo era possuído por um sentimento de incerteza, dúvida ou sei lá o que, tendo em vista a amplitude e a singularidade da pretensão do Alamar. Hoje, após a palestra do Alamar durante a SENY, bem como após analisar minunciosamente o conteúdo do seu trabalho de divulgação do Espiritismo, especialmente a coletânea da revista Visão Espírita 1998, entre outras iniciativas, sou possuído da convicção de que o companheiro Alamar está fazendo um excelente trabalho e nós devemos apoiá-lo pois a sua tarefa é grandiosa e ele precisa do apoio da comunidade espiríta em geral.

     No meu entendimento o trabalho do Alamar é realmente singular, senão vejamos. Muitos grupos têm feito ao longo dos anos um trabalho extraordinário na tentativa de divulgar e ampliar o entendimento das pessoas acerca desta maravilhosa Doutrina, que tem por meta transformar a humanidade. Me refiro aqui às federações, uniões, centros espíritas, entidades ligadas a estes últimos e afins, muitas das quais já atuam nesta seara há mais de cinquenta anos.

    Nos últimos anos, com o advento da Internet e do mundo virtual este trabalho tem se intensificado sobremaneira, haja visto a criação de grupos com excelentes páginas na Web, como é o caso do GEAE e muitos outros. Entretanto, quase que a totalidade do trabalho destes grupos e entidades antes mencionadas é dirigido para um público específico, o público espírita. E eu me pergunto. Como fazer para levar a mensagem do espiritismo a pessoas que nunca ouviram falar dele, e se ouviram foi de forma propositalmente distorcida?

    A humanidade avança em direção ao crepúsculo do terceiro milênio e a quase totalidade dos meios de comunicação de massa do planeta estão aí a massacrar o ser humano numa luta desenfreada em busca do lucro a qualquer preço. Já vivemos a era do espírito, mas o homem material ainda domina a face do planeta e para este valores morais é o que menos interessa. Estou convencido de que a divulgação do Espiritismo em moldes mais amplos, essa Doutrina Consoladora que vem mostrar a outra face da vida, é realmente uma questão de caridade para com o nosso próximo. E aí está, no meu entendimento, a singularidade e a excelência do trabalho que o Alamar vem realizando já há algum tempo, e busca apoio no meio espírita para ampliá-lo. Entendo que a tarefa dele é realmente gigantesca e nós, os espíritas especialmente, que queremos ver a Doutrina Espírita crescer e transformar a visão das pessoas em relação à vida e a nossa missão neste planeta, devemos fazer o máximo que estiver ao nosso alcance para ajudá-lo nesta grandiosa empreitada.

  A preocupação de muitos, e entre estes eu me incluo, é a de não se partir para uma divulgação com intuito proselitista na tentativa de converter as pessoas a abraçarem o espiritismo como única opção. Entretanto, é de fundamental importância que algo em caráter abrangente seja feito com o propósito de se divulgar a Doutrina Espírita, mostrando ao grande público a realidade de uma doutrina coerente, ética e lógica em todos os sentidos que se queira considerar. Outro ponto de fundamental importância no meu entendimento, é  a preocupação em se fazer uma divulgação ampla do verdadeiro e único espiritismo, aquele cujos pilares essenciais estão fincados na obra da Codificação ditada pela espiritualidade e trazida até nós por intermédio do mestre de Lyon, Allan Kardec. Este Espiritismo dispensa defesa aos ataques dos inescrupulosos inimigos que não têm compromisso com a Verdade.  Acredito que ninguém duvida que a Verdade triunfará, e isto é o bastante.

    Acredito que o Alamar está mostrando que tem muita coragem, garra e uma tremenda disposição em levar avante esta bandeira que afinal é de todos nós espíritas. A palavra de ordem é união para que possamos todos ajudar este grande trabalhador da causa espírita. Siga em frente Alamar! Que Deus te ilumine e por certo O fará.

   Antonio Cunha Lacerda Leite



Espíritas & Genética Aplicada, Júlio Silva, Brasil

    Gostaria de parabenizar Cristina Sarraf, autora do artigo "Espíritas & Genética Aplicada", publicado no boletim 339.

    Um texto muito lúcido e bem escrito, contribui para que desfaçamos o dogmatismo, medo e orgulho que ainda existem dentro de nós, ditos espíritas.

    As conquistas cientificas e tecnológicas devem ser observadas com destemor e imparcialidade, e não sob uma ótica pequenina, amedrontada e sectária, tão comum na idade média.

    Júlio C. Augusto da Silva.



Guerras e escândalos ainda são necessários, será mesmo ? Carlos Yassu

    Num primeiro plano, gostaria de parabenizar o artigo sobre guerras e escândalos ainda serão necessários, será mesmo? de Kátia Penteado, Brasil;  tecer alguns comentários. (Boletim 338)

    Paramos para pensar que assim como nós, estamos sobre ação e reação, colhemos como consequência o que plantamos da nossa semeadura. Se plantamos  o bem colhemos o bem; se plantamos o mal colhemos o mal. Também as nações estão sobre a mesma lei de ação e reação.

    Então, poderíamos pensar, que estamos sobre uma Lei do Carma, nada pode ser mudado ? Nada disso o Pai Maravilhoso nos dá um presente belíssimo que é a  oportunidade de uma reencarnação, de começar uma nova existência para nos  ajustarmos as Leis Evangélicas, de aprender a perdoar, esquecer antigas mágoas e ressentimentos e caminhar avante.

    Paramos para refletir que a partir do momento que amamos a nós mesmos, não no sentido egoístico mas no sentido de crescimento em todos os campos, nós  temos condições de melhorarmos cada vez mais. E quando amamos o próximo, nada mais é do que a exteriorização do nosso crescimento interior, trocando experiências com os outros.

    Não só as boas , mas as ruins que nos alertam para tomarmos cuidado com o caminho que levam até elas.
E amar a Deus sobre todas as coisas nada mais é do que a concetrização das nossas pontencialidades para o bem, nos harmonizando com o as Leis do Criador.

    Os escandâlos de qualquer tipo, nada mais são do que o nosso desajustamento com as Leis Espirituais do Bem.(Entenda-se O EVangelho).

    As guerras nada mais são do que o nosso desajustamento com as Leis Espirituais num nível maior. Se os indivíduos que compõem uma nação iniciasse uma reforma intima, com certeza os erros do passado não se repetiriam no futuro.

    Reforma intima no sentido de mudança de valores interiores para melhor provocando um crescimento interior do ser humano.

    Observamos o que é a História?

    Nada mais do que uma oportunidade de aprendermos com os nossos próprios erros e acertos.

    Ora se cometemos um mesmo erro sempre, significa que não aprendemos a lição. E aonde está o nosso parametro para crescermos?

    Será que refletimos que um Homem a dois mil anos atrás veio trazer até nós esse parametro que se chama Boa Nova ou Evangelho?

    E que também todo dia estamos escrevendo a nossa História pessoal num livro chamado Vida ? O que estamos escrevendo é bom ou ruim? Vai provocar algum dia o nosso "escandalo ou uma guerra interna dentro de nós", escandalo esse ou guerra interna" essa, consequência da nossa invigilância diante dos princípios que Jesus veio nos ensinar.

    A partir do momento que combatermos uma chaga espiritual chamada egoísmo com certeza estaremos dando o primeiro passo para evitarmos quedas espirituais tanto a nível individual ou coletivo. A maior prevenção espiritual contra as quedas.

    Amar a si mesmo, como ao próximo e a Deus sobre todas as coisas.




Painel
Introdução às Ciências Políticas e Espiritismo, IPEPE, Brasil

    A CASP - Coordenadoria da Área Sócio-Política do IPEPE estará realizando um curso sobre "Introdução às Ciências Políticas e Espiritismo" nos meses de agosto e setembro de 1999. O mesmo ocorrerá todas às segundas-feiras das 19:30 às 21:30h na sede do IPEPE. O curso terá o seguinte conteúdo programático:

    -    Histórico do Espiritismo no Brasil e em Pernambuco;
    -    Religião e política;
    -    Participação política do cristão;
    -    Participação político-eleitoral do espírita;
    -    Direitos básicos, cidadania e espiritismo;
    -    Democracia e direitos humanos;
    -    Ética atual e Maquiavel;
    -    Hierarquia e poder: um enfoque antropológico;
    -    Política social;
    -    A nova esfera pública da cidadania;
    -    Idéias sociais espíritas;
    -    Novas idéias para a ação social espírita.

    O curso contará com a colaboração de professores da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco e da UNICAP - Universidade Católica de Pernambuco. As inscrições já estão abertas e poderão ser feitas na sede da CEE - Comissão Estadual de Espiritismo das 14:00 às 17:00h, com o Sr. Ernesto; na UFPE no setor de mestrado em Ciências Políticas com o Sr. Carlos Almeida e pela internet através do e-mail gcw@elogica.com.br . A entrada é franca e o curso está limitado para o máximo de  30 ( trinta ) vagas.

    Segue abaixo o formulário de inscrição para o curso:

    -    Nome :
    -    Profissão :
    -    Endereço residencial :
    -    Endereço profissional :
    -    Endereço eletrônico :
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    -    Fax :
    -    Escolaridade :
    -    Religião :
    -    Por que deseja fazer um curso de introdução às ciências políticas e espiritismo?

    Contamos com a sua presença!
    Paz, Gezsler.

    Visite o IPEPE :  www.ipepe.com.br



Piquenique Espírita, Associação Migalha de Amor, Portugal

I ENCONTRO NACIONAL DOS VOLUNTÁRIOS E AMIGOS DO
 CORAÇÃO DA CIDADE

    Dia:    13 de Junho
    Hora:   Partida às 9:00 h da Sede da Associação Migalha de Amor (Rua do Bonjardim. 689 - Porto)
    Local:  Vilarinho das Furnas ( Piquenique)
    Inscrições:

Faça a sua inscrição até 11/6/99
Tel: (02) 2082460 a/c La Salete Piedade
Email: migalhaa@hotmail.com
URL: http://www.terravista.pt/ancora/2480
                     GRUPO DE ESTUDOS AVANÇADOS ESPÍRITAS